Peguei esse filme completamente às cegas. Vi o cartaz, mas nem li a sinopse (que aliás, não tem nada a ver). Esperava que fosse uma espécie de Rambo, uma coisa do soldado que não consegue se adequar aos tempos de paz, mas foi isso e muito mais. Em 1h40 teve espionagem, luta contra o crime e sangue, muito sangue. Grata surpresa.
As vezes, você pega algo bom, tenta fazer igual, fica totalmente diferente e ruim. Outras vezes, você pega esse algo bom, tenta fazer algo diferente, fica bem parecido e bom. Pois essa é a diferença entre esse filme e a tentativa de reboot da série feita por Tim Burton há 10 anos. Esse filme, embora não tente emular a atmosfera dos filmes da série clássica, faz um pre-quel perfeito para aquilo que viveu Charlton Heston. Está tudo lá: dos nomes dos símios (a eterna dificuldade dos brasileiros de diferenciar monkey e ape) à viagem para Marte. O filme tem ritmo e ação sem se tornar raso, resgata um tema dos anos 60 e consegue ser atual. Você realmente ACREDITA na atuação dos macacos - graças à computação gráfica e o trabalho de Andy Serkis, o melhor ator quase não-humano de Hollywood. Se alguém estava com o pé atrás em relação a esse filme, não fique. Veja imediatamente.
Um cantor recordista de vendas, ex-pugilista, ex-cafetão, ex-cheirador... Não tem muito como errar num documentário quando o retratado tem uma história dessa magnitude. No entanto, esse documentário peca pela mediocridade, peca pela preguiça. Ao invés de explorar as imagens de arquivo, apela para o caminho fácil (e fraco) das dramatizações. A direção de arte também foi pouco cuidadosa, chapando em P&B sem o menor tratamento, perdendo a chance de ter um trabalho mais romântico. Vale pela história, mas tem cara de Por toda a minha vida.
Como eu já disse aqui, quando eu era moleque, as tardes de sábado eram do Chacrinha. Porém, quando o velho guerreiro morreu (eu tinha 6 pra 7 anos), as tardes de sábado passaram a ter um gosto diferente. Os tempos da Sessão de Sábado - que junto com a Sessão da Tarde e do Cinema em Casa fizeram a primeira parte da minha educação de cinema. E na tal Sessão de Sábado, um gênero dominava: o western, ou melhor, o Bang Bang, como dizia meu avô. No entanto, existem vários tipos de Bang Bang. Gosto de todos. Dos Faroestes Italianos de Sérgio Leone aos filmes de Cowboy com John Wayne. A Sessão de Sábado não se dedicava a nenhum dos dois. A especialidade era o Western mais galhofa que existe. Nesse mundo, Terence Hill e Bud Spencer eram reis. Triggerman é um filme estrelado e co-dirigido por Terence Hill. Bud Spencer não está nessa com ele (os dois fizeram 18 filmes juntos, mas não trabalham numa mesma película desde o início dos anos 80), mas é substituído por um Paul Sorvino que faz de tudo para emular o brucutu favorito dos anos 70. O filme é um "mais do mesmo", um pistoleiro/médico de bom coração, brigas mal coreografadas, diálogos bobos, um torneio de pôquer... E por isso mesmo é genial! É como estar de volta com 8 anos de idade. Talvez quem não viveu aquela época não consiga nutrir esse mesmo sentimento, mas para quem esteve lá, ver Hill aos 70 anos (56 de carreira) com um sorriso no rosto sacando mais rápido vale qualquer preço.
