Quando Joan corrige pela primeira vez o livro de Joe, ela explica o que há de errado ali: as ideias estão lá, mas não estão bem escritas. Então, ela resolve reescrever o que futuramente seria conhecido como a obra-prima dele.
A Esposa é isto. A direção não é memorável, o roteiro é genérico e os personagens não são criativos. No entanto, Glenn Close tem o toque de ouro e quando todo o resto se concentra nela, o filme ganha um novo brilho. Ela cria uma personagem terrivelmente humana, misteriosa, falha e incrível.
Esse filme tem dois momentos bem específicos. O drama familiar é bem construído e todos os personagens ali são bem definidos. Os destaques óbvios são os protagonistas. Julia Roberts está fantástica e dá vida a uma mãe que faz de tudo para que o filho sobreviva (mesmo que isso a mate). Lucas Hedges continua se provando como um ator excelente, ao criar um personagem complexo e misterioso.
O meu pensamento depois do filme foi "poxa, funcionou tão bem durante a primeira parte do filme...".
Uma pena que o roteiro resolveu abandonar o drama familiar para investir num thriller e separou os protagonistas. Nesse momento, O Retorno de Ben perde toda a força que tinha até então e vira uma trama genérica.
Esse foi um filme difícil de assistir. Sou um homem gay e entendo bem como a religião pode impactar negativamente na identidade sexual de uma pessoa. O filme retrata isso de uma maneira muito delicada, sem jamais transformar os personagens em caricaturas.
Lucas Hedges está excelente no papel principal e consegue conduzir toda a história de maneira eficaz. Igualmente bons são Nicole Kidman (sempre excelente) e Russell Crowe (surpreendentemente contido) que são o retrato de que melhores intenções nem sempre resultam em bons frutos. O elenco de apoio não tem muito espaço na narrativa, mas funciona nos momentos certos.
O maior trunfo do filme é mostrar o lado terrível da "terapia" de conversão e as diversas formas de violência que as pessoas são submetidas, mas apontando que existe uma luz no fim do túnel. No fim das contas, há esperança.
Competente, bem filmado, bem atuado... Mas não emociona. O roteiro se dedica a que entendamos a adicção de Nic (Chalamet, impressionante), mas falta algo que faça com que a história seja memorável.
Além disso, os flashbacks que deveriam servir à narrativa só servem para deixá-la mais confusa. A cena que David (Carell) experimenta cocaína não tem propósito narrativo algum, assim como a cena em que Karen (Tierney, desperdiçada no papel) persegue o carro de Nic.
Querido Menino retrata pessoas reais lidando com uma doença avassaladora, mas não consegue fazer com que nos importamos com elas.
In The Fade tem um excelente primeiro ato. O segundo ato é bom, mas tem seus tropeços e o último ato é bem problemático.
A melhor coisa do filme é Diane Kruger. Ela compõe uma personagem tão humana, tão tridimensional, que a gente entende suas ações até quando o roteiro as torna inverossímeis.
A direção de Faith Akin é competente e existe capricho nos detalhes visuais (a cena em que ela entra na cena do crime e tem manchas de sangue na parede é memorável, assim como a cena em que ela tenta se matar na banheira).
O problema é que Akin não sabe montar suspense e o roteiro também caminha para uma solução muito problemática.
Para mim, era óbvio que ela não iria conseguir justiça no tribunal e que iria virar um filme onde uma pessoa normal vai buscar justiça pelas próprias mãos. E entendo a questão de como uma tragédia pessoal pode desumanizar uma pessoa, fazendo com que ela cometa um crime. No entanto, esse discurso é perigoso e soa como uma saída válida para ações criminosas.
In The Fade é uma boa produção com uma excelente protagonista, mas que se perde na história que conta.
Quando ela finalmente encontra seu amado no crematório, ela se permite chorar e, mais importante, nos permite que participamos desse momento.
Uma Mulher Fantástica não é apenas um filme sobre transfobia e intolerância. É um filme sobre o amor de uma mulher em luto pelo amado que partiu. E isso é suficiente.
Em certos momentos, dá pra perceber o baixo orçamento da produção (a cena em que dois personagens morrem pro cachorro é um exemplo disso), mas nada que prejudique a imersão do espectador.
