Pegando apenas o pedaço da relação com Doca e últimos momentos da vida de Ângela Diniz, o filme traça o percurso decisivo de sua vida e seus abusos, focando apenas nisso e sem um aprofundamento dessa que poderia gerar uma rica história a ser contada. Mas Ísis Valverde brilha tanto na tela encarnando a própria socialite, que vale todo o tempo desperdiçado da história dela não contada. Atuação visceral, sem contar que nunca vi a Ísis tão linda como aqui.
Primeiro filme de Cimino já entregando todo seu estilo único com uma simpática e empolgante aventura road movie de roubo ao banco, bem estilosa por sinal. A dupla Clint Eastwood e Jeff Bridges é grandiosa e proporciona grandes momentos memoráveis. Aliás, as sequências entre os dois na estrada, dialogando e convivendo juntos, são muito mais interessantes do que as de fuga. Bridges levou merecidamente o Oscar de ator coadjuvante, ele conseguiu se destacar tanto (ou até mais) que Eastwood. Especialmente os últimos minutos, o filme também me comoveu bastante.
Filme totalmente auto destrutivo que mostra a própria derrocada do protagonista em busca de se fracassar cada vez mais, pegando uma passagem para o fundo do povo. O desenvolvimento de Tomas é o grande foco, a ponto da personagem feminina não ter importância alguma na narrativa. Gostei muito dessa representação dos personagens de diferentes lugares, mostrando como Paris é uma cidade tão diversificada. É uma história crua, cheia de frieza mas que fascina, seja pelas belas cenas sexuais ou pelo excelente trio central Franz, Ben e Adèle.
Achei simplesmente criativo e brilhante. Desde seu início narrando a rotina dos dias de vampiro de Augusto Pinochet, as explicações das vítimas que ele busca sugar o sangue e comer o coração, dando preferência aos americanos, enquanto os humanos da América do Sul sendo ruins, sacada ótima. A escolha de ser em preto e branco atenua o sombrio enredo e à figura do ditador que protagonista a obra. Sua fotografia e composição técnica impressionam, as sequências sem diálogos são maravilhosas. Por fim percebemos como esse filme poderia facilmente ser realidade (e na verdade é, vendo por um contexto metáforo). Frio, divertido e perturbador. Final poético, não poderia ser melhor. Mais uma obra memorável de Larraín.
O filme pega uma trecho Johnny Depp encarna o rei de Versalhes de maneira encantadora, cheio de sutilezas e nuances de humor, tendo uma boa conexão em cena com Maïwenn. Ela faltou colocar mais da sedução de Jeanne, porém trouxe personalidade à figura histórica. A direção de arte e fotografia são maravilhosas, o enquadramento perfeito, os figurinos luxuosos e a cenografia sublime. O filme tem todos os elementos de uma superprodução de época e consegue sustentar bem sua narrativa principal tanto quanto das paralelas.
Um filme que me marcou muito, sempre meche comigo. Um encontro entre duas gerações que se completam e criam um laço paternal. Repleto de momentos tocantes e memoráveis, uma verdadeira preciosidade. Omar Sharif e Pierre Boulanger, que dupla linda.
O filme segue aquela fórmula de outros filmes de heróis, com o protagonista ganhando poderes "sem querer" e se adaptando à nova vida etc, mas deixa sua marca e inova ao preencher esse universo com uma bela mistura latina. Xolo Maridueña nos conquista de imediato com sua simpatia e Bruna Marquezine está ótima como a antagonista (e não apenas um interesse amoroso dele) Jenny Kord, representando bem o Brasil. A família de Jaime Raeys é o grande diferencial nesse filme, o carisma deles e sua energia latina elevam o filme para um tom muito divertido, soando naturalmente, como por exemplo, seu tio dando berros histéricos em todo momento ou sua avó toda girl power, mas também consegue acertar em sua carga dramática, especialmente em uma cena específica bem tocante que mexeu comigo. A estética urbana futurística se molda muito bem com a história, tanto quanto o núcleo dos vilões, criando uma estética própria. Uma grata surpresa, não esperava muita coisa e acabei achando agradável demais.
