drama leve, por vezes divertido, com personagens muito interessantes, algumas cenas visualmente bonitas... fiquei fascinada e deve ser ainda mais atraente pra quem é de são paulo. acho curioso a forma com que alguns dos intelectuais retratados enxergam o pobre com uma curiosidade antropológica e distante, pq, ao mesmo tempo que me identifico um pouco, é tb oq sinto a respeito dessa 'fauna' de elite, rs.
dentro do gênero "assalto a banco", não é lá muito original (me lembrou do próprio ted danson, anos atrás, em "acertando as contas com o papai"), mas é uma comédia engraçadinha. gostei das 3 protagonistas, até da katie holmes, mas especialmente da queen latifah. as explicações são simplórias e até meio bobinhas, podiam ter feito um pouco mais de suspense sobre o final, por ex. além disso, talvez o roteiro pudesse ter investido um pouco mais na relação de amizade entre elas
(colocando pequenos desafios individuais, além do problema q as 3 enfrentam forçosamente juntas), para nos convencer da união kick-ass que tentam retratar.
um filme muito simples, sem grandes dramas ou reviravoltas. achei bem free-spirit, mas não estereotipado. eu, que tenho uma tendência a ser controladora, gosto pq me tira o chão, me faz repensar valores. ao mesmo tempo, os 2 protagonistas são observadores, então foi fácil me identificar. a ótima música faz os minutos passarem bem rápido.
tem um visual um tanto impressionante (uns sobrevoos, câmera em ângulos diferentes, 'roupas' e 'cenários' bonitos, efeitos bacanas) e a ideia é até bonitinha, mas infantil demais (tanto a historia bobinha, com dialogos pobrinhos, qt algumas atuações caricatas) e um tanto arrastado. achei todos os personagens mais do mesmo, parecia q eu ia adivinhando tudo oq ia acontecer. e no final comecei a olhar o relógio pra ver q horas acabava, q é meu indicador pessoal de q não rolou pra mim. me pareceu um sessão da tarde (mas de luxo) q provavelmente deve merecer todos os prêmios tecnicos (e imagino q parte desse mérito seja do diretor, mas como ele não é responsável só por essa parte, n dá pra dizer q mereça levar), mas jamais de melhor filme ou melhor roteiro.
primeira vez q vi achei muito ruim, dessa vez só achei bobinho mesmo. mas dá pra rir dos TOCs do protagonista (ao menos quem se identifica um pouco com os nojinhos). ben stiller é aquela coisa de sempre, mas há quem goste, sei lá... a jennifer tá meio inexpressiva, mas acho q é culpa da personagem rasinha. já a vi bem melhor q isso em outros filmes.
eu esperava que fosse um drama lento e angustiante, que tratasse situações de ignorância/vulnerabilidade com ingenuidade e leveza, como outros ótimos filmes iranianos que já vi. só posso dizer que a angústia é a mesma, mas, de resto... é ágil, verborrágico, cheio de reviravoltas que desafiam nosso julgamento, com personagens bem realistas, frágeis e fortes, inocentes e culpados, que têm razão, mas mentem, enfim, humanos. e, ao contrário dos demais filmes que vi, não notei tanto contraste de costumes, nada em especial me chocou. pq de justiça ineficiente, machismo, violência, religiosidade cega e desigualdade social, o brasil também entende e muito. é uma história perfeitamente adaptável pra nossa realidade.
divertidinho de um jeito caricatural, mas muito delicado. só fiquei esperando que explicassem a origem da ansiedade deles, um pouco da vida de cada um, e até da relação deles, individualmente, com o resto do mundo "normal" (achei, por ex, q os coadjuvantes muito carismáticos da chocolateria foram mal aproveitados). mas quer saber? esqueça tudo isso, veja sem pretensões, e se deixe levar pela doçura e pelas músicas fofas :)
sexualidade de pre-adolescentes, encarada com muito mais leveza do que o costume. tanto q o pai de uma delas estranha ao ouvir falar em estupro de vulnerável, como se não fosse, ehr... surpreendente, para ele, q um homem maior de idade transe com a filha de 11 anos.
pela fala da mãe da outra menina, parece tb q a gravidez na adolescência é uma probabilidade muito mais alta para estas pessoas. sim, eu sei q estatisticamente as maiores ocorrências são mesmo neste meio, mas estou falando da percepção deste fenômeno por eles, que estão inseridos neste contexto. não q seja vista como algo bom, há uma noção de que atrapalha as possibilidades de melhora de vida, mas é meio que encarado como uma fatalidade, não como algo q deve e pode ser evitado quase sempre. todas foram mães adolescentes e ainda assim não souberam orientar as filhas pra q se prevenissem corretamente.
por outro lado, as relações entre as pessoas, q parecem tão precárias, compartilham de valores com o resto de "nós". por ex,
a noção de responsabilidade e respeito parece não fazer parte da educação dos pais, é algo q vai se moldando pelo sofrimento, sob a torta influência da igreja (vide o repúdio à ideia de interromper a gravidez e o choro do menino enquanto o pastor berra sobre "a honra da família") e de informações legais, trazidas de um jeito raso pela tv (pagar pensão = papel cumprido, não pagar pensão = cadeia).