O grande destaque do elenco é Patrick Stewart, que compõe um vilão amedrontador sem precisar recorrer a exageros. O problema é exatamente seus capangas e o plano elaborado que eles executam, pois seria bem mais simples matar cinco pessoas que estão presas dentro de um quarto sem saída.
Apesar disso, Sala Verde é um bom filme de terror que deixa o espectador ansioso com o desenrolar dos acontecimentos.
Dope tem todos os elementos que deveriam me fazer gostar do filme: bons atores, boa trilha sonora e uma mensagem social sobre a luta das pessoas negras. Por que, então, eu acabei me aborrecendo com esse filme?
Acho o primeiro ato e metade do segundo muito bons. As atuações do protagonista e de seus amigos é muito convincente. De cara, dá pra perceber que eles são amigos inseparáveis. Somos compelidos a sentir empatia pelas situações azaradas e tragicômicas que Malcolm (Moore) se envolve.
No entanto, tudo desmorona após o encontro com Austin Jacoby (Smith, bom ator e eficaz no papel). O problema é que o filme dá a impressão que pessoas negras precisam recorrer ao crime para sair da situação em que se encontram, pois se até o cara que estudou em Harvard continua vendendo drogas, o que mais Malcolm pode fazer?
Além disso, o ritmo da produção muda e fica consideravelmente entediante na parte que Malcolm passa a vender as drogas online. E também começam os tropeços: a volta de Nakia (Kravitz, provando que consegue fazer muito apesar do pouco tempo de cena), que é repentina e apenas para criar uma tensão para o terceiro ato. Outro exemplo é a cena em que Jib (Revolori) quer desistir da venda, apenas para em segundos mudar de opinião.
No final, há um discurso que Malcolm dirige ao espectador que resume como ele se sente em relação ao mundo e a luta das pessoas negras de se acharem. Além de parecer um sermão, é desnecessário, pois isso foi mostrado ao longo da produção. Com isso, o que era pra ser um momento de iluminação acaba se tornando uma distração.
Ao mirar em uma mensagem edificante e de consciência social, Dope acaba atirando no próprio pé por conta de seu discurso dúbio.
No início, tinha achado o ritmo frenético, mas fui entendendo que o documentário tinha muito tema para cobrir e aí tudo fez sentido.
Documentário importantíssimo que explica como surgiram os movimentos de mulheres, a diferença entre eles e, principalmente, mostra que o feminismo é fundamental para o avanço de direitos sociais em ampla escala.
- A CIA comete crimes em solo americano a vista de todos. - Não muda o nome dos ex-agentes assassinos. - Ela também decide do dia pra noite que esses agentes devem ser mortos. - E tem um agente vilanesco, interpretado de forma muito ruim por Topher Grace, que está fazendo tudo isso pra ganhar uma promoção.
Fiquei surpreso com a média do filme, mas faz sentido porque o trote não faz parte de nossa cultura e nos parece uma coisa absurda. De fato, é. Por isso que o filme é inteligente: discutir o problema da masculinidade tóxica e sua relação com a violência.
A primeira cena do filme é bonita e brutal. Ao colocar um bando de homens brancos musculosos gritando e vibrando, o diretor Andrew Neel já coloca ali o que vai ser tratado no resto do filme. Não precisamos ver o que está acontecendo diante daqueles homens, pois o retrato da violência já está ali.
A produção tem muita personalidade e algumas cenas mostram que existe um trabalho autoral. A morte de Will (Flaherty) e a cena que encerra o filme são exemplos disso. O roteiro é apurado e tece as histórias de forma eficaz, embora falhe em alguns pontos. Os atores são bons e conseguem dar dimensão aos personagens, jamais parecendo como simples caricaturas. O destaque é o protagonista vivido por Ben Schnetzer que convence como um jovem angustiado, sem recorrer ao exagero.
O principal trunfo de O Trote é o comentário social que faz. Por que ser homem está associado ao machismo, à dominação pela violência e à homofobia? A resposta não é simples, mas a pergunta não pode deixar de ser feita.
Por algum motivo não consigo colocar a nota no documentário, mas achei bastante informativo e procura mostrar as motivações dos dois lados. Os religiosos são bastantes assustadores e dá pra perceber quem realmente tem uma agenda sobre o corpo da mulher.
É compreensível a confusão de Alex. Nem todo mundo tem a mesma segurança sobre sua sexualidade e não acontece de igual forma. Nem todo mundo se aceita durante a infância ou adolescência. Isso é ok. O problema é usar a velha trama de "garoto sensível, diferente e nerd que se apaixona por sua melhor amiga, mas descobre que é gay no fim". Poderia ser menos clichê?
