O que é a força se não a fé, a esperança retratadas nesse filme?
Um dos melhores, talvez por não se focar em ter heróis perfeitos e sem máculas, e sim assassinos, espiões, individualistas, pessoas sem a pretensão de serem mártires ou heróis, mas que sacrificam suas vidas porque o momento pediu.
Aquele desconforto com a provocação do final do longa é que torna o filme genial. Dar-se conta de que os discursos de ódio, miscigenação, xenofobia, entre outros, que ouvimos por aí todos os dias de nada diferem dos discursos da Alemanha nazista. Dar-se conta de que a eleição de líderes que defendem idéias extremistas em nada se difere de quando a Alemanha - democrata - elegeu Hitler. O filme é um soco no estômago, daqueles bem dóidos, e que te deixa com vontade de agir, de mudar, de não permitir que o que se passou na Alemanha se repita, nunca, nunca mais.
Nunca achei que ia ver uma interpretação tão boa do Steve Carell. Finalmente algo digno na sua carreira (Pequena Miss Sunshine é bom, mas não é um papel tão difícil e de destaque assim).
De resto, o filme é chato, arrastado e com um roteiro nada efetivo. E, pelamor, que montagem horrível. Parece que o filme foi montado às pressas. Achei bem ruim a edição.
Soquei o travesseiro no final do filme. Na verdade, soquei o travesseiro em diversos momentos, tamanho o stress mental que o filme me provocou. A comparação com Cisne Negro em alguns comentários não é à toa: os dois filmes falam de artistas que são levados ao limite da técnica e do cansaço/stress mental para ultrapassar a barreira que leva à criatividade e execução perfeita.
O filme apresenta um roteiro e atuações interessante, com exceção de J.K.Simmons, que está brilhante. A direção é boa, se destacando na montagem (quem sabe arrebate essa estatueta técnica). Mas o que se destaca mesmo é a capacidade do filme nos levar a um estado parecido ao do protagonista: uma ansiedade, uma apreensão, uma vontade de vê-lo 'be great', mas sem sucumbir aos aspectos negativos do questionável método do seu maestro.
O final é incrível. Te faz dar saltos de alegria (ou socos no travesseiro, como no meu caso). Aquele sorrizinho (maliciosamente escondido) que vemos surgir no rosto do Fletcher... ah, aquilo é um colírio pros olhos e um alívio pro coração!
Amantes da música e artistas (meu caso) sentirão uma afeição especial por esse filme. Mas pro público geral também é interessante e intrigante. Acho que só não levará a estatueta de Melhor Filme pois tem Birdman, Boyhood e O Grande Hotel Budapeste como concorrentes.
Eu só me pergunto: por que fizeram isso com a minha infância?
Um filme completamente focado na Megan Fox, com um roteiro previsível, batalhas chatas e tartarugas que parecem vultos (mais alguém reparou que sempre que eles apareciam a cena ficava mais escura? Tinha vezes que nem dava pra acompanhar os movimentos com precisão..)
Poxa, minhas brincadeiras de infância com as Tartarugas Ninja eram muito mais divertidas...
A única salvação foi o Michelangelo, que dá a quebra cômica no filme. De resto, puro esgoto.
Michael Bay, o que aconteceu com o senhor? Nos deu os dois piores filmes do ano (um na direção e outro na produção)...
Um filme extremamente visual e sonoro. É quase ensurdecedor o barulho dos passos, da respiração, dos pequenos detalhes. Com um português cabo-verdiano, tipicamente informal e difícil de compreender, tem uma sonoridade bonita que reside nos detalhes, na formação das frases e nas bonitas canções que intermeiam o longa.
Dá um pouco de cansaço pelo comprimento e vagareza nas transições, mas tem um bonito início (com um forte monólogo) e um penoso final (com uma imagem estarrecedora).
O primeiro filme português que assisti e, certamente, não o último.
Cinemas receberam ameaças de ataques terroristas caso exibissem esse filme e as pessoas vem dizer que o Jong-Un é retratado como o 'malvadão' injustamente. E a liberdade de expressão, onde fica?
