sexualidade de pre-adolescentes, encarada com muito mais leveza do que o costume. tanto q o pai de uma delas estranha ao ouvir falar em estupro de vulnerável, como se não fosse, ehr... surpreendente, para ele, q um homem maior de idade transe com a filha de 11 anos.
pela fala da mãe da outra menina, parece tb q a gravidez na adolescência é uma probabilidade muito mais alta para estas pessoas. sim, eu sei q estatisticamente as maiores ocorrências são mesmo neste meio, mas estou falando da percepção deste fenômeno por eles, que estão inseridos neste contexto. não q seja vista como algo bom, há uma noção de que atrapalha as possibilidades de melhora de vida, mas é meio que encarado como uma fatalidade, não como algo q deve e pode ser evitado quase sempre. todas foram mães adolescentes e ainda assim não souberam orientar as filhas pra q se prevenissem corretamente.
por outro lado, as relações entre as pessoas, q parecem tão precárias, compartilham de valores com o resto de "nós". por ex,
a noção de responsabilidade e respeito parece não fazer parte da educação dos pais, é algo q vai se moldando pelo sofrimento, sob a torta influência da igreja (vide o repúdio à ideia de interromper a gravidez e o choro do menino enquanto o pastor berra sobre "a honra da família") e de informações legais, trazidas de um jeito raso pela tv (pagar pensão = papel cumprido, não pagar pensão = cadeia).
guardadas as devidas proporções, eu, infelizmente, consigo enxergar essas falhas de diálogo e formação em boa parte da sociedade, q tem mais recursos e, em tese, é mais instruída.
me chocou um pouco a forma como a sandra mostrou o dilema dos 2 filhos.
a garota q pressiona o cara a descuidar do filho de outra mulher, como prova de amor a ela, me parece ser algo universal tb (premissa de vilã de novela, até), mas mais dissimulado. chega a ser dolorido ver a menina negra* tendo o filho negligenciado por esse motivo, especialmente na sequencia q mostra a diferença de tratamento do pai com as duas crianças (sendo afetuoso com uma e distante com a outra).
*não pude deixar de reparar q a mulher/família escolhida era mais clara. seria o tal do racismo estrutural (i.e. a menina e a criança serem vistas como mais bonitas) ou apenas coincidência? pelo histórico apresentado, ele ficou 6 meses com uma, 3 meses com outra. não é tanta diferença assim q justifique o abandono da nova parceira em substituição pela anterior. claro q a gente n conhece a dinâmica dos 2 relacionamentos pra comparar, ficamos na especulação. como contra-argumento, temos o fato do filme deixar transparecer, em um diálogo entre o pai da joyce e o rapaz, q a família dela seria mais presente. isso justificaria, em parte, o acolhimento da outra menina na casa da sogra (ao menos foi isso q eu entendi do acordo: a garota ficaria na casa até a criança nascer, sendo sustentada pelo namorado/sogra. depois, iria pra casa da família onde não teria uma rede de apoio, assumiria suas responsabilidades de irmã novamente e contaria apenas com o dinheiro da pensão. enquanto isso, a joyce continuaria vivendo e sendo mantida pelos pais, sendo a tal pensão exigida mais por uma questão de honra, e encarada apenas como um auxílio, vide a última fala dela: estamos muito bem sozinhas, só eu e minha filha)
que vai para o hospital sozinha, sem ninguém ao lado dela naquele momento. as outras duas tinham seus namorados e mães/sogras para apertar a mão e dizer coisas boas. já no caso dela, o namorado parece trata-la com descaso o tempo todo (claro q depois a gente descobre q ele estava evitando ser filmado, pq mentiu e ainda estava envolvido no tráfico). e a mãe, aparentemente a mais despreocupada com a situação da filha (a única q conta a história rindo, como se não fosse um problema), tb parece não se sentir indiretamente responsável pela criação do bebê, já que não há preocupação de por onde a menina anda (ela vai pro baile funk grávida, bebe, briga, volta a hora q quer) nem em nenhum momento se menciona quem irá sustentar a criança (a mãe da outra menina chora preocupada com o sustento da criança e a terceira garota, apesar de n ter pais presentes, conta com o apoio da sogra e do namorado).
enfim, gostei bastante, mas fiquei aqui encafifada sobre como mudar essa realidade.
bacaninha o filme. certamente alguém já deve ter lembrando, nos comentários aí embaixo, de outras homenagens ao cinema mudo, q retratam a decadência de seus astros, como cantando na chuva, crepúsculo dos deuses e, principalmente, nasce uma estrela (a historia de the artist é bem parecida). com a diferença, e taí o mérito desse filme aqui, q esses outros são coloridos e falados.
achei uma gracinha, muito fofo, mas, da mesma forma q "the kids are all right" ano passado, não acho q tenha aquele algo de diferente e pretensioso como os outros indicados. enfim, um draminha familiar gostosinho q com certeza eu vou querer rever, com a dose certa de humor, mas que não chega a causar comoção.
achei gracinha, sem ser meloso. a lizzie até tem uma historinha própria, não fica só orbitando o protagonista. é bobinho e tal, mas eu gostei. o peter é um personagem carismático, divertido de acompanhar e tem aquele sotaquinho lindo. é até engraçado dizer isso, mas serviu pra amenizar a imagem q eu tinha desse ator (pq já vi 8 filmes com ele e em todos ele interpretava alguém com desvio de caráter haha).