Mas em termos de roteiro, Elliot tem um tempo de cena reduzido e ainda é colocado no papel de "cara gay assumido que está interessado no 'hetero', que entende ser gay no fim". Não acho saudável esse retrato de gays como armadilhas.
Além disso, há um discurso muito perigoso na relação entre Dell e Sophie. Então, por que ele gosta dela, ele tem que ser recompensado com a atenção da moça? Vamos entender um lance: friendzone não existe. É um mito inventado por caras que acham que as mulheres devem manifestar interesse só porque eles são legais.
No filme todo, só me interessei com a trama da Claire mesmo, que ainda assim é relegada a ser a pessoa compreensiva da situação.
Enfim, tudo muito problemático e mal pensado. Poderia ser uma história muito mais interessante.
Sou fã do mangá e achei a adaptação bem ok. As atuações são caricaturais, mas isso dá pra se perdoar porque é um estilo de atuação que se encaixa na proposta.
De longe, as melhores cenas são as que envolvem o treinamento e a trama principal, que envolve a morte da mãe de Ichigo, é bem desenvolvida.
No entanto, a ação é estática demais e não passa nenhuma sensação de perigo. Isso só piora com os efeitos visuais, que são pobres e prejudicam a imersão.
É um filme ok. Poderia ser melhor, mas não é horrível.
Um filme muito delicado, que aborda assuntos difíceis com bastante leveza. O roteiro é escrito de uma forma muito bem feita, transitando da comédia para o drama com muita inteligência. O elenco todo está bom, mas Molly Shannon está em outro nível de atuação. Excelente!
Dá pra perceber como a saída de Max ainda é um assunto difícil pra banda, tanto que a edição do doc deixa pra abordar isso perto do fim. O fato dos irmãos Cavalera terem decidido não participar das gravações prejudica um pouco o conteúdo - afinal, temos a versão apenas dos membros atuais.
No entanto, o documentário mostra o lado bom e ruim de fazer parte de uma banda, conseguindo mostrar quem são essas pessoas e o impacto deles no meio musical.
Uma boa paródia da indústria musical, o filme tem boas piadas e é bem divertido. Em alguns momentos parece uma esquete do SNL, mas a história se sustenta apesar de alguns tropeços.
Os temas que o filme aborda são importantes, mas me senti vendo uma temporada de uma série comprimida em 1h30 de um filme. O ritmo da produção é descompassado e tudo acontece rápido demais.
Um exemplo é a relação da protagonista com o namorado médico, que some durante boa parte da produção e só volta para servir de motivo para a resolução do filme. Em nenhum momento ela parece sentir falta dele, por isso, quando ela aceita o pedido de casamento, não achei crível.
Além disso, falta um refinamento do roteiro. Os diálogos não soam naturais em certos momentos. E, apesar de propor discussões sobre empoderamento feminino, não é irônico perceber que as mulheres começam a se sentir bonitas quando um homem está lá pra dizer que elas são?
Apesar disso, existem algumas cenas interessantes. A cena em que ela raspa a cabeça é um exemplo positivo.
Se a diretora tivesse focado nas cenas que humanizam as personagens, talvez o filme seria mais bem-sucedido. Uma pena.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraExiste uma cena que sintetiza tudo o que este filme significa:
Quando Joan corrige pela primeira vez o livro de Joe, ela explica o que há de errado ali: as ideias estão lá, mas não estão bem escritas. Então, ela resolve reescrever o que futuramente seria conhecido como a obra-prima dele.
A Esposa é isto. A direção não é memorável, o roteiro é genérico e os personagens não são criativos. No entanto, Glenn Close tem o toque de ouro e quando todo o resto se concentra nela, o filme ganha um novo brilho. Ela cria uma personagem terrivelmente humana, misteriosa, falha e incrível.
Que atuação, meus amigos.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraQue filme maravilhoso e importante.
O Retorno de Ben
3.4 175 Assista AgoraEsse filme tem dois momentos bem específicos. O drama familiar é bem construído e todos os personagens ali são bem definidos. Os destaques óbvios são os protagonistas. Julia Roberts está fantástica e dá vida a uma mãe que faz de tudo para que o filho sobreviva (mesmo que isso a mate). Lucas Hedges continua se provando como um ator excelente, ao criar um personagem complexo e misterioso.