guardadas as devidas proporções, eu, infelizmente, consigo enxergar essas falhas de diálogo e formação em boa parte da sociedade, q tem mais recursos e, em tese, é mais instruída.
me chocou um pouco a forma como a sandra mostrou o dilema dos 2 filhos.
a garota q pressiona o cara a descuidar do filho de outra mulher, como prova de amor a ela, me parece ser algo universal tb (premissa de vilã de novela, até), mas mais dissimulado. chega a ser dolorido ver a menina negra* tendo o filho negligenciado por esse motivo, especialmente na sequencia q mostra a diferença de tratamento do pai com as duas crianças (sendo afetuoso com uma e distante com a outra).
*não pude deixar de reparar q a mulher/família escolhida era mais clara. seria o tal do racismo estrutural (i.e. a menina e a criança serem vistas como mais bonitas) ou apenas coincidência? pelo histórico apresentado, ele ficou 6 meses com uma, 3 meses com outra. não é tanta diferença assim q justifique o abandono da nova parceira em substituição pela anterior. claro q a gente n conhece a dinâmica dos 2 relacionamentos pra comparar, ficamos na especulação. como contra-argumento, temos o fato do filme deixar transparecer, em um diálogo entre o pai da joyce e o rapaz, q a família dela seria mais presente. isso justificaria, em parte, o acolhimento da outra menina na casa da sogra (ao menos foi isso q eu entendi do acordo: a garota ficaria na casa até a criança nascer, sendo sustentada pelo namorado/sogra. depois, iria pra casa da família onde não teria uma rede de apoio, assumiria suas responsabilidades de irmã novamente e contaria apenas com o dinheiro da pensão. enquanto isso, a joyce continuaria vivendo e sendo mantida pelos pais, sendo a tal pensão exigida mais por uma questão de honra, e encarada apenas como um auxílio, vide a última fala dela: estamos muito bem sozinhas, só eu e minha filha)
que vai para o hospital sozinha, sem ninguém ao lado dela naquele momento. as outras duas tinham seus namorados e mães/sogras para apertar a mão e dizer coisas boas. já no caso dela, o namorado parece trata-la com descaso o tempo todo (claro q depois a gente descobre q ele estava evitando ser filmado, pq mentiu e ainda estava envolvido no tráfico). e a mãe, aparentemente a mais despreocupada com a situação da filha (a única q conta a história rindo, como se não fosse um problema), tb parece não se sentir indiretamente responsável pela criação do bebê, já que não há preocupação de por onde a menina anda (ela vai pro baile funk grávida, bebe, briga, volta a hora q quer) nem em nenhum momento se menciona quem irá sustentar a criança (a mãe da outra menina chora preocupada com o sustento da criança e a terceira garota, apesar de n ter pais presentes, conta com o apoio da sogra e do namorado).
enfim, gostei bastante, mas fiquei aqui encafifada sobre como mudar essa realidade.
bacaninha o filme. certamente alguém já deve ter lembrando, nos comentários aí embaixo, de outras homenagens ao cinema mudo, q retratam a decadência de seus astros, como cantando na chuva, crepúsculo dos deuses e, principalmente, nasce uma estrela (a historia de the artist é bem parecida). com a diferença, e taí o mérito desse filme aqui, q esses outros são coloridos e falados.
achei uma gracinha, muito fofo, mas, da mesma forma q "the kids are all right" ano passado, não acho q tenha aquele algo de diferente e pretensioso como os outros indicados. enfim, um draminha familiar gostosinho q com certeza eu vou querer rever, com a dose certa de humor, mas que não chega a causar comoção.
achei gracinha, sem ser meloso. a lizzie até tem uma historinha própria, não fica só orbitando o protagonista. é bobinho e tal, mas eu gostei. o peter é um personagem carismático, divertido de acompanhar e tem aquele sotaquinho lindo. é até engraçado dizer isso, mas serviu pra amenizar a imagem q eu tinha desse ator (pq já vi 8 filmes com ele e em todos ele interpretava alguém com desvio de caráter haha).
gostei, um filme de fantasia q lembra um pouco o jumanji. é um pouco mais infantil do q outros do gênero, mas isso não atrapalha em nada: a historia é agil e bem amarradinha, juro que dá até um pouquinho de medo em algumas partes (pelo menos pra mim heheh). uma pena ter sido lançado sob a sombra da (chatíssima) saga de narnia, tanto pela época de lançamento quanto pelo nome parecido, pq não tem nada a ver, felizmente :)
até que o filme tem alguns pontos diferentinhos do gênero. por exemplo, mostrar que era possível, em raros casos, uma convivência mais tolerante entre lados opostos (desde q obviamente ambos os lados fossem brancos. pff). eu já li um relato de um ex-combatente americano (não lembro de que guerra foi, mas acho q foi a IIGM mesmo) dizendo que lá pro final da guerra, depois de tantos anos, muitos soldados ficavam tão desiludidos e cansados daquilo que faziam até amizade com o inimigo, combinavam cessar fogo em algumas noites, pra q pudessem descansar, e até comemorar o natal. e o filme tb mostraq não tem pq pintar um lado de "O mal" e o outro de "O bem", já q é muito fácil vc ser contra nazistas enquanto rola um apartheid no seu próprio país em relação aos negros (q só foi acabar uns 20 anos depois do fim da guerra, coisa q o filme falha em não dizer). daí q por esse lado, eu achei o filme interessante, sim. e ele tb prende a atenção pela história do julgamento, embora o desfecho seja muito ruinzinho
(cê jura q iam matar o bruce willis e deixar os outros numa nice? aliás, a cena dele voltando, com aquela cara de canastrão, foi super constrangedora).