Já tinha um bom tempo que eu estava curioso para assistir esse filme do Oliver Stone. Trata-se de uma cine-biografia de George W. Bush, com ênfase em seu mandato,
mas mostrando toda a trajetória da ovelha negra da influente família texana. Bush aparece no filme como um personagem complexo, capaz das maiores bobagens - principalmente durante sua juventude alcoólatra - que usou a política como um meio de se sentir aceito por seu pai, que nunca escondeu a preferência por seu irmão Jeb. Vemos o ex-presidente americano como vítima de péssimos conselheiros, que fizeram não só os americanos, mas o mundo todo viver a tensão das guerras. O filme humaniza o personagem que foi demonizado por grande parte da mídia por quase 10 anos. Vemos que ninguém é tão bom ou tão ruim. O pesadelo de Bush ao final do filme (onde o pai de George W. - o também ex-presidente George Bush - diz que o filho enlameou o nome da família) e a pergunta da coletiva dão um tom melancólico e reflexivo ao fim do filme. Afinal: como a figura de George W. Bush passará para a história?
Vale ainda destacar as boas atuações de Josh Brolin no papel principal, James Cromwell como o Bush pai, Richard Dreyfuss como o vice Dick Cheney e Ellen Burstyn como Barbara Bush.
Minha cunhada me indicou às cegas esse documentário, e valeu muito a pena por vários aspectos. O primeiro deles foi o tema. Preciso dizer: eu odiava o Chacrinha. Eu me lembro de ter uns 5, 6 anos, e ter somente os finais de semana para assistir TV. Porém, desde as 14h até a hora da novela, a TV só tinha um programa: O Cassino do Chacrinha. Em um tempo sem TV fechada, sem nem mesmo vídeo cassete, onde só pegava uns 3 canais na televisão... Enfim, era um pesadelo pra quem sempre gostou da caixa mágica. No entanto, apesar disso tudo, depois, mais velho, fui entendendo o valor e a graça do Velho Guerreiro. O programa era uma mistura bizarra de um Ratinho mais caótico com mulheres semi-nuas e música popularesca. Não tinha como não sair alguma coisa pelo menos curiosa dessa mistura. A música é um show a parte do documentário. Logo no início, um calouro que havia sido "buzinado" várias vezes no Cassino declarava que achava Roberto Carlos "um bosta"! Até aí, tudo bem. Mais pra frente, temos Agnaldo Timóteo disparando sua língua de trapo pra cima de João Gilberto, Bossa Nova e Tropicália. Esse depoimento já é mais significativo: evidencia a existência de uma disputa velada entre a MPB - alinhada às elites intelectualóides - e a música popular - chamada de brega, tida como de mau gosto. O programa de Chacrinha era o principal ponto de mediação dessa disputa entre esses dois ramos tão distintos, que disputam - há quase 5 décadas - a primazia de representar não oficialmente o povo brasileiro. (Para mais, leiam a minha dissertação de mestrado). Além disso, o filme tem a direção de Nelson Hoineff, jornalista responsável pelo marco do politicamente incorreto da TV Brasileira "Documento Especial", da TV Manchete. Com um estilo cru, ele não doura a pílula, mostrando o lado tosco dos entrevistados, expondo o ridículo que se leva a sério, e por isso mesmo constrange e diverte.
Assistir um filme todo dia tem uma certa dose de masoquismo. As vezes acho alguns filmes que são tão ruins que causam DOR. Esse é o caso desse filme. Baixei por que é baseado na obra de H.P. Lovercraft. Não, eu nunca li os livros do Lovercraft, mais por falta de tempo (minha lista de livros a serem lidos é longa) do que por falta de interesse, mas achei que seria uma boa introdução. Pelo que sei, os livros tratam de pessoas que são expostas a segredos sobre Deuses Ancestrais e cultos malignos que acabariam por enlouquecê-las. Justiça seja feita, isso tudo está no filme. O problema é que é tudo MUITO mal feito. Já vi bons filmes com roteiros piores do que Cthulhu, mas a direção e - principalmente - as atuações colocam tudo a perder. Quando vemos um filme sem atores conhecidos, pode ser que seja bom. Filmes cheios de atores desconhecidos protagonizados por um ator conhecido pode indicar um projeto pessoal daquela estrela. Agora, quando o artista "conhecido" era coadjuvante de uma série, e é coadjuvante do filme, é pra temer. Entre a trama angustiante e os monstros mostrados no filme, o que dá mais medo é a atuação especialmente ruim de Tori Spelling, que fazia a Donna no seriado Barrados no Baile.