O meu pensamento depois do filme foi "poxa, funcionou tão bem durante a primeira parte do filme...".
Uma pena que o roteiro resolveu abandonar o drama familiar para investir num thriller e separou os protagonistas. Nesse momento, O Retorno de Ben perde toda a força que tinha até então e vira uma trama genérica.
WiFi Ralph: Quebrando a Internet
3.7 739 Assista AgoraTem seus momentos e é fofinho, mas o enredo é bem genérico.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraVisualmente impecável e com personagens excelentes. O melhor filme do Aranha até agora.
Boy Erased: Uma Verdade Anulada
3.6 404 Assista AgoraEsse foi um filme difícil de assistir. Sou um homem gay e entendo bem como a religião pode impactar negativamente na identidade sexual de uma pessoa. O filme retrata isso de uma maneira muito delicada, sem jamais transformar os personagens em caricaturas.
Lucas Hedges está excelente no papel principal e consegue conduzir toda a história de maneira eficaz. Igualmente bons são Nicole Kidman (sempre excelente) e Russell Crowe (surpreendentemente contido) que são o retrato de que melhores intenções nem sempre resultam em bons frutos. O elenco de apoio não tem muito espaço na narrativa, mas funciona nos momentos certos.
O maior trunfo do filme é mostrar o lado terrível da "terapia" de conversão e as diversas formas de violência que as pessoas são submetidas, mas apontando que existe uma luz no fim do túnel. No fim das contas, há esperança.
Querido Menino
3.8 470 Assista AgoraCompetente, bem filmado, bem atuado... Mas não emociona. O roteiro se dedica a que entendamos a adicção de Nic (Chalamet, impressionante), mas falta algo que faça com que a história seja memorável.
Além disso, os flashbacks que deveriam servir à narrativa só servem para deixá-la mais confusa. A cena que David (Carell) experimenta cocaína não tem propósito narrativo algum, assim como a cena em que Karen (Tierney, desperdiçada no papel) persegue o carro de Nic.
Querido Menino retrata pessoas reais lidando com uma doença avassaladora, mas não consegue fazer com que nos importamos com elas.
Em Pedaços
3.9 235 Assista AgoraIn The Fade tem um excelente primeiro ato. O segundo ato é bom, mas tem seus tropeços e o último ato é bem problemático.
A melhor coisa do filme é Diane Kruger. Ela compõe uma personagem tão humana, tão tridimensional, que a gente entende suas ações até quando o roteiro as torna inverossímeis.
A direção de Faith Akin é competente e existe capricho nos detalhes visuais (a cena em que ela entra na cena do crime e tem manchas de sangue na parede é memorável, assim como a cena em que ela tenta se matar na banheira).
O problema é que Akin não sabe montar suspense e o roteiro também caminha para uma solução muito problemática.
Para mim, era óbvio que ela não iria conseguir justiça no tribunal e que iria virar um filme onde uma pessoa normal vai buscar justiça pelas próprias mãos. E entendo a questão de como uma tragédia pessoal pode desumanizar uma pessoa, fazendo com que ela cometa um crime. No entanto, esse discurso é perigoso e soa como uma saída válida para ações criminosas.
In The Fade é uma boa produção com uma excelente protagonista, mas que se perde na história que conta.
Uma Mulher Fantástica
4.1 422 Assista AgoraFantástica é pouco para descrever a atuação de Daniela Vega. Apesar de todas as situações que Marina passa, não há dúvida que ela é uma mulher digna.
Quando ela finalmente encontra seu amado no crematório, ela se permite chorar e, mais importante, nos permite que participamos desse momento.
Uma Mulher Fantástica não é apenas um filme sobre transfobia e intolerância. É um filme sobre o amor de uma mulher em luto pelo amado que partiu. E isso é suficiente.
Sala Verde
3.3 546 Assista AgoraUm survival horror bem honesto.
Em certos momentos, dá pra perceber o baixo orçamento da produção (a cena em que dois personagens morrem pro cachorro é um exemplo disso), mas nada que prejudique a imersão do espectador.
O grande destaque do elenco é Patrick Stewart, que compõe um vilão amedrontador sem precisar recorrer a exageros. O problema é exatamente seus capangas e o plano elaborado que eles executam, pois seria bem mais simples matar cinco pessoas que estão presas dentro de um quarto sem saída.
