É inquestionável a originalidade dos argumentos do ABEL FERRARA, mas vamos combinar que uma mulher muda que é estuprada e sai em busca de vingança pela inquietante Nova York é o supra-sumo do cinema fetichista ultra-criativo. Aqui, o mestre se supera com uma premissa original e um enredo repleto de suas famosas críticas à decadente cidade de Nova York (uma espécie de Desejo De Matar feminino). Se em O Assassino Da Furadeira o problema eram os mendigos da metrópole, aqui, são os homens machistas da cidade.
Sua violência é impactante e o seu SUSPENSE é supremo. Seguindo a ideologia feminista FERRARA constrói uma crítica incisiva ao machismo que se baseia em arcos como religião e filosofia (tão criticadas pelo diretor). Com cenas que causam revolta no público, o filme impressiona pelo teor violento e até mórbido da sua trama que abraça uma pesada história sobre vingança, utilizando um SUSPENSE tenso e ácido.
O enredo poderoso tem um peso intrínseco. Na mente insana do ABEL, nenhum homem de Nova York presta, sendo todos merecedores da morte. Com um estilo contemplativo, a trama faz críticas ao modo de vida americano com passagens criativas e inesperadas, pois, mesmo que você esteja alerta, o diretor da um jeito de te pegar de surpresa (como quando um homem com problemas amorosos se mata e a incrível chacina final). O SUSPENSE crescente empregado pelo diretor é de arrebentar os nervos, carregando uma tensão potente contando com estupros e assassinatos que impressionam pela sua sinestria (a idéia genial da personagem principal ser muda torna as cenas ainda mais agonizantes). O modo crescente como a protagonista vai sendo dominada pelo vício de matar é sensacional e a abordagem extridente da película é muito bem trabalhada. Com isso, a trama emergente da obra é um autêntico primor do cinema B.
ZOË TAMERLLIS LUND está sensacional encarnando uma mulher muda que fica mentalmente perturbada ao ser violentada. A atriz nos faz sentir a sua agonia, entrando na pele de uma verdadeira psicopata que, apenas com o olhar expressivo (sem falar uma palavra), consegue manipular nossos sentimentos de maneira sem igual com uma performance digna de aplausos.
A trilha sonora é magnífica. Sexy, tensa, forte e charmosa, a partitura regida com maestria embala com um charme envolvente o SUSPENSE URBANO que ferrara nos traz. A trilha ascende a chama que não se apaga por todo o filme dando às passagens de assassinatos um tom mais sombrio, causando um impacto ainda maior.
Nada supera a fetichista fotografia dessa obra. Focalizando numa Nova York sombria e elegante, a estética do longa se mostra extremamente artística, tendo seu charme nos movimentos e ângulos selecionados para dar mais peso ao visual estilizado da película. O estilo "filme B de personalidade" se torna um dos grandes atrativos que moldam as excelentes cenas de SUSPENSE da trama.
Com toda a sua personalidade, ABEL FERRARA realiza um de seus grandes triunfos. Um dos melhores filmes da sua carreira. A direção ferrariana é simplesmente perfeita,construindo o seu fetiche mais insano. As críticas, A tensão, o modo como as aflições da personagem principal vai se tornando fúria, a regência técnica, a construção de cenas poderosas e um ápice final de arrepiar,fazem dessa obra um SUSPENSE forte e corrosivo.
SEDUÇÃO E VINGANÇA é o filme em estilo underground mais inesquecível do FERRARA. Com toda a maestria do diretor que rege a trama incisiva até a chacina e o grito sofrido do final(arrepiante), o mestre nos presenteia com um "cult thriller" espetacular.
SEDUÇÃO E VINGANÇA é um dos melhores SUSPENSES dos anos 80.
Esse excelente filme feito, inicialmente para TV,marca o retorno do AARON NORRIS depois de 9 anos sem nenhum trabalho como diretor. O longa foi feito para os fãs da clássica série dos anos 80 e 90, Texas Ranger, nos apresentando uma esfera nostálgica por ser um filme feito pelos ícones da AÇÃO OITENTISTA (os irmãos AARON e CHUCK NORRIS) que nos presenteiam com cenas de AÇÃO incríveis e uma violência alucinante.
O único filme do AARON NORRIS nos anos 2000, apresenta o melhor roteiro de sua carreira. Com uma trama bem intricada, o argumento é pautado no jeito como a arma nuclear vai passando de mão em mão, trabalhando em um jogo de acusações e assassinatos sensacional. As reviravoltas surpreendentes, tornam a visão do público mais instigaste, pois ,com a inteligência do andamento por meio de provas e confrontos, as descobertas e os conflitos de interesses conduzem cenas de ação e violência eletrizantes.
A eterna lenda da ação,CHUCK NORRIS (apesar de coroa, ainda em forma) retorna como um verdadeiro mito no saudoso papel do Texas Ranger que acaba com os criminosos com o seu estilo durão que abala em todas as cenas em que aparece.
A trilha sonora passa bem a pegada de adrenalina e perigo constante do longa, banhando as cenas de AÇÃO com uma potência significativa e uma fantástica construção de enredo.
A fotografia ágil e cuidadosamente trabalhada torna a estética do filme arrebatadora. Com charmosos movimentos de câmera, uma abordagem estilizada do estado do Texas, bons lances de computação e cenas de AÇÃO perfeitas, o cineasta nos propõe um show técnico de qualidade .
As cenas de luta são um show aparte. O trio de assassinos orientais realizam movimentos violentos quase que sobrenaturais. Com isso, as cenas de lutas tornam-se impressionantes pela perfeição e violência da coreografia.
ALÉM DA VIDA (DRAMA) CLINT EASTWOOD 2010 CRÍTICA 73
ALÉM DA VIDA arrepia até a alma. CLINT EASTWOOD dirige um DRAMA espírita empolgante e poético. Uma obra linda e de sensibilidade impressionante. Um filme que te faz ficar apaixonado pela sua história emocionante e repleta de lições e questionamentos. Com certeza, uma obra inspiradora.
Três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um americano que desde pequeno consegue manter contato com a vida fora da matéria, mas considera o seu dom uma maldição e tenta levar uma vida normal. Marie (Cécile De France) é jornalista, francesa, e passou por uma experiência de quase morte durante um tsunami. Em Londres, o menino Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) perde alguém muito ligado a ele e parte em busca desesperada por respostas. Enquanto cada um segue sua vida, o caminho deles irá se cruzar, podendo mundar para sempre as suas crenças.
EASTWOOD trabalha num roteiro de histórias cruzadas sencacional. A construção gradativa dos personagens é espontânea e bem elaborada. A trama é construida por meio de paradígmas e reflexões em torno de crenças, amores e aceitação, tornando o longa ainda mais delirante. O modo como as amizades e amores vão nascendo é sencacional e as cenas paranormais são deleitantes com tudo isso culminando em um final inesperado. O modo como o diretor se aprofunda no tema espiritualidade é magnífico com os dramas pessoais sendo desenvolvidos magistralmente. O roteiro inteligente é recheado com cenas bem pensadas e envolventes que combinam com um ar de delicadeza e abstração incrível, apresentando toda a sensibilidade em uma história sobre destinos cruzados dirigida pelo grande mestre EASTWOOD.
O gêmeos GEORGE MCLAREN E FRANKIE MACLAREN estão ótimos com representações expressivas e serenas. CÉCILE DE FRANCE tem uma excelente interpretação como uma jornalista que teve a experiência de quase morte numa atuação forte e de impressionante sentimentalismo. MATT DAMON da um show na pele de um medium que tenta ignorar o seu dom nos apresentando uma performace suave e exepcional que consegue nos remeter às aflições de seu personagem perfeitamente.
A trilha sonora é linda. Com partiruras tocantes, ela consegue da o tom certo de esperança e emotividade que o diretor quer abordar com um orquestração fenomenal que emociona a meio mundo.
A fotografia é um espetáculo. As passagens de visões mostram jogos de focos e iluminações geniais e os efeitos visuais são de tirar o fôlego( como na fantástica cena do tsunami). Assim CLINT nos presenteia com uma fotografia delicada e muito bem feita, tornando o longa ainda mais sensível.
CLINT EASTWOOD dirige uma obra comovente e reflexiva. ALÉM DA VIDA é um deleite espiritual que nos traz cenas fortes e de grande delicadeza. O mestre nos apresenta uma direção firme com esse lindo DRAMA que aborda uma trama inteligente e bem pensada. EASTWOOD merece aplausos pela maestria e regência empregada à esse deleite cinematográfico, mostrando, mais uma vez, toda a sensibilidade presente em seus trabalhos.
ALÉM DA VIDA é um filme-tesouro. Uma obra forte e emocionante. CLINT EASTWOOD realiza um primor do gênero . Um filme fantástico de grande representatividade. Um DRAMA que te deixa de alma lavada.
MENINA DE OURO (DRAMA) CLINT EASTWOOD 2004 Crítica 71
Um dos filmes mais tristes já feitos. CLINT EASTWOOD realiza mais uma obra prima aclamada pela crítica e pelo público. MENINA DE OURO é um DRAMA colossal. Uma obra contudente que nos conduz à uma história de superação emocionante. Um trabalho poético que te leva à reflexão constante e provoca rios de lágrimas, tocando o coração de quem o assiste. Um filme lindo e intenso.
Vencedor de quatro Oscars, incluindo de Melhor Filme, Menina de Ouro é uma obra inesquecível! Frankie Dunn é um calejado treinador de boxe, que sofre com a dolorosa separação da filha. Juntamente com Eddie Scrap, um veterano lutador, ele administra uma decadente academia de boxe.Frankie reluta em treinar Maggie Fitzgerald - uma mulher que deseja se transformar numa lutadora profissional - mas acaba cedendo por sua enorme determinação. O que eles não sabem, é que em breve enfrentarão um desafio que exigirá mais coragem do que qualquer outro. Um desafio que mudará para sempre suas vidas.
O roteiro é a coisa mais linda do mundo. Contando com diálogos simbólicos e reflexivos e cenas dramáticas fortes e comoventes, a trama se mostra arrebatadora do início ao fim. A união entre Frankie e Maggie é retratada de forma bastante delicada,conseguindo tomar o coração do público por inteiro. CLINT EASTWOOD cria diálogos técnicos e cenas de lutas envolventes e pesadas que combinam com passagens de treinamentos que têm uma química hipnotizante. O diretor aposta em cenas tristes e até revoltantes que deixam o filme mais contundente, assim como a construção magistral dos personagens. EASTWOOD faz uma série de questionamentos à temas polêmicos como ao machismo, a religião e a eutanásia, trazendo um enredo ainda mais provocante. O roteiro maravilhoso nos presenteia com cenas impactantes, brutais e delicadas que arrancam làgrimas sofridas do coração de qualquer um.
A dupla ANTHONY MACKIE e MICHAEL PEÑA estão muito bons como dois boxeadores bastante maldosos com representações que inspiram raiva à todo momento. MARGO MARTINDALE está ótima na pele de uma mãe interesseira e exploradora, nos apresentando a sua atuação firme de postura desenvolta. O ator canadense JAY BARUCHEL está excelente como o ingênuo Danger que sonha em se tornar lutador com uma interpretação leve e inocente, resposável por uma veia cômica no filme. O mito CLINT EASTWOOD tem um desempenho fantástico no papel de um treinador de boxe bastante razinza com uma performace durona, porém, em contrapartida, sentimental. O vencedor do oscar de melhor ator coadjuvante, MORGAN FREEMAN, da uma show como um lutador aposentado que cuida de uma academia, nos trazendo uma atuação serena, contemplativa e profunda de maneira espetacular.
A ganhadora do oscar de melhor atriz, HILARY SWANK nos presenteia com UMA DAS MELHORES ATUAÇÕES FEMININAS DE TODOS OS TEMPOS, encarnando uma mulher forte que sonha em ser campeã de boxe, nos trazendo uma performace contundente e de grande sensibilidade que nos faz batalhar, lutar, sentir e sofrer com ela. Simplesmente perfeita.
A trilha sonora é sensível e delicada, pois, com toda a sua suavidade, ela contorna as passagens dramáticas do filme de maneira única, nos tocando com as suas partiruas emotivas.
O diretor nos apresenta uma fotografia fria e segura. A tática de focar nas expressões dos atores foi uma grande jogada para maior dramatização das cenas e as passagens de lutas são bastante dinâmicas e realistas. Assim, EASTWOOD nos traz uma fotografia única e expressiva.
CLINT EASTWOOD (vencedor do oscar de melhor diretor) fez o seu trabalho mais delicado. MENINA DE OURO é um filme brutal e comovente que, repleto de cenas dramáticas e poéticas, nos eleva à um estado emocional divino. Sempre amante de esportes, EASTWOOD elabora diálogos técnicos e cenas de lutas instigantes e fortes, tornando a trama ainda mais fantástica. Os diálogos reflexivos de grande sensibilidade fazem da trama um verdadeiro deleite que apelidou EASTWOOD de "ator durão, diretor sensível". A obra chocante, surpreedente e emotiva realizada pelo eterno mestre CLINT se tornou um dos MELHORES TRABALHOS DA SUA CARREIRA.
MENINA DE OURO é uma visita ao núcleo emotivo humano. Uma obra prima maravilhosa. Um DRAMA devastador, brutal e sensível que choca pelo realismo de suas cenas. Uma história de amizade e superação impactante que nos castiga com cenas sofridas e de uma força sentimental incrível. MENINA DE OURO é uma obra de arte celestial realizada com perfeição pelo lendário CLINT EASTWOOD. UM DOS MELHORES DRAMAS DOS ANOS 2000.
OS IMPERDOÁVEIS (FAROESTE) CLINT EASTWOOD 1992 CRÍTICA 70
UM DOS FILMES MAIS ACLAMADOS DOS ANOS 90. OS IMPERDOÁVEIS é uma obra lendária. O melhor trabalho do CLINT EASTWOOD (vencedor de 4 oscars). Um FAROESTE forte, poético e contemplativo que contorna uma linda história de redenção e nos apresenta uma violência crua e realista. Uma obra fantástica.
Por muito tempo, ele tentou enterrar seu passado como um dos mais rápidos pistoleiros do Oeste. Agora viúvo, sem dinheiro e com filhos para criar Will Munny (EASTWOOD), cavalga novamente com seu parceiro Ned Logan (FREEMAN) e o ambicioso Schofield Kid (WOOLVETT)) em busca de recompoensas. Sua missão, é de matar dois cowbois que desfiguraram uma prostituta na distante cidade de Big Whiskey. Eles também, terão que enfrentar outros caçadores de recompensas como o famoso pistoleiro English Bob (HARRIS) e o violento xerife Little Bill Dager (HACKMAN), formando um verdadeiro duelo de gigantes.
As cenas são de uma delicadeza incrível, pois mostram todo um lado visceral que engloba o verdadeiro sentido da vida e da morte. A contrução dos personagens é uma das melhores coisas do filme, visto que, em uma história de anti- heróis, a personalidade do Will é feita de maneira magistral, pois EASTWOOD coloca um tom de mistério no passado de Munny e um certo toque de insanidade em seu caráter, mostrando o seu interior de maneira aprofundada, já o vilão, é traçado mostrando um homem repulsivo e maldoso. Assim, os cowboys da história têm suas características habilitadas de maneira impecável, mostrando um lado mais humano do velho oeste,desenvolvendo com perfeição, todos os personagens do longa.
O enredo é construído de forma lenta e saborosa com diálogos filosóficos que fazem da obra um grande mar de pensamentos.A gradação dramática do roteiro é genial, visto que, a história começa como a de todos os FAROESTES convencionais , banalizando o assassinato, mas, com o passar da trama, os personagens vão vendo que ato pútrido é o de se matar alguém. O diretor nos presenteia com cenas de tensão que provocam uma angústia crescente e passagens de drama pscológicos que fazem o público refletir a todo momento. O mestre CLINT traz críticas contundentes à crueldade, ambição e materialização da mulher, fazendo com que a trama se torne mais instigante. Assim, o realizador promove passagens de violência magníficas que combinam com o final poético para formar a obra que marcou o gênero FAROESTE . Um roteiro perfeito e magistral.
A película nos promove UM DOS MELHORES ELENCOS DA HSITÓRIA. O ator canadense SAUL RUBINEK( como um medroso escritor) trabalha muito bem com uma atuação jeitosa que mostra toda a covardia do seu personagem. FRANCES FISHER ( no papel de uma prostituta que foi retalhada) têm um ótimo desempenho numa representação expressiva e que desperta comoção. JAIMZ WOOLVETT ( na pele de um ambicioso caçador de recompensas) está excelente com uma interpretação desenvolta e de personalidade gradativa que, no início se mostra sem sentimentos, mas com o seu desenrolar, se apresenta mais emotiva. O mito CLINT EASTWOOD (como um caçador de recompensas que tenta esquecer o seu passado) nos presenteia com uma atuação que entrou para a história, esboçando profundidade e traços de pertubação em sua performace durona por fora e delicada por dentro. RICHARD HARRIS ( interpretando um perigoso matador) está ótimo com um trabalho estiloso e elegante com a sua pegada britânica. O mestre MORGAN FREEMAN (na pele de um caçador de recompensas aposentado que aceita fazer o seu ultimo trabalho) da um show, nos apresentando uma interpretação contemplativa que inspira leveza e serenidade.
A estrela que rouba a cena é o ganhador do oscar de melhor ator coadjuvante, GENE HACKMAN ( como um terrível xerife), interpretando um autêntico vilão com uma performace forte, marcante e de personalodade inconfundível, nos fazendo sentir ódio do seu repulsivo Little Bill com UMA DAS MELHORES ATUAÇÕES COADJUVANTES DE TODOS OS TEMPOS.
A trilha sonora é de arrepiar. As cenas mais deleitantes são regadas à músicas serenas e acalentadoras, já as passagens mais incisivas, apresentam uma orquestração marcante que é elaborada magistralmente de modo em que a trilha comece diminuta e vai aumentando, tornando os confrontos impactantes, além disso, o silêncio é um elemento certeiro para a construção mais profunda das cenas.Assim, a trilha sonora arrasadora, torna o enredo de OS IMPERDOÁVEIS inesquecível.
Logo de cara somos recepcionados por uma linda locação longínqua ao por do sol ( passagem que mostra perfeitamente a personalidade da fotografia). Com belos cenários no estilo do oeste selvagem e paisagens americanas variadas, o longa se reveste com um clima bem western. Elementos como desertos, chuva, neblina, neve e por do sol são utilizados como forma poética e construtiva de regimento artístico. A escuridão e a iluminação sobre luzes de fogo se mostra uma escolha de mestre, pois, assim, o diretor traz o clima forte e melancólico que a obra precisa. Com isso, a fotografia espetacular nos leva à uma viagem ao oeste selvagem.
CLINT EASTWOOD dirige a sua obra prima. Um FAROESTE psicológico poético e reflexivo com cenas de violência icônicas. A direção sensível e charmosa de EASTWOOD nos presenteia com uma história emotiva que aborda reflexões sobre a violência e a busca por sí mesmo. o mestre consegue realizar um filme único. Uma obra marcante e expressiva.
OS IMPERDOÁVEIS É O MELHOR FILME DO EASTWOOD. Uma obra que reinventou o seu gênero. Uma história de redenção reflexiva e emocionante que critica a cueldade e a violência. CLINT EASTWOOD realiza um clamor dos deuses, merecendo reverências pelo seu trabalho espetacular. OS IMPERDOÁVEIS É, SEM DÚVIDAS, UM DOS MELHORES FAROESTES DE TODOS OS TEMPOS.
PÂNICO NA MULTIDÃO (SUSPENSE) LARRY PIERCE 1976 CRÍTICA 69
Um SUSPENSE de tirar o fôlego. Uma obra tensa e angustiante que promete te levar ao delírio com o seu enredo potente e bem elaborado. CLINT EASTWOOD dirige um filme B que é a cara dos anos 70, pois, sujo, cru e violento, PÂNICO NA MULTIDÃO se torna um verdadeiro jogo de tensão e muita ansiedade.
Noventa e um mil torcedores esperam ansiosamente a decisão entre o Los Angeles e o Baltimore no Memorial Coliseum. Mal sabem eles que o estádio servirá de palco para um misterioso atirador entrar em ação e transformar o que seria um divertido programa no mais terrível pesadelo.
As cenas do enredo são cuidadosamente planejadas. O filme inicia com uma introdução fenomenal apresentando todos os personagens da história, inclusive o próprio atirador, e desenvolvendo os seus dramas ou planejamentos pessoais, além de mostrar toda a expectativa para o grande jogo. Os personagens são muito bem construídos ao longo da trama, o que se mostra uma jogada de mestre, pois, com isso, o público cria uma indentificação maior com os mesmos.O modo como o mistério cerca o psicopata do princípio ao fim é genial e o clima da obra é construído de maneira que o telespectador passe toda a projeção sentindo a ameaça constante. O roteiro também consegue construir uma mine vertente que é o jogo emocionante que se mostra importante para muitas das pessoas do longa.
O enredo se torna tão dinâmico que ,mesmo com a história sendo desenvolvida num mesmo ambiente, a trama não se torna cansativa em momento algum.As cenas das operações policiais realizadas para capturar o assassino são magníficas, mostrando todo o realismo empregado por EASTWOOD.O SUSPENSE é detonador e, no seu ápice, ele explode como uma verdadeira bomba em um final violento e catastrófico. Assim, o roteiro se mostra bem elaborado, dividido e com um estilo inconfundível.
O numeroso elenco é repleto de atuações excelentes que recheiam ainda mais a película. MARTIN BALSAM está ótimo como o responsável pela segurança dos estádio com uma representação presente, carismática e marcante. JOHN CASSAVETES desempenha um trabalho incrível na pele do chefe do esquadrão de forças especiais, nos apresentando uma interpretação durona,estilosa e de personalidade forte. CHARLTON HESTON arrasa como um agente da polícia que faz de tudo para capturar o atirador com uma performace mitológica elegante e com a inconfundível firmeza do experiente ator. O elenco de apoio é um espetáculo, pois, cheio de atuações divergentes e muito bem trabalhadas, os atores levam as cenas nas costas.
A trilha sonora é icônica, pois com uma orquestração tensa e instigante, a trilha confere o clima perfeito para as cenas de tensão, se tornando responsável por nos dar uma pontada nos nervos com as suas partituras fortes.
Com movimentos de câmeras bem chamosos, um estádio cheio, passagens de binóculos/mira, seguimentos em primeira pessoa para o sniper, focos aéreos,câmera lenta e uma edição espetacular, a fotografia se mostra estilosa e bastante original, tornando o filme dinâmico e envolvente.
CLINT EASTWOOD ataca com o seu estilo de cinema charmoso dos anos 70. A direção impecável do mestre nos engloba em um SUSPENSE potente e flamejante. As cenas espetaculares de caçadas e mortes nos faz sentir uma agonia interminável. EASTEWOOD é capaz de realizar cenas icônicas como
[/spoiler]as passagens de tiros, o caos pelo estádio no final do filme e as tentativas de captura do assassino [spoiler]
. A maestria com a qual o diretor conduz o filme é ingável. Assim, o realizador consegue fazer um verdadeiro tesouro cinematográfico.