É uma comédia escrachada, com muitas coisas non-sense e com atuações caricatas. Mas tá longe de ser uma crítica rasa. É uma crítica que abrange os EUA (programas de TV e soluções violentas - isso é claro quando dizem que os EUA só sabem resolver os problemas assassinando) e a Coréia do Norte (que, por favor, é um regime totalitarista). Tem uma crítica interessante à manipulação midiática nos dois países (e que vemos se repetir em tantos outros, inclusive no Brasil).
Críticas nunca serão imparciais. A sutileza nunca foi o estilo de produção do Seth Rogen. Estamos em outro tempo. Então não faz sentido assistir o filme esperando que ele seja um Monty Python.
Vale a pena assistir. Me arrancou muitas risadas além de trazer um argumento potente.
O filme é bonito, bem dirigido e com ótimas ideias nesse quesito (separar o filme em estações é muito poético), com boas atuações e um roteiro interessante (não tão original)... mas pra mim, foi raso.
Talvez eu tenha ido com muita sede ao pote. O cinema francês é mestre em abordar assuntos com uma profundidade e clareza que nos toca. Isso não aconteceu comigo nesse filme. Ao final, não consegui entender direito qual o real argumento por trás dessa história. O filme tem pontas soltas que não são atadas
(como o caso amoroso da mãe com o Peter, não sei porque aquilo é citado se não leva a lugar algum)
, e me deixou vazia no final.
O filme fala da transformação de uma adolescente e, talvez por isso, me remeteu à "Garota Interrompida" ao terminar de assistir. Dois filmes muito diferentes, mas que tem uma temática em comum. A diferença é a profundidade que a temática alcança e a clareza das metamorfoses da história. Um é uma obra-prima (GI), o outro é um bom filme para ver no domingo (J&B).
Agora, tenho que dizer: é uma das melhores trilhas sonoras que ouvi nos últimos tempos. Canções lindas e poéticas, cheias de emoção. Françoise Hardy é incrível!
Musicais não são, nem de longe, o gênero preferido do público em geral. E ainda assim, eles não deixam de nos surpreender com obras fantásticas que apresentam uma direção, atuação e composição/colocação musical harmoniosas.
É o caso de Moulin Rouge, Chicago e, agora, Os Miseráveis.
Sempre me incomodei (no cinema e no teatro) com musicais onde as pessoas começam a cantar do nada. Estão no meio de uma frase e de repente surge a melodia. Por que isso?? Gostei de 'Moulin Rouge' porque não era assim, as músicas eram bem colocadas dentro do argumento do roteiro (que era sobre fazer um show musical, ou seja, havia uma relação concreta). Já em 'Chicago', as músicas surgem do nada mas são retratadas com uma aura lúdica, como se fosse dentro do imaginário dos personagens. Além disso, o filme explora o mundo dos vaudevilles, e por isso tem uma forte relação com o mundo musical e coreografado.
Já 'Os Miseráveis' nos apresenta a França do século XIX, retratando os dramas trágicos de Jean Valjean, Fantine e Cosette, e todos os jovens cheios de vida da Revolução de Julho. Não é um musical feliz onde as pessoas saem dançando na chuva e cantando em belas sacadas à la Julieta. E por isso mesmo é tão belo! Tão cheio de vida. As canções possuem um sentimento e uma carga emocional que se intensifica com a belíssima atuação dos atores. Anne Hathaway interpretando 'I Dreamed a Dream' e os jovens revolucionários entoando 'Do You Hear the People Sing?'... quem não se arrepiou nessas cenas? Além disso, as letras são profundas e bem relacionadas com o universo e situação dos personagens, o que harmoniza a fala e o canto, eliminando aquela sensação estranha de irrealidade nos musicais. É como se ouvíssemos a alma dos personagens, e a alma canta e encanta. As composições de Claude-Michel Schönberg e as letras de Alain Boublil e Jean-Marc Natel, tão merecedoras dos prêmios que leveram e dos que não ganharam, são um acalento ao coração. Ao mesmo tempo que são um tormento para a alma, que fica dividida entre a beleza da melodia e a tristeza do acontecimento.