Esse é o primeiro longa metragem do diretor Wes Anderson (e único live-action que faltava para eu assistir). Mais uma vez (ou seria "pela primeira vez"?) personagens desajustados e situações constrangedoras. Mais uma vez, um bom filme. Porém, acho que é o mais fraco do diretor (o que não chega a ser um demérito - era o primeiro filme). Na minha opinião, a ordem é:
1) Os Excêntricos Tenenbaums 2) Três é demais 3) Viagem a Darjeeling 4) A vida marinha de Steve Zissou 5) Pura adrenalina
Falta agora assistir a animação "O Fantástico Sr Raposo".
"Irmão" é um filme de 97 e conta a história de Danila, um ex-militar que sai de sua pequena vila no interior da Rússia para morar com o irmão mais velho em São Petesburgo. Lá, acaba entrando para o ramo de negócios do irmão, um matador de aluguel. A história em si não é nada demais, mas o é interessante para se ver a estética - que lembra a do cinema europeu dos anos 80. A trilha sonora é bem legal, com muita coisa da banda Nautillus (o protagonista é um grande fã). Durante todo o filme, enquanto Danila cometia seus crimes, era impossível não relacionar com GTA IV. Se Danila pegasse um barco e fosse pros EUA, provavelmente se tornaria um Niko Bellic. Vale a pena assistir.
PS: O pessoal teve as manhas de achar gente FEIA pra esse filme... PQP!
Eu adoro o Jackie Chan, mas esse filme é muito fraquinho. Nada mais do que um genérico de "Operação Babá", de 2005. Não dá pra entender o porquê de praticamente refazerem um filme que já não tinha sido grande coisa. Mesmo o carisma de Chan parece estar apagado nesse filme, que é uma comédia que não faz rir, uma história familiar que não emociona... Até as clássicas cenas de luta desse filme estão piores! Enfim, 2 horas perdidas.
Terror não é um gênero que me atrai muito. No entanto, os filmes trash sempre me agradaram pela honestidade. Sabe, a coisa de saber que está sendo ridículo e ainda assim levar a sério! Pois, se tirarmos os efeitos especiais bizarros e a trama estapafúrdia, tudo nessa galhofa é levado a sério. Bruce Campbell é um canastrão de primeira e encarna Elvis com muita dignidade. É aquela coisa de que quem conta a piada não pode rir dela. Bubba-Ho-Tep é um filme muito legal para quem entender que sua proposta é ser uma galhofa, mas nem por isso avacalhado. Os monologos de Elvis são impagáveis, e o absurdo da coisa toda é recompensador. Cinema levado como entretenimento, como forma de contar uma história. O cinema seria melhor se tivéssemos mais Bubba-Ho-Teps do que "filmes de arte".
É um documentário institucional, oficial, então eu não esperava ver nenhum assunto polêmico. O foco é na editora, e não nos personagens, o que me frustrou um pouco. É legal ver os depoimentos dos escritores, que são muito didáticos para explicar a evolução das eras, a crise editorial dos anos 50 e tudo mais. Mas nem uma palavrinha sobre a "Crise nas Infinitas Terras"? É claro que o documentário foi feito já tendo em mente o Reboot desse ano, e talvez essas omissões sejam propositais, mas senti falta. Vale muito para explicar um pouco do fascínio que as HQs de super-heróis exercem sobre milhares de pessoas.
