Fofo em algumas das histórias, terrivelmente reforçador de esterótipos sexistas em outras. O clima de amor natalino pode te dar algum sorriso no rosto vendo isso, se você desligar (bastante) o cérebro.
O desgraçado que inventou o subgênero "Adolescentes apaixonados em estado terminal" é um gênio. Um babaca explorando o sofrimento alheio, provavelmente, mas um gênio.
Por um lado, é apelativo e corre o risco de romantizar umas doenças bem sérias (vide a irresponsabilidade que foi "13 Reasons Why" ou o mais sutil "Como eu era antes de você", que apesar de ser um filme ok passa uma mensagem babaca sobre como lidar com a vida de tetraplégico). Por outro, salvas as devidas proporções, traz um ou outro filme que aborda os temas com alguma sutileza, como é o caso de "A Culpa é das Estrelas" e esse um pouco melhor "A cinco passos de você". São clichês e previsíveis, mas gostosos de assistir.
O filme usa bem do artifício da distância que eles têm que manter e apesar de uma ou outra incoerência, funciona muito bem pra aumentar a química entre os atores. Destaque para o Zaquicodi, que está muito bem e a menina eu não conhecia, mas também conseguiu cativar.
Outro ponto alto é a trilha sonora, me ganhou com Daughter e aquele "Wait" do M83.
Mas fica a reflexão: até que ponto é interessante usar a vida de jovens nessa situação como mote pra fazer um filme comercial de romance adolescente? É ético? Romantiza o sofrimento? É representativo? Ajuda a ter empatia com os doentes e deficientes da nossa sociedade?
Apesar do ótimo elenco e das boas discussões que pode trazer sobre as diferenças de idade nos relacionamentos (pensei logo na nova companheira do Keanu Reeves que foi rechaçada por ser """"velha""""), o filme não prende e o triângulo amoroso muitas vezes não funciona.
Só imagino o trabalho da galera de VFX pra fazer a cena no cabo parecer real. Que agonia. Agora, o Joseph Gordon-Levitt com esse sotaque falso francês incomoda que só. Custava escalar um francês?
Muito bom ver a Melissa McCarthy fora de um filme de comédia, além do "esterótipo de gordinha engraçada" que cresci vendo. Adoro como o filme faz a gente se afeiçoar por ela, mesmo sendo grossa e criminosa.
Roteiro bem austeniano, acompanhado por uma ambientação, figurinos e fotografia imersivos, me senti num romance do século XIX. Deu vontade de me mudar pro meio do nada e abrir uma livraria, pena que até o filme concorda que esse idealismo ingênuo no máximo planta umas sementes (mas, ei, a gente consome e divulga arte pra isso, né?)
Ritmo bom, mas nada muito inovador dentro do gênero, a trama é previsível. Gosto do clima de mistério, a fotografia também é um ponto forte. E traz uma boa discussão sobre culpa. Não é memorável, mas vale ver.
Que porrada na cara. Pra ficar um bom tempo pensando em como somos cada vez mais personagem e produto dessas grandes corporações. Mais material pra discussão do que muito scifi por aí.
A cena do cinema diz tudo. Até ali, eu o achava um pertubado e estava enojado com o filme por tanta crueldade sem nexo. Porra, ele vive em uma sociedade que banaliza a violência, se excita com estupro e assiste o feminicídio sem esboçar uma reação, sem questionar, blasée, vendo o filme como passando reto por uma notícia de jornal. Todo mundo ali é igual a ele, ele só é o único que assume quem é.
Entendi também que o filme é uma crítica ao fetiche do homem pela violência, pela morte, pela guerra, escancarado e metaforizado pela materialização desses elementos, com o cara se banhando com o sangue, literalmente transando com o cadáver, etc.
E se o cara perceber que ficou tão insensível a ponto de só sentir tesão ao matar a mulher (e daí dá pra falarmos de como a indústria pornográfica se reflete nos desejos masculinos, na cultura do estupro, na cultura incel, etc), mais incrível ainda é a escolha do autor por mostrar que a única coisa que o excita mais que tudo é o suicídio, a autodestruição. Volto à guerra, à bomba nuclear, reparando que o filme ocorre ainda na Guerra Fria. E quando o homem se autodestruir e levar consigo toda sua crueldade, a natureza vai renascer, se recriar e a ordem vai se reestabelecer.