Mas o grande destaque é a direção de Tom Hooper. O filme conta uma história longa e dramática, com diferentes núcleos ativos em paralelo, algumas reviravoltas e dois saltos de tempo. Tudo isso perfeitamente colocado de forma que não atrapalhe a compreensão do enredo. E, Deus, que olho! Como é possível criar imagens tão belas? Desde o início vemos um apurado cuidado com todos os elementos de cena: os figurinos, o cenário, os ângulos das câmeras e o posicionamento dos atores. Tudo é tão bem colocado! De tão belo, parecia uma pintura. E muitas vezes pausei o vídeo para ficar observando cenas-imagens que eram mais do que passageiras: gravavam-se na memória.
O que dizer da morte do líder dos revolucionários, empunhando a bandeira vermelha? E a cena final, onde todos cantam em cima e em torno da barricada? É fantástico! Voltei e assisti essas cenas várias vezes porque impressionam por tanta beleza.
A direção de arte, de fotografia e equipe de figurinos foram essenciais para essa criação.
A atuação dos atores é também fundamental para toda a emoção que o filme passa, nos surpreendendo muito nos números musicais.
Demorei a assistir esse filme por ser um musical e haver lido demasiadas críticas em relação a ser longo e arrastado... não foi essa a impressão que tive. Enxerguei ali uma obra de arte bela e harmônica, que nos toca com sua história e condução.
Catherine Zeta-Jones é um monstro! Não conseguia olhar para outra coisa quando ela estava em cena!
Não sou lá grande fã dos musicais (apesar de Moulin Rouge ser um dos meus filmes favoritos), mas Chicago assume esse gênero com uma destreza impressionante, nos surpreendendo pela forma que usa os números musicais como uma costura quase lúdica do filme. O elenco em geral tem uma atuação inspiradora, em especial o trio Catherine Zeta-Jones, Renée Zellweger e Richard Gere (destaque para a cena das marionetes e para o julgamento, onde é delicioso ver ele tresloucado). Queen Latifah nos faz amolecer diante da tela, sendo sempre agradável vela. E até John C. Reilly nos presenteia com o belo número Celofane do personagem Amos.
O roteiro traz uma temática feminista ao revés, abordando a situação não pelo lado da mulher oprimida pelo meio machista em que vive, mas por meio de personagens fortes que lutam (sem levar em questão os meios que usam) para se sobressair nesse mundo de homens. Mulheres que usam sua sensualidade para conseguir aquilo que os homens já tinham por direito.
Um filme de grandes atuações, excelentes números musicais e um roteiro agradável para uma noite de sábado.
É um filme para quem foi criança/adolescente nas décadas de 80 e 90. As referências aos jogos clássicos (adorei ver o Sonic alí!) faz com que um sorrisinho nostálgico surja no canto da boca.
Não é das melhores animações que já vi, mas os personagens são interessantes e tem os movimentos inspirados nos seus próprios jogos, a história nos prende e é até original pro universo Disney.
"Sou mau e isso é bom, nunca serei bom e isso não é mau. Não quero ser ninguém além de mim." - vamos combinar, esse mantra dos vilões é demais, né?
99 minutos em que um sorriso singelo insistia em ficar no meu rosto.
O filme nos brinda com uma fotografia impecável que, unida à trilha sonora, constrói o visual quase lúdico do filme, que pode arrebatar alguns prêmios técnicos no próximo Oscar. Além disso, será um forte candidato nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Ralph Fiennes) e Melhor Ator Coadjuvante ou Melhor Ator (Tony Revolori).
As interpretações dos atores são uma grata surpresa, em especial Ralph Fiennes, no papel de M. Gustave, e o estreante Tony Revolori, o queridíssimo Zero. Fiennes nos prende com a sua fala rápida e pela entrega ao seu personagem, que nos ganha da mesma forma que mantêm seus clientes no Grand Budapest: com seus elogios, carisma e gentileza sem fim. Que homem polido!
Quando Mr. Moustafa diz no final do filme que o mundo de Gustave já havia desaparecido antes mesmo dele nascer é a mais pura verdade: Gustave é um gentleman perdido em um mundo de guerra.