A ideia é boa, principalmente pelo fato dos adolescentes não serem burros e assumirem que estão correndo perigo invocando as forças do mal. Mas o filme tem vários fatores que sempre me irritam: roteiro cheio de incoerência, encontros mediúnicos jogados sem sentido, fora o problema de sempre, quando as pessoas estão possuídas ficam com o rosto machucado, cheio de marcas e minutos depois ao voltar ao normal, não tem mais nada. É um detalhe que realmente me irrita. No geral é aquele "terror" adolescente de sempre, sem tensão, sem causar medo algum e fica no mesmo ponto demorando a engrenar. Tenho certeza que se não fosse esse boca a boca da geração atual, o filme passaria batido e nunca que seria esse fenômeno de audiência.
Um filme que nos questiona a decisão que tomamos ou deixamos para depois, o relacionamento é mostrado de forma realista, com sutileza mas cheia de profundidade e impacto, mexendo com o emocional, não apenas dos personagens como de quem assiste. Desde o início eu decidi não depositar esperança alguma e nem torcer para o casal mas foi muito difícil. É quase que inevitável não sentir os golpes emocionais que eles sofrem. Terminei e continuo digestando as dores. Mais um filme que vou ficar refletindo: a maioria dos amores, por algum motivo, não podem florescer, eles simplesmente acontecem como uma passagem e quem sabe, voltam a se reencontrar em outras vidas.
Michelle Williams e Kelly Reichardt é uma dupla que ainda quero ver mais muitas e muitas vezes juntas. Como todas suas obras, a diretora imprime aqui seu minimalismo e cotidiano a partir de um momento específico da personagem central. Da ligação da artista com a pomba, da relação dela com a locatária até o processo de criação de suas esculturas. Cada cena tem suas nuances e contrastes com a narrativa, desde as mais simples. O que torna tudo encantador. Está no meu top 3 da diretora.
O diretor sabe muito bem como atingir construções de relacionamentos com maestria e aqui eleas se permeam junto à floresta que, conforte a história anda, o incêndio vai se aproximando junto cada vez mais, e mesmo já nos preparando para sua cosnequência, é impactante.. Paula Beer é definitivamente a nova musa de Petzold, não apenas dele como nossa também. Cada aparição sua em cena é iluminada, apaixonante, hipnotizante, sua beleza fascina. Sua personagem é construída com máximas camadas que afetam de diversas formas os homens ao seu redor. O protagonista é chato, propositalmente testa a nossa paciência mas se redime de uma forma sublime graças, ao talvez, o roteiro mais humano do diretor. A trilha é divina, a canção "Im my mind" não sai da minha cabeça, o desfecho com o som de Ryuichi Sakamoto é grandioso. Me deixou sem palavras.
Baseado em fatos reais sobre os ataques na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris, 90, o filme acaba seguindo uma linha muito mais do trauma pessoal dos personagens do que explorar o fato em si, isso não é um defeito mais acho que se seguisse numa montagem linear dos acontecimentos, oa invés de ter os flashbacks, tornaria mais interessante. o maior acerto desse filme: Noémie Merlant, essa mulher sempre perfeita.
Um road movie besteirol americano com protagonistas asiáticas e cheio de piadas pervertidas, o que achei que acabou ficando escrachado demais. Achei engraçado, senti vergonha alheia e tédio na mesma medida.
A Pixar repete a sua fórmula ao impressionar pela estética gráfica grandiosa e refinada. O que mais chama a atenção são os traços impressionantes, os movimentos e cores das chamas dos personagens de fogo de acordo com suas emoções, a forma de como os personagens de água se movimentam e como todos os elementos se quando estão juntos na sociedade. E mais uma vez eles colocam vários assuntos aqui: culturas, classes sociais, imigrantes, problemas na cidade e família tradicional, todas desenvolvidas de forma sensível e lúdica, apesar de não serem tão exploradas. O foco fica mesmo no romance "quase impossível" de Faísca e Gota, fogo e água. Senti falta de mostrar mais profundidade à cidade, mais dos elementos ar e terra e também de um vilão na história. Mas ainda assim o resultado achei muito bonito e já ganha pontos por ser uma animação original, sem ser remake ou uma sequência.
A relação de um triângulo amoroso, uma mulher dividia entre dois homens: um misterioso e outro a que mantém uma relação ardente e estranha. O desenvolvimento é criado de forma tão rasa que nem o tanto de reviravoltas fazem diferença. As sequências mais explícitas também não acrescentam em nada. Mas foi interessante ver Marcello Mastroianni num personagem canastrão. O melhor do filme é o cenário fascinante e exótico de Marrocos e suas peculiaridades únicas.