PÂNICO NA MULTIDÃO é um triunfo. Um filme B pouco conhecido que representa o estilo de uma década. CLINT EASTWOOD acerta em cheio na direção provocante desse SUSPENSE caótico e hipnotizante. O mestre realiza um filme de personalidade imbatível.uma obra com um requinte estarrecedor que, combinado a uma trama inesquecível , forma uma bala de tensão certeira .
A NOVIÇA REBELDE (DRAMA) ROBERT WISE 1965 CRÍTICA 68
Sem dúvidas, O MELHOR FILME DE DRAMA DOS ANOS 60. Um dos musicais mais aclamados da história do cinema (GANHADOR DE 5 Oscars, incluindo melhor filme) . Uma das maiores bilheterias de todos os tempos.A NOVIÇA REBELDE é um filme único. Um grande triunfo que entrou para a história. O diretor mais famoso do cinema clássico CHARLES CHAPLIN realiza uma obra bela e inocente que nos faz ficar com um sorriso no rosto por toda a sua projeção. Um filme lindo e contagiante.
No final da década de 30, na Áustria, uma noviça que vive em um convento, mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta religiosa, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp, que tem sete filhos, ele é viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família.
O roteiro é espetacular. Repleto de passagens musicais de tirar o fôlego e cenas com uma dinâmica incrível, a história é moldada de maneira impecável. A maneira como a chegada de Maria muda toda uma família é linda e esse processo de mudança é muito bem esenvolvido pela mão experiente de CHAPLIN. A personalidade da dupla principal( Maria e Capitão Von Trap) é muito bem ornamentada de modo que o público comece a criar uma certa indentificação com os personagens. Todo o carinho que a família começa a ter pela governanta é um arco muito bem construído do roteiro e a divisão da história entre período pre e pós guerra é genial, pois mostra toda a transformação climática que a guerra provoca, visto que, com o passar do filme, o enredo vai se tornando mais sério e incisivo. Os diálogos que refletem a pureza do longa são sencacionais e as cenas musicais são incríveis. Assim, o filme perfeitamente dinamizado, faz com que o tempo voe durante a projeção. A NOVIÇA REBELDE é uma obra maravilhosa e repleta de cenas imortais que marcaram a história da sétima arte.
Todo o elenco está de se aplaudir de pé. RICHARD HAYDN está muito bem como um caça talentos que só pensa em dinheiro com uma atuação elegante e de personalidade solta, resposável por uma veia cômica na película. As crianças têm atuações arrasadoras, pois, além de desempenharem muito bem os seus papéis, elas reproduzem ótimas músicas. JULIE ANDREWS está divina na pele de uma governanta bastante animada e profunda,desempenhando canções perfeitas e passando toda a sua energia através de suas emoções em uma interpretação expressiva e inesquecível. CHRISTOPHER PLUMMER da um show como um capitão bastante amargo que se mostra bastante duro com os seus filhos numa performace intensa e estarrecedora que vai se modificando ao longo do filme (começando amarga e se tornando mais sensível) em um papel extremamente difícil que segura, apenas com o seu talento, todo o final do longa.
A trilha sonora é apaixonante. Com músicas inesquecíveis, a obra enche os nossos corações de emoção, nos fazendo sorrir e chorar. As passagens musicais originais e únicas fazem da película um verdadeiro encanto. Assim, a trilha que embalou toda uma época, se torna marcante e, acima de tudo, imortal.
A fotografia é deslumbrante com toda a pureza e delicadeza que ela emprega às cenas do longa. Repletas de paisagens arrebatadoras da Austria, logo de cara, as passagens do longa nos pegam pelo pé. Os dias são coloridos e encantadores, já as noites, apresentam uma beleza mais elegante e climática ( bem no estilo das noites austríacas). A maneira como a fotografia pre-guerra é aberta e inocente e a pós-guerra é mais forte e fechada torna o clima da obra sem igual. CHAPLIN utiliza uma fotografia bastante firme, nos mostrando um espetáculo de cores e energia com elegância e encantamento.
Exilado na Europa, CHARLES CHAPLIN, junto com o estúdio SAUL CHAPLIN, realizou uma obra prima do gênero. A direção marcante e criativa de CHARLES é vista à todo momento em cenas lindas e delicadas. CHAPLIN faz passagens musicais louváveis e lições de vida aplausíveis que culminam em um fim arrepiante que nos faz emendar emoções com uma apresentação final de tirar lágrimas e uma passagem de fuga angustiante. Assim, o diretor, fez a sua obra prima. Um filme criativo e repleto de beleza e sensibilidade.
A NOVIÇA REBELDE é um tesouro cinematográfico imortal. CHARLES CHAPLIN realizou um de seus melhores filmes. Um verdadeiro turbilhão de sentimentos que te faz ficar tenso ou alegre/sorrir ou chorar com uma história tocante e bastante sentimental. A NOVIÇA REBELDE é um grande marco no cinema. Um filme sensível, tocante e delicado que nos envolve mostrando o por que de CHALES CHAPLIN ser um dos diretores mais respeitados do cinema clássico. Assim, a obra premiada e aclamada é um verdadeiro encanto cinematográfico que avança diretamente no coração, emocionando gerações até hoje.
DÁLIA NEGRA (SUSPENSE) BRIAN DE PALMA 2006 CRÍTICA 67
Parece que BRIAN DE PALMA demorou anos para pensar em um filme tão inteligente e bem elaborado como DÁLIA NEGRA, um SUSPENSE noir genial. Uma obra violenta, extremamente charmosa e repleta de cenas pesadas, conseguindo te prender do princípio ao fim. Um filme de criatividade sem fim. Simplesmente incrível.
'Dália Negra' é uma história de obsessão, amor, corrupção, cobiça e devassidão, baseada na história real de um violento crime que chocou e fascinou os Estados Unidos em 1947 – caso que permanece até hoje sem solução. Em 1946, os ex-lutadores de boxe Dwight (Josh Hartnett, de 30 Dias de Noite) e Lee Blanchard (Aaron Eckhart, de Quinta-Feira Violenta) trabalham como policiais na cidade de Los Angeles, também trabalhando como parceiros. Com a amizade entre os dois aumentando, Bucky conhece a namorada de Lee, Kay Lake (Scarlett Johansson, de Vicky Cristina Barcelona), com quem começa um relacionamento às escondidas. Quando o corpo da aspirante a atriz Elizabeth Short (Mia Kirshner) é encontrado aos pedaços, Lee fica obcecado em descobrir quem a matou. A imprensa batiza o assassino deste caso de Dália Negra.
O modo como o diretor pegou um crime real não desvendado e desenvolveu toda uma trama em cima disso é brilhante. As passagens do longa parecem ser bastante aleatórias até o final estarrecedor que o público percebe que estava tudo interligado. O roteiro complexo nos traz fatos bem entrelaçados que exigem muita atenção do telespectador. Repleto de cenas mórbidas, o longa, reage com um"chega pra lá" no consciente de quem o assiste. O mistério é conduzido de maneira perfeita, o roteiro desenvolve bem o drama e o SUSPENSE, o modo com o triângulo amoroso é formado é genial e a gradatividade da obsessão dos detetives pelo caso é uma jogada de mestre. Os diálogos são bastante intensos e perfeitamente elaborados para gerar sempre um clima de desconfiaça. As cenas pesadas e tensas fazem de DÁLIA NEGRA um verdadeiro deleite que te choca com a sua morbidez e inteligência.
BRIAN DE PALMA comanda um elenco espetacular. SCARLETT JOHANSSON ( como uma mulher forte que se envolve em um triângulo amoroso) têm uma representação firme e emotiva. FIONA SHAW (na pele de uma magnata louca)está excelente com uma interpretação expresiva e perturbada. HILLARY SWANK (como uma atraente socialite) tem um ótimo desempenho com uma atuação elegante e de personalidade forte. JOSH HARTNETT e AARON ECKHART (no papel de dois detetives que embarcam num mistério intrigante) têm performaces que se completam como fogo e gelo. JOSH tem uma atuação fria e contemplativa,já AARON nos apresenta uma interpretação mais forte e obcecada.
A trilha sonora é fascinante. Com músicas de época (jazz) excelentes e uma orquestra pesada e climática, o filme é carregado com uma tilha forte e marcante. Assim, a obra se torna um noir de primeira com partituras envolventes e de tirar o fôlego. Uma trilha atmosférica digna de aplausos.
Nada é mais inacreditável do que a fotografia. DE PALMA usa de tudo. Jogo de sombras e iluminação, câmera lenta, câmera que vai focando cada vez mais e uma sencacional construção de atmosféra noir são elementos climáticos utilizados pelo diretor. Assim, o mestre consegue fazer cenas de investigações, mortes e até lutas de maneira espetacular, tornando a parte artística do longa impecável.
O experiente BRIAN DE PALMA da um show na direção dessa obra prima. O diretor realiza uma narrativa original e brilhante que se mostra repleta de nuances e reviravoltas. DE PALMA, faz um filme tenso e pesado. Uma história envolvente de grande apelo sexual e uso da violência mórbida à rodos. Com isso, o realizador molda uma obra com reviravoltas surpreedentes e uma narrativa genial.
Com um roteiro implacável, um elenco de peso, uma excelente trilha sonora, uma fotografia incrível e uma direção impecável, DÁLIA NEGRA se torna um dos grandes SUSPENSES dos anos 2000. Assim, a história inteligente, brutal e inesquecível elaborada pelo mestre BRIAN DE PALMA, se torna uma excelente escolha para os fãs do cinema noir. Um SUSPENSE digno de aplausos.
SCARFACE é, simplesmente, um dos melhores filmes da história do cinema. Um clássico cult que conquistou gerações e ,até hoje, representa uma decáda mágica que foi os anos 80. Um filme violento, sujo, cru e estiloso que elevou a carreira do BRIAN DE PALMA e do AL PACINO (o melhor ator de todos os tempos). Uma obra prima de máfia que, hoje, é considerada ,pelo público e crítica, um grande marco do cinema.
Em meio à massa de miseráveis, chega Tony Montana, bandido de pouco nome e muita bravata, disposto a conquistar o mundo do tráfico.
O diretor BRIAN DE PALMA e o roteirista OLIVER STONE elaboram um dos maiores roteiros já feitos no gênero DRAMA. Com um enredo simples e alucinante, a trama aposta em diálogos sujos e verborrágicos com ótimas negociações e dramas pessoais que retratam de forma espetacular o mundo do crime. O mestre BRIAN molda as suas cenas brilhantemente, pois ele usa um método genial que deixa as cenas de início aparentemente simples se tornarem cada vez mais intensas, construindo um enredo imprevisível, des de trabalhos para máfia até discurssões acaloradas. O realizador, cria falas marcantes ("Say hello to my little friend") e cenas violentas icônicas que culminam em um dos mais perfeitos finais já feitos.
TONY MONTANA se tornou uma das personalidades mais populares já criadas, des do seu modo de vestir-se até o seu jeito de falar, tudo é milimetricamente elaborado,pois a construção profunda de seu personagem, o tornou, sem dúvidas , o melhor mafioso da sétima arte. O gangster é perfeitamente construído com uma personalidade forte e marcante que virou um ícone da cultura POP.
O longa nos presenteia com atuações incríveis. ROBERT LOGGIA está ótimo como um experiente chefão do tráfico com uma representação forte e extremamente carismática. MARY ELIZABETH MASTRANTONIO como a irmã jovem e sonhadora de Montana, nos mostra uma atuação emotiva e de muita expressão. O ator cubano STEVEN BAUER tem um ótimo desempenho na pele de um gangster, fiel escudeiro de Tony numa representação centrada e bem trabalhada. F. MURRAY ABRAHAM, como sempre, da um show no papel de um traficante imponente com uma performace firme e marcante. MICHELLE PFEIFFER arrasa como uma temperamental socialite, apresentando um trabalho extremamente expressivo que deixa transparecer as suas emoções de maneira excelente.
AL PACINO entrou para a história como TONY MONTANA. Um mafioso malvado e arrogante que se tornou a performace mais popular da sua carreira. PACINO contorna a sua atuação com uma personalidade forte, dando o temperamento certo para o seu personagem. Assim, o melhor ator de todos os tempos criou o maior mafioso do cinema com uma performace explosiva e icônica.
A trilha sonora é espetacular. Com canções latinas e músicas POP, o longa é embalado para presente com estilo e personalidade, além do ótimo theme song "Push It To The Limits". A orquestração feita por teclados cintetizadores em cenas pessoais é bastante tocante e emotiva, já nas passagens de violência, a película apresenta uma partitura tensa e impactante. Assim, a trilha se mostra oitentista e nostálgica.
Elementos técnicos como angulação inferior ou superior com a câmera procurando sempre o centro, movimentos giratórios leves, e o foco nas expressões faciais dos personagens fazem da fotografia um banho de atmosfera . As cenas de tiros bem feitas e dinâmicas unidas à luxuosas manções, um figurino bem oitentista e o clima praiano de Miami tonam a obra o cúmulo do estilo.
BRIAN DE PALMA faz o seu melhor filme. Com cenas fortes de violência sem moderação, o diretor faz com que o público acompanhe toda a trajetória do T.M da pobreza até a sua ascensão, o que torna o personagem mais próximo do público. A tática de inversão de valores e os jogos de traições e conflitos de interesses são elementos muito bem elaborados. DE PALMA, com toda a sua genialidade, fabrica frases de efeito que marcaram época como a famosa "Diga olá para o meu amiguinho", "Vai morrer filho da puta" e a grande mensagem da história "O Mundo É Seu".O mestre do cinema policial e de máfia conduz cenas épicas e executadas com maestria como
[/spoiler] a passagem tensa do assassinato de Rebenga, a triste cena em que Montana mata o seu melhor amigo, a angustiante tentativa de sabotagem e a antológica cena final[spoiler]
. Assim, o realizador fez a sua master pieace única e estilosa. Um DRAMA de máfia repleto de luxo, drogas e violência. Uma obra arrepiante.
SACARFACE é uma obra prima. BRIAN DE PALMA dirige o seu grande trunfo de ouro. O filme climático e apoteótico nos conduz a uma história emocionante.SCARFACE entrou para a história como um dos 10 filmes mais populares do cinema. Com sua trama fantástica, BRIAN mestre dirigiu um dos melhores filmes da sétima arte. Uma jornada alucinante sobre o preço da ambição com uma lição de moral impactante, pois, ao realizar essa obra prima, DE PALMA fez nascer uma estrela no céu.
Sem dúvida, um dos filmes mais importantes da história do cinema de TERROR. Um filme espetacular que deu início a todo um subgênero. Uma obra climática e perfeitamente conduzida pelo gênio do TERROR, BORIS KARLOFF.
O ZUMBI era dado como perdido até que, em 1969, em Nova York, foi achada uma cópia dele. Trata-se do primeiro filme britânico de KARLOFF, que interpreta o professor Morlant. Um excêntrico egiptólogo inglês obcecado pelos poderes dos antigos deuses do Egito. Em seu leito de morte, ele ordena que seu serviçal, Laing (Thesiger), cole uma jóia sagrada conhecida como a luz eterna em sua mão, prevenindo-o de que, caso ela seja removida dali, ele deixará sua tumba em busca de vingança...
O roteiro abrange ótimos diálogos tenebrosos e demonstra domínio profundo da cultura árabe. O mito do zumbi é muito bem construido de modo que as aparições da criatura se tornem lendárias. Os nuances e reviravoltas presentes na trama faz do enredo uma construção inteligente e criativa. KARLOFF elabora um jogo de intereces entre os personagens (maravilhosamente construídos) do longa tornando a película bastante compenetrante com suas viradas de jogos, fazendo com que o espectador fique com uma sensação de desconfiança eterna. As cenas de horror são desenvolvidas com maestria, nos dando arrepios a cada passagem tensa ou amedontradora da obra.
Todo o elenco está digno de aplausos. BORIS KARLOFF está perfeito na pele do zumbi, com uma atuação assustadora que influenciou gerações, fazendo história na sétima arte.
A trilha sonora é forte e tensa, conduzindo as cenas do longa para um clima de angústia sem fim com uma orquestra potente e inigualável.
A iluminação escura , só feita por velas, torna a fotografia arcaica, contribundo para a atmosféra de horror que o longa transmite, nos apresentando passagens de câmeras vagarosas de climatização sufocante.
BORIS KARLOFF realiza uma verdadeira obra prima. A criatividade da obra é inegável, pois, o diretor criou o primeiro filme de zumbi da história, elaborando um padrão seguido até hoje. O TERROR empregado às cenas é espetacular e o enredo se torna bastante sinistro, mostrando a mão firme e inteligência de KARLOFF.
O ZUMBI representa bem a áurea dos anos de ouro do cinema de TERROR. BORIS KARLOFF deixou seu legado por gerações com este clássico absoluto que inventou um subgenêro aclamado até hoje. O ZUMBI é uma obra digna de aplausos que nos apresenta uma história sombria. Obrigatório para quem é fã do gênero.
Um SUSPENSE político diferenciado e espetacular. A obra vencedora do oscar de melhor filme nos apresenta uma história baseada em fatos reais sensacional e repleta de tensão. BEN AFFLECK dirige um dos seus melhores trabalhos, pois o diretor nos golpeia com uma trama de tirar o fôlego. Assim, AFFLECK realiza uma obra prima única para o cinema. Um filme eletrizante.
Quando a revolução iraniana invade a embaixada dos EUA em Teerã, seis cidadãos americanos escapam. Agora, somente um homem é capaz de tirá-los de trás das linhas inimigas. Tony Mendez é um brilhante agente da CIA que se especializou em fugas impossíveis, mas seu mais recente plano é tão audacioso quando desesperador. Disfarçados como equipe de produção de um filme, Tony e os fugitivos devem se esconder às vistas de todos e o menor deslize pode siginificar morte instantânea.
O roteiro é impressionante. A trama se encontra sempre tensa e angustiante. Os diálogos políticos são muito bem elaborados e o plano para tirar os americanos do Irã é executado de maneira simples e fácil de entender. A execução do plano absurdo elaborado por Mendes é instigante, empolgando a todos que assistem as cenas de SUSPENSE presentes na obra. O diretor mantém o clima de tensão de maneira crescente, acelerando o coração de qualquer um com aquele final de tirar o fôlego.
O elenco está excelente. Os atores que interpretam os reféns formam uma grande equipe com atuações que faz você sentir todo o desespero que eles sentem assim como as atuações firmes e bem trabalhadas dos membros do governo. BEN AFFLECK como um agente que bola o plano para tirar os reféns do irã está muito bem com seu modelo básico e presente. JOHN GOODMAN e ALAN ARKIN dão um show os como produtores de cinema que ajudam na fachada como plano, nos apresentando espirituosas perfomaces de personalidades marcantes, formando uma dupla implacável .
A trilha sonora é excelente compilando uma série de músicas POP/rock clássicas, tornando o longa dinâmico e estiloso. Além disso, AFFLECK seleciona ótimas musicas típicas iranianas e uma orquestração para as cenas de tensão magnífica, fazendo do longa um SUSPENSE sufocante.
As ótimas angulações, as passagens de foco e desfoco fundidas as cenas de revoluções em estilo reportagem, fazem da fotografia um verdadeiro cículo de criatividade.
BEN AFFLECK dirige um SUSPENSE genial. Um compilado espetacular de potência e muita pressão. Assim, o diretor produz um de seus maiores sucessos de críticas que, com certeza, marcou a sua carreira, nos apresentando uma história potente e de magnitude incrivel.
ARGO é um filme político e patriótico brilhante. Suas cenas criativas fazem com que o espectador mergulhe na ótima trama apresentada. Com isso, BEN AFFLECK realiza uma obra prima única em toda a sua carreira. Um filme realista e compenetrado. Uma história perfeita de trabalho em equipe e cooperação entre governos.
TRAMA MACABRA (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1976 CRÍTICA 43
ALFRED HITCHCOCK realiza a materialização da criatividade em TRAMA MACABRA. Um SUSPENSE envolvente e bem elaborado que, com uma trama irreverente, faz com que o público embarque em um mistério investigativo arrebatador.
BRUCE DERN e BARBARA HARRIS estrelam como um casal de trambiqueiros que tramam para tirar a fortuna de uma velhinha, fingindo achar seu há muito tempo desaparecido sobrinho. Enquanto isso, DEVANE, um joalheiro ladrão e sua linda namorada sequestram um magnata grego para ganhar o dinheiro do resgate. Raptos , tentativas de assassinato , risadas e uma série de pequenas tramas recheiam a história que faz esse filme inesquecível.
Nada é mais original do que o roteiro dessa obra,pois, com diálogos cuidadosamente planejados e tramas milimetricamente interligadas, o enredo se mostra intrigante e muito bem moldado. É interessante o modo como cada personagem e seus respectivos interesses se interligam, mostrando que o roteiro é bastante pensado, contando com diálogos instigantes, passagens de crimes e golpes criativas e vertentes perfeitamente ramificadas.
Com uma equipe que nos mostra grandes reapresentações, HITCH comanda atores de qualidade. ED LAUTER está ótimo como um criminoso que faz de tudo por dinheiro com uma atuação espontânea e vigorosa. KAREN BLACK, nos mostra a que veio no papel de uma golpista sedutora e discreta, nos apresentando personalidade na execução do seu trabalho.WILLIAM DEVANE da um show como um rico vendedor de jóias que é capaz de qualquer coisa para manter seus sequestros, roubos e sabotagens em segredo, encarnando um autêntico vilão numa performace forte e elegante.BARBARA HARRIS nos puxa pelo pé como uma falsa vidente trambiqueira e manipuladora,pois, em sua atuação, mescla seu lado doce com o estratégico, segurando todas as cenas em que aparece(muitas vezes improvisando) com finéss e talento.
Porém, a estrela do filme é BRUCE DERN(grande ator de filmes B setentistas, só reconhecido depois de velho) na pele de um taxista/detetive malandro louco por dinheiro, nos dando de presente, simpático e estiloso,como sempre, mais um trabalho divino, incrementando a sua personalidade em todas as aparições.
A parceria HITCHCOCK/JOHN WILLIAMS, mais uma vez, produz uma ótima trilha sonora que, utilizando teclados,orgãos e cravos, constrói um efeito mais irreverente e caricato às suas cenas de humor e, ao mesmo tempo, atmosferiza as passagens de mistério e investigações com timbres de SUSPENSE, tornando a trilha tipicamente hitchcockiana.
Como sempre, a fotografia criativa do mestre seleciona ângulos altos e a famosa câmera que caminha pelo filme, deixando o mesmo dinâmico e elegante.
Não cabe em palavras quão boa foi a direção de ALFRED HITCHCOCK nessa obra nostalgica, pois,mesmo tendo bilheterias fracas,é inegável a habilidade do realizador para trabalhar perfeitamente todas as tramas e subtramas presentes no filme. Com passagens muito bem dirigidas como
[/spoiler] as cenas de golpes e trambiques, as partes investigativas e a marcante piscadinha final[spoiler]
, o mestre do SUSPENSE deixou mais uma película que marcou sua linda filmografia. Assim, a construção perfeita dos diálogos e fatos tornam TRAMA MACABRA uma obra que te puxa pelo umbigo, sendo arrebatadora até o final.