gostei, um filme de fantasia q lembra um pouco o jumanji. é um pouco mais infantil do q outros do gênero, mas isso não atrapalha em nada: a historia é agil e bem amarradinha, juro que dá até um pouquinho de medo em algumas partes (pelo menos pra mim heheh). uma pena ter sido lançado sob a sombra da (chatíssima) saga de narnia, tanto pela época de lançamento quanto pelo nome parecido, pq não tem nada a ver, felizmente :)
até que o filme tem alguns pontos diferentinhos do gênero. por exemplo, mostrar que era possível, em raros casos, uma convivência mais tolerante entre lados opostos (desde q obviamente ambos os lados fossem brancos. pff). eu já li um relato de um ex-combatente americano (não lembro de que guerra foi, mas acho q foi a IIGM mesmo) dizendo que lá pro final da guerra, depois de tantos anos, muitos soldados ficavam tão desiludidos e cansados daquilo que faziam até amizade com o inimigo, combinavam cessar fogo em algumas noites, pra q pudessem descansar, e até comemorar o natal. e o filme tb mostraq não tem pq pintar um lado de "O mal" e o outro de "O bem", já q é muito fácil vc ser contra nazistas enquanto rola um apartheid no seu próprio país em relação aos negros (q só foi acabar uns 20 anos depois do fim da guerra, coisa q o filme falha em não dizer). daí q por esse lado, eu achei o filme interessante, sim. e ele tb prende a atenção pela história do julgamento, embora o desfecho seja muito ruinzinho
(cê jura q iam matar o bruce willis e deixar os outros numa nice? aliás, a cena dele voltando, com aquela cara de canastrão, foi super constrangedora).
mas acho q, em resumo, valeu a pena, não é daqueles filmes de ação e barulheira desnecessária.
me incomodou a ideia idiota do casal, se ele tivesse sido baleado ANTES de chegar ao quiosque, seria coerente. mas, uma vez lá dentro, pq eles foram fingir aquilo?! claro q ia dar merda. bastava ela levantar sozinha a porta e dizer "eu fugi pq eu quis", a polícia nunca ia atirar na loirinha rica ¬¬
besteirol puro, mas eu achei q fosse ser muito pior. juro q dá pra rir em vários momentos, de tão bobo/absurdo q é, mas sem ser ofensivo. me lembrou o espírito de "tá todo mundo louco" (q me faz rir a beça, confesso)
woddy com cara de woody, para ver e rever. agora eu entendi melhor pq todo filme dele tem como trilha sonora esse tipo de música, rs. alias, é engraçado ver como ele aproveitou ideias desse filme no recente "meia noite em paris" (sendo "a era do radio" muito superior). o mais divertido é q, com base no q vemos em outros filmes e na tendência auto-biográfica do cara, a história parece ser realmente a história da infância dele. pode não ser, em muita coisa, pode ter coisas inventadas, histórias ouvidas de outras pessoas, misturadas a lembranças de fatos reais. mas q é possível vê-lo saindo daquilo ali, é. muito divertido e até um pouco comovente. das atrizes, dianne west deu um show e a participação da fofa diane keaton cantando tb chama a atenção. o sentimento de nostalgia emprestada me fisgou um pouco, por lembrar das histórias da minha avó sobre essa época :)
adoro o humor desse filme haahaha uma das coisas q eu mais gosto é q não tem ninguém totalmente certo ou errado, cada um tem razão até certo ponto e age extremamente mal por outro. é gostoso ir vendo essas camadas dos personagens e chegar ao final totalmente sem saber oq vai acontecer e sem ter por quem torcer.
a insuportavelzinha, por exemplo, tem razão em se ressentir por ter que batalhar muito mais, por ser mais pobre e mulher. por isso ela é, de certo modo, independente, perseverante, responsável e assertiva. mas ela extrapola qualquer limite, esnoba as pessoas, é arrogante, mandona, manipuladora e, embora conheça conceitos, ignora a ética pra 'vencer'. ela tem uma ideia do q é o vencer bem simplista e gananciosa, alias, pq a mãe a criou pra só se contentar com o 'melhor', o 'maior', poder, poder poder.
o jim se identifica de certo modo com a tracy (ele é O melhor professor, blablabla), mas tb percebe o desprezo q ela sente por ele, tendo seu orgulho ferido (talvez no passado ele de fato ambicionasse algo mais, q tenha se acomodado no sonho de ser professor numa escolinha de interior, quando almejava viver num lugar cosmopolita). por outro lado, ele parece bem satisfeito em dar aula e se incomoda pelo fato da tracy almejar algo além do q ele conquistou, justamente por ver q ela não tem os mesmos privilégios q os demais. alem disso, o cara não tinha uma vida pessoal satisfatória e sente como se a tracy tivesse roubado um pedaço do q ele construiu (o casamento dele começa a desandar, na cabeça dele, qd o amigo passa a ter um caso com a garota). tracy tem razão qd afirma q há nele um tanto de inveja e frustração, mas ela se engana ao julga-lo um fracasso. o jeito q ele, por sua vez, faz de tudo pra sabotar uma aluna baseado em valores subjetivos, alem de manipular um garoto q não tinha nada a ver com a historia, não é nada profissional.