A performance de Halle Bailey é ótima mas fora a insersão de representatividade nessa versão, o resto é mais uma cópia cuspida da animação, inclusive as mesmas piadas, só que num resultado bem inferior ao "A Pequena Sereia" de 1989. Já a nova roupagem dos personagens é um tanto traumatizante, transformaram o simpático Linguado em um peixe que parece que está morto e o carismático Sebastião em um caranguejo que dá arrepios. O visual é bonito quando estão em seus (poucos) números musicais em cheio de cores, o contrário de cenas noturnas que são bem escuras. A vilã Úrsula de Melissa McCarthy, que aqui é a mais fiel na aparência de todos os personagens, é prejudicada em meio a péssima iluminação das cenas noturnas. Como todos os outros live-action's, nenhum deles se tornará tão bom quanto os originais. Esse então, não tem o brilho e nem a magia que esperamos ver, parece que o legado da Disney está sendo esquecido.
Uma linda e lúdica história de amor dentro da guerra. É tudo tão encantador, a trilha sonora é mágica e misteriosa, a direção de arte é sofisticada e coloca na tela recursos inovadores em seus efeitos visuais para a época. O ator encanta com sua atuação, especialmente nas sequências finais e memoráveis.
Greta Gerwig nos transporta para o mundo de bonecas e brinca com todas as metalinguagens possíveis, sem colocar limites. No início somos apresentados à origem da boneca e logo adentramos ao mundo cor-de-rosa da "Barbieland", que é esteticamente espetacular. Sua direção de arte é impecável em cada detalhe dos cenários, das cores, dos figurinos, dos móveis que retratam toda a estética dos brinquedos remetendo ao plástico e efeitos na tela em animação. Fiquei fascinado pelo visual. Vemos a desconstrução física e emocional da boneca perfeita. O filme vai muito mais além do explorar a crise existencial dela, ele entra fundo na complexidade do que é ser mulher. Através da Barbie no mundo real, presenciamos o choque de gerações. Além disso também conhecemos várias camadas da masculinidade de Ken. A própria marca Mattel se aproveita e conta sua história, mostrando como as mudanças durante os anos em relação a boneca foram necessárias, junto da sociedade. Margot Robbie prova que foi a escolha perfeita, como ela é literalmente uma boneca linda (até com pés chatos, rs) e Ryan Gosling, tome as minhas palmas, me arrisco a dizer que é a melhor atuação da sua carreira. O maior acerto da diretora foi assumir no filme que a Barbie é uma boneca mesmo e abraçar todos os absurdos. Pra mim, isso que tornou o filme tão gostoso.
A cada filme que eu assisto da Kelly Reichardt fico mais apaixonado pela sua estética e estilo narrativo. Seus roteiros são sempre cheio de profundidade, onde a construção sob o desenvolvimento dos personagens sempre importantes para os acontecimentos significativos pela frente. Tanto o desempenho de Jesse Eisenber quanto de Dakota Fanning são brilhantes. É sobre a crise da identidade juvenil, sobre agir sem pensar no que pode causar negativamente. É a obra mais consequencial da cineasta.
Achei interessante em dois pontos específicos: a época se passando numa era medieval futurística (apesar de muitas vezes isso confundir) e no protagonista sendo um cavaleiro gay. A representatividade é boa mas achei a animação cheia de clichês e muito parecida com outras atuais. Visualmente me incomodou, algumas cenas os gráficos pareciam estar inacabados, principalmente na profundidade das cenas.
Decidi assistir para me divertir, com a mente aberta e achei que ele se encaixou bem no gênero DC cômico como Shazam. Acho que se a pretensão foi ser um besteirol assumido de super-herói, funcionou bem, seja na atuação exageradamente proposital de Ezra Miller como Barry no passado, nas sequências beirando ao bizarro mas bem divertidas, como a inicial dos bebês que me arrancaram boas risadas ou nas participações especiais em CGI pra lá de estranhas mas que acabaram fazendo sentido. Os efeitos visuais não me incomodoram tanto. Mas precisava esse exagêro cômico ? Precisava ter multiverso ? Precisava essa duração enorme ? Não, não e não.