mas acho q, em resumo, valeu a pena, não é daqueles filmes de ação e barulheira desnecessária.
me incomodou a ideia idiota do casal, se ele tivesse sido baleado ANTES de chegar ao quiosque, seria coerente. mas, uma vez lá dentro, pq eles foram fingir aquilo?! claro q ia dar merda. bastava ela levantar sozinha a porta e dizer "eu fugi pq eu quis", a polícia nunca ia atirar na loirinha rica ¬¬
besteirol puro, mas eu achei q fosse ser muito pior. juro q dá pra rir em vários momentos, de tão bobo/absurdo q é, mas sem ser ofensivo. me lembrou o espírito de "tá todo mundo louco" (q me faz rir a beça, confesso)
woddy com cara de woody, para ver e rever. agora eu entendi melhor pq todo filme dele tem como trilha sonora esse tipo de música, rs. alias, é engraçado ver como ele aproveitou ideias desse filme no recente "meia noite em paris" (sendo "a era do radio" muito superior). o mais divertido é q, com base no q vemos em outros filmes e na tendência auto-biográfica do cara, a história parece ser realmente a história da infância dele. pode não ser, em muita coisa, pode ter coisas inventadas, histórias ouvidas de outras pessoas, misturadas a lembranças de fatos reais. mas q é possível vê-lo saindo daquilo ali, é. muito divertido e até um pouco comovente. das atrizes, dianne west deu um show e a participação da fofa diane keaton cantando tb chama a atenção. o sentimento de nostalgia emprestada me fisgou um pouco, por lembrar das histórias da minha avó sobre essa época :)
adoro o humor desse filme haahaha uma das coisas q eu mais gosto é q não tem ninguém totalmente certo ou errado, cada um tem razão até certo ponto e age extremamente mal por outro. é gostoso ir vendo essas camadas dos personagens e chegar ao final totalmente sem saber oq vai acontecer e sem ter por quem torcer.
a insuportavelzinha, por exemplo, tem razão em se ressentir por ter que batalhar muito mais, por ser mais pobre e mulher. por isso ela é, de certo modo, independente, perseverante, responsável e assertiva. mas ela extrapola qualquer limite, esnoba as pessoas, é arrogante, mandona, manipuladora e, embora conheça conceitos, ignora a ética pra 'vencer'. ela tem uma ideia do q é o vencer bem simplista e gananciosa, alias, pq a mãe a criou pra só se contentar com o 'melhor', o 'maior', poder, poder poder.
o jim se identifica de certo modo com a tracy (ele é O melhor professor, blablabla), mas tb percebe o desprezo q ela sente por ele, tendo seu orgulho ferido (talvez no passado ele de fato ambicionasse algo mais, q tenha se acomodado no sonho de ser professor numa escolinha de interior, quando almejava viver num lugar cosmopolita). por outro lado, ele parece bem satisfeito em dar aula e se incomoda pelo fato da tracy almejar algo além do q ele conquistou, justamente por ver q ela não tem os mesmos privilégios q os demais. alem disso, o cara não tinha uma vida pessoal satisfatória e sente como se a tracy tivesse roubado um pedaço do q ele construiu (o casamento dele começa a desandar, na cabeça dele, qd o amigo passa a ter um caso com a garota). tracy tem razão qd afirma q há nele um tanto de inveja e frustração, mas ela se engana ao julga-lo um fracasso. o jeito q ele, por sua vez, faz de tudo pra sabotar uma aluna baseado em valores subjetivos, alem de manipular um garoto q não tinha nada a ver com a historia, não é nada profissional.
o garotão parece ser um cara 'bonzinho', leve, amigável. isso pq ele obviamente é uma pessoa privilegiada q nunca teve q se preocupar com nada, sempre teve tudo mto fácil, é um alienado. de certa forma, isso foi bom pq n instigou nele um espírito competitivo doentio. embora ele gostasse de ser esportista não é vencer q o movia, mas a popularidade. e ele se realiza em continuar sendo popular de outros modos. é isso q o motiva a se eleger (apesar de toda a manipulação do professor em tentar convence-lo de q ele deveria "ajudar as pessoas", etc. pq é notório como ele n faz a menor ideia do q aquele discurso de fato quer dizer. ao contrário da tracy, q era psicótica, mas realmente empenhada em fazer o melhor do q era esperado do cargo). daí q por mais q ele seja abobalhado, a gente acha bonitinho ele não desejar o mal de ninguém. mas não é pq ele pense em fazer o bem, mas pq ele simplesmente não enxerga as pessoas com suas limitações, como iguais, as pessoas são como bens, estão ali para alegra-lo, consola-lo, acarinha-lo, etc. no fundo, ele tb não tem amigo algum. ele é tão auto-centrado q se sentia a maior vítima do mundo por n poder mais ser atleta, sendo q não era algo q iria garantir o futuro dele (como a tracy, cuja única chance de ir pra faculdade era com bolsa). ele só sai desse bode vitimista empurrado pelo professor, mas não se esforça nem um pouco em se dedicar, aprender, tentar ser realmente um bom presidente de turma.