Já Revolori nos desperta a identificação com seu personagem Zero: quem não se enxerga e não se solidariza com o imigrante órfão refugiado da guerra, que tem um coração nobre e procura melhorar de vida? A sinceridade de Zero, em constraste com a quase impassividade do seu rosto e seus gestos precisos e econômicos, transformam ele em um personagem adorável. O roteiro, apesar de não ser uma grande jóia, funciona bem graças às sacadas e peripécias. A atuação dos atores, as belas imagens e a trilha sonora (que é empolgante!) faz com que a história ganhe vida. Essa história, da forma como foi montada, é a melhor definição de uma tragicomêdia, pois mesmo nos momentos tensos e sombrios (como as mortes) o que surge é o riso, ou a surpresa cômica. Isso faz com que o filme se torne leve, divertido e agradável à todos os sentidos.
Tive gratas surpresas com esse filme e recomendo à todos pois é um encanto raro nos dias de hoje. =)
O original e genial roteiro de Andrew Niccol (digno de um Oscar) unido ao detalhismo, à sensibilidade e à experiência da direção de Peter Weir fazem desse filme os 95 minutos mais focados da sua vida. A história te prende e te faz não só caminhar com ela, mas torcer pelo personagem Truman (brilhantemente interpretado por Jim Carrey, no seu melhor papel de drama até hoje).
A sensação é de que você é uma das pessoas que assistem esse reality show, acompanhando Truman em diversos momentos da sua vida e desejando que ele escape dessa vida falsa que leva.
Destacando o toque de Philip Glass na trilha sonora.
Um filme divertido, leve e reflexivo, com a marca característica do trabalho desses três grandes nomes: Um Filme de Peter Weir, Andrew Niccol e Jim Carrey.
"Good morning, and in case I don't see ya, good afternoon, good evening, and good night!"
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Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraO que é a força se não a fé, a esperança retratadas nesse filme?
Um dos melhores, talvez por não se focar em ter heróis perfeitos e sem máculas, e sim assassinos, espiões, individualistas, pessoas sem a pretensão de serem mártires ou heróis, mas que sacrificam suas vidas porque o momento pediu.
Ele Está de Volta
3.8 681Aquele desconforto com a provocação do final do longa é que torna o filme genial. Dar-se conta de que os discursos de ódio, miscigenação, xenofobia, entre outros, que ouvimos por aí todos os dias de nada diferem dos discursos da Alemanha nazista. Dar-se conta de que a eleição de líderes que defendem idéias extremistas em nada se difere de quando a Alemanha - democrata - elegeu Hitler. O filme é um soco no estômago, daqueles bem dóidos, e que te deixa com vontade de agir, de mudar, de não permitir que o que se passou na Alemanha se repita, nunca, nunca mais.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraQue filme destruidor...
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 809 Assista AgoraNunca achei que ia ver uma interpretação tão boa do Steve Carell. Finalmente algo digno na sua carreira (Pequena Miss Sunshine é bom, mas não é um papel tão difícil e de destaque assim).
De resto, o filme é chato, arrastado e com um roteiro nada efetivo. E, pelamor, que montagem horrível. Parece que o filme foi montado às pressas. Achei bem ruim a edição.
Não arrecadará nenhuma estatueta nesse Oscar.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraEthan Hawke e a sua tara por produções continuadas ao longo do tempo. :P
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraSoquei o travesseiro no final do filme. Na verdade, soquei o travesseiro em diversos momentos, tamanho o stress mental que o filme me provocou. A comparação com Cisne Negro em alguns comentários não é à toa: os dois filmes falam de artistas que são levados ao limite da técnica e do cansaço/stress mental para ultrapassar a barreira que leva à criatividade e execução perfeita.
O filme apresenta um roteiro e atuações interessante, com exceção de J.K.Simmons, que está brilhante. A direção é boa, se destacando na montagem (quem sabe arrebate essa estatueta técnica). Mas o que se destaca mesmo é a capacidade do filme nos levar a um estado parecido ao do protagonista: uma ansiedade, uma apreensão, uma vontade de vê-lo 'be great', mas sem sucumbir aos aspectos negativos do questionável método do seu maestro.