TRAMA MACABRA é um SUSPENSE diferente. HITCHCOCK, mais uma vez, deixa toda a sua genialidade a prova nessa que, sem dúvidas, é uma obra marcante para todo cinéfilo.
FRENESI (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1972 CRÍTICA 42
Um dos melhores SUSPENSES de todos os tempos. Aqui,ALFRED HITCHCOCK nos presenteia com um dos melhores filmes da sua carreira. Uma obra prima que une um elenco de peso, uma fotografia genial, uma ótima trilha sonora, um roteiro fenomenal e uma direção perfeita.
Um criminoso sexual deixa a polícia de Londres em estado de alerta. Todas as pistas incriminam um inocente, que vai ter que fugir da lei para provar que não é o culpado, tentando encontrar o verdadeiro assassino.
O roteiro genial se torna um dos melhores do HITCH. Com cenas marcantes e diálogos ácidos,o longa vai construindo seu enredo de forma certeira. Impressionante também é como todas as evidências que o assassino deixa para traz serve também para o protagonista e assim os conflitos vão se desencadeando. É encantadora a forma como as cenas se intercalam entre ágeis e demoradas ou leves e pesadas,deixando a trama bastante dinâmica e ainda construindo os personagens e as suas personalidades de maneira impecável. Com todas essas qualidades, o roteiro perfeito se mostra original e inteligente.
O elenco é um prato cheio que torna a película ainda melhor e repleta de atuações expressivas. ANNA MASSEY (como uma doce garçonete que se apaixona por um foragido) e BARBARA LEIGH-HUNT (como uma mulher de personalidade forte e ex-mulher de um foragido), mesmo apresentando atuações diferentes estão sensacionais, pois com atuações marcantes elas traçam perfeitamente a personalidade de seus personagens.BARRY FOSTER, como um vendedor bonachão e estranho, está excelente, pois nos entrega uma interpretação bem humorada e leve, mas que tem a habilidade de mudar completamente ao longo do filme. JON FINCH está perfeito na pele de um alcoolatra foragido da policia que tenta provar sua inocência com uma performace digna de aplausos, visto que, ele faz com que o público se indentifique estantaneamente com seu personagem utilizando o "homem comum" como molde para seu papel e ainda segura com uma atuação estilosa e original, todas as cenas em que aparece.
A trilha sonora recheia o filme e torna as cenas de diálogos e SUSPENSE emocionantes assim como a falta dela que deixa as passagens de constução do personagem e de assassinatos mais realistas e impactantes.
A fotografia é desenvolvida com maestria, pois HITCHCOCK usa a técnica da câmera passeando pelo filme que torna o mesmo dinâmico e elegante,além de saber construir a iluminação perfeita e dimensionar as cenas com qualidade como nas passagens de todos os assassinatos. Assim, a fotografia é elaborada com todo o cuidado e perfeccionismo.
O mestre do SUSPENSE pegou um tema que ele particularmente domina(o homem errado) e com isso, teve toda a sua experiência a seu favor. Visto que o realizador dirigiu a obra com criatividade, FRENESI se torna diferente dos outros SUSPENSES do ALFRED por divergir entre o humor negro(ácido e incômodo) e cenas pesadas(novo horizonte para HITCHCOCK). FRENESI, mesmo sendo um filme B muito pouco conhecido, marca a volta do diretor à inglaterra e representa a magia do cinema da década de 70(década mais importante para o cinema, pois foi revolucionária para o mesmo), recheando o longa com cultura pop e a ácidez que define a época. Com elementos como esse o mestre fez uma grande obra prima de seu gênero, demonstrando toda a sua genialidade.
FRENESI é um filme único que concerteza está entre os melhores do ALFRED HITCHCOCK. Com cenas tensas, descontraídas e surpreedentes, o realizador modela uma master pieace elegante, estiloza e inovadora. Um das melhores obras do gênero SUSPENSE.
TOPÁZIO (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1969 CRÍTICA 41
Um filme charmoso e elegante. Um SUSPENSE de espionagem intrigante e bem elaborado. ALFRED HITCHCOCK,aqui, investiu em uma trama política que se passa na guerra fria,única em sua carreira. O mestre do SUSPENSE ataca com uma direção firme e de excelente qualidade.
André Devereaux (Frederick Stafford) é um homem contratado para checar rumores de mísseis russos em Cuba durante a Guerra Fria. Além disso, ele deve descobrir tudo sobre um espião da Otan chamado Topázio, o que nos leva à mortes, traições e um suspense para sabermos se ele irá conseguir ou não expôr o agente.
O roteiro é a cereja do bolo, pois, baseado no best seller de espionagem, nos apresenta uma trama intricada e muito bem desenvolvida com cenas inteligentes e diálogos técnicos, políticos e investigativos perfeitamente traçados, mostrando que o diretor realmente se entregou ao projeto. Assim, o desenrolar do filme nos oferece cenas impagáveis como
[/spoiler] a passagem em que se descobre que a espiã tem um caso com André e ainda é mulher do braço direito do regime ditatorial, a cena final e a passagem do restaurante para descobrir quem é Topázio[spoiler]
. Com isso o roteiro é o grande atrativo, pois nos presenteia com uma história bem amarrada e envolvente.
O elenco está poderoso com atuações firmes e bem trabalhadas. ROSCOE LEE BROWNE está muito bem como um espião discreto e bem preparado com uma atuação espontânea e simpática. PER-AXEL AROSENIUS se apresenta ótimo como um delator russo que usa sua inteligência em troca de proteção com uma performace forte e bem trabalhada. MICHAEL PICOLLI e PHILIPPE NOIRET estão sensacionais como distintos e estratégicos homens políticos, desempanhando seus papéis de forma bastante cuidadosa. KARIN DOR representou a força feminia do filme na pele de uma espiã esforçada e inteligente, exibindo todo o drama de sua personagem que é, de longe, a mais complexa.JHON FORSYTHE e FREDERICK STAFFORD estão excelentes no papel de espiões implacáveis que não medem esforços em seus trabalhos com atuações elegantes e firmes. Porém, quem rouba a cena é JOHN VERNON como um militar tirano e arrogante. Um autêntico vilão político que, com sua performace expressiva e penetrante, consegue se destacar.
A trilha sonora caiu como uma luva, pois com suas marchas heróicas,consegue contruir o clima de guerra perfeitamente e com as suas músicas em estilo russo muito bem orquestradas,torna as cenas de suspense e espionagem bastante atrativas.
A ótima fotografia que seleciona ângulos criativos e enquadramentos internos e externos muito bem selecionados é elegante e muito bem trabalhada, tornando a película atmosférica e esteticamente impecável.
A direção experiente do mestre ALFRED HITCHCOCK é de se aplaudir de pé, pois ele cuidou de todos os mínimos detalhes e planejou os acontecimentos de forma exemplar. A história muito bem conduzida é bem pensada e chega a ser impressionante a qualidade do conjunto da obra.
TOPÁZIO é uma obra diferente das demais do mestre do SUSPENSE e que impressiona, principalmente pela direção habilidosa. Assim, o filme se torna uma grande pedida para fãs de uma boa história de espionagem e um pedida melhor ainda para quem é fã do HITCHCOCK.
OS PÁSSAROS (TERROR) ALFRED HITCHCOCK 1963 CRÍTICA 40
Um clássico do TERROR. OS PÁSSAROS é um filme forte e arrebatador q , com todo o perfeccionismo do ALFRED HITCHCOCK, consegue fazer o público delirar
Melanie Daniels, uma jovem da cidade de São Francisco, vai até uma pequena cidade isolada da Califórnia, chamada Bodega Bay, atrás de um potencial namorado: Mitch Brenner. Mas na cidade começa de repente a acontecer fatos estranhos: pássaros de todas as espécies passam a atacar a população, em número cada vez maior e com mais violência, deixando todos aterrorizados.
O roteiro é de uma eficiência sem igual. Nele, HITCHCOCK começa com um clima bem leve e descontraído (chegamos até a duvidar de q seja um filme de TERROR), mas o seu desenrolar vai ficando cada vez mais pesado. Os personagens são cuidadosamente construídos e suas características e personalidades são vagarosamente traçadas .Conforme o tempo passa, as cenas ficam mais explícitas e fortes, pois com suas passagens tensas, o diretor deixa uma sensação de horror sem fim.
O elenco fenomenal trabalha de forma única . SUZANNE PLESHETTE está ótima encarnando uma professora q tenta ajudar as pessoas durante os ataques com uma interpretação leve e charmosa. VERONICA CARTWRIGHT trabalha muito bem como uma garota q sofre bastante, esbanjando inocência e demonstrando o seu sofrimento. JESSICA TANDY está,como sempre, maravilhosa no papel de uma senhora q zela firmemente por sua família numa interpretação firme e emotiva, muito bem trabalhada, nos passando todos os conflitos psicológicos q à envolvem. ROD TAYLOR arrasa como um advogado q luta heroicamente contra os pássaros com uma performace forte e marcante, esboçando a bravura e personalidade de seu personagem. TIPPI HEDREN está perfeita encarnando uma socialite q ,a procura de um homem q ela passou a gostar, acaba se envolvendo no perigo das aves numa atuação totalmente expressiva, nos passando todo o medo e desespero presente em seu papel sensacional.
A sonoplastia do filme é incrível. Dando destaque ao barulho das aves , ela consegue aumentar a sensação de medo dos pássaros diabólicos.
A fotografia é bastante habilidosa, pois com as paisagens encantadoras da ilha, nos traz uma sensação de calmaria e amplitude q é convertida a um estilo sombrio e claustrofóbico conforme os ataques vão ocorrendo. As aves são muito bem feitas e treinadas e os efeitos são muito bem produzidos para a época. O diretor utiliza de criativas tomadas e efeitos de filmagens( usando até uma passagem panorâmica para mostrar o caos da cidade). As câmeras agitadas nas cenas de ataques deixam tais passagens mais caóticas e realistas e o clima de horror q o ALFRED implantou é permeado por uma fotografia carregada, dando a atmosfera de medo q o longa almeja.
A direção é brilhante. ALFRED HITCHCOCK dirige com mão firme uma película repleta de cenas de tensão, medo e TERROR. O q chama atenção são as cenas fortes e icônicas q o cineasta projetou
[/spoiler]como a cena do colégio( quando o medo se torna crescente ao som do canto inocente das crianças), a do diálogo da lanchonete( construída de forma magistral),a passagem do ataque na cidade (onde ocorre mortes, explosões e correria) e a fantástica cena final[spoiler]
. O diretor fez um trabalho agonizante e eficiente. Um sucesso de público e de críticas.
OS PÁSSAROS é um clássico absoluto. Uma grande escolha para os fãs de TERROR
PSICOSE (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1960 CRÍTICA 39
Se existe um filme q é capaz de definir o gênero SUSPENSE esse filme é PSICOSE. O mais aclamado filme de SUSPENSE de todos os tempos.
Marion Crane, rouba a firma em que trabalha e foge para recomeçar sua vida. Uma tempestade a faz parar num hotel de beira de estrada, onde é recebida pelo estranho, porém afável, Norman Bates, que cuida do lugar. Quando Marion, desaparece, sua irmã e o amante decidem investigar.
A história é macabra, a fotografia é carregada, a trilha sonora é impactante, as atuações são pesadas, o enredo é tenso. Tudo faz de PSICOSE uma verdadeira obra prima de seu gênero.
A excelência do roteiro é inegável. Com uma trama envolvente, o filme nos carrega no colo, nos fazendo prender a respiração em meio ao seu desenrolar eletrizante. Nesse roteiro, ALFRED HITCHCOCK aposta de forma certeira em nos fazer de bobos, pois quando pensamos q a história irá ser sobre uma coisa (uma mulher fugitiva), termina sendo outra com um desenrolar completamente diferente, já nos pegando de surpresa. Aqui, o bem humorado ALFRED apresenta uma pegada bem mais séria e madura, repleta de diálogos profundos e doentios e personagens cuidadosamente bem construídos. O mistério que envolve o longa se torna envolvente e nos deixa completamente compenetrados.
O elenco é de se aplaudir de pé. MARTIN BALSAM está ótimo interpretando um detetive bastante competente com uma atuação cativante e bem trabalhada.JOHN GAVIN tem um desempenho muito bom como o amante de uma mulher desaparecida q parte a sua procura numa interpretação elegante e firme.VERA MILES ,representando uma mulher q pretende ir em busca de sua irmã desaparecida, está excelente, transmitindo todas as suas emoções para o público. JANET LEIGH está bábara encarnando uma ladra fugitiva apresentando um papel bastante expressivo, nos passando o desespero de seu personagem. A performace de ANTHONY PERKINS na pele de um gerente de hotel estranho e assustador está arrasadora nos envolvendo com sua presença dramática e profunda, esboçando a confusão e angústia de seu personagem.
Não existem palavras para descrever o quão maravilhosa é a clássica trilha sonora q almenta gradativamente o clima sufocante de tensão, formando a atmosfera inquietante do longa. Assim,a trilha eletrizante e estridente se tornou uma das mais famosas da história, imitada por várias gerações e se tornando uma das melhores de todos os tempos.
A fotografia é perfeita. A escolha do HITCHCOCK de fazer a película em preto e branco foi uma das mais geniais já feitas, pois a colorização condiz perfeitamente com o clima obscuro e carregado transmitido pelo diretor. PSICOSE é um filme perfeito para se assistir numa tarde fria e chuvosa. Assim os ângulos e efeitos de câmeras bem trabalhados, jutamente com a climatização do filme fica evidente. A fotografia carregada torna o seu estilo forte e sombrio formando a atmosfera inigualável proposta pelo cineasta.
ALFRED HITCHCOCK fez o seu filme mais famoso. Uma obra aclamada pelo público e pelos críticos. A direção firme se mostra na base de diálogos bem trabalhados e cenas famosas e inesquecíveis como a lendária cena do chuveiro e as passagens das revelações finais. O trabalho icônico do cineasta mantém um clima mórbido e cheio de reviravoltas. A história macabra permeia uma trama inteligente e muito bem elaborada, pois quando vc pensa q já sabe o seu desfecho, HITCHCOCK te surpreende com novas revelações. O gênio faz questão de apresentar um mistério envolvente e uma atmosfera de tensão sufocante, tornando PSICOSE uma película original e única.
O filme q deu a ALFRED HITCHCOCK o título definitivo de MESTRE DO SUSPENSE se mostra uma obra venerada q até hj impressiona pelo seu peso e sua inteligência. PSICOSE é uma obra prima da história do cinema. Uma pérola preciosa q com a sua maestria te faz ficar vidrado numa história poderosa. Um filme lendário.
Sem dúvidas, um dos melhores SUSPENSES da história.
UM CORPO QUE CAI (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1958 CRÍTICA 38
A materialização da perfeição. O melhor filme de SUSPENSE de todos os tempos. O mestre do suspense alcançou o impossível numa história sinistra de amor e insanidade.
Passado em São Francisco, James Stewart interpreta um detetive com fobia de altura contratado por um homem para seguir sua esposa com tendências suicidas. Após resgata-la de uma tentativa de suicídio, ele fica obcecado pela bela e atormentada mulher.
O roteiro brilhante consegue mesclar romance e SUSPENSE e com um mistério avassalador, nos leva a embarcar numa trama doentia. Os diálogos fortes vão tomando um rumo abstrato conforme o desenvolvimento do longa vai passando. Repleto de cenas impactantes, o filme mostra toda a sua originalidade com reviravoltas e passagens de tensão em seu desenrolar q, juntamente com a sua história forte e surpreendente, consegue nos cativar dês de o começo. O enredo é contado de forma vagarosa e degustativa e o q impressiona é o peso atribuído ao seu desenrolar. Assim o roteiro do gênio ALFRED HITCHCOCK promove bastante tensão e inteligência.
O casal de atores principais tem uma ligação estantânea e forte com duas atuações complexas q se completam. KIM NOVAK interpreta uma bela mulher com tendências suicidas de forma magistral, pois é impressionante como ela desempenha um papel tão profundo de uma forma tão sentimental e expressiva numa personagem extremamente difícil já q NOVAK teve q mudar sua personalidade ao decorrer da película, mostrando todos os seus anseios e sentimentos numa atuação contemplativa e dramática. JAMES STEWART (o ator preferido do HITCHCOCK) está simplesmente perfeito como um detetive com fobia de altura q fica obcecado por uma mulher numa interpretação complexa e carregada q, com o passar do tempo, vai ganhando toques de insanidade. STEWART transborda emoções num personagem de personalidade forte e escolhido sob medida para o ator numa atuação delicada e expressiva. Esta q considero a performace de sua vida.
A trilha sonora maravilhosa embala as cenas de romance de forma poética e forte assim como as cenas de SUSPENSE dando um tom sinistro e carregado a seu desenrolar. A trilha estridente torna o filme mais sentimental e atribui um peso sem igual a suas cenas .
A fotografia inovadora situada numa climática São Francisco vai ficando mais escura e carregada com o passar do enredo. Tanto q no final á fotografia é extremamente sombria e claustrofóbica. O diretor experimenta ângulos criativos e efeitos surrealistas como a fantástica cena do pesadelo e a passagem das árvores. As filmagens elegantes dão ao longa um tom noir e a fotografia forte e pesada torna o filme estiloso e atmosférico.
ALFRED HITCHCOCK realiza, aqui, a sua obra prima. Uma história sinistra e doentia q com sua trama surpreendente envolve a todos q a assistem. O gênio testa uma fórmula nunca utilizada por ele antes( um enredo mais maduro e pesado). A obsessão entre os dois se tona cada vez mais doentia. A inteligência da película vai além, pois nesse SUSPENSE genial as reviravoltas são oq menos se esperam e o mistério é sombrio e sufocante. O cineasta fez o q talvez seja a sua obra mais sensível e o SUSPENSE crescente se torna realmente atrativo.
Mesmo com os críticos da época detestando o filme,UM CORPO QUE CAI conseguiu arrebatar platéias e gerações inteiras, conquistando milhares de fãs,se tornando um verdadeiro clássico cult. Uma obra atemporal. Uma prova da genialidade do ALFRED HITCHCOCK, O MESTRE DO SUSPENSE
UM CORPO QUE CAI É ,SEM DÚVIDAS,O MELHOR SUSPENSE DE TODOS OS TEMPOS !
O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1956 CRÍTICA 37
Um dos melhores filmes da carreira do ALFRED HITCHCOCK.Uma obra tensa e cativante com uma história arrebatadora e sem igual.
James Stewart e Doris Day têm um desempenho soberbo neste brilhante thriller de suspense realizado pelo inquestionável mestre. James Stewart e Doris Day encarnam Ben e Jo Mackenna, dois americanos inocentes que estão passando suas férias no Marrocos com o filho, Hank. Depois de um espião francês morrer nos braços de Ben no mercado de Marrakech, o casal descobre que o filho foi raptado e levado para a Inglaterra. Sem saberem em quem confiar, os Mackennas são envolvidos num pesadelo de espionagem internacional, assassinatos e terror. Muito em breve , suas vidas terão por um fio, à medida que se aproximam da verdade.
O roteiro fenomenal aposta em um dos temas q HITCHCOCK mais gosta ( o homem errado e onde os conflitos vão se tornando maiores). Com uma trama cuidadosamente desenvolvida,a bola de neve formada pelas situações cada vez maiores torna a história implacável. Uma boa idéia foi colocar alívios cômicos para descontrair. O mistério do filme te prende até o final numa história q vai tomando maiores proporções e ficando mais tensa a cada segundo com um roteiro inteligente e milimétricamente elaborado.
[/spoiler] O elenco está sensacional. DANIEL GELIN arrasa na pele de um espião misterioso se mostrando um homem cheio de segredos numa atuação elegante e forte. BERNARD MILES está ótimo como um espião q sequestra um garotinho com uma interpretação segura e firme, mostrando toda a frieza de seu personagem. BRENDA DE BANZIE está maravilhoza encarnando uma espiã q se vê obrigada a fazer coisas q n quer trabalhando muito bem com uma atuação bastante expressiva. DORIS DAY está perfeita como uma cantora q sofre por seu filho ser vitima de sequestro num trabalho bastante poético e dramático, esboçando todos os seus sofrimentos e angústia. JAMES STEWART está implacável como um pai de família em desespero por seu filho ter sido sequestrado com uma performace de tirar o fôlego, transbordando emoções. Não é a toa q é o ator preferido do ALFRED. CHRISTOPHER OLSEN trabalha mt bem como um garoto sequestrado num papel simpático, dizendo várias frases engraçadas( q o diretor sempre elabora para crianças)com uma desenvoltura impressionante. [spoiler]
A trilha sonora é bastante impactante com suas cenas de SUSPENSE, contrastando com as belas passagens musicais de DORIS DAY e da ópera, mas, mesmo assim, em momentos de pura tensão.
A fotografia está arrasadora, mudando de clima de acordo com as locações do longa( ampla e aberta na África, mas sombria e claustrofóbica na Inglaterra). É repleta de efeitos estarrecedores
[/spoiler]como na cena do assassinato do espião francês em q a câmera lenta foca e desfoca várias vezes na faca, dando maior peso a cena e na passagem da ópera quando as filmagens vão passeando pelo lugar mostrando todos os detalhes e atribuindo grande tensão na tentativa de assassinato[spoiler]
. Assim a fotografia perfeccionista (típica do diretor) forma uma atmosféra tensa e angustiante, contribuindo com o clima q HITCHCOCK deseja transmitir.
Aqui, ALFRED HITCHCOCK dirige com brilhantismo uma das obras primas da década de 50, pois com todo o seu perfeccionismo ele desenvolveu uma película arrasadora e repleta de tensão q, genialmente, consegue passar de um mistério intenso para cenas de perseguição e bastante SUSPENSE. A genialidade do diretor se mostra em diálogos bem feitos,passagens inteligentíssimas embalando uma trama repleta de reviravoltas
[/spoiler] e cenas memoráveis como a da ópera, a da morte do espião francês e a passagem musical de DORIS DAY no final[spoiler]
. O Mestre do SUSPENSE fez uma verdadeira obra-prima. Um dos melhores da sua carreira. Uma obra q te prende do início ao fim. Uma história eletrizante e tensa q te leva numa viagem inteligente e inesquecível.
O HOMEM QUE SABIA DEMAIS é uma obra memorável. Um dos grandes clássicos do SUSPENSE. Atemporal e emocionante
O TERCEIRO TIRO (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1955 CRÍTICA 36
Um filme completamente fora de série. ALFRED HITCHCOCK aposta num SUSPENSE diferenciado e repleto de humor negro. Cativante do início ao fim.