Que lição de sabedoria e amor próprio. Gosto muito de como a personagem enfrenta as suas inseguranças e "se põe no mundo", "lá fora", mesmo sem saber muito bem o que é esse "lá fora".
Não preciso nem falar que a escolha do elenco é um óbvio acerto, em contraponto a toda adultificação e sexualização que os filmes americanos promovem há eras escalando atores 10 anos mais velhos e mais gostosos que pessoas reais. Esse é um filme sobre sentimentos reais, nada mais justo que escalar pessoas que correspondem à realidade.
O pai é outro acerto singelo. A cena na fogueira é de partir o coração, ter esse tipo de correspondência emocional com os pais é, provavelmente, um dos desejos mais comuns e mais difíceis de se realizar na adolescência; e imagino que para os pais, ter a chance de mostrar que os amam sem invadir seu espaço também é uma barreira enorme que muita família acaba sem resolver. O filme parece dar um empurrão para todos nós olharmos uns pros outros e enxergarmos os próximos de outra forma.
Temi que o filme caísse para um lado mais pesado na cena do carro, mas felizmente não o faz. Embora seja realidade que o pior muitas vezes acontece, o desfecho e a discussão do filme seria completamente outro se tivesse seguido por esse caminho, e o trauma instaurado ali foi o suficiente para dar ao tema a relevância que merece, sem torná-lo o centro da obra.
E pra sempre lembrar: "Você não pode ser corajoso a menos que fique com medo."
Então, além da adolescência, tenhamos medo, tenhamos inseguranças e choremos quando necessário, porque só assim a gente vai crescer, como a Kayla fez.
Início e meio bem qualquer coisa, até cochilei, mas que final foi esse? Doideira total, uns monstros cada um melhor que o outro, diversão pura. E a mensagem final então?
Que série! Não lembro de ter visto algo parecido, tão sincero, tão real, tão firmado no cotidiano mas ao mesmo tempo tão longe da banalização que a gente atribui a essa palavra.
Acho muito legal os arcos que eles concluem aqui: do cartunista, que aprende a se relacionar e enxergar um pouco melhor o peso do trabalho dele e dos sentimentos dos outros; da moça de 38 anos que quer encontrar alguém e consegue isso no parceiro de trabalho; mas principalmente os episódios da Andi e do Kyle, nunca pensei que uma cena de quase meia hora de conversa entre um casal poderia ser tão tocante. Ali é onde o tema da série fica mais explícito do que nunca: se relacionar não é fácil, sentimentos não são fáceis, a vida adulta é difícil, dura e triste - e a gente só queria um colo no fim do dia, mesmo que as coisas não sejam mais das formas que a gente quer (e elas nunca são).
Gosto muito de como esses momentos acontecem em tempo real, sem ignorar as pausas, hesitações e dificuldades de dialogar que por vezes os filmes e séries aceleram para chegar na próxima cena ou episódio. A série É sobre todas essas dificuldades, então nada mais acertado que expor essa agonia, como no último episódio, em que a menina fica um minuto parada sem saber o que falar ao ex durante uma discussão de relacionamento e futuro e afins.
Se realmente foi a última, vai deixar saudades. Quem tiver recomendações de mais obras nesse estilo, estou aceitando.
Filme emotivo, gostoso de assistir e, embora muito inferior aos outros, é um fim relativamente digno para os personagens. Agora, precisamos falar sobre uma coisa:
A trama toda do primeiro filme é sobre o conflito entre vikings querendo matar dragões vs. o menino que não queria matar dragões, tendo o pai do Soluço como principal representante desse primeiro grupo. A história é sobre mudar a forma como a sociedade pensa, de "Devemos matar dragões" para "Podemos viver em harmonia com eles". E, de repente, aqui nesse filme, temos flashbacks do pai do Soluço contando que existia uma ilha onde ele sonhava que dragões e humanos podiam viver em paz? Mas ele não era absolutamente contra essa ideia? Agora que morreu, de repente virou bonzinho? E pior, é a busca dessa ilha que move todo esse terceiro filme. Enfim, esse retcon foi ridículo e desrepeita uma trilogia que até aqui estava muito coesa e podia ficar perfeita do início ao fim, mas fizeram essa lambança.