O final é incrível. Te faz dar saltos de alegria (ou socos no travesseiro, como no meu caso). Aquele sorrizinho (maliciosamente escondido) que vemos surgir no rosto do Fletcher... ah, aquilo é um colírio pros olhos e um alívio pro coração!
Amantes da música e artistas (meu caso) sentirão uma afeição especial por esse filme. Mas pro público geral também é interessante e intrigante. Acho que só não levará a estatueta de Melhor Filme pois tem Birdman, Boyhood e O Grande Hotel Budapeste como concorrentes.
Enjoy! E mantenham um travesseiro por perto...
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraE as cenas pós-créditos sempre surpreendendo:
Stan Lee é o rei! Presente pros nerds! :D
Ri muito.
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraMelhor cena pós-crédito da história. Uma baita homenagem para os animadores!
Curtindo a Vida Adoidado
4.2 2,3K Assista AgoraMelhor surpresa: encontrar Charlie Sheen na delegacia.
As Tartarugas Ninja
3.1 1,3K Assista AgoraEu só me pergunto: por que fizeram isso com a minha infância?
Um filme completamente focado na Megan Fox, com um roteiro previsível, batalhas chatas e tartarugas que parecem vultos (mais alguém reparou que sempre que eles apareciam a cena ficava mais escura? Tinha vezes que nem dava pra acompanhar os movimentos com precisão..)
Poxa, minhas brincadeiras de infância com as Tartarugas Ninja eram muito mais divertidas...
A única salvação foi o Michelangelo, que dá a quebra cômica no filme. De resto, puro esgoto.
Michael Bay, o que aconteceu com o senhor? Nos deu os dois piores filmes do ano (um na direção e outro na produção)...
Cavalo Dinheiro
3.9 15 Assista AgoraUm filme extremamente visual e sonoro. É quase ensurdecedor o barulho dos passos, da respiração, dos pequenos detalhes. Com um português cabo-verdiano, tipicamente informal e difícil de compreender, tem uma sonoridade bonita que reside nos detalhes, na formação das frases e nas bonitas canções que intermeiam o longa.
Dá um pouco de cansaço pelo comprimento e vagareza nas transições, mas tem um bonito início (com um forte monólogo) e um penoso final (com uma imagem estarrecedora).
O primeiro filme português que assisti e, certamente, não o último.
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraCinemas receberam ameaças de ataques terroristas caso exibissem esse filme e as pessoas vem dizer que o Jong-Un é retratado como o 'malvadão' injustamente. E a liberdade de expressão, onde fica?
É uma comédia escrachada, com muitas coisas non-sense e com atuações caricatas. Mas tá longe de ser uma crítica rasa. É uma crítica que abrange os EUA (programas de TV e soluções violentas - isso é claro quando dizem que os EUA só sabem resolver os problemas assassinando) e a Coréia do Norte (que, por favor, é um regime totalitarista). Tem uma crítica interessante à manipulação midiática nos dois países (e que vemos se repetir em tantos outros, inclusive no Brasil).
Críticas nunca serão imparciais. A sutileza nunca foi o estilo de produção do Seth Rogen. Estamos em outro tempo. Então não faz sentido assistir o filme esperando que ele seja um Monty Python.
Vale a pena assistir. Me arrancou muitas risadas além de trazer um argumento potente.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraQue atuações fantásticas!
Só ficou faltando ver o trio Brad Pitt, Tom Cruise e Antonio Banderas juntos! Aí seria perfeito, baby!
Jovem e Bela
3.4 477 Assista AgoraO filme é bonito, bem dirigido e com ótimas ideias nesse quesito (separar o filme em estações é muito poético), com boas atuações e um roteiro interessante (não tão original)... mas pra mim, foi raso.
Talvez eu tenha ido com muita sede ao pote. O cinema francês é mestre em abordar assuntos com uma profundidade e clareza que nos toca. Isso não aconteceu comigo nesse filme. Ao final, não consegui entender direito qual o real argumento por trás dessa história. O filme tem pontas soltas que não são atadas
(como o caso amoroso da mãe com o Peter, não sei porque aquilo é citado se não leva a lugar algum)
O filme fala da transformação de uma adolescente e, talvez por isso, me remeteu à "Garota Interrompida" ao terminar de assistir. Dois filmes muito diferentes, mas que tem uma temática em comum. A diferença é a profundidade que a temática alcança e a clareza das metamorfoses da história. Um é uma obra-prima (GI), o outro é um bom filme para ver no domingo (J&B).