tem ainda a irmã rejeitada pelos pais pq vive à sombra do irmão bem sucedido. ela é esquiva, solitária, não se destaca pela inteligência, nem nada especial. então é meio obvio q ela não é criada pra ser amiga desse irmão. ela não o respeita, certamente se ressente. e aí tem a questão do interesse amoroso rejeita-la e troca-la pelo irmão. ela quer se vingar na garota, atingindo ele. o problema é q a garota não está nem aí pra ele, então ela desiste do plano e se manda dali. no final, ela até consegue ver q o irmão, apesar de tudo, é mais legal q a tracy, pq sabe oq ela aprontou. no fim, ela parece ter conseguido o q queria pq, ainda que o novo interesse romântico seja outro equívoco, na nova escola ela tem a chance de se integrar sem ser eclipsada pelo irmão.
a forma como todos os personagens complexos interagem e as subtramas são bem interessantes.
ÓTIMA trilha sonora, alguns bons atores, belo figurino, algumas bonitas cenas (a do bob com os discos, por exemplo). mas o filme é fraco, tanto pela história em si quanto pelas personalidades pouco desenvolvidas de quase todos os personagens. uma puta decepção pra mim, q esperava um filme muuuito melhor em razão do tema e vindo do richard curtis (das minhas queridas britcom).
oq poderia ter dado um pouco de densidade ao filme era o naufrágio, mas a coisa é toda levada no esculacho (sem ser engraçado, sabe? cenas dramáticas q lembram titanic - até a referência à banda q afunda tocando - com soluções pseudo engraçadinhas).
fora q eles elevaram o título de mulher-trofeu a um novo nível! sério, as personagens femininas mal têm falas, o papel delas ali é unicamente... serem atraentes. a única mulher q de fato vive no barco não tem um programa de rádio, é uma.fucking.doméstica, igualmente sem história. e ainda colocaram como lésbica pra dar a entender q ela é just one of the guys (pq se fosse hetero ou bi, o papel dela seria transar tb).
aliás, é engraçado como todas as vezes q uma mulher subia ao barco era pra estragar o clima de confiança e camaradagem. curtis perdeu uma grande chance de mostrar grupos de amigos divertidos como o de notting hill e 4c&1f. uma pena. uma das melhores cenas, sem dúvidas, é quando eles fazem uma espécie de jogo da verdade e, finalmente, CONVERSAM. pq o resto do tempo é só troca de frases de efeito ZzZzZz.
acho q faltou tb mais espírito de rebeldia, tem muita atitude bobinha gratuita e pouco propósito transgressor. se vc tem um veículo de comunicação nas mãos sem restrições e é ouvido pela porra do país todo, vc não se restringe a fazer piadas sexuais, acho eu. ainda mais em anos de tantas revoluções na sociedade (botar um personagem negro e uma lésbica no filme, que por acaso são os q menos aparecem na história, não representa o sentimento da revolução sexual e do movimento racial da época. enfim).
por fim, embora tenha gostado do papel do kenneth branagh, o agente do estado repressor-bobão, é meio sem sentido ver q ele passa o filme todo tentando tornar a parada ilegal, quando a premissa do filme, dita logo nos primeiros minutos, é justamente q as regras do país não se aplicavam em alto-mar. assim, falta climax, a tava na cara q não ia dar em nada
O Príncipe
3.4 9drama leve, por vezes divertido, com personagens muito interessantes, algumas cenas visualmente bonitas... fiquei fascinada e deve ser ainda mais atraente pra quem é de são paulo.
acho curioso a forma com que alguns dos intelectuais retratados enxergam o pobre com uma curiosidade antropológica e distante, pq, ao mesmo tempo que me identifico um pouco, é tb oq sinto a respeito dessa 'fauna' de elite, rs.
Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro
3.1 378 Assista Agoradentro do gênero "assalto a banco", não é lá muito original (me lembrou do próprio ted danson, anos atrás, em "acertando as contas com o papai"), mas é uma comédia engraçadinha. gostei das 3 protagonistas, até da katie holmes, mas especialmente da queen latifah. as explicações são simplórias e até meio bobinhas, podiam ter feito um pouco mais de suspense sobre o final, por ex. além disso, talvez o roteiro pudesse ter investido um pouco mais na relação de amizade entre elas
(colocando pequenos desafios individuais, além do problema q as 3 enfrentam forçosamente juntas), para nos convencer da união kick-ass que tentam retratar.