"Se eu não me jogar, promete que eu vou ser feliz?" "O quê? É claro que não! Ninguém pode prometer isso. Mas posso prometer que você não vai estar sozinho." <3
Show, quero ver agora explicar pra polícia como sumiu uma criança e tem uma tia morta no meio da casa. As gravações do psicólogo são péssimas evidências, só dá pra inferir que a menina tinha transtorno mental e é isso. Agora vão perder a guarda da criança, vai todo mundo preso e fica por isso mesmo, toda a jornada vai pro saco.
Aliás, por que diabo o pai das meninas levou elas pra cabana e queria se matar? Quem é a mãe biológica das crianças?
Enfim, são só alguns pontos que ficaram sem respostas num filme promissor, mas que parece ter se jogado de um penhasco no meio do caminho.
Curto, roteiro simples, mas toca com sutileza em assuntos pesados. Bom equilíbrio de drama e fofura. O trabalho de animação está lindo e dá uma identidade bem singular à obra.
entendi que os aliens queriam ser a raça hegemônica no planeta, mas não queriam exterminar a raça humana, apenas reduzi-la a um tamanho ínfimo. Entretanto, para a raça não ser extinta é preciso que haja uma maioria de fêmeas e crianças, já que são esses que garantem a sobrevivência da espécie. Como fazer essa seleção?Bem, em uma situação de calamidade em que um povo ou uma tribo veja sua extinção como inevitável, é justamente as mulheres e as crianças que eles vão salvar, para preservar a geração seguinte e porque um homem pode engravidar várias mulheres, enquanto ter apenas uma mulher para vários homens faria nascer apenas uma criança a cada 9 meses e em tempos de guerra, não teríamos tempo pra isso se quiséssemos a sobrevivência da espécie. Não vivemos tempos de guerra ou invasões, mas imagino que instintivamente essa lógica permaneça em nós, por uma herança da forma que nossos antepassados pensavam. Creio que os aliens, nos estudando, viram que na maioria das situações nos comportaríamos assim e colocaram os humanos em círculos para fazer essa trabalho de seleção já previamente calculado.
Achei péssimo colocarem a história do Jason e da mãe no final da história, sem ter nenhuma ligação com nada do que rolou no filme desde o início (só comentavam que tinha histórias de assassinatos e acidentes, sem criar expectativas sobre a trama do assassino do filme.) Inclusive pareceu muito uma espécie de Psicose reverso, colocando a mãe fazendo os dois papéis, dela e do filho (não tão) morto. Fora a trilha sonora parecidíssima.
É um thrash cheio de clichês que a gente já espera (a ponto de a gente nem por confiança em ninguém ali), mas a proposta do filme meio que é essa, então não tem muito o que fazer. Felizmente, a maquiagem e algumas cenas de assassinatos e sustos me surpreenderam de forma positiva. As atuações não. As atuações são horrorosas.
E tem a pior luta entre mulheres que eu já vi no cinema. É de rir ( o que foi aquela cabeça sendo cortada? Hahahah), mas infelizmente é facilmente fomentadora de estereótipos.
Excelente. Junto a Persépolis, é uma mostra do como a animação consegue ser um ótimo caminho pra retratar e desmitificar a realidade de países do Oriente Médio.
Simplesmente Amor
3.5 889 Assista AgoraFofo em algumas das histórias, terrivelmente reforçador de esterótipos sexistas em outras. O clima de amor natalino pode te dar algum sorriso no rosto vendo isso, se você desligar (bastante) o cérebro.
A Cinco Passos de Você
3.6 514 Assista AgoraO desgraçado que inventou o subgênero "Adolescentes apaixonados em estado terminal" é um gênio. Um babaca explorando o sofrimento alheio, provavelmente, mas um gênio.
Por um lado, é apelativo e corre o risco de romantizar umas doenças bem sérias (vide a irresponsabilidade que foi "13 Reasons Why" ou o mais sutil "Como eu era antes de você", que apesar de ser um filme ok passa uma mensagem babaca sobre como lidar com a vida de tetraplégico). Por outro, salvas as devidas proporções, traz um ou outro filme que aborda os temas com alguma sutileza, como é o caso de "A Culpa é das Estrelas" e esse um pouco melhor "A cinco passos de você". São clichês e previsíveis, mas gostosos de assistir.