Agora, tenho que dizer: é uma das melhores trilhas sonoras que ouvi nos últimos tempos. Canções lindas e poéticas, cheias de emoção. Françoise Hardy é incrível!
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraMusicais não são, nem de longe, o gênero preferido do público em geral. E ainda assim, eles não deixam de nos surpreender com obras fantásticas que apresentam uma direção, atuação e composição/colocação musical harmoniosas.
É o caso de Moulin Rouge, Chicago e, agora, Os Miseráveis.
Sempre me incomodei (no cinema e no teatro) com musicais onde as pessoas começam a cantar do nada. Estão no meio de uma frase e de repente surge a melodia. Por que isso?? Gostei de 'Moulin Rouge' porque não era assim, as músicas eram bem colocadas dentro do argumento do roteiro (que era sobre fazer um show musical, ou seja, havia uma relação concreta). Já em 'Chicago', as músicas surgem do nada mas são retratadas com uma aura lúdica, como se fosse dentro do imaginário dos personagens. Além disso, o filme explora o mundo dos vaudevilles, e por isso tem uma forte relação com o mundo musical e coreografado.
Já 'Os Miseráveis' nos apresenta a França do século XIX, retratando os dramas trágicos de Jean Valjean, Fantine e Cosette, e todos os jovens cheios de vida da Revolução de Julho. Não é um musical feliz onde as pessoas saem dançando na chuva e cantando em belas sacadas à la Julieta. E por isso mesmo é tão belo! Tão cheio de vida. As canções possuem um sentimento e uma carga emocional que se intensifica com a belíssima atuação dos atores. Anne Hathaway interpretando 'I Dreamed a Dream' e os jovens revolucionários entoando 'Do You Hear the People Sing?'... quem não se arrepiou nessas cenas? Além disso, as letras são profundas e bem relacionadas com o universo e situação dos personagens, o que harmoniza a fala e o canto, eliminando aquela sensação estranha de irrealidade nos musicais. É como se ouvíssemos a alma dos personagens, e a alma canta e encanta. As composições de Claude-Michel Schönberg e as letras de Alain Boublil e Jean-Marc Natel, tão merecedoras dos prêmios que leveram e dos que não ganharam, são um acalento ao coração. Ao mesmo tempo que são um tormento para a alma, que fica dividida entre a beleza da melodia e a tristeza do acontecimento.
Mas o grande destaque é a direção de Tom Hooper. O filme conta uma história longa e dramática, com diferentes núcleos ativos em paralelo, algumas reviravoltas e dois saltos de tempo. Tudo isso perfeitamente colocado de forma que não atrapalhe a compreensão do enredo. E, Deus, que olho! Como é possível criar imagens tão belas? Desde o início vemos um apurado cuidado com todos os elementos de cena: os figurinos, o cenário, os ângulos das câmeras e o posicionamento dos atores. Tudo é tão bem colocado! De tão belo, parecia uma pintura. E muitas vezes pausei o vídeo para ficar observando cenas-imagens que eram mais do que passageiras: gravavam-se na memória.
O que dizer da morte do líder dos revolucionários, empunhando a bandeira vermelha? E a cena final, onde todos cantam em cima e em torno da barricada? É fantástico! Voltei e assisti essas cenas várias vezes porque impressionam por tanta beleza.
A atuação dos atores é também fundamental para toda a emoção que o filme passa, nos surpreendendo muito nos números musicais.
Demorei a assistir esse filme por ser um musical e haver lido demasiadas críticas em relação a ser longo e arrastado... não foi essa a impressão que tive. Enxerguei ali uma obra de arte bela e harmônica, que nos toca com sua história e condução.
Mais uma grata surpresa.
Chicago
4.0 997Catherine Zeta-Jones é um monstro! Não conseguia olhar para outra coisa quando ela estava em cena!