Um Beijo Roubado
3.5 606 Assista Agoraum filme muito simples, sem grandes dramas ou reviravoltas. achei bem free-spirit, mas não estereotipado. eu, que tenho uma tendência a ser controladora, gosto pq me tira o chão, me faz repensar valores. ao mesmo tempo, os 2 protagonistas são observadores, então foi fácil me identificar. a ótima música faz os minutos passarem bem rápido.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista Agoratem um visual um tanto impressionante (uns sobrevoos, câmera em ângulos diferentes, 'roupas' e 'cenários' bonitos, efeitos bacanas) e a ideia é até bonitinha, mas infantil demais (tanto a historia bobinha, com dialogos pobrinhos, qt algumas atuações caricatas) e um tanto arrastado. achei todos os personagens mais do mesmo, parecia q eu ia adivinhando tudo oq ia acontecer. e no final comecei a olhar o relógio pra ver q horas acabava, q é meu indicador pessoal de q não rolou pra mim.
me pareceu um sessão da tarde (mas de luxo) q provavelmente deve merecer todos os prêmios tecnicos (e imagino q parte desse mérito seja do diretor, mas como ele não é responsável só por essa parte, n dá pra dizer q mereça levar), mas jamais de melhor filme ou melhor roteiro.
A Origem
4.4 5,9K Assista Agoran sei se alguem ja postou isso, mas achei interessante
(em tempo: foi tirado daqui
nos comentários tem o link pra historinha tb:
Eu Me Chamo Elisabeth
4.0 24a ingenuidade sempre me causa angústia, mas o filme é de uma suavidade bela :)
Quero Ficar com Polly
3.0 425 Assista Agoraprimeira vez q vi achei muito ruim, dessa vez só achei bobinho mesmo. mas dá pra rir dos TOCs do protagonista (ao menos quem se identifica um pouco com os nojinhos). ben stiller é aquela coisa de sempre, mas há quem goste, sei lá... a jennifer tá meio inexpressiva, mas acho q é culpa da personagem rasinha. já a vi bem melhor q isso em outros filmes.
A Separação
4.2 725 Assista Agoraeu esperava que fosse um drama lento e angustiante, que tratasse situações de ignorância/vulnerabilidade com ingenuidade e leveza, como outros ótimos filmes iranianos que já vi.
só posso dizer que a angústia é a mesma, mas, de resto... é ágil, verborrágico, cheio de reviravoltas que desafiam nosso julgamento, com personagens bem realistas, frágeis e fortes, inocentes e culpados, que têm razão, mas mentem, enfim, humanos.
e, ao contrário dos demais filmes que vi, não notei tanto contraste de costumes, nada em especial me chocou. pq de justiça ineficiente, machismo, violência, religiosidade cega e desigualdade social, o brasil também entende e muito. é uma história perfeitamente adaptável pra nossa realidade.
Românticos Anônimos
3.9 494divertidinho de um jeito caricatural, mas muito delicado. só fiquei esperando que explicassem a origem da ansiedade deles, um pouco da vida de cada um, e até da relação deles, individualmente, com o resto do mundo "normal" (achei, por ex, q os coadjuvantes muito carismáticos da chocolateria foram mal aproveitados). mas quer saber? esqueça tudo isso, veja sem pretensões, e se deixe levar pela doçura e pelas músicas fofas :)
Meninas
3.9 71 Assista Agoraoq me impressiona nesses filmes é q a princípio parece outro mundo, outra sociedade bem distante, mas aos poucos nota-se as semelhanças.
por ex, por um lado, eles superaram (e aqui não estou atribuindo conotação positiva ou negativa) certos tabus, como a
sexualidade de pre-adolescentes, encarada com muito mais leveza do que o costume. tanto q o pai de uma delas estranha ao ouvir falar em estupro de vulnerável, como se não fosse, ehr... surpreendente, para ele, q um homem maior de idade transe com a filha de 11 anos.
pela fala da mãe da outra menina, parece tb q a gravidez na adolescência é uma probabilidade muito mais alta para estas pessoas. sim, eu sei q estatisticamente as maiores ocorrências são mesmo neste meio, mas estou falando da percepção deste fenômeno por eles, que estão inseridos neste contexto. não q seja vista como algo bom, há uma noção de que atrapalha as possibilidades de melhora de vida, mas é meio que encarado como uma fatalidade, não como algo q deve e pode ser evitado quase sempre. todas foram mães adolescentes e ainda assim não souberam orientar as filhas pra q se prevenissem corretamente.
por outro lado, as relações entre as pessoas, q parecem tão precárias, compartilham de valores com o resto de "nós". por ex,
a noção de responsabilidade e respeito parece não fazer parte da educação dos pais, é algo q vai se moldando pelo sofrimento, sob a torta influência da igreja (vide o repúdio à ideia de interromper a gravidez e o choro do menino enquanto o pastor berra sobre "a honra da família") e de informações legais, trazidas de um jeito raso pela tv (pagar pensão = papel cumprido, não pagar pensão = cadeia).
guardadas as devidas proporções, eu, infelizmente, consigo enxergar essas falhas de diálogo e formação em boa parte da sociedade, q tem mais recursos e, em tese, é mais instruída.
me chocou um pouco a forma como a sandra mostrou o dilema dos 2 filhos.
a garota q pressiona o cara a descuidar do filho de outra mulher, como prova de amor a ela, me parece ser algo universal tb (premissa de vilã de novela, até), mas mais dissimulado. chega a ser dolorido ver a menina negra* tendo o filho negligenciado por esse motivo, especialmente na sequencia q mostra a diferença de tratamento do pai com as duas crianças (sendo afetuoso com uma e distante com a outra).