o garotão parece ser um cara 'bonzinho', leve, amigável. isso pq ele obviamente é uma pessoa privilegiada q nunca teve q se preocupar com nada, sempre teve tudo mto fácil, é um alienado. de certa forma, isso foi bom pq n instigou nele um espírito competitivo doentio. embora ele gostasse de ser esportista não é vencer q o movia, mas a popularidade. e ele se realiza em continuar sendo popular de outros modos. é isso q o motiva a se eleger (apesar de toda a manipulação do professor em tentar convence-lo de q ele deveria "ajudar as pessoas", etc. pq é notório como ele n faz a menor ideia do q aquele discurso de fato quer dizer. ao contrário da tracy, q era psicótica, mas realmente empenhada em fazer o melhor do q era esperado do cargo). daí q por mais q ele seja abobalhado, a gente acha bonitinho ele não desejar o mal de ninguém. mas não é pq ele pense em fazer o bem, mas pq ele simplesmente não enxerga as pessoas com suas limitações, como iguais, as pessoas são como bens, estão ali para alegra-lo, consola-lo, acarinha-lo, etc. no fundo, ele tb não tem amigo algum. ele é tão auto-centrado q se sentia a maior vítima do mundo por n poder mais ser atleta, sendo q não era algo q iria garantir o futuro dele (como a tracy, cuja única chance de ir pra faculdade era com bolsa). ele só sai desse bode vitimista empurrado pelo professor, mas não se esforça nem um pouco em se dedicar, aprender, tentar ser realmente um bom presidente de turma.
tem ainda a irmã rejeitada pelos pais pq vive à sombra do irmão bem sucedido. ela é esquiva, solitária, não se destaca pela inteligência, nem nada especial. então é meio obvio q ela não é criada pra ser amiga desse irmão. ela não o respeita, certamente se ressente. e aí tem a questão do interesse amoroso rejeita-la e troca-la pelo irmão. ela quer se vingar na garota, atingindo ele. o problema é q a garota não está nem aí pra ele, então ela desiste do plano e se manda dali. no final, ela até consegue ver q o irmão, apesar de tudo, é mais legal q a tracy, pq sabe oq ela aprontou. no fim, ela parece ter conseguido o q queria pq, ainda que o novo interesse romântico seja outro equívoco, na nova escola ela tem a chance de se integrar sem ser eclipsada pelo irmão.
a forma como todos os personagens complexos interagem e as subtramas são bem interessantes.
ÓTIMA trilha sonora, alguns bons atores, belo figurino, algumas bonitas cenas (a do bob com os discos, por exemplo). mas o filme é fraco, tanto pela história em si quanto pelas personalidades pouco desenvolvidas de quase todos os personagens. uma puta decepção pra mim, q esperava um filme muuuito melhor em razão do tema e vindo do richard curtis (das minhas queridas britcom).
oq poderia ter dado um pouco de densidade ao filme era o naufrágio, mas a coisa é toda levada no esculacho (sem ser engraçado, sabe? cenas dramáticas q lembram titanic - até a referência à banda q afunda tocando - com soluções pseudo engraçadinhas).
fora q eles elevaram o título de mulher-trofeu a um novo nível! sério, as personagens femininas mal têm falas, o papel delas ali é unicamente... serem atraentes. a única mulher q de fato vive no barco não tem um programa de rádio, é uma.fucking.doméstica, igualmente sem história. e ainda colocaram como lésbica pra dar a entender q ela é just one of the guys (pq se fosse hetero ou bi, o papel dela seria transar tb).
aliás, é engraçado como todas as vezes q uma mulher subia ao barco era pra estragar o clima de confiança e camaradagem. curtis perdeu uma grande chance de mostrar grupos de amigos divertidos como o de notting hill e 4c&1f. uma pena. uma das melhores cenas, sem dúvidas, é quando eles fazem uma espécie de jogo da verdade e, finalmente, CONVERSAM. pq o resto do tempo é só troca de frases de efeito ZzZzZz.
acho q faltou tb mais espírito de rebeldia, tem muita atitude bobinha gratuita e pouco propósito transgressor. se vc tem um veículo de comunicação nas mãos sem restrições e é ouvido pela porra do país todo, vc não se restringe a fazer piadas sexuais, acho eu. ainda mais em anos de tantas revoluções na sociedade (botar um personagem negro e uma lésbica no filme, que por acaso são os q menos aparecem na história, não representa o sentimento da revolução sexual e do movimento racial da época. enfim).
por fim, embora tenha gostado do papel do kenneth branagh, o agente do estado repressor-bobão, é meio sem sentido ver q ele passa o filme todo tentando tornar a parada ilegal, quando a premissa do filme, dita logo nos primeiros minutos, é justamente q as regras do país não se aplicavam em alto-mar. assim, falta climax, a tava na cara q não ia dar em nada
o começo até tava interessante, mas depois de 40 minutos perdi a atenção, deduzi tudo oq ia acontecer, inclusive o final triste, pq as coisas começaram a acontecer mto rápido, etc. tem bem o jeito melodramático do sparks mesmo, lembra o message in a bottle, só que bem menos charmoso pela ausência do kevin costner e de um drama mais convincente ao longo da história.
adorei o filme, é alegrinho, ingênuo, com a dose certa de drama, me lembrou um pouco o jeito do mike leigh. nem preciso dizer q estou doida pra ver os outros 3 contos, agora. as atuações são bem naturais, oq nos faz meio cúmplices tramas românticas. isso ainda se agravou, no meu caso, pq tenho amigas muito parecidas, fisicamente, com magali e rosine, é até engraçado... por fim, entendo perfeitamente o jeito complicado da protagonista, ah se entendo!
mais um filme que tenta entender a violência doméstica, dessa vez por meio de relatos reais muito bem interpretados (especialmente pela fantástica julia lemertz, mas tb pelo angelo antonio - de quem é possível sentir ódio assistindo, de tão real). o tema não me atraiu muito a ver esse filme na época q esteve no cinema, mas o formato é diferente e prendeu minha atenção.