O mestre do suspense, Alfred Hitchcock, dirige uma deliciosa comédia-mistério que se desenrola na Nova Inglaterra. O filme conta com as participações de John Forsythe, do vencedor do Academy Award® Edmund Gwenn, Mildred Natwick e do pequeno Jerry Mathers. Além disso, é importante lembrar que marca a estréia nas telas da vencedora do Academy Award® Shirley MacLaine. Qual é o problema de Harry em O Terceiro Tiro? Bem, é o fato de estar morto e, enquanto ninguém realmente se importa, todos pensam que são responsáveis depois do cadáver ser desenterrado várias vezes , surgir muito humor à la Hitchcock e romances entre os personagens principais.
O roteiro impressiona por ter uma pegada bem diferente dos outros do ALFRED. Com uma trama original q mescla humor e SUSPENSE, o longa é repleto de diálogos engraçadíssimos e bem elaborados. O q choca nas cenas é o humor negro fortíssimo empregado pelo sempre bem humorado HITCHCOCK e q , juntamente com os conflitos atribuídos ao seu desenrolar, torna a película de uma simpatia instantânea.
As atuações são mt boas e conseguem divergir humor, drama e SUSPENSE. EDMUND DWENN está perfeito como um engraçado caçador, numa atuação delicada e extremamente cuidadosa q , praticamente, define o clima q o enredo vai aderir. MILDRED NATWICK está maravilhosa representando um mulher q acha ter assassinado um homem com uma atuação firme e expressiva, conseguindo transpor todos os seus sentimentos. SHIRLEY MACLAINE como uma bela e jovem viúva está ótima numa interpretação doce e simpática. JOHN FORSYTHE arrasa na pele de um pintor q se envolve num possível assassinato, nos mostrando uma habilidade incrível de nos fazer rir e acompanha-lo nas decisões da trama, com uma performace presente e implacável. Créditos para JERRY MATHERS como um garotinho mt esperto q tem uma desenvoltura impressionante.
A trilha sonora é excelente, pois consegue surpreendentemente manter o clima de tensão ao mesmo tempo q mantém o de humor, mostrando uma eficiência sem igual.
O q mais chama atenção na fotografia competente são as belíssimas paisagens q cercam as locações, embalando as cenas com um toque mais leve e condizente com o clima do longa.
ALFRED HITCHCOCK detona com um SUSPENSE bem orquestrado. A inteligência inegável do diretor para criar situações se mostra aqui mais do q nunca, pois a todo o tempo novos conflitos aparecem formando uma bola de neve( característica do cineasta) e nos levando a uma solução surpreendente. Chama a atenção a forma como HITCHCOCK consegue nos enganar a medida em q novos culpados vão aparecendo e situações não são o q parecem ser. Os diálogos bem bolados se mostram desenfreados neste trabalho onde misterios e conflitos criativos( como o segredo do pedido ao milionario q só é revelado no fim e as várias vezes em q o túmulo é cavado e descavado) aparecem . O sempre brilhante ALFRED HITCHCOCK dirige uma história carregada de humor negro q diverte e cativa á todos com suas passagens inteligentes.
O TERCEIRO TIRO é uma obra envolvente q deve ser assistida por todos aqueles q curtem um bom SUSPENSE
JANELA INDISCRETA (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1954 CRÍTICA 35
Um emblemático filme q , com seu mistério envolvente, te leva a uma excitante história forte e intensa. Uma das obras mais famosas da carreira do ALFRED HITCHCOCK.
O filme conta com um SUSPENSE crescente e reprodutivo q com seu desenrolar, vai se tornando uma trama emocionante.
Quando o fotógrafo profissional J.B. "Jeff" Jeffries (James Stewart) se vê obrigado a permanecer numa cadeira de rodas com uma perna quebrada, nasce nele uma obsessão pela observação dos dramas privados dos seus vizinhos do outro lado do pátio. Quando suspeita que um vendedor possa ter assassinado a sua maçante esposa, Jeffries pede ajuda a sua deslumbrante namorada e socialite (Grace Kelly) e a sua experiente cuidadora (Thelma Ritter) para investigar a cadeia de acontecimentos altamente suspeitos... acontecimentos estes que, em última instância, levam a um dos finais mais inesquecíveis e arrebatadores da história do cinema.
O roteiro digno de aplausos permeia uma trama arrebatadora com um mistério cativante. Situada apenas em um lugar ( a vizinhança) , a película consegue prender a atenção apenas com os seus diálogos bem humorados e explosivos e suas cenas passadas de vizinho a vizinho, mostrando o estilo de vida de todos, além da tensão e suspeita q cerca o enredo. A originalidade da história é inegável, pois,a cada minuto,descobre-se coisas q n se esperavam, se tornando sem igual e até hj aclamada pelos críticos e públicos.
As atuações de todo o elenco(inclusive os vizinhos) estão perfeitas. THELMA RITTER está ótima como uma simpática cuidadora, esbanjando carísma com suas frases afiadas e seus alívios cômicos. WENDELL COREY trabalha mt bem na pele de um detetive q insiste em não acreditar no homicídio numa atuação firme e presente. RAYMOND BURR impressiona como um suspeito de assassinato numa interpretação forte e sinistra. GRACE KELLY está divina representando um socialite q faz de td para ficar com seu namorado, apresentando uma destreza impressionante com um trabalho leve, desenvolvendo perfeitamente as emoções de seu personagem. JAMES STEWART está arrasador como um fotógrafo q fica obcecado em espiar os vizinhos, mostrando muita personalidade com um papel forte numa performace de tirar o fôlego.
A fotografia fantástica é extremamente evolutiva e dinâmica, pois com as suas tão características câmeras compassadas, o estilo de filmagem q passeia pela vizinhança a mostrar o dia a dia dos vizinhos,se torna bastante atrativa. As cenas de tensão são sufocantes graças a elementos como o uso de câmeras e binóculos, deixando-as bastante claustrofóbicas. Assim a fotografia caprichada permeia toda a atmosfera de SUSPENSE do longa de uma forma implacável
A película é repleta de cenas de prender a respiração como as cenas finais e as passagens de mistério q permeiam a casa do vizinho, tornando-a única e inesquecível
ALFRED HITCHCOCK dirige brilhantemente um filme criativo e inteligente q , repleto de reviravoltas, promete deixar o público de cabelo em pé e com grandes idéias como acrescentar bastante humor e de mostrar paralelamente a vida de todos os vizinhos, variando entre cenas engraçadas( como a cama na varanda),tristes( como as passagens de solidão da SENHORITA CORAÇÃO SOLITÁRIO) e misteriosas (as cenas do suspeito). Outro bom toque hitchcockeano é o de mostrar o dia a dia típico das pessoas ( o músico reconhecido, a moça solitária, o casal recém-casado q chegam felizes ao apartamento, mas,com o tempo, começam a aparecer problemas no casamento, representando a tão utilizada pelo diretor, crítica ao casório, a bailarina desejada e muitas outras personalidades diferentes q se completam), além de acrescentar o mistério do assassino, nos passando a mensagem assustadora de q em toda vizinhança,o perigo pode ser eminente. A direção firme do HITCHCOCK n deixa pontas soltas de maneira alguma, pois em uma trama bem amarrada, o filme é repleto de suspense e tensão.
O cineasta nos presenteia com uma obra emocionante q, com um sucesso de públicos, arrebatou platéias e até hj continua atemporal .
JANELA INDISCRETA foi um grande marco no cinema. Com certeza, uma das obras inesquecíveis do mestre do SUSPENSE.
FESTIM DIABÓLICO (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1948 CRÍTICA 34
Uma obra prima. O filme mais tenso do ALFRED HITCHCOCK. Um dos SUSPENSES mais fortes de todos os tempos.
As idéias macabras do mestre do SUSPENSE se superam num filme pesado e corrosivo.
Estrelando JAMES STEWART , FARLEY GRANGER e JOHN DALL num thriller intenso inspirado no caso real dos assassinos Leopold e Loeb. GRANGER e DALL oferecem performances fascinantes nos papéis de dois amigos que estrangulam um colega de turma para experimentar emoções fortes e depois organizam uma festa para a família e amigos da vítima com o corpo dentro de um caixão que usam como mesa do bufê. À medida que os assassinos levam a conversa para o tema da execução do crime perfeito,um antigo professor ( STEWART) torna - se cada vez mais desconfiado. Assim, embarcando de forma arrepiante, numa fascinante incursão ao macabro dirigida por HITCHCOCK.
O roteiro perfeito nos leva a adentrar na trama envolvente do longa com cenas e diálogos excitantes e mt bem elaborados. Os diálogos feitos pelo brilhante diretor, deixa o enredo forte e carregado. A eficiência do desenvolvimento é inegável, já q, sendo rodado apenas em uma casa, apenas a base de diálogos, mistério e inteligência, o longa n se torna cansativo, mas sim, intrigante.A forma como os assassinos dão as suas alfinetadas e provocações é genial
[/spoiler]como fazendo o jantar sobre a caixa onde o morto está, convidar os pais e a namorada da vítima, amarrar um pilha de livros com a corda com a qual matou o rapaz e outras coisas[spoiler]
. Outra boa sacada do ALFRED foi a de formar conversas duvidosas e subjetivas entre os criminosos (afirmando o boato de eles serem um casal gay), coincidindo mais ainda com as atuações da dupla. Os diálogos são tão significativos q toda a trama foi construída por eles, se tornando mais tensos a cada segundo. O roteiro magistral se tornou o melhor da carreira do ALFRED HITCHCOCK.
As atuações magnificas são por parte de todo o elenco(CEDRIC HARDWICKE,JOAN CHANDLER, CONSTANCE COLLIER, EDITH EVANSON e DOUGLAS DICK estão ótimos). A dupla de atores principais se completam de uma forma impressionante. FARLEY GRANGER está sensacional como PHILLIP, um estudante q , junto com seu amigo, resolve assassinar um colega numa atuação sem defeitos, esboçando todo o seu sofrimento e desespero de uma forma bastante evolutiva, nua representação forte q demonstra todas as suas emoções. JOHN DALL está brilhante na pele de BRANDON, um estudante com uma mente sádica, interpretando um verdadeiro psicopata numa peformace carregada e repleta de frieza, chegando a ser amedrontadora. Simplesmente sem igual. JAMES STEWART( o ator preferido do HITCHCOCK)está arrasador como um professor filósofo e observador, transpondo as suas pretenções num desempenho firme, profundo e mítico. Inesquecível.
Uma grande prova da competência do cineasta é a de q mesmo com DAVID(a vítima) n tendo aparecido no resto da película, o seu personagem foi bem construído apenas por meio de conversas sobre ele, nos permitindo formar a sua personalidade.
Um grande acerto foi o de não colocar trilha sonora,tornando o filma mais cru,contribuindo para o realismo e a tensão das passagens, fazendo com q o público adentre fortemente no enredo.
O primeiro filme em cores do diretor apresenta uma fotografia avassaladora, pois, praticamente sem cortes, o longa demonstra efeitos de filmagem sem iguais como o de passear a câmera calmamente pelo cenário, tornando as cenas extremamente dinâmicas. O perfeccionismo da fotografia é mostrado ao criar cenas icônicas
[/spoiler]como quando BRANDON vai guardar a corda na gaveta e o movimento de vai e vem da porta mostra todo o ato, a passagem em q o professor reproduz o crime e a filmagem vai acompanhando sua teoria( simplesmente incrível) e outras[spoiler]
. A fotografia original tornou a obra forte e impactante, com um estilo mt bem orquestrado.
A direção do ALFRED HITCHCOCK é lendária com o seu estilo característico. Aqui, ele mostra o seu lado doentio. A obra impactante conta com cenas bastante expressivas. O sadismo do filme se mostra por exemplo,
[/spoiler]quando vemos o pai da vítima perguntando pelo filho, despertando pena e comoção e na crueldade e frieza dos assassinos[spoiler]
. O desenrolar te prende até o final e sua trama pesada permeada pela mente sádica do diretor , torna a película uma obra única. O cineasta nos presenteia com uma história tensa e arrepiante, sem igual na história do cinema.
FESTIM DIABÓLICO é uma sensacional história de crueldade q te faz pensar nos limites do ser humano . Um grande clássico do mestre do SUSPENSE q , até hj , consegue nos puxar pelo pé.
SABOTADOR (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1942 CRÍTICA 33
O mestre do SUSPENSE mostra a q veio em um filme inteligente, tenso e bem elaborado. Uma história com um desenvolvimento sem igual .
O excitante thriller do tempo de guerra, realizado por Alfred Hitchcock em 1942, estrelando Robert Cummings no papel de operário de uma fábrica de aviões de Los Angeles que testemunha o bombardeamento da fábrica por um agente Nazista. Durante a mortífera explosão, o melhor amigo de Cummings morre e ele próprio é erroneamente acusado de sabotagem. Para limpar o seu nome, Cummings inicia uma inexorável perseguição através do país
O roteiro fantástico inicia de um simples ato de deixar correspondências caírem até a descoberta de um grande antro de espionagem alemão, tudo atribuído ao desenrolar perfeito do enredo q vai tomando proporções maiores a cada minuto (no genuíno estilo de ALFRED HITCHCOCK). Os diálogos inteligentíssimo constroem o desenvolvimento do longa e as cenas de tensão e reviravoltas são bastante envolventes. Os conflitos e desavenças q permeiam a trama são extremamente bem elaborados se tornando maiores e mais complexos assim como as soluções bem pensadas atribuídas á eles como ajudas em sua trajetória e grandes escapadas. O enredo tem um SUSPENSE crescente q prende a atenção e assim, o roteiro forte e inteligente é formado por cenas e diálogos de tirar o fôlego
A atuação de OTTO KRUGER está perfeita como um chefe de espionagem nazista, transmitindo a frieza de um verdadeiro vilão com uma interpretação firme e irônica. PRICILLA LANE está ótima como uma modelo q por acaso entra numa conspiração internacional, trabalhando mt bem em um papel q começa dando nos nervos(pela insistência em não colaborar) e no final parece bem mais maduro numa atuação bombástica. ROBERT CUMMINGS tem uma performace arrasadora na pele de um operário q está sendo acusado de sabotagem deixando transbordar sua dramaticidade num papel aparentemente simples( um humilde operário) q vai se tornando bastante complexo( um envolvido nos planos nazistas), colocando todos os seus sentimentos em jogo. Assim,todo o elenco do filme é monstro.
A trilha sonora é extremamente versátil, pois em cenas de amor e que mostram a bondade dos seres humanos, sua melodia é bela e emotiva, dando uma sensação de ternura, já nas cenas de perseguições e SUSPENSE, a trilha é forte e impactante, embalando as diversas passagens do longa com total eficiência.
A fotografia sensacional é mt perfeccionista e sua construção é bem feita com cenas como a do incêndio e a da estátua da liberdade, além de ser extremamente elegante com seu tom em preto e branco repleto de focos cuidadosos. Outro bom truque foi o de climatizar a película como, por exemplo, deixando as cenas no interior mais leves e ao chegar em Nova York o clima fica mais carregado e nas cenas tensas, deixando o estilo mais fechado e pesado, dando uma sensação de desespero como a do cinema e no navio . A fotografia ágil torna a obra estilosa, inegavelmente sombria e acolhedora.
ALFRED HITCHCOCK da um show. Aqui, o mestre do SUSPENSE nos presenteia com uma história inteligente e envolvente. Mesmo com o seu tão criticado teor patriótico exagerado, na minha opinião,a nacionalização está completamente coerente com a época em q a película foi lançada( em plena a segunda guerra mundial), onde o sentimento nacional estava no auge. O diretor apresenta um SUSPENSE impactante q, a cada momento, vai se tornando maior e mais hostil até o seu ápice( a fantástica cena da estátua da liberdade). Com passagens interessantíssimas como a do salão de dança( em q ele tenta avisar a todos do perigo) e a do cinema( quando ocorre uma perseguição agitada e bem pensada), HITCHCOCK dirigiu um filme bem elaborado e icônico. Assim, o cineasta faz uma obra prima da época do cinema de ouro.
SABOTADOR é uma obra perfeita q te leva a pensar e a todo momento, torcer pelos personagens, deixando a trama mais emocionante. Um película apaixonante e magistral q com toda sua tensão, leva ao delírio os fãs do ALFRED HITCHCOCK
CHANTAGEM E CONFISSÃO (SUSPENSE) ALFRED HITCHCOCK 1929 CRÍTICA 32
Um filme arrasador e histórico(por ter sido o primeiro filme britânico falado). CHANTAGEM E CONFISSÃO é inteligente e forte. Um SUSPENSE genial !
Após matar acidentalmente um pintor que tentava estupra-la, uma mulher e seu noivo, q é o policial encarregado das investigações,tentam encobrir o crime, mas passam a ser chantageados por um homem q testemunhou o homicídio.
Com um roteiro de tirar o fôlego, a trama aposta num enredo onde o clima pesado prevalece. Os diálogos fortes(disparados como balas) torna o longa coesivo e eficiente, ainda sobrando espaço para aquele humor negro o qual ALFRED HITCHCOCK tanto gosta. As cenas são extremamente bem elaboradas e constroem uma história pesada e tensa. O roteiro maravilhoso permeia uma trama inteligente, tensa e envolvente.
Todo o elenco está espetacular. CYRIL RITCHARD está ótimo como um charmoso pintor q tenta estuprar uma mulher com uma interpretação elegante q com toques de insanidade, está mt bem trabalhada. JOHN LONGDEN está imbatível na pele de um detetive da Scotland Yard com uma atuação forte e com personalidade, nos mostrando com realismo o problema q ele se envolve numa representação excepcional. ANNY ONDRA está maravilhosa representando uma bela mulher q mata acidentalmente um homem q tentava estupra-la numa atuação avassaladora nos transmitindo toda a sua aflição e desespero com um desempenho espetacular. DONALD CALTHROP como um malandro chantagista está perfeito , pois com sua performace esplêndida, ele consegue nos fazer sentir vontade de mata-lo e no final, pena. Assim,CALTHROP nos apresenta um vilão cínico e asqueroso q com suas expressões teatrais, se tornou a grande estrela do filme.
A sonoplastia é arrasadora já q, o primeiro filme falado do Reino Unido faz questão de "passar na cara" o novo recurso por meio de passagens como cantos de pássaros insistentes, buzinas a todo o momento e até um número musical no piano, esbanjando o novo efeito técnico. A trilha sonora é excelente, aumentando o clima de suspense por meio da tensão proposta pela trilha.
A fotografia da um show com cenas mt bem planejadas e criativas( aqui HITCHCOCK começa a caprichar em suas criativas fotografias), pois com cenas estilosas como a
[/spoiler]representação do passar do tempo por meio do cigarro se tornando cinzas , a da tentativa de estupro seguido de assassinato com o pano balançando incessantemente até parar(sinalizando a morte do pintor) , a eficiência em mostrar a cinzenta e elegante Inglaterra, a passagem da procura do suspeito no formulário(tornando a cena divertida e ágil), a divisão do cenário para formar um diálogo(enquanto a principal prova um vestido) , a forma como se originou uma pintura de apenas um ponto e muitos outros efeitos estilosos[spoiler]
. A fotografia inovadora proporciona um verdadeiro espetáculo.
A direção perfeita do ALFRED HITCHCOCK apresenta uma criatividade impressionante. Com cenas inteligentes e tensas (como a do assassinato e a fantástica perseguição final), a película constrói um incessante clima de tensão. Um grande truque do cineasta foi o humor negro e a inteligência de cenas como [spoiler][/spoiler] quando houve o assassinato e tudo a faz lembrar do caso (dês de letreiros até facas de cozinha e o diálogo icônico em q a palavra faca é repetida várias vezes, aumentando o peso em sua consciência). Outra grande idéia do diretor foi a de colocar as primeiras cenas mudas como um filme comum q de repente apresenta sonoplastia e seus atores começam a falar(da para imaginar a reação do público neste momento histórico nos cinemas da época).O argumento da obra é ótimo, pois com um SUSPENSE crescente, HITCHCOCK cria uma história forte q te consegue conquistar de primeira. O mestre do SUSPENSE realiza uma de suas obras mais importantes
CHANTAGEM E CONFISSÃO é um dos SUSPENSES mais originais q já vi q com uma trama q te puxa pelo pé, a obra polêmica se torna uma das melhores da carreira do ALFRED HITCHCOCK , pois com uma lição suja de q n existe nigm inocente, CHANTAGEM E CONFISSÃO, além de seu valor histórico, apresenta uma história inteligente e tensa. Com certeza um grande clássico do SUSPENSE.
"Q vantagem teria um homem se ganhasse o mundo inteiro e perdesse sua alma?". Com essa frase começa o emblemático O ILHÉU, um dos melhores filmes da história do cinema mudo.
PETE, um pobre peixeiro e PHILLIP, um advogado são grandes amigos. Mas essa amizade começa a balançar quando PETE se apaixona por KATE. O pai dela acha que ele não é um bom partido para casar com sua filha. PETE sai em busca de mais dinheiro e pede para PHILLIP cuidar da moça enquanto está fora. O problema é q os dois também se apaixonam.
O roteiro arrasador é repleto de cenas dramáticas, tornando seu enredo emotivo e colossal. As cenas demoradas dão espaço para os atores mostrarem a q vieram. A trama muito bem desenvolvida, mesmo sendo da década de 20, está completamente fora do clichê e seus diálogos são extremamente precisos e dramáticos. Assim o roteiro consegue te prender, tornando o seu enredo bastante argumentativo e sua trama apaixonante.
O trio principal está perfeito. O cinema mudo com suas atuações melódicas e teatrais nos presenteia neste filme.MALCOLM KEEN como PHILLIP, um advogado q fica entre o amor e a amizade está esplêndido. expondo a pressão q cerca seu personagem de tal forma q nos induz a constantemente, nos por em seu lugar numa interpretação firme e sentimental. CARL BRISSON( o eterno sofredor traído) está espetacular na pele de PETE , um peixeiro q sobe na vida para conseguir o amor de sua amada, transbordando inocência e com uma atuação teatral e dramática, permeia o seu sofrimento de forma infalível. Mas quem rouba a cena é ANNY ONDRA como KATE, uma bela mulher q fica entre o amor de dois homens com uma performance maravilhosa, mudando sua atuação de uma menina doce e feliz( esbanjando carisma) para uma mulher triste e amarga( nos apresentando angustia e infelicidade), esboçando uma transformação perfeita com toques extremamente dramáticos em uma atuação sem igual.
A trilha sonora é fenomenal, aumentando o clima dramático o qual suas cenas precisam, embalando a película em passagens de amor e ternura.
A fotografia é excelente dando o toque "interiorano" q o ambiente da ilha(onde a história se passa)pretende passar. Assim as belas paisagens e o estilo amplo deixa o romance belo e climático.
ALFRED HITCHCOCK é digno de aplausos, neste q eu considero um de seus melhores da fase muda. A direção expressiva do diretor é detalhista e faz questão de q o amor de PETE por KATE seja crescente e o de KATE por PETE se extingua gradativamente, fazendo com q o público "exploda" com a relação do casal. Outro grande truque da película é o de fazer apenas o telespectador saber do caso entre PHILLIP e KATE querendo avisar a todo o tempo para PETE não se decepcionar. A película de amor e traição é infalível. Aqui, HITCHCOCK faz um grande DRAMALHÃO . Uma história emocionante
O ILHÉU é uma verdadeira obra prima . Um item q não pode faltar na sua coleção.