*não pude deixar de reparar q a mulher/família escolhida era mais clara. seria o tal do racismo estrutural (i.e. a menina e a criança serem vistas como mais bonitas) ou apenas coincidência? pelo histórico apresentado, ele ficou 6 meses com uma, 3 meses com outra. não é tanta diferença assim q justifique o abandono da nova parceira em substituição pela anterior.
claro q a gente n conhece a dinâmica dos 2 relacionamentos pra comparar, ficamos na especulação. como contra-argumento, temos o fato do filme deixar transparecer, em um diálogo entre o pai da joyce e o rapaz, q a família dela seria mais presente. isso justificaria, em parte, o acolhimento da outra menina na casa da sogra
(ao menos foi isso q eu entendi do acordo: a garota ficaria na casa até a criança nascer, sendo sustentada pelo namorado/sogra. depois, iria pra casa da família onde não teria uma rede de apoio, assumiria suas responsabilidades de irmã novamente e contaria apenas com o dinheiro da pensão. enquanto isso, a joyce continuaria vivendo e sendo mantida pelos pais, sendo a tal pensão exigida mais por uma questão de honra, e encarada apenas como um auxílio, vide a última fala dela: estamos muito bem sozinhas, só eu e minha filha)
outra cena dolorida é a da garota mais novinha,
que vai para o hospital sozinha, sem ninguém ao lado dela naquele momento. as outras duas tinham seus namorados e mães/sogras para apertar a mão e dizer coisas boas.
já no caso dela, o namorado parece trata-la com descaso o tempo todo (claro q depois a gente descobre q ele estava evitando ser filmado, pq mentiu e ainda estava envolvido no tráfico).
e a mãe, aparentemente a mais despreocupada com a situação da filha (a única q conta a história rindo, como se não fosse um problema), tb parece não se sentir indiretamente responsável pela criação do bebê, já que não há preocupação de por onde a menina anda (ela vai pro baile funk grávida, bebe, briga, volta a hora q quer) nem em nenhum momento se menciona quem irá sustentar a criança (a mãe da outra menina chora preocupada com o sustento da criança e a terceira garota, apesar de n ter pais presentes, conta com o apoio da sogra e do namorado).
enfim, gostei bastante, mas fiquei aqui encafifada sobre como mudar essa realidade.
O Artista
4.2 2,1K Assista Agorabacaninha o filme. certamente alguém já deve ter lembrando, nos comentários aí embaixo, de outras homenagens ao cinema mudo, q retratam a decadência de seus astros, como cantando na chuva, crepúsculo dos deuses e, principalmente, nasce uma estrela (a historia de the artist é bem parecida). com a diferença, e taí o mérito desse filme aqui, q esses outros são coloridos e falados.
o final otimista faz menção ainda aos musicais dos anos 30, com fred astaire :)
Os Descendentes
3.5 1,3K Assista Agoraachei uma gracinha, muito fofo, mas, da mesma forma q "the kids are all right" ano passado, não acho q tenha aquele algo de diferente e pretensioso como os outros indicados. enfim, um draminha familiar gostosinho q com certeza eu vou querer rever, com a dose certa de humor, mas que não chega a causar comoção.
Enfim Viúva
3.2 43pra qm tem preguiça de baixar, tem aqui
A Caixa de Pandora
4.0 16tem aqui
Wimbledon: O Jogo do Amor
3.1 154 Assista Agoraachei gracinha, sem ser meloso. a lizzie até tem uma historinha própria, não fica só orbitando o protagonista. é bobinho e tal, mas eu gostei. o peter é um personagem carismático, divertido de acompanhar e tem aquele sotaquinho lindo. é até engraçado dizer isso, mas serviu pra amenizar a imagem q eu tinha desse ator (pq já vi 8 filmes com ele e em todos ele interpretava alguém com desvio de caráter haha).