achei interessante o caso das lésbicas, que inicialmente parecia ser a visão da agressora e da agredida, mas acaba por ser o mesmo personagem interpretado por 2 atrizes.
curiosamente, o único relato do lado agressor q é mulher é o mais sensível e mais fácil de entender, talvez pelo fato de se dar numa relação aparentemente mais igualitária (não só na questão da força física, mas por não serem mto bem definidos os papeis tradicionais machistas, como o de provedor, por exemplo)
já quanto aos personagens masculinos, é difícil ter alguma empatia pq os relatos são feitos na defensiva, como se eles estivessem cobertos de razão. cheios de frases como "ela mereceu", "ela provocou" e coisas do tipo. talvez fosse mais impactante se os relatos tivessem sido intercalados trecho a trecho com o lado agredido (enquanto eu ouvia esse tipo de frase eu lembrava do personagem da leticia colin dizendo do prazer sádico do parceiro em não querer q ela tivesse prazer nem mesmo assistindo tv)
oq eu n esperava é conseguiu me fazer refletir sobre mulheres q humilham os homens e tb tentam agredir fisicamente (levando a pior) por estarem insatisfeitas na relação, como o relato da personagem da lilia cabral (e tb do claudio jaborandy, salvo engano) mostra. ficou bem claro pra mim q a falta de diálogo está intimamente ligada à violência (oq só me faz ter certeza de q isso nunca vai acontecer comigo). fico pensando na quantidade de pessoas q tem relacionamentos limitados ao prazer físico e a afinidades superficiais, mas q de fato n conversam sobre coisas importantes e n sabem lidar com as limitações um do outro.
achei legal mostrarem isso pq eu to acostumada com a visão novelística de mulheres frágeis, fracas, dependentes, totalmente 'inocentes' e agressores psicopatas. e agora eu sei q há pessoas absolutamente normais q passam por isso por incapacidade de se expressarem e incompreensão do outro como igual. triste...
só implico mesmo com a tentativa de justificação dos agressores, pq NADA q a vítima possa falar justifica partir pra força bruta, é totalmente desproporcional. acho q o filme poderia ter deixado um pouquinho mais clara a crítica a esses trechos, mostrando q o modo mais fácil de se livrar daquele sentimento incômodo é saindo do relacionamento. permanecer com uma mulher q te faz infeliz por puro sentimento de posse e resolver bater para faze-la parar é doentio. mulheres q ficam com agressores por medo de ficarem sozinhas tb, mas pelo menos têm a justificativa de q foram educadas pra pensar dessa maneira patética, de q a maior meta de vida delas era casar e ter filhos.
as partes da mariana lima e do du moscovis são tocantes por abordarem a questão da violência contra crianças (e na frente delas) e em como isso vai afetar a vida adulta dessas vítimas do passado, perpetuando as relações de agressão.
concordo com o pessoal q disse q as cenas de transição, que poderiam ser bonitas, se tornaram cansativas e quebraram um pouco o ritmo do filme.
a música do bar é uma coisa q me aterroriza toda vez q eu ouço. vi uma vez pra nunca mais, a cena de gang rape é inesquecível.
eu não acho q foi uma falha do filme nos fazer oniscientes dos fatos, não era mesmo para haver dúvidas sobre a materialidade e autoria do crime. é pq o cinema (a ficção como um todo, a começar pela bíblia) explora sempre o argumento de "falsa acusação de estupro" (geralmente trazido à tona para desacreditar alguma personagem vilã), como se não fosse um fenômeno raríssimo, se comparado aos casos reais de violência sexual. uma vez q o filme se propõe a combater esse crime ele não poderia jamais fazer uso desse 'trope'
decepção, fui enganada por uma sinopse interessante. a primeira meia hora é legal, mas depois o filme se arrasta. não é ruim, mas não passa de um genérico de doce novemZzZzZ melhoradinho. cafoninha, triste... fãs do nicolas sparks irão gostar.
bem interessante, mais ágil do que eu esperava, trata sutilmente de questões universais, como o egoísmo e a aceitação. um monte de pessoas por quem é difícil sentir simpatia, de início, por serem todas tão multifacetadas e imperfeitas. assisti com uma expectativa diferente, queria me identificar mais com os personagens, mas mesmo assim gostei bastante (e agora q eu vi q é da diretora de "o gosto dos outros", acho q faz lembrar o estilo dele mesmo)
que engraçado, a sinopse dá a entender que se trata de um relacionamento amoroso ("apesar da idade") mas é um belo filme sobre amizade, busca pela identidade e recomeços. gostei bastante :)
Meninas
3.9 71 Assista Agoraoq me impressiona nesses filmes é q a princípio parece outro mundo, outra sociedade bem distante, mas aos poucos nota-se as semelhanças.
por ex, por um lado, eles superaram (e aqui não estou atribuindo conotação positiva ou negativa) certos tabus, como a
sexualidade de pre-adolescentes, encarada com muito mais leveza do que o costume. tanto q o pai de uma delas estranha ao ouvir falar em estupro de vulnerável, como se não fosse, ehr... surpreendente, para ele, q um homem maior de idade transe com a filha de 11 anos.
pela fala da mãe da outra menina, parece tb q a gravidez na adolescência é uma probabilidade muito mais alta para estas pessoas. sim, eu sei q estatisticamente as maiores ocorrências são mesmo neste meio, mas estou falando da percepção deste fenômeno por eles, que estão inseridos neste contexto. não q seja vista como algo bom, há uma noção de que atrapalha as possibilidades de melhora de vida, mas é meio que encarado como uma fatalidade, não como algo q deve e pode ser evitado quase sempre. todas foram mães adolescentes e ainda assim não souberam orientar as filhas pra q se prevenissem corretamente.