Depois de um tempo investindo em obras mais conceituais e artísticas, Wes Anderson volta a fisgar um novo público com essa obra mais comercial. Mais uma vez ele oferece uma experiência única e caprichosa tecnicamente e visualmente. Achei genial a forma que ele mostra a criação do filme pelo narrador, pela pessoas por trás das câmeras e pela sociedade espelhada pelos personagens presentes na história. A história é bem simples, leve e descontraída mas seguindo com os elementos que são a marca de Anderson: os enquadramentos dos personagens, takes sublimes, universo fictício próprio e visual esplendoroso. Você percebe como o roteiro é incrível quando até mesmo um ser de outro planeta consegue te comover. O elenco é uma perfeição, até mesmo Margot Robbie, Willem Dafoe e Jeff Goldblum estão excelentes em suas breves aparições. Um vasto estudo da sociedade, suas ambições extremas e existencialismo na forma mais genial e inteligente possível. Um dos meus filmes favoritos do ano até agora.
Fiquei encantado, eu adoro essa estética suburbana oitentista cheias de iluminações, cores, fumaça e cenários de prédios de beco noturnos. A abertura deixa no ar a vontade de ser um musical mas acaba sendo um noir com toques de suspense e drama, ele tem uma identidade própria. Tudo é bem velado: os poucos números musicais, as cenas sensuais sem ser eróticas, a violência, sem sangue explícito e até mesmo os diálogos, provocativos mas sem um enredo linear. Mesmo sem um roteiro fixo a seguir, o filme consegue abordar diversos temas como a homossexualidade, questões sociais, gangues e romance. É experimental e extasiante. O elenco, estelar: Andrea Riseborough, Harry Melling, Karl Glusman e Demi Moore como nunca vimos antes.
Angela
2.5 81Pegando apenas o pedaço da relação com Doca e últimos momentos da vida de Ângela Diniz, o filme traça o percurso decisivo de sua vida e seus abusos, focando apenas nisso e sem um aprofundamento dessa que poderia gerar uma rica história a ser contada.
Mas Ísis Valverde brilha tanto na tela encarnando a própria socialite, que vale todo o tempo desperdiçado da história dela não contada. Atuação visceral, sem contar que nunca vi a Ísis tão linda como aqui.
Rotting in the Sun
3.5 82 Assista AgoraOs primeiros minutos são engraçados, depois do acontecimento que começa a dar um novo ponto de embarque para o filme, fica bem chato.
O Último Golpe
3.6 38 Assista AgoraPrimeiro filme de Cimino já entregando todo seu estilo único com uma simpática e empolgante aventura road movie de roubo ao banco, bem estilosa por sinal.
A dupla Clint Eastwood e Jeff Bridges é grandiosa e proporciona grandes momentos memoráveis. Aliás, as sequências entre os dois na estrada, dialogando e convivendo juntos, são muito mais interessantes do que as de fuga. Bridges levou merecidamente o Oscar de ator coadjuvante, ele conseguiu se destacar tanto (ou até mais) que Eastwood.
Especialmente os últimos minutos, o filme também me comoveu bastante.
Passagens
3.4 76 Assista AgoraFilme totalmente auto destrutivo que mostra a própria derrocada do protagonista em busca de se fracassar cada vez mais, pegando uma passagem para o fundo do povo. O desenvolvimento de Tomas é o grande foco, a ponto da personagem feminina não ter importância alguma na narrativa.
Gostei muito dessa representação dos personagens de diferentes lugares, mostrando como Paris é uma cidade tão diversificada.
É uma história crua, cheia de frieza mas que fascina, seja pelas belas cenas sexuais ou pelo excelente trio central Franz, Ben e Adèle.
O Conde
3.2 92 Assista AgoraAchei simplesmente criativo e brilhante. Desde seu início narrando a rotina dos dias de vampiro de Augusto Pinochet, as explicações das vítimas que ele busca sugar o sangue e comer o coração, dando preferência aos americanos, enquanto os humanos da América do Sul sendo ruins, sacada ótima.
A escolha de ser em preto e branco atenua o sombrio enredo e à figura do ditador que protagonista a obra. Sua fotografia e composição técnica impressionam, as sequências sem diálogos são maravilhosas.
Por fim percebemos como esse filme poderia facilmente ser realidade (e na verdade é, vendo por um contexto metáforo). Frio, divertido e perturbador. Final poético, não poderia ser melhor.
Mais uma obra memorável de Larraín.