Sedução e Vingança
3.7 151 Assista AgoraÉ inquestionável a originalidade dos argumentos do ABEL FERRARA, mas vamos combinar que uma mulher muda que é estuprada e sai em busca de vingança pela inquietante Nova York é o supra-sumo do cinema fetichista ultra-criativo. Aqui, o mestre se supera com uma premissa original e um enredo repleto de suas famosas críticas à decadente cidade de Nova York (uma espécie de Desejo De Matar feminino). Se em O Assassino Da Furadeira o problema eram os mendigos da metrópole, aqui, são os homens machistas da cidade.
Sua violência é impactante e o seu SUSPENSE é supremo. Seguindo a ideologia feminista FERRARA constrói uma crítica incisiva ao machismo que se baseia em arcos como religião e filosofia (tão criticadas pelo diretor). Com cenas que causam revolta no público, o filme impressiona pelo teor violento e até mórbido da sua trama que abraça uma pesada história sobre vingança, utilizando um SUSPENSE tenso e ácido.
O enredo poderoso tem um peso intrínseco. Na mente insana do ABEL, nenhum homem de Nova York presta, sendo todos merecedores da morte. Com um estilo contemplativo, a trama faz críticas ao modo de vida americano com passagens criativas e inesperadas, pois, mesmo que você esteja alerta, o diretor da um jeito de te pegar de surpresa (como quando um homem com problemas amorosos se mata e a incrível chacina final). O SUSPENSE crescente empregado pelo diretor é de arrebentar os nervos, carregando uma tensão potente contando com estupros e assassinatos que impressionam pela sua sinestria (a idéia genial da personagem principal ser muda torna as cenas ainda mais agonizantes). O modo crescente como a protagonista vai sendo dominada pelo vício de matar é sensacional e a abordagem extridente da película é muito bem trabalhada. Com isso, a trama emergente da obra é um autêntico primor do cinema B.
ZOË TAMERLLIS LUND está sensacional encarnando uma mulher muda que fica mentalmente perturbada ao ser violentada. A atriz nos faz sentir a sua agonia, entrando na pele de uma verdadeira psicopata que, apenas com o olhar expressivo (sem falar uma palavra), consegue manipular nossos sentimentos de maneira sem igual com uma performance digna de aplausos.
A trilha sonora é magnífica. Sexy, tensa, forte e charmosa, a partitura regida com maestria embala com um charme envolvente o SUSPENSE URBANO que ferrara nos traz. A trilha ascende a chama que não se apaga por todo o filme dando às passagens de assassinatos um tom mais sombrio, causando um impacto ainda maior.
Nada supera a fetichista fotografia dessa obra. Focalizando numa Nova York sombria e elegante, a estética do longa se mostra extremamente artística, tendo seu charme nos movimentos e ângulos selecionados para dar mais peso ao visual estilizado da película. O estilo "filme B de personalidade" se torna um dos grandes atrativos que moldam as excelentes cenas de SUSPENSE da trama.
Com toda a sua personalidade, ABEL FERRARA realiza um de seus grandes triunfos. Um dos melhores filmes da sua carreira. A direção ferrariana é simplesmente perfeita,construindo o seu fetiche mais insano. As críticas, A tensão, o modo como as aflições da personagem principal vai se tornando fúria, a regência técnica, a construção de cenas poderosas e um ápice final de arrepiar,fazem dessa obra um SUSPENSE forte e corrosivo.
SEDUÇÃO E VINGANÇA é o filme em estilo underground mais inesquecível do FERRARA. Com toda a maestria do diretor que rege a trama incisiva até a chacina e o grito sofrido do final(arrepiante), o mestre nos presenteia com um "cult thriller" espetacular.
SEDUÇÃO E VINGANÇA é um dos melhores SUSPENSES dos anos 80.
Walker Texas Ranger: Julgamento de Fogo
2.8 15WALKER TEXAS RANGER - JULGAMENTO DE FOGO.
Esse excelente filme feito, inicialmente para TV,marca o retorno do AARON NORRIS depois de 9 anos sem nenhum trabalho como diretor. O longa foi feito para os fãs da clássica série dos anos 80 e 90, Texas Ranger, nos apresentando uma esfera nostálgica por ser um filme feito pelos ícones da AÇÃO OITENTISTA (os irmãos AARON e CHUCK NORRIS) que nos presenteiam com cenas de AÇÃO incríveis e uma violência alucinante.
O único filme do AARON NORRIS nos anos 2000, apresenta o melhor roteiro de sua carreira. Com uma trama bem intricada, o argumento é pautado no jeito como a arma nuclear vai passando de mão em mão, trabalhando em um jogo de acusações e assassinatos sensacional. As reviravoltas surpreendentes, tornam a visão do público mais instigaste, pois ,com a inteligência do andamento por meio de provas e confrontos, as descobertas e os conflitos de interesses conduzem cenas de ação e violência eletrizantes.
A eterna lenda da ação,CHUCK NORRIS (apesar de coroa, ainda em forma) retorna como um verdadeiro mito no saudoso papel do Texas Ranger que acaba com os criminosos com o seu estilo durão que abala em todas as cenas em que aparece.
A trilha sonora passa bem a pegada de adrenalina e perigo constante do longa, banhando as cenas de AÇÃO com uma potência significativa e uma fantástica construção de enredo.
A fotografia ágil e cuidadosamente trabalhada torna a estética do filme arrebatadora. Com charmosos movimentos de câmera, uma abordagem estilizada do estado do Texas, bons lances de computação e cenas de AÇÃO perfeitas, o cineasta nos propõe um show técnico de qualidade .
As cenas de luta são um show aparte. O trio de assassinos orientais realizam movimentos violentos quase que sobrenaturais. Com isso, as cenas de lutas tornam-se impressionantes pela perfeição e violência da coreografia.
Além da Vida
3.2 1,0K Assista AgoraALÉM DA VIDA (DRAMA)
CLINT EASTWOOD
2010
CRÍTICA 73
ALÉM DA VIDA arrepia até a alma. CLINT EASTWOOD dirige um DRAMA espírita empolgante e poético. Uma obra linda e de sensibilidade impressionante. Um filme que te faz ficar apaixonado pela sua história emocionante e repleta de lições e questionamentos. Com certeza, uma obra inspiradora.
Três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um americano que desde pequeno consegue manter contato com a vida fora da matéria, mas considera o seu dom uma maldição e tenta levar uma vida normal. Marie (Cécile De France) é jornalista, francesa, e passou por uma experiência de quase morte durante um tsunami. Em Londres, o menino Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) perde alguém muito ligado a ele e parte em busca desesperada por respostas. Enquanto cada um segue sua vida, o caminho deles irá se cruzar, podendo mundar para sempre as suas crenças.
EASTWOOD trabalha num roteiro de histórias cruzadas sencacional. A construção gradativa dos personagens é espontânea e bem elaborada. A trama é construida por meio de paradígmas e reflexões em torno de crenças, amores e aceitação, tornando o longa ainda mais delirante. O modo como as amizades e amores vão nascendo é sencacional e as cenas paranormais são deleitantes com tudo isso culminando em um final inesperado. O modo como o diretor se aprofunda no tema espiritualidade é magnífico com os dramas pessoais sendo desenvolvidos magistralmente. O roteiro inteligente é recheado com cenas bem pensadas e envolventes que combinam com um ar de delicadeza e abstração incrível, apresentando toda a sensibilidade em uma história sobre destinos cruzados dirigida pelo grande mestre EASTWOOD.
O gêmeos GEORGE MCLAREN E FRANKIE MACLAREN estão ótimos com representações expressivas e serenas. CÉCILE DE FRANCE tem uma excelente interpretação como uma jornalista que teve a experiência de quase morte numa atuação forte e de impressionante sentimentalismo. MATT DAMON da um show na pele de um medium que tenta ignorar o seu dom nos apresentando uma performace suave e exepcional que consegue nos remeter às aflições de seu personagem perfeitamente.
A trilha sonora é linda. Com partiruras tocantes, ela consegue da o tom certo de esperança e emotividade que o diretor quer abordar com um orquestração fenomenal que emociona a meio mundo.
A fotografia é um espetáculo. As passagens de visões mostram jogos de focos e iluminações geniais e os efeitos visuais são de tirar o fôlego( como na fantástica cena do tsunami). Assim CLINT nos presenteia com uma fotografia delicada e muito bem feita, tornando o longa ainda mais sensível.
CLINT EASTWOOD dirige uma obra comovente e reflexiva. ALÉM DA VIDA é um deleite espiritual que nos traz cenas fortes e de grande delicadeza. O mestre nos apresenta uma direção firme com esse lindo DRAMA que aborda uma trama inteligente e bem pensada. EASTWOOD merece aplausos pela maestria e regência empregada à esse deleite cinematográfico, mostrando, mais uma vez, toda a sensibilidade presente em seus trabalhos.
ALÉM DA VIDA é um filme-tesouro. Uma obra forte e emocionante. CLINT EASTWOOD realiza um primor do gênero . Um filme fantástico de grande representatividade. Um DRAMA que te deixa de alma lavada.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraMENINA DE OURO (DRAMA)
CLINT EASTWOOD
2004
Crítica 71
Um dos filmes mais tristes já feitos. CLINT EASTWOOD realiza mais uma obra prima aclamada pela crítica e pelo público. MENINA DE OURO é um DRAMA colossal. Uma obra contudente que nos conduz à uma história de superação emocionante. Um trabalho poético que te leva à reflexão constante e provoca rios de lágrimas, tocando o coração de quem o assiste. Um filme lindo e intenso.
Vencedor de quatro Oscars, incluindo de Melhor Filme, Menina de Ouro é uma obra inesquecível! Frankie Dunn é um calejado treinador de boxe, que sofre com a dolorosa separação da filha. Juntamente com Eddie Scrap, um veterano lutador, ele administra uma decadente academia de boxe.Frankie reluta em treinar Maggie Fitzgerald - uma mulher que deseja se transformar numa lutadora profissional - mas acaba cedendo por sua enorme determinação. O que eles não sabem, é que em breve enfrentarão um desafio que exigirá mais coragem do que qualquer outro. Um desafio que mudará para sempre suas vidas.
O roteiro é a coisa mais linda do mundo. Contando com diálogos simbólicos e reflexivos e cenas dramáticas fortes e comoventes, a trama se mostra arrebatadora do início ao fim. A união entre Frankie e Maggie é retratada de forma bastante delicada,conseguindo tomar o coração do público por inteiro. CLINT EASTWOOD cria diálogos técnicos e cenas de lutas envolventes e pesadas que combinam com passagens de treinamentos que têm uma química hipnotizante. O diretor aposta em cenas tristes e até revoltantes que deixam o filme mais contundente, assim como a construção magistral dos personagens. EASTWOOD faz uma série de questionamentos à temas polêmicos como ao machismo, a religião e a eutanásia, trazendo um enredo ainda mais provocante. O roteiro maravilhoso nos presenteia com cenas impactantes, brutais e delicadas que arrancam làgrimas sofridas do coração de qualquer um.
A dupla ANTHONY MACKIE e MICHAEL PEÑA estão muito bons como dois boxeadores bastante maldosos com representações que inspiram raiva à todo momento. MARGO MARTINDALE está ótima na pele de uma mãe interesseira e exploradora, nos apresentando a sua atuação firme de postura desenvolta. O ator canadense JAY BARUCHEL está excelente como o ingênuo Danger que sonha em se tornar lutador com uma interpretação leve e inocente, resposável por uma veia cômica no filme. O mito CLINT EASTWOOD tem um desempenho fantástico no papel de um treinador de boxe bastante razinza com uma performace durona, porém, em contrapartida, sentimental. O vencedor do oscar de melhor ator coadjuvante, MORGAN FREEMAN, da uma show como um lutador aposentado que cuida de uma academia, nos trazendo uma atuação serena, contemplativa e profunda de maneira espetacular.
A ganhadora do oscar de melhor atriz, HILARY SWANK nos presenteia com UMA DAS MELHORES ATUAÇÕES FEMININAS DE TODOS OS TEMPOS, encarnando uma mulher forte que sonha em ser campeã de boxe, nos trazendo uma performace contundente e de grande sensibilidade que nos faz batalhar, lutar, sentir e sofrer com ela. Simplesmente perfeita.
A trilha sonora é sensível e delicada, pois, com toda a sua suavidade, ela contorna as passagens dramáticas do filme de maneira única, nos tocando com as suas partiruas emotivas.
O diretor nos apresenta uma fotografia fria e segura. A tática de focar nas expressões dos atores foi uma grande jogada para maior dramatização das cenas e as passagens de lutas são bastante dinâmicas e realistas. Assim, EASTWOOD nos traz uma fotografia única e expressiva.
CLINT EASTWOOD (vencedor do oscar de melhor diretor) fez o seu trabalho mais delicado. MENINA DE OURO é um filme brutal e comovente que, repleto de cenas dramáticas e poéticas, nos eleva à um estado emocional divino. Sempre amante de esportes, EASTWOOD elabora diálogos técnicos e cenas de lutas instigantes e fortes, tornando a trama ainda mais fantástica. Os diálogos reflexivos de grande sensibilidade fazem da trama um verdadeiro deleite que apelidou EASTWOOD de "ator durão, diretor sensível". A obra chocante, surpreedente e emotiva realizada pelo eterno mestre CLINT se tornou um dos MELHORES TRABALHOS DA SUA CARREIRA.
MENINA DE OURO é uma visita ao núcleo emotivo humano. Uma obra prima maravilhosa. Um DRAMA devastador, brutal e sensível que choca pelo realismo de suas cenas. Uma história de amizade e superação impactante que nos castiga com cenas sofridas e de uma força sentimental incrível. MENINA DE OURO é uma obra de arte celestial realizada com perfeição pelo lendário CLINT EASTWOOD. UM DOS MELHORES DRAMAS DOS ANOS 2000.
Os Imperdoáveis
4.3 655OS IMPERDOÁVEIS (FAROESTE)
CLINT EASTWOOD
1992
CRÍTICA 70
UM DOS FILMES MAIS ACLAMADOS DOS ANOS 90. OS IMPERDOÁVEIS é uma obra lendária. O melhor trabalho do CLINT EASTWOOD (vencedor de 4 oscars). Um FAROESTE forte, poético e contemplativo que contorna uma linda história de redenção e nos apresenta uma violência crua e realista. Uma obra fantástica.
Por muito tempo, ele tentou enterrar seu passado como um dos mais rápidos pistoleiros do Oeste. Agora viúvo, sem dinheiro e com filhos para criar Will Munny (EASTWOOD), cavalga novamente com seu parceiro Ned Logan (FREEMAN) e o ambicioso Schofield Kid (WOOLVETT)) em busca de recompoensas. Sua missão, é de matar dois cowbois que desfiguraram uma prostituta na distante cidade de Big Whiskey. Eles também, terão que enfrentar outros caçadores de recompensas como o famoso pistoleiro English Bob (HARRIS) e o violento xerife Little Bill Dager (HACKMAN), formando um verdadeiro duelo de gigantes.
As cenas são de uma delicadeza incrível, pois mostram todo um lado visceral que engloba o verdadeiro sentido da vida e da morte. A contrução dos personagens é uma das melhores coisas do filme, visto que, em uma história de anti- heróis, a personalidade do Will é feita de maneira magistral, pois EASTWOOD coloca um tom de mistério no passado de Munny e um certo toque de insanidade em seu caráter, mostrando o seu interior de maneira aprofundada, já o vilão, é traçado mostrando um homem repulsivo e maldoso. Assim, os cowboys da história têm suas características habilitadas de maneira impecável, mostrando um lado mais humano do velho oeste,desenvolvendo com perfeição, todos os personagens do longa.
O enredo é construído de forma lenta e saborosa com diálogos filosóficos que fazem da obra um grande mar de pensamentos.A gradação dramática do roteiro é genial, visto que, a história começa como a de todos os FAROESTES convencionais , banalizando o assassinato, mas, com o passar da trama, os personagens vão vendo que ato pútrido é o de se matar alguém. O diretor nos presenteia com cenas de tensão que provocam uma angústia crescente e passagens de drama pscológicos que fazem o público refletir a todo momento. O mestre CLINT traz críticas contundentes à crueldade, ambição e materialização da mulher, fazendo com que a trama se torne mais instigante. Assim, o realizador promove passagens de violência magníficas que combinam com o final poético para formar a obra que marcou o gênero FAROESTE . Um roteiro perfeito e magistral.
A película nos promove UM DOS MELHORES ELENCOS DA HSITÓRIA. O ator canadense SAUL RUBINEK( como um medroso escritor) trabalha muito bem com uma atuação jeitosa que mostra toda a covardia do seu personagem. FRANCES FISHER ( no papel de uma prostituta que foi retalhada) têm um ótimo desempenho numa representação expressiva e que desperta comoção. JAIMZ WOOLVETT ( na pele de um ambicioso caçador de recompensas) está excelente com uma interpretação desenvolta e de personalidade gradativa que, no início se mostra sem sentimentos, mas com o seu desenrolar, se apresenta mais emotiva. O mito CLINT EASTWOOD (como um caçador de recompensas que tenta esquecer o seu passado) nos presenteia com uma atuação que entrou para a história, esboçando profundidade e traços de pertubação em sua performace durona por fora e delicada por dentro. RICHARD HARRIS ( interpretando um perigoso matador) está ótimo com um trabalho estiloso e elegante com a sua pegada britânica. O mestre MORGAN FREEMAN (na pele de um caçador de recompensas aposentado que aceita fazer o seu ultimo trabalho) da um show, nos apresentando uma interpretação contemplativa que inspira leveza e serenidade.
A estrela que rouba a cena é o ganhador do oscar de melhor ator coadjuvante, GENE HACKMAN ( como um terrível xerife), interpretando um autêntico vilão com uma performace forte, marcante e de personalodade inconfundível, nos fazendo sentir ódio do seu repulsivo Little Bill com UMA DAS MELHORES ATUAÇÕES COADJUVANTES DE TODOS OS TEMPOS.
A trilha sonora é de arrepiar. As cenas mais deleitantes são regadas à músicas serenas e acalentadoras, já as passagens mais incisivas, apresentam uma orquestração marcante que é elaborada magistralmente de modo em que a trilha comece diminuta e vai aumentando, tornando os confrontos impactantes, além disso, o silêncio é um elemento certeiro para a construção mais profunda das cenas.Assim, a trilha sonora arrasadora, torna o enredo de OS IMPERDOÁVEIS inesquecível.
Logo de cara somos recepcionados por uma linda locação longínqua ao por do sol ( passagem que mostra perfeitamente a personalidade da fotografia). Com belos cenários no estilo do oeste selvagem e paisagens americanas variadas, o longa se reveste com um clima bem western. Elementos como desertos, chuva, neblina, neve e por do sol são utilizados como forma poética e construtiva de regimento artístico. A escuridão e a iluminação sobre luzes de fogo se mostra uma escolha de mestre, pois, assim, o diretor traz o clima forte e melancólico que a obra precisa. Com isso, a fotografia espetacular nos leva à uma viagem ao oeste selvagem.
CLINT EASTWOOD dirige a sua obra prima. Um FAROESTE psicológico poético e reflexivo com cenas de violência icônicas. A direção sensível e charmosa de EASTWOOD nos presenteia com uma história emotiva que aborda reflexões sobre a violência e a busca por sí mesmo. o mestre consegue realizar um filme único. Uma obra marcante e expressiva.
OS IMPERDOÁVEIS É O MELHOR FILME DO EASTWOOD. Uma obra que reinventou o seu gênero. Uma história de redenção reflexiva e emocionante que critica a cueldade e a violência. CLINT EASTWOOD realiza um clamor dos deuses, merecendo reverências pelo seu trabalho espetacular. OS IMPERDOÁVEIS É, SEM DÚVIDAS, UM DOS MELHORES FAROESTES DE TODOS OS TEMPOS.
Pânico na Multidão
3.2 17PÂNICO NA MULTIDÃO (SUSPENSE)
LARRY PIERCE
1976
CRÍTICA 69
Um SUSPENSE de tirar o fôlego. Uma obra tensa e angustiante que promete te levar ao delírio com o seu enredo potente e bem elaborado. CLINT EASTWOOD dirige um filme B que é a cara dos anos 70, pois, sujo, cru e violento, PÂNICO NA MULTIDÃO se torna um verdadeiro jogo de tensão e muita ansiedade.
Noventa e um mil torcedores esperam ansiosamente a decisão entre o Los Angeles e o Baltimore no Memorial Coliseum. Mal sabem eles que o estádio servirá de palco para um misterioso atirador entrar em ação e transformar o que seria um divertido programa no mais terrível pesadelo.
As cenas do enredo são cuidadosamente planejadas. O filme inicia com uma introdução fenomenal apresentando todos os personagens da história, inclusive o próprio atirador, e desenvolvendo os seus dramas ou planejamentos pessoais, além de mostrar toda a expectativa para o grande jogo. Os personagens são muito bem construídos ao longo da trama, o que se mostra uma jogada de mestre, pois, com isso, o público cria uma indentificação maior com os mesmos.O modo como o mistério cerca o psicopata do princípio ao fim é genial e o clima da obra é construído de maneira que o telespectador passe toda a projeção sentindo a ameaça constante. O roteiro também consegue construir uma mine vertente que é o jogo emocionante que se mostra importante para muitas das pessoas do longa.
O enredo se torna tão dinâmico que ,mesmo com a história sendo desenvolvida num mesmo ambiente, a trama não se torna cansativa em momento algum.As cenas das operações policiais realizadas para capturar o assassino são magníficas, mostrando todo o realismo empregado por EASTWOOD.O SUSPENSE é detonador e, no seu ápice, ele explode como uma verdadeira bomba em um final violento e catastrófico. Assim, o roteiro se mostra bem elaborado, dividido e com um estilo inconfundível.
O numeroso elenco é repleto de atuações excelentes que recheiam ainda mais a película. MARTIN BALSAM está ótimo como o responsável pela segurança dos estádio com uma representação presente, carismática e marcante. JOHN CASSAVETES desempenha um trabalho incrível na pele do chefe do esquadrão de forças especiais, nos apresentando uma interpretação durona,estilosa e de personalidade forte. CHARLTON HESTON arrasa como um agente da polícia que faz de tudo para capturar o atirador com uma performace mitológica elegante e com a inconfundível firmeza do experiente ator. O elenco de apoio é um espetáculo, pois, cheio de atuações divergentes e muito bem trabalhadas, os atores levam as cenas nas costas.
A trilha sonora é icônica, pois com uma orquestração tensa e instigante, a trilha confere o clima perfeito para as cenas de tensão, se tornando responsável por nos dar uma pontada nos nervos com as suas partituras fortes.
Com movimentos de câmeras bem chamosos, um estádio cheio, passagens de binóculos/mira, seguimentos em primeira pessoa para o sniper, focos aéreos,câmera lenta e uma edição espetacular, a fotografia se mostra estilosa e bastante original, tornando o filme dinâmico e envolvente.