por outro lado, as relações entre as pessoas, q parecem tão precárias, compartilham de valores com o resto de "nós". por ex,
a noção de responsabilidade e respeito parece não fazer parte da educação dos pais, é algo q vai se moldando pelo sofrimento, sob a torta influência da igreja (vide o repúdio à ideia de interromper a gravidez e o choro do menino enquanto o pastor berra sobre "a honra da família") e de informações legais, trazidas de um jeito raso pela tv (pagar pensão = papel cumprido, não pagar pensão = cadeia).
guardadas as devidas proporções, eu, infelizmente, consigo enxergar essas falhas de diálogo e formação em boa parte da sociedade, q tem mais recursos e, em tese, é mais instruída.
me chocou um pouco a forma como a sandra mostrou o dilema dos 2 filhos.
a garota q pressiona o cara a descuidar do filho de outra mulher, como prova de amor a ela, me parece ser algo universal tb (premissa de vilã de novela, até), mas mais dissimulado. chega a ser dolorido ver a menina negra* tendo o filho negligenciado por esse motivo, especialmente na sequencia q mostra a diferença de tratamento do pai com as duas crianças (sendo afetuoso com uma e distante com a outra).
*não pude deixar de reparar q a mulher/família escolhida era mais clara. seria o tal do racismo estrutural (i.e. a menina e a criança serem vistas como mais bonitas) ou apenas coincidência? pelo histórico apresentado, ele ficou 6 meses com uma, 3 meses com outra. não é tanta diferença assim q justifique o abandono da nova parceira em substituição pela anterior.
claro q a gente n conhece a dinâmica dos 2 relacionamentos pra comparar, ficamos na especulação. como contra-argumento, temos o fato do filme deixar transparecer, em um diálogo entre o pai da joyce e o rapaz, q a família dela seria mais presente. isso justificaria, em parte, o acolhimento da outra menina na casa da sogra
(ao menos foi isso q eu entendi do acordo: a garota ficaria na casa até a criança nascer, sendo sustentada pelo namorado/sogra. depois, iria pra casa da família onde não teria uma rede de apoio, assumiria suas responsabilidades de irmã novamente e contaria apenas com o dinheiro da pensão. enquanto isso, a joyce continuaria vivendo e sendo mantida pelos pais, sendo a tal pensão exigida mais por uma questão de honra, e encarada apenas como um auxílio, vide a última fala dela: estamos muito bem sozinhas, só eu e minha filha)
outra cena dolorida é a da garota mais novinha,
que vai para o hospital sozinha, sem ninguém ao lado dela naquele momento. as outras duas tinham seus namorados e mães/sogras para apertar a mão e dizer coisas boas.
já no caso dela, o namorado parece trata-la com descaso o tempo todo (claro q depois a gente descobre q ele estava evitando ser filmado, pq mentiu e ainda estava envolvido no tráfico).
e a mãe, aparentemente a mais despreocupada com a situação da filha (a única q conta a história rindo, como se não fosse um problema), tb parece não se sentir indiretamente responsável pela criação do bebê, já que não há preocupação de por onde a menina anda (ela vai pro baile funk grávida, bebe, briga, volta a hora q quer) nem em nenhum momento se menciona quem irá sustentar a criança (a mãe da outra menina chora preocupada com o sustento da criança e a terceira garota, apesar de n ter pais presentes, conta com o apoio da sogra e do namorado).
enfim, gostei bastante, mas fiquei aqui encafifada sobre como mudar essa realidade.
O Artista
4.2 2,1K Assista Agorabacaninha o filme. certamente alguém já deve ter lembrando, nos comentários aí embaixo, de outras homenagens ao cinema mudo, q retratam a decadência de seus astros, como cantando na chuva, crepúsculo dos deuses e, principalmente, nasce uma estrela (a historia de the artist é bem parecida). com a diferença, e taí o mérito desse filme aqui, q esses outros são coloridos e falados.
o final otimista faz menção ainda aos musicais dos anos 30, com fred astaire :)
Os Descendentes
3.5 1,3K Assista Agoraachei uma gracinha, muito fofo, mas, da mesma forma q "the kids are all right" ano passado, não acho q tenha aquele algo de diferente e pretensioso como os outros indicados. enfim, um draminha familiar gostosinho q com certeza eu vou querer rever, com a dose certa de humor, mas que não chega a causar comoção.
Enfim Viúva
3.2 43pra qm tem preguiça de baixar, tem aqui
A Caixa de Pandora
4.0 16tem aqui
Wimbledon: O Jogo do Amor
3.1 154 Assista Agoraachei gracinha, sem ser meloso. a lizzie até tem uma historinha própria, não fica só orbitando o protagonista. é bobinho e tal, mas eu gostei. o peter é um personagem carismático, divertido de acompanhar e tem aquele sotaquinho lindo. é até engraçado dizer isso, mas serviu pra amenizar a imagem q eu tinha desse ator (pq já vi 8 filmes com ele e em todos ele interpretava alguém com desvio de caráter haha).