O filme usa bem do artifício da distância que eles têm que manter e apesar de uma ou outra incoerência, funciona muito bem pra aumentar a química entre os atores. Destaque para o Zaquicodi, que está muito bem e a menina eu não conhecia, mas também conseguiu cativar.
Outro ponto alto é a trilha sonora, me ganhou com Daughter e aquele "Wait" do M83.
Mas fica a reflexão: até que ponto é interessante usar a vida de jovens nessa situação como mote pra fazer um filme comercial de romance adolescente? É ético? Romantiza o sofrimento? É representativo? Ajuda a ter empatia com os doentes e deficientes da nossa sociedade?
Alguém Tem Que Ceder
3.4 474 Assista AgoraApesar do ótimo elenco e das boas discussões que pode trazer sobre as diferenças de idade nos relacionamentos (pensei logo na nova companheira do Keanu Reeves que foi rechaçada por ser """"velha""""), o filme não prende e o triângulo amoroso muitas vezes não funciona.
E que sacanagem trocar o Keanu Reeves gente boa pelo personagem egoísta e desagradável do Nicholson... Mas cada um com seu cada um...
A Travessia
3.6 612 Assista AgoraSó imagino o trabalho da galera de VFX pra fazer a cena no cabo parecer real. Que agonia. Agora, o Joseph Gordon-Levitt com esse sotaque falso francês incomoda que só. Custava escalar um francês?
Poderia Me Perdoar?
3.6 266Muito bom ver a Melissa McCarthy fora de um filme de comédia, além do "esterótipo de gordinha engraçada" que cresci vendo. Adoro como o filme faz a gente se afeiçoar por ela, mesmo sendo grossa e criminosa.
A Livraria
3.6 218 Assista AgoraRoteiro bem austeniano, acompanhado por uma ambientação, figurinos e fotografia imersivos, me senti num romance do século XIX. Deu vontade de me mudar pro meio do nada e abrir uma livraria, pena que até o filme concorda que esse idealismo ingênuo no máximo planta umas sementes (mas, ei, a gente consome e divulga arte pra isso, né?)
Pássaro do Oriente
3.1 180Ritmo bom, mas nada muito inovador dentro do gênero, a trama é previsível. Gosto do clima de mistério, a fotografia também é um ponto forte. E traz uma boa discussão sobre culpa. Não é memorável, mas vale ver.
O Congresso Futurista
3.9 295 Assista AgoraQue porrada na cara. Pra ficar um bom tempo pensando em como somos cada vez mais personagem e produto dessas grandes corporações. Mais material pra discussão do que muito scifi por aí.
Nekromantik
2.9 236A cena do cinema diz tudo. Até ali, eu o achava um pertubado e estava enojado com o filme por tanta crueldade sem nexo. Porra, ele vive em uma sociedade que banaliza
a violência, se excita com estupro e assiste o feminicídio sem esboçar uma reação, sem questionar, blasée, vendo o filme como passando reto por uma notícia de jornal. Todo mundo ali é igual a ele, ele só é o único que assume quem é.
Entendi também que o filme é uma crítica ao fetiche do homem pela violência, pela morte, pela guerra, escancarado e metaforizado pela materialização desses elementos, com o cara se banhando com o sangue, literalmente transando com o cadáver, etc.
E se o cara perceber que ficou tão insensível a ponto de só sentir tesão ao matar a mulher (e daí dá pra falarmos de como a indústria pornográfica se reflete nos desejos masculinos, na cultura do estupro, na cultura incel, etc), mais incrível ainda é a escolha do autor por mostrar que a única coisa que o excita mais que tudo é o suicídio, a autodestruição. Volto à guerra, à bomba nuclear, reparando que o filme ocorre ainda na Guerra Fria.
E quando o homem se autodestruir e levar consigo toda sua crueldade, a natureza vai renascer, se recriar e a ordem vai se reestabelecer.
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraQue lição de sabedoria e amor próprio. Gosto muito de como a personagem enfrenta as suas inseguranças e "se põe no mundo", "lá fora", mesmo sem saber muito bem o que é esse "lá fora".
Não preciso nem falar que a escolha do elenco é um óbvio acerto, em contraponto a toda adultificação e sexualização que os filmes americanos promovem há eras escalando atores 10 anos mais velhos e mais gostosos que pessoas reais. Esse é um filme sobre sentimentos reais, nada mais justo que escalar pessoas que correspondem à realidade.