Jeanne du Barry
3.4 11O filme pega uma trecho
Johnny Depp encarna o rei de Versalhes de maneira encantadora, cheio de sutilezas e nuances de humor, tendo uma boa conexão em cena com Maïwenn. Ela faltou colocar mais da sedução de Jeanne, porém trouxe personalidade à figura histórica. A direção de arte e fotografia são maravilhosas, o enquadramento perfeito, os figurinos luxuosos e a cenografia sublime.
O filme tem todos os elementos de uma superprodução de época e consegue sustentar bem sua narrativa principal tanto quanto das paralelas.
Uma Amizade sem Fronteiras
4.0 66Um filme que me marcou muito, sempre meche comigo. Um encontro entre duas gerações que se completam e criam um laço paternal.
Repleto de momentos tocantes e memoráveis, uma verdadeira preciosidade. Omar Sharif e Pierre Boulanger, que dupla linda.
Besouro Azul
3.2 552 Assista AgoraO filme segue aquela fórmula de outros filmes de heróis, com o protagonista ganhando poderes "sem querer" e se adaptando à nova vida etc, mas deixa sua marca e inova ao preencher esse universo com uma bela mistura latina.
Xolo Maridueña nos conquista de imediato com sua simpatia e Bruna Marquezine está ótima como a antagonista (e não apenas um interesse amoroso dele) Jenny Kord, representando bem o Brasil.
A família de Jaime Raeys é o grande diferencial nesse filme, o carisma deles e sua energia latina elevam o filme para um tom muito divertido, soando naturalmente, como por exemplo, seu tio dando berros histéricos em todo momento ou sua avó toda girl power, mas também consegue acertar em sua carga dramática, especialmente em uma cena específica bem tocante que mexeu comigo.
A estética urbana futurística se molda muito bem com a história, tanto quanto o núcleo dos vilões, criando uma estética própria.
Uma grata surpresa, não esperava muita coisa e acabei achando agradável demais.
Fale Comigo
3.6 957 Assista AgoraA ideia é boa, principalmente pelo fato dos adolescentes não serem burros e assumirem que estão correndo perigo invocando as forças do mal. Mas o filme tem vários fatores que sempre me irritam: roteiro cheio de incoerência, encontros mediúnicos jogados sem sentido, fora o problema de sempre, quando as pessoas estão possuídas ficam com o rosto machucado, cheio de marcas e minutos depois ao voltar ao normal, não tem mais nada. É um detalhe que realmente me irrita.
No geral é aquele "terror" adolescente de sempre, sem tensão, sem causar medo algum e fica no mesmo ponto demorando a engrenar.
Tenho certeza que se não fosse esse boca a boca da geração atual, o filme passaria batido e nunca que seria esse fenômeno de audiência.
Vidas Passadas
4.2 716 Assista AgoraUm filme que nos questiona a decisão que tomamos ou deixamos para depois, o relacionamento é mostrado de forma realista, com sutileza mas cheia de profundidade e impacto, mexendo com o emocional, não apenas dos personagens como de quem assiste.
Desde o início eu decidi não depositar esperança alguma e nem torcer para o casal mas foi muito difícil. É quase que inevitável não sentir os golpes emocionais que eles sofrem. Terminei e continuo digestando as dores.
Mais um filme que vou ficar refletindo: a maioria dos amores, por algum motivo, não podem florescer, eles simplesmente acontecem como uma passagem e quem sabe, voltam a se reencontrar em outras vidas.
Esculturas da Vida
3.4 15 Assista AgoraMichelle Williams e Kelly Reichardt é uma dupla que ainda quero ver mais muitas e muitas vezes juntas.
Como todas suas obras, a diretora imprime aqui seu minimalismo e cotidiano a partir de um momento específico da personagem central.
Da ligação da artista com a pomba, da relação dela com a locatária até o processo de criação de suas esculturas. Cada cena tem suas nuances e contrastes com a narrativa, desde as mais simples. O que torna tudo encantador.
Está no meu top 3 da diretora.
Afire
3.8 49O diretor sabe muito bem como atingir construções de relacionamentos com maestria e aqui eleas se permeam junto à floresta que, conforte a história anda, o incêndio vai se aproximando junto cada vez mais, e mesmo já nos preparando para sua cosnequência, é impactante..
Paula Beer é definitivamente a nova musa de Petzold, não apenas dele como nossa também. Cada aparição sua em cena é iluminada, apaixonante, hipnotizante, sua beleza fascina. Sua personagem é construída com máximas camadas que afetam de diversas formas os homens ao seu redor.