CLINT EASTWOOD ataca com o seu estilo de cinema charmoso dos anos 70. A direção impecável do mestre nos engloba em um SUSPENSE potente e flamejante. As cenas espetaculares de caçadas e mortes nos faz sentir uma agonia interminável. EASTEWOOD é capaz de realizar cenas icônicas como
[/spoiler]as passagens de tiros, o caos pelo estádio no final do filme e as tentativas de captura do assassino [spoiler]
PÂNICO NA MULTIDÃO é um triunfo. Um filme B pouco conhecido que representa o estilo de uma década. CLINT EASTWOOD acerta em cheio na direção provocante desse SUSPENSE caótico e hipnotizante. O mestre realiza um filme de personalidade imbatível.uma obra com um requinte estarrecedor que, combinado a uma trama inesquecível , forma uma bala de tensão certeira .
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A Noviça Rebelde
4.2 801 Assista AgoraA NOVIÇA REBELDE (DRAMA)
ROBERT WISE
1965
CRÍTICA 68
Sem dúvidas, O MELHOR FILME DE DRAMA DOS ANOS 60. Um dos musicais mais aclamados da história do cinema (GANHADOR DE 5 Oscars, incluindo melhor filme) . Uma das maiores bilheterias de todos os tempos.A NOVIÇA REBELDE é um filme único. Um grande triunfo que entrou para a história. O diretor mais famoso do cinema clássico CHARLES CHAPLIN realiza uma obra bela e inocente que nos faz ficar com um sorriso no rosto por toda a sua projeção. Um filme lindo e contagiante.
No final da década de 30, na Áustria, uma noviça que vive em um convento, mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta religiosa, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp, que tem sete filhos, ele é viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família.
O roteiro é espetacular. Repleto de passagens musicais de tirar o fôlego e cenas com uma dinâmica incrível, a história é moldada de maneira impecável. A maneira como a chegada de Maria muda toda uma família é linda e esse processo de mudança é muito bem esenvolvido pela mão experiente de CHAPLIN. A personalidade da dupla principal( Maria e Capitão Von Trap) é muito bem ornamentada de modo que o público comece a criar uma certa indentificação com os personagens. Todo o carinho que a família começa a ter pela governanta é um arco muito bem construído do roteiro e a divisão da história entre período pre e pós guerra é genial, pois mostra toda a transformação climática que a guerra provoca, visto que, com o passar do filme, o enredo vai se tornando mais sério e incisivo. Os diálogos que refletem a pureza do longa são sencacionais e as cenas musicais são incríveis. Assim, o filme perfeitamente dinamizado, faz com que o tempo voe durante a projeção. A NOVIÇA REBELDE é uma obra maravilhosa e repleta de cenas imortais que marcaram a história da sétima arte.
Todo o elenco está de se aplaudir de pé. RICHARD HAYDN está muito bem como um caça talentos que só pensa em dinheiro com uma atuação elegante e de personalidade solta, resposável por uma veia cômica na película. As crianças têm atuações arrasadoras, pois, além de desempenharem muito bem os seus papéis, elas reproduzem ótimas músicas. JULIE ANDREWS está divina na pele de uma governanta bastante animada e profunda,desempenhando canções perfeitas e passando toda a sua energia através de suas emoções em uma interpretação expressiva e inesquecível. CHRISTOPHER PLUMMER da um show como um capitão bastante amargo que se mostra bastante duro com os seus filhos numa performace intensa e estarrecedora que vai se modificando ao longo do filme (começando amarga e se tornando mais sensível) em um papel extremamente difícil que segura, apenas com o seu talento, todo o final do longa.
A trilha sonora é apaixonante. Com músicas inesquecíveis, a obra enche os nossos corações de emoção, nos fazendo sorrir e chorar. As passagens musicais originais e únicas fazem da película um verdadeiro encanto. Assim, a trilha que embalou toda uma época, se torna marcante e, acima de tudo, imortal.
A fotografia é deslumbrante com toda a pureza e delicadeza que ela emprega às cenas do longa. Repletas de paisagens arrebatadoras da Austria, logo de cara, as passagens do longa nos pegam pelo pé. Os dias são coloridos e encantadores, já as noites, apresentam uma beleza mais elegante e climática ( bem no estilo das noites austríacas). A maneira como a fotografia pre-guerra é aberta e inocente e a pós-guerra é mais forte e fechada torna o clima da obra sem igual. CHAPLIN utiliza uma fotografia bastante firme, nos mostrando um espetáculo de cores e energia com elegância e encantamento.
Exilado na Europa, CHARLES CHAPLIN, junto com o estúdio SAUL CHAPLIN, realizou uma obra prima do gênero. A direção marcante e criativa de CHARLES é vista à todo momento em cenas lindas e delicadas. CHAPLIN faz passagens musicais louváveis e lições de vida aplausíveis que culminam em um fim arrepiante que nos faz emendar emoções com uma apresentação final de tirar lágrimas e uma passagem de fuga angustiante. Assim, o diretor, fez a sua obra prima. Um filme criativo e repleto de beleza e sensibilidade.
A NOVIÇA REBELDE é um tesouro cinematográfico imortal. CHARLES CHAPLIN realizou um de seus melhores filmes. Um verdadeiro turbilhão de sentimentos que te faz ficar tenso ou alegre/sorrir ou chorar com uma história tocante e bastante sentimental. A NOVIÇA REBELDE é um grande marco no cinema. Um filme sensível, tocante e delicado que nos envolve mostrando o por que de CHALES CHAPLIN ser um dos diretores mais respeitados do cinema clássico. Assim, a obra premiada e aclamada é um verdadeiro encanto cinematográfico que avança diretamente no coração, emocionando gerações até hoje.
Dália Negra
3.0 276 Assista AgoraDÁLIA NEGRA (SUSPENSE)
BRIAN DE PALMA
2006
CRÍTICA 67
Parece que BRIAN DE PALMA demorou anos para pensar em um filme tão inteligente e bem elaborado como DÁLIA NEGRA, um SUSPENSE noir genial. Uma obra violenta, extremamente charmosa e repleta de cenas pesadas, conseguindo te prender do princípio ao fim. Um filme de criatividade sem fim. Simplesmente incrível.
'Dália Negra' é uma história de obsessão, amor, corrupção, cobiça e devassidão, baseada na história real de um violento crime que chocou e fascinou os Estados Unidos em 1947 – caso que permanece até hoje sem solução. Em 1946, os ex-lutadores de boxe Dwight (Josh Hartnett, de 30 Dias de Noite) e Lee Blanchard (Aaron Eckhart, de Quinta-Feira Violenta) trabalham como policiais na cidade de Los Angeles, também trabalhando como parceiros. Com a amizade entre os dois aumentando, Bucky conhece a namorada de Lee, Kay Lake (Scarlett Johansson, de Vicky Cristina Barcelona), com quem começa um relacionamento às escondidas. Quando o corpo da aspirante a atriz Elizabeth Short (Mia Kirshner) é encontrado aos pedaços, Lee fica obcecado em descobrir quem a matou. A imprensa batiza o assassino deste caso de Dália Negra.
O modo como o diretor pegou um crime real não desvendado e desenvolveu toda uma trama em cima disso é brilhante. As passagens do longa parecem ser bastante aleatórias até o final estarrecedor que o público percebe que estava tudo interligado. O roteiro complexo nos traz fatos bem entrelaçados que exigem muita atenção do telespectador. Repleto de cenas mórbidas, o longa, reage com um"chega pra lá" no consciente de quem o assiste. O mistério é conduzido de maneira perfeita, o roteiro desenvolve bem o drama e o SUSPENSE, o modo com o triângulo amoroso é formado é genial e a gradatividade da obsessão dos detetives pelo caso é uma jogada de mestre. Os diálogos são bastante intensos e perfeitamente elaborados para gerar sempre um clima de desconfiaça. As cenas pesadas e tensas fazem de DÁLIA NEGRA um verdadeiro deleite que te choca com a sua morbidez e inteligência.
BRIAN DE PALMA comanda um elenco espetacular. SCARLETT JOHANSSON ( como uma mulher forte que se envolve em um triângulo amoroso) têm uma representação firme e emotiva. FIONA SHAW (na pele de uma magnata louca)está excelente com uma interpretação expresiva e perturbada. HILLARY SWANK (como uma atraente socialite) tem um ótimo desempenho com uma atuação elegante e de personalidade forte. JOSH HARTNETT e AARON ECKHART (no papel de dois detetives que embarcam num mistério intrigante) têm performaces que se completam como fogo e gelo. JOSH tem uma atuação fria e contemplativa,já AARON nos apresenta uma interpretação mais forte e obcecada.
A trilha sonora é fascinante. Com músicas de época (jazz) excelentes e uma orquestra pesada e climática, o filme é carregado com uma tilha forte e marcante. Assim, a obra se torna um noir de primeira com partituras envolventes e de tirar o fôlego. Uma trilha atmosférica digna de aplausos.
Nada é mais inacreditável do que a fotografia. DE PALMA usa de tudo. Jogo de sombras e iluminação, câmera lenta, câmera que vai focando cada vez mais e uma sencacional construção de atmosféra noir são elementos climáticos utilizados pelo diretor. Assim, o mestre consegue fazer cenas de investigações, mortes e até lutas de maneira espetacular, tornando a parte artística do longa impecável.
O experiente BRIAN DE PALMA da um show na direção dessa obra prima. O diretor realiza uma narrativa original e brilhante que se mostra repleta de nuances e reviravoltas. DE PALMA, faz um filme tenso e pesado. Uma história envolvente de grande apelo sexual e uso da violência mórbida à rodos. Com isso, o realizador molda uma obra com reviravoltas surpreedentes e uma narrativa genial.
Com um roteiro implacável, um elenco de peso, uma excelente trilha sonora, uma fotografia incrível e uma direção impecável, DÁLIA NEGRA se torna um dos grandes SUSPENSES dos anos 2000. Assim, a história inteligente, brutal e inesquecível elaborada pelo mestre BRIAN DE PALMA, se torna uma excelente escolha para os fãs do cinema noir. Um SUSPENSE digno de aplausos.
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraSCARFACE (DRAMA)
BRIAN DE PALMA
1983
CRÍTICA 61
SCARFACE é, simplesmente, um dos melhores filmes da história do cinema. Um clássico cult que conquistou gerações e ,até hoje, representa uma decáda mágica que foi os anos 80. Um filme violento, sujo, cru e estiloso que elevou a carreira do BRIAN DE PALMA e do AL PACINO (o melhor ator de todos os tempos). Uma obra prima de máfia que, hoje, é considerada ,pelo público e crítica, um grande marco do cinema.
Em meio à massa de miseráveis, chega Tony Montana, bandido de pouco nome e muita bravata, disposto a conquistar o mundo do tráfico.
O diretor BRIAN DE PALMA e o roteirista OLIVER STONE elaboram um dos maiores roteiros já feitos no gênero DRAMA. Com um enredo simples e alucinante, a trama aposta em diálogos sujos e verborrágicos com ótimas negociações e dramas pessoais que retratam de forma espetacular o mundo do crime. O mestre BRIAN molda as suas cenas brilhantemente, pois ele usa um método genial que deixa as cenas de início aparentemente simples se tornarem cada vez mais intensas, construindo um enredo imprevisível, des de trabalhos para máfia até discurssões acaloradas. O realizador, cria falas marcantes ("Say hello to my little friend") e cenas violentas icônicas que culminam em um dos mais perfeitos finais já feitos.
TONY MONTANA se tornou uma das personalidades mais populares já criadas, des do seu modo de vestir-se até o seu jeito de falar, tudo é milimetricamente elaborado,pois a construção profunda de seu personagem, o tornou, sem dúvidas , o melhor mafioso da sétima arte. O gangster é perfeitamente construído com uma personalidade forte e marcante que virou um ícone da cultura POP.
O longa nos presenteia com atuações incríveis. ROBERT LOGGIA está ótimo como um experiente chefão do tráfico com uma representação forte e extremamente carismática. MARY ELIZABETH MASTRANTONIO como a irmã jovem e sonhadora de Montana, nos mostra uma atuação emotiva e de muita expressão. O ator cubano STEVEN BAUER tem um ótimo desempenho na pele de um gangster, fiel escudeiro de Tony numa representação centrada e bem trabalhada. F. MURRAY ABRAHAM, como sempre, da um show no papel de um traficante imponente com uma performace firme e marcante. MICHELLE PFEIFFER arrasa como uma temperamental socialite, apresentando um trabalho extremamente expressivo que deixa transparecer as suas emoções de maneira excelente.
AL PACINO entrou para a história como TONY MONTANA. Um mafioso malvado e arrogante que se tornou a performace mais popular da sua carreira. PACINO contorna a sua atuação com uma personalidade forte, dando o temperamento certo para o seu personagem. Assim, o melhor ator de todos os tempos criou o maior mafioso do cinema com uma performace explosiva e icônica.
A trilha sonora é espetacular. Com canções latinas e músicas POP, o longa é embalado para presente com estilo e personalidade, além do ótimo theme song "Push It To The Limits". A orquestração feita por teclados cintetizadores em cenas pessoais é bastante tocante e emotiva, já nas passagens de violência, a película apresenta uma partitura tensa e impactante. Assim, a trilha se mostra oitentista e nostálgica.
Elementos técnicos como angulação inferior ou superior com a câmera procurando sempre o centro, movimentos giratórios leves, e o foco nas expressões faciais dos personagens fazem da fotografia um banho de atmosfera . As cenas de tiros bem feitas e dinâmicas unidas à luxuosas manções, um figurino bem oitentista e o clima praiano de Miami tonam a obra o cúmulo do estilo.
BRIAN DE PALMA faz o seu melhor filme. Com cenas fortes de violência sem moderação, o diretor faz com que o público acompanhe toda a trajetória do T.M da pobreza até a sua ascensão, o que torna o personagem mais próximo do público. A tática de inversão de valores e os jogos de traições e conflitos de interesses são elementos muito bem elaborados. DE PALMA, com toda a sua genialidade, fabrica frases de efeito que marcaram época como a famosa "Diga olá para o meu amiguinho", "Vai morrer filho da puta" e a grande mensagem da história "O Mundo É Seu".O mestre do cinema policial e de máfia conduz cenas épicas e executadas com maestria como
[/spoiler] a passagem tensa do assassinato de Rebenga, a triste cena em que Montana mata o seu melhor amigo, a angustiante tentativa de sabotagem e a antológica cena final[spoiler]
SACARFACE é uma obra prima. BRIAN DE PALMA dirige o seu grande trunfo de ouro. O filme climático e apoteótico nos conduz a uma história emocionante.SCARFACE entrou para a história como um dos 10 filmes mais populares do cinema. Com sua trama fantástica, BRIAN mestre dirigiu um dos melhores filmes da sétima arte. Uma jornada alucinante sobre o preço da ambição com uma lição de moral impactante, pois, ao realizar essa obra prima, DE PALMA fez nascer uma estrela no céu.
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O Zumbi
3.3 20 Assista AgoraO ZUMBI (TERROR)
BORIS KARLOFF
1933
CRÍTICA 58
Sem dúvida, um dos filmes mais importantes da história do cinema de TERROR. Um filme espetacular que deu início a todo um subgênero. Uma obra climática e perfeitamente conduzida pelo gênio do TERROR, BORIS KARLOFF.
O ZUMBI era dado como perdido até que, em 1969, em Nova York, foi achada uma cópia dele. Trata-se do primeiro filme britânico de KARLOFF, que interpreta o professor Morlant. Um excêntrico egiptólogo inglês obcecado pelos poderes dos antigos deuses do Egito. Em seu leito de morte, ele ordena que seu serviçal, Laing (Thesiger), cole uma jóia sagrada conhecida como a luz eterna em sua mão, prevenindo-o de que, caso ela seja removida dali, ele deixará sua tumba em busca de vingança...
O roteiro abrange ótimos diálogos tenebrosos e demonstra domínio profundo da cultura árabe. O mito do zumbi é muito bem construido de modo que as aparições da criatura se tornem lendárias. Os nuances e reviravoltas presentes na trama faz do enredo uma construção inteligente e criativa. KARLOFF elabora um jogo de intereces entre os personagens (maravilhosamente construídos) do longa tornando a película bastante compenetrante com suas viradas de jogos, fazendo com que o espectador fique com uma sensação de desconfiança eterna. As cenas de horror são desenvolvidas com maestria, nos dando arrepios a cada passagem tensa ou amedontradora da obra.
Todo o elenco está digno de aplausos. BORIS KARLOFF está perfeito na pele do zumbi, com uma atuação assustadora que influenciou gerações, fazendo história na sétima arte.
A trilha sonora é forte e tensa, conduzindo as cenas do longa para um clima de angústia sem fim com uma orquestra potente e inigualável.
A iluminação escura , só feita por velas, torna a fotografia arcaica, contribundo para a atmosféra de horror que o longa transmite, nos apresentando passagens de câmeras vagarosas de climatização sufocante.
BORIS KARLOFF realiza uma verdadeira obra prima. A criatividade da obra é inegável, pois, o diretor criou o primeiro filme de zumbi da história, elaborando um padrão seguido até hoje. O TERROR empregado às cenas é espetacular e o enredo se torna bastante sinistro, mostrando a mão firme e inteligência de KARLOFF.
O ZUMBI representa bem a áurea dos anos de ouro do cinema de TERROR. BORIS KARLOFF deixou seu legado por gerações com este clássico absoluto que inventou um subgenêro aclamado até hoje. O ZUMBI é uma obra digna de aplausos que nos apresenta uma história sombria. Obrigatório para quem é fã do gênero.
Argo
3.9 2,5KARGO (SUSPENSE)
BEN AFFLECK
2012
CRÍTICA 55
Um SUSPENSE político diferenciado e espetacular. A obra vencedora do oscar de melhor filme nos apresenta uma história baseada em fatos reais sensacional e repleta de tensão. BEN AFFLECK dirige um dos seus melhores trabalhos, pois o diretor nos golpeia com uma trama de tirar o fôlego. Assim, AFFLECK realiza uma obra prima única para o cinema. Um filme eletrizante.
Quando a revolução iraniana invade a embaixada dos EUA em Teerã, seis cidadãos americanos escapam. Agora, somente um homem é capaz de tirá-los de trás das linhas inimigas. Tony Mendez é um brilhante agente da CIA que se especializou em fugas impossíveis, mas seu mais recente plano é tão audacioso quando desesperador. Disfarçados como equipe de produção de um filme, Tony e os fugitivos devem se esconder às vistas de todos e o menor deslize pode siginificar morte instantânea.
O roteiro é impressionante. A trama se encontra sempre tensa e angustiante. Os diálogos políticos são muito bem elaborados e o plano para tirar os americanos do Irã é executado de maneira simples e fácil de entender. A execução do plano absurdo elaborado por Mendes é instigante, empolgando a todos que assistem as cenas de SUSPENSE presentes na obra. O diretor mantém o clima de tensão de maneira crescente, acelerando o coração de qualquer um com aquele final de tirar o fôlego.
O elenco está excelente. Os atores que interpretam os reféns formam uma grande equipe com atuações que faz você sentir todo o desespero que eles sentem assim como as atuações firmes e bem trabalhadas dos membros do governo. BEN AFFLECK como um agente que bola o plano para tirar os reféns do irã está muito bem com seu modelo básico e presente. JOHN GOODMAN e ALAN ARKIN dão um show os como produtores de cinema que ajudam na fachada como plano, nos apresentando espirituosas perfomaces de personalidades marcantes, formando uma dupla implacável .
A trilha sonora é excelente compilando uma série de músicas POP/rock clássicas, tornando o longa dinâmico e estiloso. Além disso, AFFLECK seleciona ótimas musicas típicas iranianas e uma orquestração para as cenas de tensão magnífica, fazendo do longa um SUSPENSE sufocante.
As ótimas angulações, as passagens de foco e desfoco fundidas as cenas de revoluções em estilo reportagem, fazem da fotografia um verdadeiro cículo de criatividade.
BEN AFFLECK dirige um SUSPENSE genial. Um compilado espetacular de potência e muita pressão. Assim, o diretor produz um de seus maiores sucessos de críticas que, com certeza, marcou a sua carreira, nos apresentando uma história potente e de magnitude incrivel.
ARGO é um filme político e patriótico brilhante. Suas cenas criativas fazem com que o espectador mergulhe na ótima trama apresentada. Com isso, BEN AFFLECK realiza uma obra prima única em toda a sua carreira. Um filme realista e compenetrado. Uma história perfeita de trabalho em equipe e cooperação entre governos.
Trama Macabra
3.7 147 Assista AgoraTRAMA MACABRA (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1976
CRÍTICA 43
ALFRED HITCHCOCK realiza a materialização da criatividade em TRAMA MACABRA. Um SUSPENSE envolvente e bem elaborado que, com uma trama irreverente, faz com que o público embarque em um mistério investigativo arrebatador.
BRUCE DERN e BARBARA HARRIS estrelam como um casal de trambiqueiros que tramam para tirar a fortuna de uma velhinha, fingindo achar seu há muito tempo desaparecido sobrinho. Enquanto isso, DEVANE, um joalheiro ladrão e sua linda namorada sequestram um magnata grego para ganhar o dinheiro do resgate. Raptos , tentativas de assassinato , risadas e uma série de pequenas tramas recheiam a história que faz esse filme inesquecível.
Nada é mais original do que o roteiro dessa obra,pois, com diálogos cuidadosamente planejados e tramas milimetricamente interligadas, o enredo se mostra intrigante e muito bem moldado. É interessante o modo como cada personagem e seus respectivos interesses se interligam, mostrando que o roteiro é bastante pensado, contando com diálogos instigantes, passagens de crimes e golpes criativas e vertentes perfeitamente ramificadas.
Com uma equipe que nos mostra grandes reapresentações, HITCH comanda atores de qualidade. ED LAUTER está ótimo como um criminoso que faz de tudo por dinheiro com uma atuação espontânea e vigorosa. KAREN BLACK, nos mostra a que veio no papel de uma golpista sedutora e discreta, nos apresentando personalidade na execução do seu trabalho.WILLIAM DEVANE da um show como um rico vendedor de jóias que é capaz de qualquer coisa para manter seus sequestros, roubos e sabotagens em segredo, encarnando um autêntico vilão numa performace forte e elegante.BARBARA HARRIS nos puxa pelo pé como uma falsa vidente trambiqueira e manipuladora,pois, em sua atuação, mescla seu lado doce com o estratégico, segurando todas as cenas em que aparece(muitas vezes improvisando) com finéss e talento.
Porém, a estrela do filme é BRUCE DERN(grande ator de filmes B setentistas, só reconhecido depois de velho) na pele de um taxista/detetive malandro louco por dinheiro, nos dando de presente, simpático e estiloso,como sempre, mais um trabalho divino, incrementando a sua personalidade em todas as aparições.