O pai é outro acerto singelo. A cena na fogueira é de partir o coração, ter esse tipo de correspondência emocional com os pais é, provavelmente, um dos desejos mais comuns e mais difíceis de se realizar na adolescência; e imagino que para os pais, ter a chance de mostrar que os amam sem invadir seu espaço também é uma barreira enorme que muita família acaba sem resolver. O filme parece dar um empurrão para todos nós olharmos uns pros outros e enxergarmos os próximos de outra forma.
Temi que o filme caísse para um lado mais pesado na cena do carro, mas felizmente não o faz. Embora seja realidade que o pior muitas vezes acontece, o desfecho e a discussão do filme seria completamente outro se tivesse seguido por esse caminho, e o trauma instaurado ali foi o suficiente para dar ao tema a relevância que merece, sem torná-lo o centro da obra.
E pra sempre lembrar: "Você não pode ser corajoso a menos que fique com medo."
Então, além da adolescência, tenhamos medo, tenhamos inseguranças e choremos quando necessário, porque só assim a gente vai crescer, como a Kayla fez.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KInício e meio bem qualquer coisa, até cochilei, mas que final foi esse? Doideira total, uns monstros cada um melhor que o outro, diversão pura. E a mensagem final então?
A humanidade tem que acabar e é isso. Porra. Certíssimo.
Easy (3ª Temporada)
3.6 46 Assista AgoraQue série! Não lembro de ter visto algo parecido, tão sincero, tão real, tão firmado no cotidiano mas ao mesmo tempo tão longe da banalização que a gente atribui a essa palavra.
Acho muito legal os arcos que eles concluem aqui: do cartunista, que aprende a se relacionar e enxergar um pouco melhor o peso do trabalho dele e dos sentimentos dos outros; da moça de 38 anos que quer encontrar alguém e consegue isso no parceiro de trabalho; mas principalmente os episódios da Andi e do Kyle, nunca pensei que uma cena de quase meia hora de conversa entre um casal poderia ser tão tocante. Ali é onde o tema da série fica mais explícito do que nunca: se relacionar não é fácil, sentimentos não são fáceis, a vida adulta é difícil, dura e triste - e a gente só queria um colo no fim do dia, mesmo que as coisas não sejam mais das formas que a gente quer (e elas nunca são).
Gosto muito de como esses momentos acontecem em tempo real, sem ignorar as pausas, hesitações e dificuldades de dialogar que por vezes os filmes e séries aceleram para chegar na próxima cena ou episódio. A série É sobre todas essas dificuldades, então nada mais acertado que expor essa agonia, como no último episódio, em que a menina fica um minuto parada sem saber o que falar ao ex durante uma discussão de relacionamento e futuro e afins.
Se realmente foi a última, vai deixar saudades. Quem tiver recomendações de mais obras nesse estilo, estou aceitando.
Como Treinar o Seu Dragão 3
4.0 498 Assista AgoraFilme emotivo, gostoso de assistir e, embora muito inferior aos outros, é um fim relativamente digno para os personagens. Agora, precisamos falar sobre uma coisa:
A trama toda do primeiro filme é sobre o conflito entre vikings querendo matar dragões vs. o menino que não queria matar dragões, tendo o pai do Soluço como principal representante desse primeiro grupo. A história é sobre mudar a forma como a sociedade pensa, de "Devemos matar dragões" para "Podemos viver em harmonia com eles".
E, de repente, aqui nesse filme, temos flashbacks do pai do Soluço contando que existia uma ilha onde ele sonhava que dragões e humanos podiam viver em paz? Mas ele não era absolutamente contra essa ideia? Agora que morreu, de repente virou bonzinho?
E pior, é a busca dessa ilha que move todo esse terceiro filme. Enfim, esse retcon foi ridículo e desrepeita uma trilogia que até aqui estava muito coesa e podia ficar perfeita do início ao fim, mas fizeram essa lambança.
Boneca Russa (1ª Temporada)
4.0 398"Se eu não me jogar, promete que eu vou ser feliz?"