Não sou lá grande fã dos musicais (apesar de Moulin Rouge ser um dos meus filmes favoritos), mas Chicago assume esse gênero com uma destreza impressionante, nos surpreendendo pela forma que usa os números musicais como uma costura quase lúdica do filme. O elenco em geral tem uma atuação inspiradora, em especial o trio Catherine Zeta-Jones, Renée Zellweger e Richard Gere (destaque para a cena das marionetes e para o julgamento, onde é delicioso ver ele tresloucado). Queen Latifah nos faz amolecer diante da tela, sendo sempre agradável vela. E até John C. Reilly nos presenteia com o belo número Celofane do personagem Amos.
O roteiro traz uma temática feminista ao revés, abordando a situação não pelo lado da mulher oprimida pelo meio machista em que vive, mas por meio de personagens fortes que lutam (sem levar em questão os meios que usam) para se sobressair nesse mundo de homens. Mulheres que usam sua sensualidade para conseguir aquilo que os homens já tinham por direito.
Um filme de grandes atuações, excelentes números musicais e um roteiro agradável para uma noite de sábado.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraÉ um filme para quem foi criança/adolescente nas décadas de 80 e 90. As referências aos jogos clássicos (adorei ver o Sonic alí!) faz com que um sorrisinho nostálgico surja no canto da boca.
Não é das melhores animações que já vi, mas os personagens são interessantes e tem os movimentos inspirados nos seus próprios jogos, a história nos prende e é até original pro universo Disney.
"Sou mau e isso é bom, nunca serei bom e isso não é mau. Não quero ser ninguém além de mim." - vamos combinar, esse mantra dos vilões é demais, né?
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0K99 minutos em que um sorriso singelo insistia em ficar no meu rosto.
O filme nos brinda com uma fotografia impecável que, unida à trilha sonora, constrói o visual quase lúdico do filme, que pode arrebatar alguns prêmios técnicos no próximo Oscar. Além disso, será um forte candidato nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Ralph Fiennes) e Melhor Ator Coadjuvante ou Melhor Ator (Tony Revolori).
As interpretações dos atores são uma grata surpresa, em especial Ralph Fiennes, no papel de M. Gustave, e o estreante Tony Revolori, o queridíssimo Zero. Fiennes nos prende com a sua fala rápida e pela entrega ao seu personagem, que nos ganha da mesma forma que mantêm seus clientes no Grand Budapest: com seus elogios, carisma e gentileza sem fim. Que homem polido!
Quando Mr. Moustafa diz no final do filme que o mundo de Gustave já havia desaparecido antes mesmo dele nascer é a mais pura verdade: Gustave é um gentleman perdido em um mundo de guerra.
O roteiro, apesar de não ser uma grande jóia, funciona bem graças às sacadas e peripécias. A atuação dos atores, as belas imagens e a trilha sonora (que é empolgante!) faz com que a história ganhe vida. Essa história, da forma como foi montada, é a melhor definição de uma tragicomêdia, pois mesmo nos momentos tensos e sombrios (como as mortes) o que surge é o riso, ou a surpresa cômica. Isso faz com que o filme se torne leve, divertido e agradável à todos os sentidos.
Tive gratas surpresas com esse filme e recomendo à todos pois é um encanto raro nos dias de hoje. =)
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraO original e genial roteiro de Andrew Niccol (digno de um Oscar) unido ao detalhismo, à sensibilidade e à experiência da direção de Peter Weir fazem desse filme os 95 minutos mais focados da sua vida. A história te prende e te faz não só caminhar com ela, mas torcer pelo personagem Truman (brilhantemente interpretado por Jim Carrey, no seu melhor papel de drama até hoje).
A sensação é de que você é uma das pessoas que assistem esse reality show, acompanhando Truman em diversos momentos da sua vida e desejando que ele escape dessa vida falsa que leva.
Destacando o toque de Philip Glass na trilha sonora.
Um filme divertido, leve e reflexivo, com a marca característica do trabalho desses três grandes nomes: Um Filme de Peter Weir, Andrew Niccol e Jim Carrey.
"Good morning, and in case I don't see ya, good afternoon, good evening, and good night!"