As Crônicas de Spiderwick
3.4 438 Assista Agoragostei, um filme de fantasia q lembra um pouco o jumanji. é um pouco mais infantil do q outros do gênero, mas isso não atrapalha em nada: a historia é agil e bem amarradinha, juro que dá até um pouquinho de medo em algumas partes (pelo menos pra mim heheh).
uma pena ter sido lançado sob a sombra da (chatíssima) saga de narnia, tanto pela época de lançamento quanto pelo nome parecido, pq não tem nada a ver, felizmente :)
A Bússola de Ouro
3.1 1,0K Assista Agoraa sinopse é interessante, mas o filme é tão chato q abandonei
A Guerra de Hart
3.4 92 Assista Agoraaté que o filme tem alguns pontos diferentinhos do gênero. por exemplo, mostrar que era possível, em raros casos, uma convivência mais tolerante entre lados opostos (desde q obviamente ambos os lados fossem brancos. pff). eu já li um relato de um ex-combatente americano (não lembro de que guerra foi, mas acho q foi a IIGM mesmo) dizendo que lá pro final da guerra, depois de tantos anos, muitos soldados ficavam tão desiludidos e cansados daquilo que faziam até amizade com o inimigo, combinavam cessar fogo em algumas noites, pra q pudessem descansar, e até comemorar o natal. e o filme tb mostraq não tem pq pintar um lado de "O mal" e o outro de "O bem", já q é muito fácil vc ser contra nazistas enquanto rola um apartheid no seu próprio país em relação aos negros (q só foi acabar uns 20 anos depois do fim da guerra, coisa q o filme falha em não dizer). daí q por esse lado, eu achei o filme interessante, sim. e ele tb prende a atenção pela história do julgamento, embora o desfecho seja muito ruinzinho
(cê jura q iam matar o bruce willis e deixar os outros numa nice? aliás, a cena dele voltando, com aquela cara de canastrão, foi super constrangedora).
Era Uma Vez...
3.7 827o filme poderia ter sido melhor não fossem os cortes abruptos e o final cagado. mas é ok, bacaninha.
me incomodou a ideia idiota do casal, se ele tivesse sido baleado ANTES de chegar ao quiosque, seria coerente. mas, uma vez lá dentro, pq eles foram fingir aquilo?! claro q ia dar merda. bastava ela levantar sozinha a porta e dizer "eu fugi pq eu quis", a polícia nunca ia atirar na loirinha rica ¬¬
Comendo Pelas Beiradas
2.8 87 Assista Agorabesteirol puro, mas eu achei q fosse ser muito pior. juro q dá pra rir em vários momentos, de tão bobo/absurdo q é, mas sem ser ofensivo. me lembrou o espírito de "tá todo mundo louco" (q me faz rir a beça, confesso)
A Era do Rádio
4.0 234 Assista Agorawoddy com cara de woody, para ver e rever. agora eu entendi melhor pq todo filme dele tem como trilha sonora esse tipo de música, rs. alias, é engraçado ver como ele aproveitou ideias desse filme no recente "meia noite em paris" (sendo "a era do radio" muito superior).
o mais divertido é q, com base no q vemos em outros filmes e na tendência auto-biográfica do cara, a história parece ser realmente a história da infância dele. pode não ser, em muita coisa, pode ter coisas inventadas, histórias ouvidas de outras pessoas, misturadas a lembranças de fatos reais. mas q é possível vê-lo saindo daquilo ali, é.
muito divertido e até um pouco comovente. das atrizes, dianne west deu um show e a participação da fofa diane keaton cantando tb chama a atenção.
o sentimento de nostalgia emprestada me fisgou um pouco, por lembrar das histórias da minha avó sobre essa época :)
Eleição
3.4 178 Assista Agoraadoro o humor desse filme haahaha uma das coisas q eu mais gosto é q não tem ninguém totalmente certo ou errado, cada um tem razão até certo ponto e age extremamente mal por outro. é gostoso ir vendo essas camadas dos personagens e chegar ao final totalmente sem saber oq vai acontecer e sem ter por quem torcer.
a insuportavelzinha, por exemplo, tem razão em se ressentir por ter que batalhar muito mais, por ser mais pobre e mulher. por isso ela é, de certo modo, independente, perseverante, responsável e assertiva. mas ela extrapola qualquer limite, esnoba as pessoas, é arrogante, mandona, manipuladora e, embora conheça conceitos, ignora a ética pra 'vencer'. ela tem uma ideia do q é o vencer bem simplista e gananciosa, alias, pq a mãe a criou pra só se contentar com o 'melhor', o 'maior', poder, poder poder.
o jim se identifica de certo modo com a tracy (ele é O melhor professor, blablabla), mas tb percebe o desprezo q ela sente por ele, tendo seu orgulho ferido (talvez no passado ele de fato ambicionasse algo mais, q tenha se acomodado no sonho de ser professor numa escolinha de interior, quando almejava viver num lugar cosmopolita). por outro lado, ele parece bem satisfeito em dar aula e se incomoda pelo fato da tracy almejar algo além do q ele conquistou, justamente por ver q ela não tem os mesmos privilégios q os demais. alem disso, o cara não tinha uma vida pessoal satisfatória e sente como se a tracy tivesse roubado um pedaço do q ele construiu (o casamento dele começa a desandar, na cabeça dele, qd o amigo passa a ter um caso com a garota). tracy tem razão qd afirma q há nele um tanto de inveja e frustração, mas ela se engana ao julga-lo um fracasso. o jeito q ele, por sua vez, faz de tudo pra sabotar uma aluna baseado em valores subjetivos, alem de manipular um garoto q não tinha nada a ver com a historia, não é nada profissional.