Tudo Novo de Novo
4.0 8só faltou o nome da licia manzo, q agora está escrevendo "a vida da gente" (quem assiste consegue identificar algumas semelhanças nos 2 trabalhos)
era muito boa, uma pena não ter havido uma segunda temporada :/
As Crônicas de Spiderwick
3.4 438 Assista Agoragostei, um filme de fantasia q lembra um pouco o jumanji. é um pouco mais infantil do q outros do gênero, mas isso não atrapalha em nada: a historia é agil e bem amarradinha, juro que dá até um pouquinho de medo em algumas partes (pelo menos pra mim heheh).
uma pena ter sido lançado sob a sombra da (chatíssima) saga de narnia, tanto pela época de lançamento quanto pelo nome parecido, pq não tem nada a ver, felizmente :)
A Bússola de Ouro
3.1 1,0K Assista Agoraa sinopse é interessante, mas o filme é tão chato q abandonei
A Guerra de Hart
3.4 92 Assista Agoraaté que o filme tem alguns pontos diferentinhos do gênero. por exemplo, mostrar que era possível, em raros casos, uma convivência mais tolerante entre lados opostos (desde q obviamente ambos os lados fossem brancos. pff). eu já li um relato de um ex-combatente americano (não lembro de que guerra foi, mas acho q foi a IIGM mesmo) dizendo que lá pro final da guerra, depois de tantos anos, muitos soldados ficavam tão desiludidos e cansados daquilo que faziam até amizade com o inimigo, combinavam cessar fogo em algumas noites, pra q pudessem descansar, e até comemorar o natal. e o filme tb mostraq não tem pq pintar um lado de "O mal" e o outro de "O bem", já q é muito fácil vc ser contra nazistas enquanto rola um apartheid no seu próprio país em relação aos negros (q só foi acabar uns 20 anos depois do fim da guerra, coisa q o filme falha em não dizer). daí q por esse lado, eu achei o filme interessante, sim. e ele tb prende a atenção pela história do julgamento, embora o desfecho seja muito ruinzinho
(cê jura q iam matar o bruce willis e deixar os outros numa nice? aliás, a cena dele voltando, com aquela cara de canastrão, foi super constrangedora).
Era Uma Vez...
3.7 827o filme poderia ter sido melhor não fossem os cortes abruptos e o final cagado. mas é ok, bacaninha.
me incomodou a ideia idiota do casal, se ele tivesse sido baleado ANTES de chegar ao quiosque, seria coerente. mas, uma vez lá dentro, pq eles foram fingir aquilo?! claro q ia dar merda. bastava ela levantar sozinha a porta e dizer "eu fugi pq eu quis", a polícia nunca ia atirar na loirinha rica ¬¬
Comendo Pelas Beiradas
2.8 87 Assista Agorabesteirol puro, mas eu achei q fosse ser muito pior. juro q dá pra rir em vários momentos, de tão bobo/absurdo q é, mas sem ser ofensivo. me lembrou o espírito de "tá todo mundo louco" (q me faz rir a beça, confesso)
A Era do Rádio
4.0 234 Assista Agorawoddy com cara de woody, para ver e rever. agora eu entendi melhor pq todo filme dele tem como trilha sonora esse tipo de música, rs. alias, é engraçado ver como ele aproveitou ideias desse filme no recente "meia noite em paris" (sendo "a era do radio" muito superior).
o mais divertido é q, com base no q vemos em outros filmes e na tendência auto-biográfica do cara, a história parece ser realmente a história da infância dele. pode não ser, em muita coisa, pode ter coisas inventadas, histórias ouvidas de outras pessoas, misturadas a lembranças de fatos reais. mas q é possível vê-lo saindo daquilo ali, é.
muito divertido e até um pouco comovente. das atrizes, dianne west deu um show e a participação da fofa diane keaton cantando tb chama a atenção.
o sentimento de nostalgia emprestada me fisgou um pouco, por lembrar das histórias da minha avó sobre essa época :)
Eleição
3.4 178 Assista Agoraadoro o humor desse filme haahaha uma das coisas q eu mais gosto é q não tem ninguém totalmente certo ou errado, cada um tem razão até certo ponto e age extremamente mal por outro. é gostoso ir vendo essas camadas dos personagens e chegar ao final totalmente sem saber oq vai acontecer e sem ter por quem torcer.
a insuportavelzinha, por exemplo, tem razão em se ressentir por ter que batalhar muito mais, por ser mais pobre e mulher. por isso ela é, de certo modo, independente, perseverante, responsável e assertiva. mas ela extrapola qualquer limite, esnoba as pessoas, é arrogante, mandona, manipuladora e, embora conheça conceitos, ignora a ética pra 'vencer'. ela tem uma ideia do q é o vencer bem simplista e gananciosa, alias, pq a mãe a criou pra só se contentar com o 'melhor', o 'maior', poder, poder poder.
o jim se identifica de certo modo com a tracy (ele é O melhor professor, blablabla), mas tb percebe o desprezo q ela sente por ele, tendo seu orgulho ferido (talvez no passado ele de fato ambicionasse algo mais, q tenha se acomodado no sonho de ser professor numa escolinha de interior, quando almejava viver num lugar cosmopolita). por outro lado, ele parece bem satisfeito em dar aula e se incomoda pelo fato da tracy almejar algo além do q ele conquistou, justamente por ver q ela não tem os mesmos privilégios q os demais. alem disso, o cara não tinha uma vida pessoal satisfatória e sente como se a tracy tivesse roubado um pedaço do q ele construiu (o casamento dele começa a desandar, na cabeça dele, qd o amigo passa a ter um caso com a garota). tracy tem razão qd afirma q há nele um tanto de inveja e frustração, mas ela se engana ao julga-lo um fracasso. o jeito q ele, por sua vez, faz de tudo pra sabotar uma aluna baseado em valores subjetivos, alem de manipular um garoto q não tinha nada a ver com a historia, não é nada profissional.
