Maicon Fagundes

Que filme, que mulher!

Pareceu um Dracula de Bram Stocker remixado com Tim Burton. A cartela de cores é bastante pulsante e didática, e os figurinos são extravagantes em demasia. As atuações são de fazer qualquer novela mexicana parecer um folhetim naturalista. O enredo em si é beeeeeem previsível, se não tivesse cenas de sexo/incesto e algumas doses de violencia acreditaria ser um filme voltado para o público infanto/juvenil. Porém com toda essa sucessão de erros eu gostei do filme, dos seus exageros e do meio para o final eu fiquei realmente apreensivo. Se tivesse sido feito com menos verba e com atores desconhecidos poderia se tornar um clássico trash daqui 20 anos. Algo que provavelmente não vai acontecer!

A história provavelmente tinha muitos detalhes e se percebe no decorrer do filme uma certa pressa em contar todos eles, também achei ruim ter vários núcleos distintos e cada um deles apesar de estarem no mesmo enredo tem suas particularidades o que alongou ainda mais o filme. Acredito que se tivessem focado mais no enredo central que era o da Becky e superficalmente os demais a história iria fluir melhor e iria encurtar o filme (o que com certeza iria deixa-lo menos maçante.