Apesar disso, Sala Verde é um bom filme de terror que deixa o espectador ansioso com o desenrolar dos acontecimentos.
Dope: Um Deslize Perigoso
4.0 351 Assista AgoraDope tem todos os elementos que deveriam me fazer gostar do filme: bons atores, boa trilha sonora e uma mensagem social sobre a luta das pessoas negras. Por que, então, eu acabei me aborrecendo com esse filme?
Acho o primeiro ato e metade do segundo muito bons. As atuações do protagonista e de seus amigos é muito convincente. De cara, dá pra perceber que eles são amigos inseparáveis. Somos compelidos a sentir empatia pelas situações azaradas e tragicômicas que Malcolm (Moore) se envolve.
No entanto, tudo desmorona após o encontro com Austin Jacoby (Smith, bom ator e eficaz no papel). O problema é que o filme dá a impressão que pessoas negras precisam recorrer ao crime para sair da situação em que se encontram, pois se até o cara que estudou em Harvard continua vendendo drogas, o que mais Malcolm pode fazer?
Além disso, o ritmo da produção muda e fica consideravelmente entediante na parte que Malcolm passa a vender as drogas online. E também começam os tropeços: a volta de Nakia (Kravitz, provando que consegue fazer muito apesar do pouco tempo de cena), que é repentina e apenas para criar uma tensão para o terceiro ato. Outro exemplo é a cena em que Jib (Revolori) quer desistir da venda, apenas para em segundos mudar de opinião.
No final, há um discurso que Malcolm dirige ao espectador que resume como ele se sente em relação ao mundo e a luta das pessoas negras de se acharem. Além de parecer um sermão, é desnecessário, pois isso foi mostrado ao longo da produção. Com isso, o que era pra ser um momento de iluminação acaba se tornando uma distração.
Ao mirar em uma mensagem edificante e de consciência social, Dope acaba atirando no próprio pé por conta de seu discurso dúbio.
Extraordinário
4.3 2,1K Assista AgoraUm feel-good movie bem honesto.
She’s Beautiful When She’s Angry
4.6 152No início, tinha achado o ritmo frenético, mas fui entendendo que o documentário tinha muito tema para cobrir e aí tudo fez sentido.
Documentário importantíssimo que explica como surgiram os movimentos de mulheres, a diferença entre eles e, principalmente, mostra que o feminismo é fundamental para o avanço de direitos sociais em ampla escala.
American Ultra: Armados e Alucinados
3.1 383Em resumo:
- A CIA comete crimes em solo americano a vista de todos.
- Não muda o nome dos ex-agentes assassinos.
- Ela também decide do dia pra noite que esses agentes devem ser mortos.
- E tem um agente vilanesco, interpretado de forma muito ruim por Topher Grace, que está fazendo tudo isso pra ganhar uma promoção.
Uau.
O Trote
2.4 135 Assista AgoraFiquei surpreso com a média do filme, mas faz sentido porque o trote não faz parte de nossa cultura e nos parece uma coisa absurda. De fato, é. Por isso que o filme é inteligente: discutir o problema da masculinidade tóxica e sua relação com a violência.
A primeira cena do filme é bonita e brutal. Ao colocar um bando de homens brancos musculosos gritando e vibrando, o diretor Andrew Neel já coloca ali o que vai ser tratado no resto do filme. Não precisamos ver o que está acontecendo diante daqueles homens, pois o retrato da violência já está ali.
A produção tem muita personalidade e algumas cenas mostram que existe um trabalho autoral. A morte de Will (Flaherty) e a cena que encerra o filme são exemplos disso. O roteiro é apurado e tece as histórias de forma eficaz, embora falhe em alguns pontos. Os atores são bons e conseguem dar dimensão aos personagens, jamais parecendo como simples caricaturas. O destaque é o protagonista vivido por Ben Schnetzer que convence como um jovem angustiado, sem recorrer ao exagero.
O principal trunfo de O Trote é o comentário social que faz. Por que ser homem está associado ao machismo, à dominação pela violência e à homofobia? A resposta não é simples, mas a pergunta não pode deixar de ser feita.
Roe x Wade: Direitos das Mulheres nos EUA
4.2 16 Assista AgoraPor algum motivo não consigo colocar a nota no documentário, mas achei bastante informativo e procura mostrar as motivações dos dois lados. Os religiosos são bastantes assustadores e dá pra perceber quem realmente tem uma agenda sobre o corpo da mulher.