o garotão parece ser um cara 'bonzinho', leve, amigável. isso pq ele obviamente é uma pessoa privilegiada q nunca teve q se preocupar com nada, sempre teve tudo mto fácil, é um alienado. de certa forma, isso foi bom pq n instigou nele um espírito competitivo doentio. embora ele gostasse de ser esportista não é vencer q o movia, mas a popularidade. e ele se realiza em continuar sendo popular de outros modos. é isso q o motiva a se eleger (apesar de toda a manipulação do professor em tentar convence-lo de q ele deveria "ajudar as pessoas", etc. pq é notório como ele n faz a menor ideia do q aquele discurso de fato quer dizer. ao contrário da tracy, q era psicótica, mas realmente empenhada em fazer o melhor do q era esperado do cargo). daí q por mais q ele seja abobalhado, a gente acha bonitinho ele não desejar o mal de ninguém. mas não é pq ele pense em fazer o bem, mas pq ele simplesmente não enxerga as pessoas com suas limitações, como iguais, as pessoas são como bens, estão ali para alegra-lo, consola-lo, acarinha-lo, etc. no fundo, ele tb não tem amigo algum. ele é tão auto-centrado q se sentia a maior vítima do mundo por n poder mais ser atleta, sendo q não era algo q iria garantir o futuro dele (como a tracy, cuja única chance de ir pra faculdade era com bolsa). ele só sai desse bode vitimista empurrado pelo professor, mas não se esforça nem um pouco em se dedicar, aprender, tentar ser realmente um bom presidente de turma.
tem ainda a irmã rejeitada pelos pais pq vive à sombra do irmão bem sucedido. ela é esquiva, solitária, não se destaca pela inteligência, nem nada especial. então é meio obvio q ela não é criada pra ser amiga desse irmão. ela não o respeita, certamente se ressente. e aí tem a questão do interesse amoroso rejeita-la e troca-la pelo irmão. ela quer se vingar na garota, atingindo ele. o problema é q a garota não está nem aí pra ele, então ela desiste do plano e se manda dali. no final, ela até consegue ver q o irmão, apesar de tudo, é mais legal q a tracy, pq sabe oq ela aprontou. no fim, ela parece ter conseguido o q queria pq, ainda que o novo interesse romântico seja outro equívoco, na nova escola ela tem a chance de se integrar sem ser eclipsada pelo irmão.
a forma como todos os personagens complexos interagem e as subtramas são bem interessantes.
The Abstinence Teacher
7diretores de little miss sunshine e roteirista de election. deve sair boa coisa :)
Os Piratas do Rock
4.0 613 Assista AgoraÓTIMA trilha sonora, alguns bons atores, belo figurino, algumas bonitas cenas (a do bob com os discos, por exemplo). mas o filme é fraco, tanto pela história em si quanto pelas personalidades pouco desenvolvidas de quase todos os personagens. uma puta decepção pra mim, q esperava um filme muuuito melhor em razão do tema e vindo do richard curtis (das minhas queridas britcom).
oq poderia ter dado um pouco de densidade ao filme era o naufrágio, mas a coisa é toda levada no esculacho (sem ser engraçado, sabe? cenas dramáticas q lembram titanic - até a referência à banda q afunda tocando - com soluções pseudo engraçadinhas).
fora q eles elevaram o título de mulher-trofeu a um novo nível! sério, as personagens femininas mal têm falas, o papel delas ali é unicamente... serem atraentes. a única mulher q de fato vive no barco não tem um programa de rádio, é uma.fucking.doméstica, igualmente sem história. e ainda colocaram como lésbica pra dar a entender q ela é just one of the guys (pq se fosse hetero ou bi, o papel dela seria transar tb).
aliás, é engraçado como todas as vezes q uma mulher subia ao barco era pra estragar o clima de confiança e camaradagem. curtis perdeu uma grande chance de mostrar grupos de amigos divertidos como o de notting hill e 4c&1f. uma pena. uma das melhores cenas, sem dúvidas, é quando eles fazem uma espécie de jogo da verdade e, finalmente, CONVERSAM. pq o resto do tempo é só troca de frases de efeito ZzZzZz.
acho q faltou tb mais espírito de rebeldia, tem muita atitude bobinha gratuita e pouco propósito transgressor. se vc tem um veículo de comunicação nas mãos sem restrições e é ouvido pela porra do país todo, vc não se restringe a fazer piadas sexuais, acho eu. ainda mais em anos de tantas revoluções na sociedade (botar um personagem negro e uma lésbica no filme, que por acaso são os q menos aparecem na história, não representa o sentimento da revolução sexual e do movimento racial da época. enfim).
por fim, embora tenha gostado do papel do kenneth branagh, o agente do estado repressor-bobão, é meio sem sentido ver q ele passa o filme todo tentando tornar a parada ilegal, quando a premissa do filme, dita logo nos primeiros minutos, é justamente q as regras do país não se aplicavam em alto-mar. assim, falta climax, a tava na cara q não ia dar em nada
Noites de Tormenta
3.3 441 Assista Agorao começo até tava interessante, mas depois de 40 minutos perdi a atenção, deduzi tudo oq ia acontecer, inclusive o final triste, pq as coisas começaram a acontecer mto rápido, etc. tem bem o jeito melodramático do sparks mesmo, lembra o message in a bottle, só que bem menos charmoso pela ausência do kevin costner e de um drama mais convincente ao longo da história.