O protagonista é chato, propositalmente testa a nossa paciência mas se redime de uma forma sublime graças, ao talvez, o roteiro mais humano do diretor. A trilha é divina, a canção "Im my mind" não sai da minha cabeça, o desfecho com o som de Ryuichi Sakamoto é grandioso.
Me deixou sem palavras.
Um Ano, Uma Noite
3.3 1Baseado em fatos reais sobre os ataques na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris, 90, o filme acaba seguindo uma linha muito mais do trauma pessoal dos personagens do que explorar o fato em si, isso não é um defeito mais acho que se seguisse numa montagem linear dos acontecimentos, oa invés de ter os flashbacks, tornaria mais interessante.
o maior acerto desse filme: Noémie Merlant, essa mulher sempre perfeita.
Loucas em Apuros
3.3 93Um road movie besteirol americano com protagonistas asiáticas e cheio de piadas pervertidas, o que achei que acabou ficando escrachado demais.
Achei engraçado, senti vergonha alheia e tédio na mesma medida.
Elementos
3.7 466A Pixar repete a sua fórmula ao impressionar pela estética gráfica grandiosa e refinada.
O que mais chama a atenção são os traços impressionantes, os movimentos e cores das chamas dos personagens de fogo de acordo com suas emoções, a forma de como os personagens de água se movimentam e como todos os elementos se quando estão juntos na sociedade.
E mais uma vez eles colocam vários assuntos aqui: culturas, classes sociais, imigrantes, problemas na cidade e família tradicional, todas desenvolvidas de forma sensível e lúdica, apesar de não serem tão exploradas. O foco fica mesmo no romance "quase impossível" de Faísca e Gota, fogo e água.
Senti falta de mostrar mais profundidade à cidade, mais dos elementos ar e terra e também de um vilão na história.
Mas ainda assim o resultado achei muito bonito e já ganha pontos por ser uma animação original, sem ser remake ou uma sequência.
Atrás Daquela Porta
3.2 1A relação de um triângulo amoroso, uma mulher dividia entre dois homens: um misterioso e outro a que mantém uma relação ardente e estranha.
O desenvolvimento é criado de forma tão rasa que nem o tanto de reviravoltas fazem diferença. As sequências mais explícitas também não acrescentam em nada. Mas foi interessante ver Marcello Mastroianni num personagem canastrão.
O melhor do filme é o cenário fascinante e exótico de Marrocos e suas peculiaridades únicas.
A Pequena Sereia
3.3 522 Assista AgoraA performance de Halle Bailey é ótima mas fora a insersão de representatividade nessa versão, o resto é mais uma cópia cuspida da animação, inclusive as mesmas piadas, só que num resultado bem inferior ao "A Pequena Sereia" de 1989. Já a nova roupagem dos personagens é um tanto traumatizante, transformaram o simpático Linguado em um peixe que parece que está morto e o carismático Sebastião em um caranguejo que dá arrepios. O visual é bonito quando estão em seus (poucos) números musicais em cheio de cores, o contrário de cenas noturnas que são bem escuras. A vilã Úrsula de Melissa McCarthy, que aqui é a mais fiel na aparência de todos os personagens, é prejudicada em meio a péssima iluminação das cenas noturnas.
Como todos os outros live-action's, nenhum deles se tornará tão bom quanto os originais. Esse então, não tem o brilho e nem a magia que esperamos ver, parece que o legado da Disney está sendo esquecido.
A Planta Dourada
3.7 4Uma linda e lúdica história de amor dentro da guerra. É tudo tão encantador, a trilha sonora é mágica e misteriosa, a direção de arte é sofisticada e coloca na tela recursos inovadores em seus efeitos visuais para a época.
O ator encanta com sua atuação, especialmente nas sequências finais e memoráveis.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraGreta Gerwig nos transporta para o mundo de bonecas e brinca com todas as metalinguagens possíveis, sem colocar limites.
No início somos apresentados à origem da boneca e logo adentramos ao mundo cor-de-rosa da "Barbieland", que é esteticamente espetacular. Sua direção de arte é impecável em cada detalhe dos cenários, das cores, dos figurinos, dos móveis que retratam toda a estética dos brinquedos remetendo ao plástico e efeitos na tela em animação. Fiquei fascinado pelo visual.