o garotão parece ser um cara 'bonzinho', leve, amigável. isso pq ele obviamente é uma pessoa privilegiada q nunca teve q se preocupar com nada, sempre teve tudo mto fácil, é um alienado. de certa forma, isso foi bom pq n instigou nele um espírito competitivo doentio. embora ele gostasse de ser esportista não é vencer q o movia, mas a popularidade. e ele se realiza em continuar sendo popular de outros modos. é isso q o motiva a se eleger (apesar de toda a manipulação do professor em tentar convence-lo de q ele deveria "ajudar as pessoas", etc. pq é notório como ele n faz a menor ideia do q aquele discurso de fato quer dizer. ao contrário da tracy, q era psicótica, mas realmente empenhada em fazer o melhor do q era esperado do cargo). daí q por mais q ele seja abobalhado, a gente acha bonitinho ele não desejar o mal de ninguém. mas não é pq ele pense em fazer o bem, mas pq ele simplesmente não enxerga as pessoas com suas limitações, como iguais, as pessoas são como bens, estão ali para alegra-lo, consola-lo, acarinha-lo, etc. no fundo, ele tb não tem amigo algum. ele é tão auto-centrado q se sentia a maior vítima do mundo por n poder mais ser atleta, sendo q não era algo q iria garantir o futuro dele (como a tracy, cuja única chance de ir pra faculdade era com bolsa). ele só sai desse bode vitimista empurrado pelo professor, mas não se esforça nem um pouco em se dedicar, aprender, tentar ser realmente um bom presidente de turma.
tem ainda a irmã rejeitada pelos pais pq vive à sombra do irmão bem sucedido. ela é esquiva, solitária, não se destaca pela inteligência, nem nada especial. então é meio obvio q ela não é criada pra ser amiga desse irmão. ela não o respeita, certamente se ressente. e aí tem a questão do interesse amoroso rejeita-la e troca-la pelo irmão. ela quer se vingar na garota, atingindo ele. o problema é q a garota não está nem aí pra ele, então ela desiste do plano e se manda dali. no final, ela até consegue ver q o irmão, apesar de tudo, é mais legal q a tracy, pq sabe oq ela aprontou. no fim, ela parece ter conseguido o q queria pq, ainda que o novo interesse romântico seja outro equívoco, na nova escola ela tem a chance de se integrar sem ser eclipsada pelo irmão.
a forma como todos os personagens complexos interagem e as subtramas são bem interessantes.
The Abstinence Teacher
7diretores de little miss sunshine e roteirista de election. deve sair boa coisa :)
Os Piratas do Rock
4.0 613 Assista AgoraÓTIMA trilha sonora, alguns bons atores, belo figurino, algumas bonitas cenas (a do bob com os discos, por exemplo). mas o filme é fraco, tanto pela história em si quanto pelas personalidades pouco desenvolvidas de quase todos os personagens. uma puta decepção pra mim, q esperava um filme muuuito melhor em razão do tema e vindo do richard curtis (das minhas queridas britcom).
oq poderia ter dado um pouco de densidade ao filme era o naufrágio, mas a coisa é toda levada no esculacho (sem ser engraçado, sabe? cenas dramáticas q lembram titanic - até a referência à banda q afunda tocando - com soluções pseudo engraçadinhas).
fora q eles elevaram o título de mulher-trofeu a um novo nível! sério, as personagens femininas mal têm falas, o papel delas ali é unicamente... serem atraentes. a única mulher q de fato vive no barco não tem um programa de rádio, é uma.fucking.doméstica, igualmente sem história. e ainda colocaram como lésbica pra dar a entender q ela é just one of the guys (pq se fosse hetero ou bi, o papel dela seria transar tb).
aliás, é engraçado como todas as vezes q uma mulher subia ao barco era pra estragar o clima de confiança e camaradagem. curtis perdeu uma grande chance de mostrar grupos de amigos divertidos como o de notting hill e 4c&1f. uma pena. uma das melhores cenas, sem dúvidas, é quando eles fazem uma espécie de jogo da verdade e, finalmente, CONVERSAM. pq o resto do tempo é só troca de frases de efeito ZzZzZz.
acho q faltou tb mais espírito de rebeldia, tem muita atitude bobinha gratuita e pouco propósito transgressor. se vc tem um veículo de comunicação nas mãos sem restrições e é ouvido pela porra do país todo, vc não se restringe a fazer piadas sexuais, acho eu. ainda mais em anos de tantas revoluções na sociedade (botar um personagem negro e uma lésbica no filme, que por acaso são os q menos aparecem na história, não representa o sentimento da revolução sexual e do movimento racial da época. enfim).
por fim, embora tenha gostado do papel do kenneth branagh, o agente do estado repressor-bobão, é meio sem sentido ver q ele passa o filme todo tentando tornar a parada ilegal, quando a premissa do filme, dita logo nos primeiros minutos, é justamente q as regras do país não se aplicavam em alto-mar. assim, falta climax, a tava na cara q não ia dar em nada