Conto de Outono
3.9 20adorei o filme, é alegrinho, ingênuo, com a dose certa de drama, me lembrou um pouco o jeito do mike leigh. nem preciso dizer q estou doida pra ver os outros 3 contos, agora.
as atuações são bem naturais, oq nos faz meio cúmplices tramas românticas. isso ainda se agravou, no meu caso, pq tenho amigas muito parecidas, fisicamente, com magali e rosine, é até engraçado...
por fim, entendo perfeitamente o jeito complicado da protagonista, ah se entendo!
Amor?
3.8 102 Assista Agoramais um filme que tenta entender a violência doméstica, dessa vez por meio de relatos reais muito bem interpretados (especialmente pela fantástica julia lemertz, mas tb pelo angelo antonio - de quem é possível sentir ódio assistindo, de tão real). o tema não me atraiu muito a ver esse filme na época q esteve no cinema, mas o formato é diferente e prendeu minha atenção.
achei interessante o caso das lésbicas, que inicialmente parecia ser a visão da agressora e da agredida, mas acaba por ser o mesmo personagem interpretado por 2 atrizes.
curiosamente, o único relato do lado agressor q é mulher é o mais sensível e mais fácil de entender, talvez pelo fato de se dar numa relação aparentemente mais igualitária (não só na questão da força física, mas por não serem mto bem definidos os papeis tradicionais machistas, como o de provedor, por exemplo)
já quanto aos personagens masculinos, é difícil ter alguma empatia pq os relatos são feitos na defensiva, como se eles estivessem cobertos de razão. cheios de frases como "ela mereceu", "ela provocou" e coisas do tipo. talvez fosse mais impactante se os relatos tivessem sido intercalados trecho a trecho com o lado agredido (enquanto eu ouvia esse tipo de frase eu lembrava do personagem da leticia colin dizendo do prazer sádico do parceiro em não querer q ela tivesse prazer nem mesmo assistindo tv)
oq eu n esperava é conseguiu me fazer refletir sobre mulheres q humilham os homens e tb tentam agredir fisicamente (levando a pior) por estarem insatisfeitas na relação, como o relato da personagem da lilia cabral (e tb do claudio jaborandy, salvo engano) mostra. ficou bem claro pra mim q a falta de diálogo está intimamente ligada à violência (oq só me faz ter certeza de q isso nunca vai acontecer comigo). fico pensando na quantidade de pessoas q tem relacionamentos limitados ao prazer físico e a afinidades superficiais, mas q de fato n conversam sobre coisas importantes e n sabem lidar com as limitações um do outro.
achei legal mostrarem isso pq eu to acostumada com a visão novelística de mulheres frágeis, fracas, dependentes, totalmente 'inocentes' e agressores psicopatas. e agora eu sei q há pessoas absolutamente normais q passam por isso por incapacidade de se expressarem e incompreensão do outro como igual. triste...
só implico mesmo com a tentativa de justificação dos agressores, pq NADA q a vítima possa falar justifica partir pra força bruta, é totalmente desproporcional. acho q o filme poderia ter deixado um pouquinho mais clara a crítica a esses trechos, mostrando q o modo mais fácil de se livrar daquele sentimento incômodo é saindo do relacionamento. permanecer com uma mulher q te faz infeliz por puro sentimento de posse e resolver bater para faze-la parar é doentio. mulheres q ficam com agressores por medo de ficarem sozinhas tb, mas pelo menos têm a justificativa de q foram educadas pra pensar dessa maneira patética, de q a maior meta de vida delas era casar e ter filhos.
as partes da mariana lima e do du moscovis são tocantes por abordarem a questão da violência contra crianças (e na frente delas) e em como isso vai afetar a vida adulta dessas vítimas do passado, perpetuando as relações de agressão.
concordo com o pessoal q disse q as cenas de transição, que poderiam ser bonitas, se tornaram cansativas e quebraram um pouco o ritmo do filme.
Acusados
3.9 202 Assista Agoraa música do bar é uma coisa q me aterroriza toda vez q eu ouço. vi uma vez pra nunca mais, a cena de gang rape é inesquecível.
eu não acho q foi uma falha do filme nos fazer oniscientes dos fatos, não era mesmo para haver dúvidas sobre a materialidade e autoria do crime. é pq o cinema (a ficção como um todo, a começar pela bíblia) explora sempre o argumento de "falsa acusação de estupro" (geralmente trazido à tona para desacreditar alguma personagem vilã), como se não fosse um fenômeno raríssimo, se comparado aos casos reais de violência sexual. uma vez q o filme se propõe a combater esse crime ele não poderia jamais fazer uso desse 'trope'
Um Dia
3.9 3,5K Assista Agoradecepção, fui enganada por uma sinopse interessante. a primeira meia hora é legal, mas depois o filme se arrasta. não é ruim, mas não passa de um genérico de doce novemZzZzZ melhoradinho. cafoninha, triste... fãs do nicolas sparks irão gostar.
Titio Noel
2.6 55 Assista Agoratem umas passagens divertidas, mas outras são tão infantis q fica meio chato pros adultos. mas não é dos piores, não
Questão de Imagem
3.5 18bem interessante, mais ágil do que eu esperava, trata sutilmente de questões universais, como o egoísmo e a aceitação. um monte de pessoas por quem é difícil sentir simpatia, de início, por serem todas tão multifacetadas e imperfeitas. assisti com uma expectativa diferente, queria me identificar mais com os personagens, mas mesmo assim gostei bastante (e agora q eu vi q é da diretora de "o gosto dos outros", acho q faz lembrar o estilo dele mesmo)
Herencia
3.7 10que engraçado, a sinopse dá a entender que se trata de um relacionamento amoroso ("apesar da idade") mas é um belo filme sobre amizade, busca pela identidade e recomeços. gostei bastante :)