Vemos a desconstrução física e emocional da boneca perfeita. O filme vai muito mais além do explorar a crise existencial dela, ele entra fundo na complexidade do que é ser mulher. Através da Barbie no mundo real, presenciamos o choque de gerações. Além disso também conhecemos várias camadas da masculinidade de Ken.
A própria marca Mattel se aproveita e conta sua história, mostrando como as mudanças durante os anos em relação a boneca foram necessárias, junto da sociedade.
Margot Robbie prova que foi a escolha perfeita, como ela é literalmente uma boneca linda (até com pés chatos, rs) e Ryan Gosling, tome as minhas palmas, me arrisco a dizer que é a melhor atuação da sua carreira.
O maior acerto da diretora foi assumir no filme que a Barbie é uma boneca mesmo e abraçar todos os absurdos. Pra mim, isso que tornou o filme tão gostoso.
Movimentos Noturnos
2.9 72 Assista AgoraA cada filme que eu assisto da Kelly Reichardt fico mais apaixonado pela sua estética e estilo narrativo. Seus roteiros são sempre cheio de profundidade, onde a construção sob o desenvolvimento dos personagens sempre importantes para os acontecimentos significativos pela frente.
Tanto o desempenho de Jesse Eisenber quanto de Dakota Fanning são brilhantes.
É sobre a crise da identidade juvenil, sobre agir sem pensar no que pode causar negativamente. É a obra mais consequencial da cineasta.
Nimona
4.1 232 Assista AgoraAchei interessante em dois pontos específicos: a época se passando numa era medieval futurística (apesar de muitas vezes isso confundir) e no protagonista sendo um cavaleiro gay. A representatividade é boa mas achei a animação cheia de clichês e muito parecida com outras atuais.
Visualmente me incomodou, algumas cenas os gráficos pareciam estar inacabados, principalmente na profundidade das cenas.
The Flash
3.1 742 Assista AgoraDecidi assistir para me divertir, com a mente aberta e achei que ele se encaixou bem no gênero DC cômico como Shazam. Acho que se a pretensão foi ser um besteirol assumido de super-herói, funcionou bem, seja na atuação exageradamente proposital de Ezra Miller como Barry no passado, nas sequências beirando ao bizarro mas bem divertidas, como a inicial dos bebês que me arrancaram boas risadas ou nas participações especiais em CGI pra lá de estranhas mas que acabaram fazendo sentido. Os efeitos visuais não me incomodoram tanto.
Mas precisava esse exagêro cômico ? Precisava ter multiverso ? Precisava essa duração enorme ? Não, não e não.
Asteroid City
3.1 187 Assista AgoraDepois de um tempo investindo em obras mais conceituais e artísticas, Wes Anderson volta a fisgar um novo público com essa obra mais comercial.
Mais uma vez ele oferece uma experiência única e caprichosa tecnicamente e visualmente. Achei genial a forma que ele mostra a criação do filme pelo narrador, pela pessoas por trás das câmeras e pela sociedade espelhada pelos personagens presentes na história.
A história é bem simples, leve e descontraída mas seguindo com os elementos que são a marca de Anderson: os enquadramentos dos personagens, takes sublimes, universo fictício próprio e visual esplendoroso. Você percebe como o roteiro é incrível quando até mesmo um ser de outro planeta consegue te comover.
O elenco é uma perfeição, até mesmo Margot Robbie, Willem Dafoe e Jeff Goldblum estão excelentes em suas breves aparições.
Um vasto estudo da sociedade, suas ambições extremas e existencialismo na forma mais genial e inteligente possível.
Um dos meus filmes favoritos do ano até agora.
Please Baby Please
3.1 18 Assista AgoraFiquei encantado, eu adoro essa estética suburbana oitentista cheias de iluminações, cores, fumaça e cenários de prédios de beco noturnos.
A abertura deixa no ar a vontade de ser um musical mas acaba sendo um noir com toques de suspense e drama, ele tem uma identidade própria.
Tudo é bem velado: os poucos números musicais, as cenas sensuais sem ser eróticas, a violência, sem sangue explícito e até mesmo os diálogos, provocativos mas sem um enredo linear.
Mesmo sem um roteiro fixo a seguir, o filme consegue abordar diversos temas como a homossexualidade, questões sociais, gangues e romance. É experimental e extasiante. O elenco, estelar: Andrea Riseborough, Harry Melling, Karl Glusman e Demi Moore como nunca vimos antes.