A parceria HITCHCOCK/JOHN WILLIAMS, mais uma vez, produz uma ótima trilha sonora que, utilizando teclados,orgãos e cravos, constrói um efeito mais irreverente e caricato às suas cenas de humor e, ao mesmo tempo, atmosferiza as passagens de mistério e investigações com timbres de SUSPENSE, tornando a trilha tipicamente hitchcockiana.
Como sempre, a fotografia criativa do mestre seleciona ângulos altos e a famosa câmera que caminha pelo filme, deixando o mesmo dinâmico e elegante.
Não cabe em palavras quão boa foi a direção de ALFRED HITCHCOCK nessa obra nostalgica, pois,mesmo tendo bilheterias fracas,é inegável a habilidade do realizador para trabalhar perfeitamente todas as tramas e subtramas presentes no filme. Com passagens muito bem dirigidas como
[/spoiler] as cenas de golpes e trambiques, as partes investigativas e a marcante piscadinha final[spoiler]
TRAMA MACABRA é um SUSPENSE diferente. HITCHCOCK, mais uma vez, deixa toda a sua genialidade a prova nessa que, sem dúvidas, é uma obra marcante para todo cinéfilo.
[spoiler][/spoiler]
Frenesi
3.9 272 Assista AgoraFRENESI (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1972
CRÍTICA 42
Um dos melhores SUSPENSES de todos os tempos. Aqui,ALFRED HITCHCOCK nos presenteia com um dos melhores filmes da sua carreira. Uma obra prima que une um elenco de peso, uma fotografia genial, uma ótima trilha sonora, um roteiro fenomenal e uma direção perfeita.
Um criminoso sexual deixa a polícia de Londres em estado de alerta. Todas as pistas incriminam um inocente, que vai ter que fugir da lei para provar que não é o culpado, tentando encontrar o verdadeiro assassino.
O roteiro genial se torna um dos melhores do HITCH. Com cenas marcantes e diálogos ácidos,o longa vai construindo seu enredo de forma certeira. Impressionante também é como todas as evidências que o assassino deixa para traz serve também para o protagonista e assim os conflitos vão se desencadeando. É encantadora a forma como as cenas se intercalam entre ágeis e demoradas ou leves e pesadas,deixando a trama bastante dinâmica e ainda construindo os personagens e as suas personalidades de maneira impecável. Com todas essas qualidades, o roteiro perfeito se mostra original e inteligente.
O elenco é um prato cheio que torna a película ainda melhor e repleta de atuações expressivas. ANNA MASSEY (como uma doce garçonete que se apaixona por um foragido) e BARBARA LEIGH-HUNT (como uma mulher de personalidade forte e ex-mulher de um foragido), mesmo apresentando atuações diferentes estão sensacionais, pois com atuações marcantes elas traçam perfeitamente a personalidade de seus personagens.BARRY FOSTER, como um vendedor bonachão e estranho, está excelente, pois nos entrega uma interpretação bem humorada e leve, mas que tem a habilidade de mudar completamente ao longo do filme. JON FINCH está perfeito na pele de um alcoolatra foragido da policia que tenta provar sua inocência com uma performace digna de aplausos, visto que, ele faz com que o público se indentifique estantaneamente com seu personagem utilizando o "homem comum" como molde para seu papel e ainda segura com uma atuação estilosa e original, todas as cenas em que aparece.
A trilha sonora recheia o filme e torna as cenas de diálogos e SUSPENSE emocionantes assim como a falta dela que deixa as passagens de constução do personagem e de assassinatos mais realistas e impactantes.
A fotografia é desenvolvida com maestria, pois HITCHCOCK usa a técnica da câmera passeando pelo filme que torna o mesmo dinâmico e elegante,além de saber construir a iluminação perfeita e dimensionar as cenas com qualidade como nas passagens de todos os assassinatos. Assim, a fotografia é elaborada com todo o cuidado e perfeccionismo.
O mestre do SUSPENSE pegou um tema que ele particularmente domina(o homem errado) e com isso, teve toda a sua experiência a seu favor. Visto que o realizador dirigiu a obra com criatividade, FRENESI se torna diferente dos outros SUSPENSES do ALFRED por divergir entre o humor negro(ácido e incômodo) e cenas pesadas(novo horizonte para HITCHCOCK). FRENESI, mesmo sendo um filme B muito pouco conhecido, marca a volta do diretor à inglaterra e representa a magia do cinema da década de 70(década mais importante para o cinema, pois foi revolucionária para o mesmo), recheando o longa com cultura pop e a ácidez que define a época. Com elementos como esse o mestre fez uma grande obra prima de seu gênero, demonstrando toda a sua genialidade.
FRENESI é um filme único que concerteza está entre os melhores do ALFRED HITCHCOCK. Com cenas tensas, descontraídas e surpreedentes, o realizador modela uma master pieace elegante, estiloza e inovadora. Um das melhores obras do gênero SUSPENSE.
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Topázio
3.2 84 Assista AgoraTOPÁZIO (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1969
CRÍTICA 41
Um filme charmoso e elegante. Um SUSPENSE de espionagem intrigante e bem elaborado. ALFRED HITCHCOCK,aqui, investiu em uma trama política que se passa na guerra fria,única em sua carreira. O mestre do SUSPENSE ataca com uma direção firme e de excelente qualidade.
André Devereaux (Frederick Stafford) é um homem contratado para checar rumores de mísseis russos em Cuba durante a Guerra Fria. Além disso, ele deve descobrir tudo sobre um espião da Otan chamado Topázio, o que nos leva à mortes, traições e um suspense para sabermos se ele irá conseguir ou não expôr o agente.
O roteiro é a cereja do bolo, pois, baseado no best seller de espionagem, nos apresenta uma trama intricada e muito bem desenvolvida com cenas inteligentes e diálogos técnicos, políticos e investigativos perfeitamente traçados, mostrando que o diretor realmente se entregou ao projeto. Assim, o desenrolar do filme nos oferece cenas impagáveis como
[/spoiler] a passagem em que se descobre que a espiã tem um caso com André e ainda é mulher do braço direito do regime ditatorial, a cena final e a passagem do restaurante para descobrir quem é Topázio[spoiler]
O elenco está poderoso com atuações firmes e bem trabalhadas. ROSCOE LEE BROWNE está muito bem como um espião discreto e bem preparado com uma atuação espontânea e simpática. PER-AXEL AROSENIUS se apresenta ótimo como um delator russo que usa sua inteligência em troca de proteção com uma performace forte e bem trabalhada. MICHAEL PICOLLI e PHILIPPE NOIRET estão sensacionais como distintos e estratégicos homens políticos, desempanhando seus papéis de forma bastante cuidadosa. KARIN DOR representou a força feminia do filme na pele de uma espiã esforçada e inteligente, exibindo todo o drama de sua personagem que é, de longe, a mais complexa.JHON FORSYTHE e FREDERICK STAFFORD estão excelentes no papel de espiões implacáveis que não medem esforços em seus trabalhos com atuações elegantes e firmes. Porém, quem rouba a cena é JOHN VERNON como um militar tirano e arrogante. Um autêntico vilão político que, com sua performace expressiva e penetrante, consegue se destacar.
A trilha sonora caiu como uma luva, pois com suas marchas heróicas,consegue contruir o clima de guerra perfeitamente e com as suas músicas em estilo russo muito bem orquestradas,torna as cenas de suspense e espionagem bastante atrativas.
A ótima fotografia que seleciona ângulos criativos e enquadramentos internos e externos muito bem selecionados é elegante e muito bem trabalhada, tornando a película atmosférica e esteticamente impecável.
A direção experiente do mestre ALFRED HITCHCOCK é de se aplaudir de pé, pois ele cuidou de todos os mínimos detalhes e planejou os acontecimentos de forma exemplar. A história muito bem conduzida é bem pensada e chega a ser impressionante a qualidade do conjunto da obra.
TOPÁZIO é uma obra diferente das demais do mestre do SUSPENSE e que impressiona, principalmente pela direção habilidosa. Assim, o filme se torna uma grande pedida para fãs de uma boa história de espionagem e um pedida melhor ainda para quem é fã do HITCHCOCK.
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Os Pássaros
3.9 1,1KOS PÁSSAROS (TERROR)
ALFRED HITCHCOCK
1963
CRÍTICA 40
Um clássico do TERROR. OS PÁSSAROS é um filme forte e arrebatador q , com todo o perfeccionismo do ALFRED HITCHCOCK, consegue fazer o público delirar
Melanie Daniels, uma jovem da cidade de São Francisco, vai até uma pequena cidade isolada da Califórnia, chamada Bodega Bay, atrás de um potencial namorado: Mitch Brenner. Mas na cidade começa de repente a acontecer fatos estranhos: pássaros de todas as espécies passam a atacar a população, em número cada vez maior e com mais violência, deixando todos aterrorizados.
O roteiro é de uma eficiência sem igual. Nele, HITCHCOCK começa com um clima bem leve e descontraído (chegamos até a duvidar de q seja um filme de TERROR), mas o seu desenrolar vai ficando cada vez mais pesado. Os personagens são cuidadosamente construídos e suas características e personalidades são vagarosamente traçadas .Conforme o tempo passa, as cenas ficam mais explícitas e fortes, pois com suas passagens tensas, o diretor deixa uma sensação de horror sem fim.
O elenco fenomenal trabalha de forma única . SUZANNE PLESHETTE está ótima encarnando uma professora q tenta ajudar as pessoas durante os ataques com uma interpretação leve e charmosa. VERONICA CARTWRIGHT trabalha muito bem como uma garota q sofre bastante, esbanjando inocência e demonstrando o seu sofrimento. JESSICA TANDY está,como sempre, maravilhosa no papel de uma senhora q zela firmemente por sua família numa interpretação firme e emotiva, muito bem trabalhada, nos passando todos os conflitos psicológicos q à envolvem. ROD TAYLOR arrasa como um advogado q luta heroicamente contra os pássaros com uma performace forte e marcante, esboçando a bravura e personalidade de seu personagem. TIPPI HEDREN está perfeita encarnando uma socialite q ,a procura de um homem q ela passou a gostar, acaba se envolvendo no perigo das aves numa atuação totalmente expressiva, nos passando todo o medo e desespero presente em seu papel sensacional.
A sonoplastia do filme é incrível. Dando destaque ao barulho das aves , ela consegue aumentar a sensação de medo dos pássaros diabólicos.
A fotografia é bastante habilidosa, pois com as paisagens encantadoras da ilha, nos traz uma sensação de calmaria e amplitude q é convertida a um estilo sombrio e claustrofóbico conforme os ataques vão ocorrendo. As aves são muito bem feitas e treinadas e os efeitos são muito bem produzidos para a época. O diretor utiliza de criativas tomadas e efeitos de filmagens( usando até uma passagem panorâmica para mostrar o caos da cidade). As câmeras agitadas nas cenas de ataques deixam tais passagens mais caóticas e realistas e o clima de horror q o ALFRED implantou é permeado por uma fotografia carregada, dando a atmosfera de medo q o longa almeja.
A direção é brilhante. ALFRED HITCHCOCK dirige com mão firme uma película repleta de cenas de tensão, medo e TERROR. O q chama atenção são as cenas fortes e icônicas q o cineasta projetou
[/spoiler]como a cena do colégio( quando o medo se torna crescente ao som do canto inocente das crianças), a do diálogo da lanchonete( construída de forma magistral),a passagem do ataque na cidade (onde ocorre mortes, explosões e correria) e a fantástica cena final[spoiler]
OS PÁSSAROS é um clássico absoluto. Uma grande escolha para os fãs de TERROR
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraPSICOSE (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1960
CRÍTICA 39
Se existe um filme q é capaz de definir o gênero SUSPENSE esse filme é PSICOSE. O mais aclamado filme de SUSPENSE de todos os tempos.
Marion Crane, rouba a firma em que trabalha e foge para recomeçar sua vida. Uma tempestade a faz parar num hotel de beira de estrada, onde é recebida pelo estranho, porém afável, Norman Bates, que cuida do lugar. Quando Marion, desaparece, sua irmã e o amante decidem investigar.
A história é macabra, a fotografia é carregada, a trilha sonora é impactante, as atuações são pesadas, o enredo é tenso. Tudo faz de PSICOSE uma verdadeira obra prima de seu gênero.
A excelência do roteiro é inegável. Com uma trama envolvente, o filme nos carrega no colo, nos fazendo prender a respiração em meio ao seu desenrolar eletrizante. Nesse roteiro, ALFRED HITCHCOCK aposta de forma certeira em nos fazer de bobos, pois quando pensamos q a história irá ser sobre uma coisa (uma mulher fugitiva), termina sendo outra com um desenrolar completamente diferente, já nos pegando de surpresa. Aqui, o bem humorado ALFRED apresenta uma pegada bem mais séria e madura, repleta de diálogos profundos e doentios e personagens cuidadosamente bem construídos. O mistério que envolve o longa se torna envolvente e nos deixa completamente compenetrados.
O elenco é de se aplaudir de pé. MARTIN BALSAM está ótimo interpretando um detetive bastante competente com uma atuação cativante e bem trabalhada.JOHN GAVIN tem um desempenho muito bom como o amante de uma mulher desaparecida q parte a sua procura numa interpretação elegante e firme.VERA MILES ,representando uma mulher q pretende ir em busca de sua irmã desaparecida, está excelente, transmitindo todas as suas emoções para o público. JANET LEIGH está bábara encarnando uma ladra fugitiva apresentando um papel bastante expressivo, nos passando o desespero de seu personagem. A performace de ANTHONY PERKINS na pele de um gerente de hotel estranho e assustador está arrasadora nos envolvendo com sua presença dramática e profunda, esboçando a confusão e angústia de seu personagem.
Não existem palavras para descrever o quão maravilhosa é a clássica trilha sonora q almenta gradativamente o clima sufocante de tensão, formando a atmosfera inquietante do longa. Assim,a trilha eletrizante e estridente se tornou uma das mais famosas da história, imitada por várias gerações e se tornando uma das melhores de todos os tempos.
A fotografia é perfeita. A escolha do HITCHCOCK de fazer a película em preto e branco foi uma das mais geniais já feitas, pois a colorização condiz perfeitamente com o clima obscuro e carregado transmitido pelo diretor. PSICOSE é um filme perfeito para se assistir numa tarde fria e chuvosa. Assim os ângulos e efeitos de câmeras bem trabalhados, jutamente com a climatização do filme fica evidente. A fotografia carregada torna o seu estilo forte e sombrio formando a atmosfera inigualável proposta pelo cineasta.
ALFRED HITCHCOCK fez o seu filme mais famoso. Uma obra aclamada pelo público e pelos críticos. A direção firme se mostra na base de diálogos bem trabalhados e cenas famosas e inesquecíveis como a lendária cena do chuveiro e as passagens das revelações finais. O trabalho icônico do cineasta mantém um clima mórbido e cheio de reviravoltas. A história macabra permeia uma trama inteligente e muito bem elaborada, pois quando vc pensa q já sabe o seu desfecho, HITCHCOCK te surpreende com novas revelações. O gênio faz questão de apresentar um mistério envolvente e uma atmosfera de tensão sufocante, tornando PSICOSE uma película original e única.
O filme q deu a ALFRED HITCHCOCK o título definitivo de MESTRE DO SUSPENSE se mostra uma obra venerada q até hj impressiona pelo seu peso e sua inteligência. PSICOSE é uma obra prima da história do cinema. Uma pérola preciosa q com a sua maestria te faz ficar vidrado numa história poderosa. Um filme lendário.
Sem dúvidas, um dos melhores SUSPENSES da história.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraUM CORPO QUE CAI (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1958
CRÍTICA 38
A materialização da perfeição. O melhor filme de SUSPENSE de todos os tempos. O mestre do suspense alcançou o impossível numa história sinistra de amor e insanidade.
Passado em São Francisco, James Stewart interpreta um detetive com fobia de altura contratado por um homem para seguir sua esposa com tendências suicidas. Após resgata-la de uma tentativa de suicídio, ele fica obcecado pela bela e atormentada mulher.
O roteiro brilhante consegue mesclar romance e SUSPENSE e com um mistério avassalador, nos leva a embarcar numa trama doentia. Os diálogos fortes vão tomando um rumo abstrato conforme o desenvolvimento do longa vai passando. Repleto de cenas impactantes, o filme mostra toda a sua originalidade com reviravoltas e passagens de tensão em seu desenrolar q, juntamente com a sua história forte e surpreendente, consegue nos cativar dês de o começo. O enredo é contado de forma vagarosa e degustativa e o q impressiona é o peso atribuído ao seu desenrolar. Assim o roteiro do gênio ALFRED HITCHCOCK promove bastante tensão e inteligência.
O casal de atores principais tem uma ligação estantânea e forte com duas atuações complexas q se completam. KIM NOVAK interpreta uma bela mulher com tendências suicidas de forma magistral, pois é impressionante como ela desempenha um papel tão profundo de uma forma tão sentimental e expressiva numa personagem extremamente difícil já q NOVAK teve q mudar sua personalidade ao decorrer da película, mostrando todos os seus anseios e sentimentos numa atuação contemplativa e dramática. JAMES STEWART (o ator preferido do HITCHCOCK) está simplesmente perfeito como um detetive com fobia de altura q fica obcecado por uma mulher numa interpretação complexa e carregada q, com o passar do tempo, vai ganhando toques de insanidade. STEWART transborda emoções num personagem de personalidade forte e escolhido sob medida para o ator numa atuação delicada e expressiva. Esta q considero a performace de sua vida.
A trilha sonora maravilhosa embala as cenas de romance de forma poética e forte assim como as cenas de SUSPENSE dando um tom sinistro e carregado a seu desenrolar. A trilha estridente torna o filme mais sentimental e atribui um peso sem igual a suas cenas .
A fotografia inovadora situada numa climática São Francisco vai ficando mais escura e carregada com o passar do enredo. Tanto q no final á fotografia é extremamente sombria e claustrofóbica. O diretor experimenta ângulos criativos e efeitos surrealistas como a fantástica cena do pesadelo e a passagem das árvores. As filmagens elegantes dão ao longa um tom noir e a fotografia forte e pesada torna o filme estiloso e atmosférico.
ALFRED HITCHCOCK realiza, aqui, a sua obra prima. Uma história sinistra e doentia q com sua trama surpreendente envolve a todos q a assistem. O gênio testa uma fórmula nunca utilizada por ele antes( um enredo mais maduro e pesado). A obsessão entre os dois se tona cada vez mais doentia. A inteligência da película vai além, pois nesse SUSPENSE genial as reviravoltas são oq menos se esperam e o mistério é sombrio e sufocante. O cineasta fez o q talvez seja a sua obra mais sensível e o SUSPENSE crescente se torna realmente atrativo.
Mesmo com os críticos da época detestando o filme,UM CORPO QUE CAI conseguiu arrebatar platéias e gerações inteiras, conquistando milhares de fãs,se tornando um verdadeiro clássico cult. Uma obra atemporal. Uma prova da genialidade do ALFRED HITCHCOCK, O MESTRE DO SUSPENSE
UM CORPO QUE CAI É ,SEM DÚVIDAS,O MELHOR SUSPENSE DE TODOS OS TEMPOS !
O Homem Que Sabia Demais
3.9 258 Assista AgoraO HOMEM QUE SABIA DEMAIS (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1956
CRÍTICA 37
Um dos melhores filmes da carreira do ALFRED HITCHCOCK.Uma obra tensa e cativante com uma história arrebatadora e sem igual.
James Stewart e Doris Day têm um desempenho soberbo neste brilhante thriller de suspense realizado pelo inquestionável mestre. James Stewart e Doris Day encarnam Ben e Jo Mackenna, dois americanos inocentes que estão passando suas férias no Marrocos com o filho, Hank. Depois de um espião francês morrer nos braços de Ben no mercado de Marrakech, o casal descobre que o filho foi raptado e levado para a Inglaterra. Sem saberem em quem confiar, os Mackennas são envolvidos num pesadelo de espionagem internacional, assassinatos e terror. Muito em breve , suas vidas terão por um fio, à medida que se aproximam da verdade.
O roteiro fenomenal aposta em um dos temas q HITCHCOCK mais gosta ( o homem errado e onde os conflitos vão se tornando maiores). Com uma trama cuidadosamente desenvolvida,a bola de neve formada pelas situações cada vez maiores torna a história implacável. Uma boa idéia foi colocar alívios cômicos para descontrair. O mistério do filme te prende até o final numa história q vai tomando maiores proporções e ficando mais tensa a cada segundo com um roteiro inteligente e milimétricamente elaborado.
[/spoiler] O elenco está sensacional. DANIEL GELIN arrasa na pele de um espião misterioso se mostrando um homem cheio de segredos numa atuação elegante e forte. BERNARD MILES está ótimo como um espião q sequestra um garotinho com uma interpretação segura e firme, mostrando toda a frieza de seu personagem. BRENDA DE BANZIE está maravilhoza encarnando uma espiã q se vê obrigada a fazer coisas q n quer trabalhando muito bem com uma atuação bastante expressiva. DORIS DAY está perfeita como uma cantora q sofre por seu filho ser vitima de sequestro num trabalho bastante poético e dramático, esboçando todos os seus sofrimentos e angústia. JAMES STEWART está implacável como um pai de família em desespero por seu filho ter sido sequestrado com uma performace de tirar o fôlego, transbordando emoções. Não é a toa q é o ator preferido do ALFRED. CHRISTOPHER OLSEN trabalha mt bem como um garoto sequestrado num papel simpático, dizendo várias frases engraçadas( q o diretor sempre elabora para crianças)com uma desenvoltura impressionante. [spoiler]
A trilha sonora é bastante impactante com suas cenas de SUSPENSE, contrastando com as belas passagens musicais de DORIS DAY e da ópera, mas, mesmo assim, em momentos de pura tensão.
A fotografia está arrasadora, mudando de clima de acordo com as locações do longa( ampla e aberta na África, mas sombria e claustrofóbica na Inglaterra). É repleta de efeitos estarrecedores
[/spoiler]como na cena do assassinato do espião francês em q a câmera lenta foca e desfoca várias vezes na faca, dando maior peso a cena e na passagem da ópera quando as filmagens vão passeando pelo lugar mostrando todos os detalhes e atribuindo grande tensão na tentativa de assassinato[spoiler]
Aqui, ALFRED HITCHCOCK dirige com brilhantismo uma das obras primas da década de 50, pois com todo o seu perfeccionismo ele desenvolveu uma película arrasadora e repleta de tensão q, genialmente, consegue passar de um mistério intenso para cenas de perseguição e bastante SUSPENSE. A genialidade do diretor se mostra em diálogos bem feitos,passagens inteligentíssimas embalando uma trama repleta de reviravoltas
[/spoiler] e cenas memoráveis como a da ópera, a da morte do espião francês e a passagem musical de DORIS DAY no final[spoiler]
O HOMEM QUE SABIA DEMAIS é uma obra memorável. Um dos grandes clássicos do SUSPENSE. Atemporal e emocionante
O Terceiro Tiro
3.7 145O TERCEIRO TIRO (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1955
CRÍTICA 36
Um filme completamente fora de série. ALFRED HITCHCOCK aposta num SUSPENSE diferenciado e repleto de humor negro. Cativante do início ao fim.