Alex Strangelove - O Amor Pode Ser Confuso
3.2 364 Assista AgoraA temática é importante, mas o desenvolvimento é problemático.
É compreensível a confusão de Alex. Nem todo mundo tem a mesma segurança sobre sua sexualidade e não acontece de igual forma. Nem todo mundo se aceita durante a infância ou adolescência. Isso é ok. O problema é usar a velha trama de "garoto sensível, diferente e nerd que se apaixona por sua melhor amiga, mas descobre que é gay no fim". Poderia ser menos clichê?
Mas em termos de roteiro, Elliot tem um tempo de cena reduzido e ainda é colocado no papel de "cara gay assumido que está interessado no 'hetero', que entende ser gay no fim". Não acho saudável esse retrato de gays como armadilhas.
Além disso, há um discurso muito perigoso na relação entre Dell e Sophie. Então, por que ele gosta dela, ele tem que ser recompensado com a atenção da moça? Vamos entender um lance: friendzone não existe. É um mito inventado por caras que acham que as mulheres devem manifestar interesse só porque eles são legais.
No filme todo, só me interessei com a trama da Claire mesmo, que ainda assim é relegada a ser a pessoa compreensiva da situação.
Bleach
3.4 189Sou fã do mangá e achei a adaptação bem ok. As atuações são caricaturais, mas isso dá pra se perdoar porque é um estilo de atuação que se encaixa na proposta.
De longe, as melhores cenas são as que envolvem o treinamento e a trama principal, que envolve a morte da mãe de Ichigo, é bem desenvolvida.
No entanto, a ação é estática demais e não passa nenhuma sensação de perigo. Isso só piora com os efeitos visuais, que são pobres e prejudicam a imersão.
É um filme ok. Poderia ser melhor, mas não é horrível.
Outras Pessoas
3.7 116Um filme muito delicado, que aborda assuntos difíceis com bastante leveza. O roteiro é escrito de uma forma muito bem feita, transitando da comédia para o drama com muita inteligência. O elenco todo está bom, mas Molly Shannon está em outro nível de atuação. Excelente!
Sepultura Endurance
3.7 27Um documentário bastante interessante e honesto.
Dá pra perceber como a saída de Max ainda é um assunto difícil pra banda, tanto que a edição do doc deixa pra abordar isso perto do fim. O fato dos irmãos Cavalera terem decidido não participar das gravações prejudica um pouco o conteúdo - afinal, temos a versão apenas dos membros atuais.
No entanto, o documentário mostra o lado bom e ruim de fazer parte de uma banda, conseguindo mostrar quem são essas pessoas e o impacto deles no meio musical.
Popstar: Sem Parar, Sem Limites
3.4 140 Assista AgoraUma boa paródia da indústria musical, o filme tem boas piadas e é bem divertido. Em alguns momentos parece uma esquete do SNL, mas a história se sustenta apesar de alguns tropeços.
Felicidade Por Um Fio
3.8 465 Assista AgoraOs temas que o filme aborda são importantes, mas me senti vendo uma temporada de uma série comprimida em 1h30 de um filme. O ritmo da produção é descompassado e tudo acontece rápido demais.
Um exemplo é a relação da protagonista com o namorado médico, que some durante boa parte da produção e só volta para servir de motivo para a resolução do filme. Em nenhum momento ela parece sentir falta dele, por isso, quando ela aceita o pedido de casamento, não achei crível.
Além disso, falta um refinamento do roteiro. Os diálogos não soam naturais em certos momentos. E, apesar de propor discussões sobre empoderamento feminino, não é irônico perceber que as mulheres começam a se sentir bonitas quando um homem está lá pra dizer que elas são?
Apesar disso, existem algumas cenas interessantes. A cena em que ela raspa a cabeça é um exemplo positivo.
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraFilme encantador, muito bonito visualmente e com um roteiro muito bem escrito. Excelente!
Mamma Mia! O Filme
3.6 1,8K Assista AgoraGostei bastante, mas achei o final meio meh.
Donna passa o filme todo evitando os outros três, pra no final ela aceitar de repente se casar com Sam? Achei forçado.
Apesar disso, é divertido e dá pra ver que o exagero foi levado ao limite, o que foi bom pra esse musical.