"O quê? É claro que não! Ninguém pode prometer isso. Mas posso prometer que você não vai estar sozinho." <3
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraShow, quero ver agora explicar pra polícia como sumiu uma criança e tem uma tia morta no meio da casa. As gravações do psicólogo são péssimas evidências, só dá pra inferir que a menina tinha transtorno mental e é isso. Agora vão perder a guarda da criança, vai todo mundo preso e fica por isso mesmo, toda a jornada vai pro saco.
Aliás, por que diabo o pai das meninas levou elas pra cabana e queria se matar? Quem é a mãe biológica das crianças?
Enfim, são só alguns pontos que ficaram sem respostas num filme promissor, mas que parece ter se jogado de um penhasco no meio do caminho.
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista AgoraCadê a China, a Rússia, o Canadá etc mandando aqueles aviões de guerra? Meia dúzia de embargos e publicar cartas em jornal não destroem um país.
Eu Posso Ouvir o Oceano
3.2 222 Assista AgoraAlguém entendeu o título do filme?
Gen Pés Descalços
4.4 143E pensar que nada podia me atacar tão forte quanto Túmulo de Vagalumes. Ok, Túmulo de Vagalumes ainda me emociona mais, mas
o que são as cenas das pessoas se desfazendo na hora que a bomba cai aqui? E o estado das pessoas nas ruas e hospitais.
Minha Vida de Abobrinha
4.2 290 Assista AgoraCurto, roteiro simples, mas toca com sutileza em assuntos pesados. Bom equilíbrio de drama e fofura. O trabalho de animação está lindo e dá uma identidade bem singular à obra.
Circle
3.0 681 Assista AgoraQuanto ao final,
entendi que os aliens queriam ser a raça hegemônica no planeta, mas não queriam exterminar a raça humana, apenas reduzi-la a um tamanho ínfimo. Entretanto, para a raça não ser extinta é preciso que haja uma maioria de fêmeas e crianças, já que são esses que garantem a sobrevivência da espécie. Como fazer essa seleção?Bem, em uma situação de calamidade em que um povo ou uma tribo veja sua extinção como inevitável, é justamente as mulheres e as crianças que eles vão salvar, para preservar a geração seguinte e porque um homem pode engravidar várias mulheres, enquanto ter apenas uma mulher para vários homens faria nascer apenas uma criança a cada 9 meses e em tempos de guerra, não teríamos tempo pra isso se quiséssemos a sobrevivência da espécie. Não vivemos tempos de guerra ou invasões, mas imagino que instintivamente essa lógica permaneça em nós, por uma herança da forma que nossos antepassados pensavam. Creio que os aliens, nos estudando, viram que na maioria das situações nos comportaríamos assim e colocaram os humanos em círculos para fazer essa trabalho de seleção já previamente calculado.
Sexta-Feira 13
3.4 780 Assista AgoraAchei péssimo colocarem a história do Jason e da mãe no final da história, sem ter nenhuma ligação com nada do que rolou no filme desde o início (só comentavam que tinha histórias de assassinatos e acidentes, sem criar expectativas sobre a trama do assassino do filme.) Inclusive pareceu muito uma espécie de Psicose reverso, colocando a mãe fazendo os dois papéis, dela e do filho (não tão) morto. Fora a trilha sonora parecidíssima.
É um thrash cheio de clichês que a gente já espera (a ponto de a gente nem por confiança em ninguém ali), mas a proposta do filme meio que é essa, então não tem muito o que fazer. Felizmente, a maquiagem e algumas cenas de assassinatos e sustos me surpreenderam de forma positiva. As atuações não. As atuações são horrorosas.
E tem a pior luta entre mulheres que eu já vi no cinema. É de rir ( o que foi aquela cabeça sendo cortada? Hahahah), mas infelizmente é facilmente fomentadora de estereótipos.
É divertido. Valeu conhecer pelo valor histórico.
A Ganha-Pão
4.4 272Excelente. Junto a Persépolis, é uma mostra do como a animação consegue ser um ótimo caminho pra retratar e desmitificar a realidade de países do Oriente Médio.
O Círculo
2.6 587 Assista AgoraQue porcaria de final. Parece que pegaram uma ideia boa, bons atores, uns cenários e câmeras bonitos, montaram o palco e aí jogaram tudo no lixo.
Venom
3.1 1,4K Assista AgoraPrimeiro vez que marco um filme como "Não quero ver". Vamos ver se algo me faz mudar de ideia até lá.