O mestre do suspense, Alfred Hitchcock, dirige uma deliciosa comédia-mistério que se desenrola na Nova Inglaterra. O filme conta com as participações de John Forsythe, do vencedor do Academy Award® Edmund Gwenn, Mildred Natwick e do pequeno Jerry Mathers. Além disso, é importante lembrar que marca a estréia nas telas da vencedora do Academy Award® Shirley MacLaine. Qual é o problema de Harry em O Terceiro Tiro? Bem, é o fato de estar morto e, enquanto ninguém realmente se importa, todos pensam que são responsáveis depois do cadáver ser desenterrado várias vezes , surgir muito humor à la Hitchcock e romances entre os personagens principais.
O roteiro impressiona por ter uma pegada bem diferente dos outros do ALFRED. Com uma trama original q mescla humor e SUSPENSE, o longa é repleto de diálogos engraçadíssimos e bem elaborados. O q choca nas cenas é o humor negro fortíssimo empregado pelo sempre bem humorado HITCHCOCK e q , juntamente com os conflitos atribuídos ao seu desenrolar, torna a película de uma simpatia instantânea.
As atuações são mt boas e conseguem divergir humor, drama e SUSPENSE. EDMUND DWENN está perfeito como um engraçado caçador, numa atuação delicada e extremamente cuidadosa q , praticamente, define o clima q o enredo vai aderir. MILDRED NATWICK está maravilhosa representando um mulher q acha ter assassinado um homem com uma atuação firme e expressiva, conseguindo transpor todos os seus sentimentos. SHIRLEY MACLAINE como uma bela e jovem viúva está ótima numa interpretação doce e simpática. JOHN FORSYTHE arrasa na pele de um pintor q se envolve num possível assassinato, nos mostrando uma habilidade incrível de nos fazer rir e acompanha-lo nas decisões da trama, com uma performace presente e implacável. Créditos para JERRY MATHERS como um garotinho mt esperto q tem uma desenvoltura impressionante.
A trilha sonora é excelente, pois consegue surpreendentemente manter o clima de tensão ao mesmo tempo q mantém o de humor, mostrando uma eficiência sem igual.
O q mais chama atenção na fotografia competente são as belíssimas paisagens q cercam as locações, embalando as cenas com um toque mais leve e condizente com o clima do longa.
ALFRED HITCHCOCK detona com um SUSPENSE bem orquestrado. A inteligência inegável do diretor para criar situações se mostra aqui mais do q nunca, pois a todo o tempo novos conflitos aparecem formando uma bola de neve( característica do cineasta) e nos levando a uma solução surpreendente. Chama a atenção a forma como HITCHCOCK consegue nos enganar a medida em q novos culpados vão aparecendo e situações não são o q parecem ser. Os diálogos bem bolados se mostram desenfreados neste trabalho onde misterios e conflitos criativos( como o segredo do pedido ao milionario q só é revelado no fim e as várias vezes em q o túmulo é cavado e descavado) aparecem . O sempre brilhante ALFRED HITCHCOCK dirige uma história carregada de humor negro q diverte e cativa á todos com suas passagens inteligentes.
O TERCEIRO TIRO é uma obra envolvente q deve ser assistida por todos aqueles q curtem um bom SUSPENSE
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraJANELA INDISCRETA (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1954
CRÍTICA 35
Um emblemático filme q , com seu mistério envolvente, te leva a uma excitante história forte e intensa. Uma das obras mais famosas da carreira do ALFRED HITCHCOCK.
O filme conta com um SUSPENSE crescente e reprodutivo q com seu desenrolar, vai se tornando uma trama emocionante.
Quando o fotógrafo profissional J.B. "Jeff" Jeffries (James Stewart) se vê obrigado a permanecer numa cadeira de rodas com uma perna quebrada, nasce nele uma obsessão pela observação dos dramas privados dos seus vizinhos do outro lado do pátio. Quando suspeita que um vendedor possa ter assassinado a sua maçante esposa, Jeffries pede ajuda a sua deslumbrante namorada e socialite (Grace Kelly) e a sua experiente cuidadora (Thelma Ritter) para investigar a cadeia de acontecimentos altamente suspeitos... acontecimentos estes que, em última instância, levam a um dos finais mais inesquecíveis e arrebatadores da história do cinema.
O roteiro digno de aplausos permeia uma trama arrebatadora com um mistério cativante. Situada apenas em um lugar ( a vizinhança) , a película consegue prender a atenção apenas com os seus diálogos bem humorados e explosivos e suas cenas passadas de vizinho a vizinho, mostrando o estilo de vida de todos, além da tensão e suspeita q cerca o enredo. A originalidade da história é inegável, pois,a cada minuto,descobre-se coisas q n se esperavam, se tornando sem igual e até hj aclamada pelos críticos e públicos.
As atuações de todo o elenco(inclusive os vizinhos) estão perfeitas. THELMA RITTER está ótima como uma simpática cuidadora, esbanjando carísma com suas frases afiadas e seus alívios cômicos. WENDELL COREY trabalha mt bem na pele de um detetive q insiste em não acreditar no homicídio numa atuação firme e presente. RAYMOND BURR impressiona como um suspeito de assassinato numa interpretação forte e sinistra. GRACE KELLY está divina representando um socialite q faz de td para ficar com seu namorado, apresentando uma destreza impressionante com um trabalho leve, desenvolvendo perfeitamente as emoções de seu personagem. JAMES STEWART está arrasador como um fotógrafo q fica obcecado em espiar os vizinhos, mostrando muita personalidade com um papel forte numa performace de tirar o fôlego.
A fotografia fantástica é extremamente evolutiva e dinâmica, pois com as suas tão características câmeras compassadas, o estilo de filmagem q passeia pela vizinhança a mostrar o dia a dia dos vizinhos,se torna bastante atrativa. As cenas de tensão são sufocantes graças a elementos como o uso de câmeras e binóculos, deixando-as bastante claustrofóbicas. Assim a fotografia caprichada permeia toda a atmosfera de SUSPENSE do longa de uma forma implacável
A película é repleta de cenas de prender a respiração como as cenas finais e as passagens de mistério q permeiam a casa do vizinho, tornando-a única e inesquecível
ALFRED HITCHCOCK dirige brilhantemente um filme criativo e inteligente q , repleto de reviravoltas, promete deixar o público de cabelo em pé e com grandes idéias como acrescentar bastante humor e de mostrar paralelamente a vida de todos os vizinhos, variando entre cenas engraçadas( como a cama na varanda),tristes( como as passagens de solidão da SENHORITA CORAÇÃO SOLITÁRIO) e misteriosas (as cenas do suspeito). Outro bom toque hitchcockeano é o de mostrar o dia a dia típico das pessoas ( o músico reconhecido, a moça solitária, o casal recém-casado q chegam felizes ao apartamento, mas,com o tempo, começam a aparecer problemas no casamento, representando a tão utilizada pelo diretor, crítica ao casório, a bailarina desejada e muitas outras personalidades diferentes q se completam), além de acrescentar o mistério do assassino, nos passando a mensagem assustadora de q em toda vizinhança,o perigo pode ser eminente. A direção firme do HITCHCOCK n deixa pontas soltas de maneira alguma, pois em uma trama bem amarrada, o filme é repleto de suspense e tensão.
O cineasta nos presenteia com uma obra emocionante q, com um sucesso de públicos, arrebatou platéias e até hj continua atemporal .
JANELA INDISCRETA foi um grande marco no cinema. Com certeza, uma das obras inesquecíveis do mestre do SUSPENSE.
Festim Diabólico
4.3 883 Assista AgoraFESTIM DIABÓLICO (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1948
CRÍTICA 34
Uma obra prima. O filme mais tenso do ALFRED HITCHCOCK. Um dos SUSPENSES mais fortes de todos os tempos.
As idéias macabras do mestre do SUSPENSE se superam num filme pesado e corrosivo.
Estrelando JAMES STEWART , FARLEY GRANGER e JOHN DALL num thriller intenso inspirado no caso real dos assassinos Leopold e Loeb. GRANGER e DALL oferecem performances fascinantes nos papéis de dois amigos que estrangulam um colega de turma para experimentar emoções fortes e depois organizam uma festa para a família e amigos da vítima com o corpo dentro de um caixão que usam como mesa do bufê. À medida que os assassinos levam a conversa para o tema da execução do crime perfeito,um antigo professor ( STEWART) torna - se cada vez mais desconfiado. Assim, embarcando de forma arrepiante, numa fascinante incursão ao macabro dirigida por HITCHCOCK.
O roteiro perfeito nos leva a adentrar na trama envolvente do longa com cenas e diálogos excitantes e mt bem elaborados. Os diálogos feitos pelo brilhante diretor, deixa o enredo forte e carregado. A eficiência do desenvolvimento é inegável, já q, sendo rodado apenas em uma casa, apenas a base de diálogos, mistério e inteligência, o longa n se torna cansativo, mas sim, intrigante.A forma como os assassinos dão as suas alfinetadas e provocações é genial
[/spoiler]como fazendo o jantar sobre a caixa onde o morto está, convidar os pais e a namorada da vítima, amarrar um pilha de livros com a corda com a qual matou o rapaz e outras coisas[spoiler]
As atuações magnificas são por parte de todo o elenco(CEDRIC HARDWICKE,JOAN CHANDLER, CONSTANCE COLLIER, EDITH EVANSON e DOUGLAS DICK estão ótimos). A dupla de atores principais se completam de uma forma impressionante. FARLEY GRANGER está sensacional como PHILLIP, um estudante q , junto com seu amigo, resolve assassinar um colega numa atuação sem defeitos, esboçando todo o seu sofrimento e desespero de uma forma bastante evolutiva, nua representação forte q demonstra todas as suas emoções. JOHN DALL está brilhante na pele de BRANDON, um estudante com uma mente sádica, interpretando um verdadeiro psicopata numa peformace carregada e repleta de frieza, chegando a ser amedrontadora. Simplesmente sem igual. JAMES STEWART( o ator preferido do HITCHCOCK)está arrasador como um professor filósofo e observador, transpondo as suas pretenções num desempenho firme, profundo e mítico. Inesquecível.
Uma grande prova da competência do cineasta é a de q mesmo com DAVID(a vítima) n tendo aparecido no resto da película, o seu personagem foi bem construído apenas por meio de conversas sobre ele, nos permitindo formar a sua personalidade.
Um grande acerto foi o de não colocar trilha sonora,tornando o filma mais cru,contribuindo para o realismo e a tensão das passagens, fazendo com q o público adentre fortemente no enredo.
O primeiro filme em cores do diretor apresenta uma fotografia avassaladora, pois, praticamente sem cortes, o longa demonstra efeitos de filmagem sem iguais como o de passear a câmera calmamente pelo cenário, tornando as cenas extremamente dinâmicas. O perfeccionismo da fotografia é mostrado ao criar cenas icônicas
[/spoiler]como quando BRANDON vai guardar a corda na gaveta e o movimento de vai e vem da porta mostra todo o ato, a passagem em q o professor reproduz o crime e a filmagem vai acompanhando sua teoria( simplesmente incrível) e outras[spoiler]
A direção do ALFRED HITCHCOCK é lendária com o seu estilo característico. Aqui, ele mostra o seu lado doentio. A obra impactante conta com cenas bastante expressivas. O sadismo do filme se mostra por exemplo,
[/spoiler]quando vemos o pai da vítima perguntando pelo filho, despertando pena e comoção e na crueldade e frieza dos assassinos[spoiler]
FESTIM DIABÓLICO é uma sensacional história de crueldade q te faz pensar nos limites do ser humano . Um grande clássico do mestre do SUSPENSE q , até hj , consegue nos puxar pelo pé.
Um dos filmes q marcaram a história do cinema.
Sabotador
3.6 75 Assista AgoraSABOTADOR (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1942
CRÍTICA 33
O mestre do SUSPENSE mostra a q veio em um filme inteligente, tenso e bem elaborado. Uma história com um desenvolvimento sem igual .
O excitante thriller do tempo de guerra, realizado por Alfred Hitchcock em 1942, estrelando Robert Cummings no papel de operário de uma fábrica de aviões de Los Angeles que testemunha o bombardeamento da fábrica por um agente Nazista. Durante a mortífera explosão, o melhor amigo de Cummings morre e ele próprio é erroneamente acusado de sabotagem. Para limpar o seu nome, Cummings inicia uma inexorável perseguição através do país
O roteiro fantástico inicia de um simples ato de deixar correspondências caírem até a descoberta de um grande antro de espionagem alemão, tudo atribuído ao desenrolar perfeito do enredo q vai tomando proporções maiores a cada minuto (no genuíno estilo de ALFRED HITCHCOCK). Os diálogos inteligentíssimo constroem o desenvolvimento do longa e as cenas de tensão e reviravoltas são bastante envolventes. Os conflitos e desavenças q permeiam a trama são extremamente bem elaborados se tornando maiores e mais complexos assim como as soluções bem pensadas atribuídas á eles como ajudas em sua trajetória e grandes escapadas. O enredo tem um SUSPENSE crescente q prende a atenção e assim, o roteiro forte e inteligente é formado por cenas e diálogos de tirar o fôlego
A atuação de OTTO KRUGER está perfeita como um chefe de espionagem nazista, transmitindo a frieza de um verdadeiro vilão com uma interpretação firme e irônica. PRICILLA LANE está ótima como uma modelo q por acaso entra numa conspiração internacional, trabalhando mt bem em um papel q começa dando nos nervos(pela insistência em não colaborar) e no final parece bem mais maduro numa atuação bombástica. ROBERT CUMMINGS tem uma performace arrasadora na pele de um operário q está sendo acusado de sabotagem deixando transbordar sua dramaticidade num papel aparentemente simples( um humilde operário) q vai se tornando bastante complexo( um envolvido nos planos nazistas), colocando todos os seus sentimentos em jogo. Assim,todo o elenco do filme é monstro.
A trilha sonora é extremamente versátil, pois em cenas de amor e que mostram a bondade dos seres humanos, sua melodia é bela e emotiva, dando uma sensação de ternura, já nas cenas de perseguições e SUSPENSE, a trilha é forte e impactante, embalando as diversas passagens do longa com total eficiência.
A fotografia sensacional é mt perfeccionista e sua construção é bem feita com cenas como a do incêndio e a da estátua da liberdade, além de ser extremamente elegante com seu tom em preto e branco repleto de focos cuidadosos. Outro bom truque foi o de climatizar a película como, por exemplo, deixando as cenas no interior mais leves e ao chegar em Nova York o clima fica mais carregado e nas cenas tensas, deixando o estilo mais fechado e pesado, dando uma sensação de desespero como a do cinema e no navio . A fotografia ágil torna a obra estilosa, inegavelmente sombria e acolhedora.
ALFRED HITCHCOCK da um show. Aqui, o mestre do SUSPENSE nos presenteia com uma história inteligente e envolvente. Mesmo com o seu tão criticado teor patriótico exagerado, na minha opinião,a nacionalização está completamente coerente com a época em q a película foi lançada( em plena a segunda guerra mundial), onde o sentimento nacional estava no auge. O diretor apresenta um SUSPENSE impactante q, a cada momento, vai se tornando maior e mais hostil até o seu ápice( a fantástica cena da estátua da liberdade). Com passagens interessantíssimas como a do salão de dança( em q ele tenta avisar a todos do perigo) e a do cinema( quando ocorre uma perseguição agitada e bem pensada), HITCHCOCK dirigiu um filme bem elaborado e icônico. Assim, o cineasta faz uma obra prima da época do cinema de ouro.
SABOTADOR é uma obra perfeita q te leva a pensar e a todo momento, torcer pelos personagens, deixando a trama mais emocionante. Um película apaixonante e magistral q com toda sua tensão, leva ao delírio os fãs do ALFRED HITCHCOCK
Um clássico imperdível !
Chantagem e Confissão
3.7 59 Assista AgoraCHANTAGEM E CONFISSÃO (SUSPENSE)
ALFRED HITCHCOCK
1929
CRÍTICA 32
Um filme arrasador e histórico(por ter sido o primeiro filme britânico falado). CHANTAGEM E CONFISSÃO é inteligente e forte. Um SUSPENSE genial !
Após matar acidentalmente um pintor que tentava estupra-la, uma mulher e seu noivo, q é o policial encarregado das investigações,tentam encobrir o crime, mas passam a ser chantageados por um homem q testemunhou o homicídio.
Com um roteiro de tirar o fôlego, a trama aposta num enredo onde o clima pesado prevalece. Os diálogos fortes(disparados como balas) torna o longa coesivo e eficiente, ainda sobrando espaço para aquele humor negro o qual ALFRED HITCHCOCK tanto gosta. As cenas são extremamente bem elaboradas e constroem uma história pesada e tensa. O roteiro maravilhoso permeia uma trama inteligente, tensa e envolvente.
Todo o elenco está espetacular. CYRIL RITCHARD está ótimo como um charmoso pintor q tenta estuprar uma mulher com uma interpretação elegante q com toques de insanidade, está mt bem trabalhada. JOHN LONGDEN está imbatível na pele de um detetive da Scotland Yard com uma atuação forte e com personalidade, nos mostrando com realismo o problema q ele se envolve numa representação excepcional. ANNY ONDRA está maravilhosa representando uma bela mulher q mata acidentalmente um homem q tentava estupra-la numa atuação avassaladora nos transmitindo toda a sua aflição e desespero com um desempenho espetacular. DONALD CALTHROP como um malandro chantagista está perfeito , pois com sua performace esplêndida, ele consegue nos fazer sentir vontade de mata-lo e no final, pena. Assim,CALTHROP nos apresenta um vilão cínico e asqueroso q com suas expressões teatrais, se tornou a grande estrela do filme.
A sonoplastia é arrasadora já q, o primeiro filme falado do Reino Unido faz questão de "passar na cara" o novo recurso por meio de passagens como cantos de pássaros insistentes, buzinas a todo o momento e até um número musical no piano, esbanjando o novo efeito técnico. A trilha sonora é excelente, aumentando o clima de suspense por meio da tensão proposta pela trilha.
A fotografia da um show com cenas mt bem planejadas e criativas( aqui HITCHCOCK começa a caprichar em suas criativas fotografias), pois com cenas estilosas como a
[/spoiler]representação do passar do tempo por meio do cigarro se tornando cinzas , a da tentativa de estupro seguido de assassinato com o pano balançando incessantemente até parar(sinalizando a morte do pintor) , a eficiência em mostrar a cinzenta e elegante Inglaterra, a passagem da procura do suspeito no formulário(tornando a cena divertida e ágil), a divisão do cenário para formar um diálogo(enquanto a principal prova um vestido) , a forma como se originou uma pintura de apenas um ponto e muitos outros efeitos estilosos[spoiler]
A direção perfeita do ALFRED HITCHCOCK apresenta uma criatividade impressionante. Com cenas inteligentes e tensas (como a do assassinato e a fantástica perseguição final), a película constrói um incessante clima de tensão. Um grande truque do cineasta foi o humor negro e a inteligência de cenas como [spoiler][/spoiler] quando houve o assassinato e tudo a faz lembrar do caso (dês de letreiros até facas de cozinha e o diálogo icônico em q a palavra faca é repetida várias vezes, aumentando o peso em sua consciência). Outra grande idéia do diretor foi a de colocar as primeiras cenas mudas como um filme comum q de repente apresenta sonoplastia e seus atores começam a falar(da para imaginar a reação do público neste momento histórico nos cinemas da época).O argumento da obra é ótimo, pois com um SUSPENSE crescente, HITCHCOCK cria uma história forte q te consegue conquistar de primeira. O mestre do SUSPENSE realiza uma de suas obras mais importantes
CHANTAGEM E CONFISSÃO é um dos SUSPENSES mais originais q já vi q com uma trama q te puxa pelo pé, a obra polêmica se torna uma das melhores da carreira do ALFRED HITCHCOCK , pois com uma lição suja de q n existe nigm inocente, CHANTAGEM E CONFISSÃO, além de seu valor histórico, apresenta uma história inteligente e tensa. Com certeza um grande clássico do SUSPENSE.
O Ilhéu
3.5 23O ILHÉU (DRAMA)
ALFRED HITCHCOCK
1928
CRÍTICA 31
"Q vantagem teria um homem se ganhasse o mundo inteiro e perdesse sua alma?". Com essa frase começa o emblemático O ILHÉU, um dos melhores filmes da história do cinema mudo.
PETE, um pobre peixeiro e PHILLIP, um advogado são grandes amigos. Mas essa amizade começa a balançar quando PETE se apaixona por KATE. O pai dela acha que ele não é um bom partido para casar com sua filha. PETE sai em busca de mais dinheiro e pede para PHILLIP cuidar da moça enquanto está fora. O problema é q os dois também se apaixonam.
O roteiro arrasador é repleto de cenas dramáticas, tornando seu enredo emotivo e colossal. As cenas demoradas dão espaço para os atores mostrarem a q vieram. A trama muito bem desenvolvida, mesmo sendo da década de 20, está completamente fora do clichê e seus diálogos são extremamente precisos e dramáticos. Assim o roteiro consegue te prender, tornando o seu enredo bastante argumentativo e sua trama apaixonante.
O trio principal está perfeito. O cinema mudo com suas atuações melódicas e teatrais nos presenteia neste filme.MALCOLM KEEN como PHILLIP, um advogado q fica entre o amor e a amizade está esplêndido. expondo a pressão q cerca seu personagem de tal forma q nos induz a constantemente, nos por em seu lugar numa interpretação firme e sentimental. CARL BRISSON( o eterno sofredor traído) está espetacular na pele de PETE , um peixeiro q sobe na vida para conseguir o amor de sua amada, transbordando inocência e com uma atuação teatral e dramática, permeia o seu sofrimento de forma infalível. Mas quem rouba a cena é ANNY ONDRA como KATE, uma bela mulher q fica entre o amor de dois homens com uma performance maravilhosa, mudando sua atuação de uma menina doce e feliz( esbanjando carisma) para uma mulher triste e amarga( nos apresentando angustia e infelicidade), esboçando uma transformação perfeita com toques extremamente dramáticos em uma atuação sem igual.
A trilha sonora é fenomenal, aumentando o clima dramático o qual suas cenas precisam, embalando a película em passagens de amor e ternura.
A fotografia é excelente dando o toque "interiorano" q o ambiente da ilha(onde a história se passa)pretende passar. Assim as belas paisagens e o estilo amplo deixa o romance belo e climático.
ALFRED HITCHCOCK é digno de aplausos, neste q eu considero um de seus melhores da fase muda. A direção expressiva do diretor é detalhista e faz questão de q o amor de PETE por KATE seja crescente e o de KATE por PETE se extingua gradativamente, fazendo com q o público "exploda" com a relação do casal. Outro grande truque da película é o de fazer apenas o telespectador saber do caso entre PHILLIP e KATE querendo avisar a todo o tempo para PETE não se decepcionar. A película de amor e traição é infalível. Aqui, HITCHCOCK faz um grande DRAMALHÃO . Uma história emocionante
O ILHÉU é uma verdadeira obra prima . Um item q não pode faltar na sua coleção.