Fui a este filme com as expectativas lá embaixo. Já tinha lido e ouvido várias críticas que o colocavam como um filme horroroso, quase uma ofensa aos filmes anteriores do personagem. Não sou nenhum fã xiita do Cimério: assisti os filmes anteriores, tive minha fase de comprar as revistas em preto e branco que achava pelos sebos, mas não muito mais do que isso. Por isso, me sinto qualificado para dar uma opinião que não vai ser de viúva do Schwarzenegger: o filme de Conan de 2011 é melhor do que os anteriores. (Já sinto o calor das tochas da multidão que grita: "Herege!") Vamos em partes: Conan, o Bárbaro de 1982 é um bom filme, mas Conan, o Destruídor, de 84, é um lixo! Vou ser gente boa e nem vou considerar a bomba Guerreiros de Fogo, de 1985 - onde disfarçaram o Conan de "Kalidor". Vamos comparar com o primeiro então. Muita gente reclamou do visual do Jason Momoa. Ora, eles preferiam um halterofilista de peruca? Momoa é um cara forte, mas não passa aquela sensação de imobilidade, e seu cabelo parece o cabelo de um bárbaro que não passa horas no salão, ao contrário da peruca de Schwarza. Reclamam que falta "virilidade" (no sentido sexual) ao Conan novo. Ok, até acho que ele podia comer mais gente (embora duas num filme - hoje em dia - seja uma marca considerável), mas acho essa falha menos grave do que a falta de inteligência que passava o Conan antigo (por conta de seu intérprete, que mal sabia falar inglês quando o filme foi rodado). Os vilões do filme novo têm jeito de vilões do Conan, enquanto no filme antigo era James Earl Jones de franjinha! As sequências de luta do filme novo são sensacionais,
em especial a luta contra os homens de areia e a luta sobre a mocinha que grita no final.
Para não dizerem que eu estou detonando demais o clássico dos anos 80, a trilha sonora do antigo é muito melhor, e olha que a desse novo não chega a ser ruim. E o cartaz do filme anterior também é sem comparação. Se você não é um schwarzeneguete, recomendo que assista esse filme sem preconceitos, e verá um excelente filme de aventura e fantasia.
Esse é o melhor filme do Uwe Boll, e mesmo assim é só razoável. Imaginei que, por lutar boxe, ele pudesse dar emoção às lutas, fazer como as do Rocky, Touro Indomável ou Cinderella Man, mas não. São mal coreografadas demais, parece que os atores estavam com medo de se encostar. A atuação do Henry Maske é sofrível, parece o Schwarzenegger em início de carreira. Enfim, se a história do Schmeling não fosse tão interessante, não valeria a pena.
PS: O título em português só faz reforçar o estigma que o pugilista teve que lutar contra por toda a vida. Extremo mau gosto.
B13: 13° Distrito Ultimato
3.4 285 Assista AgoraInferior ao primeiro, mas tem uma coisa meio Warriors q vale assistir...
B13: 13º Distrito
3.6 322 Assista AgoraGalhofa e Parkour! Beeeeem maneiro
O Veterano
2.5 38 Assista AgoraPeguei esse filme completamente às cegas. Vi o cartaz, mas nem li a sinopse (que aliás, não tem nada a ver). Esperava que fosse uma espécie de Rambo, uma coisa do soldado que não consegue se adequar aos tempos de paz, mas foi isso e muito mais. Em 1h40 teve espionagem, luta contra o crime e sangue, muito sangue. Grata surpresa.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraAs vezes, você pega algo bom, tenta fazer igual, fica totalmente diferente e ruim. Outras vezes, você pega esse algo bom, tenta fazer algo diferente, fica bem parecido e bom. Pois essa é a diferença entre esse filme e a tentativa de reboot da série feita por Tim Burton há 10 anos.
Esse filme, embora não tente emular a atmosfera dos filmes da série clássica, faz um pre-quel perfeito para aquilo que viveu Charlton Heston. Está tudo lá: dos nomes dos símios (a eterna dificuldade dos brasileiros de diferenciar monkey e ape) à viagem para Marte. O filme tem ritmo e ação sem se tornar raso, resgata um tema dos anos 60 e consegue ser atual. Você realmente ACREDITA na atuação dos macacos - graças à computação gráfica e o trabalho de Andy Serkis, o melhor ator quase não-humano de Hollywood. Se alguém estava com o pé atrás em relação a esse filme, não fique. Veja imediatamente.
Nélson Gonçalves
3.4 8Um cantor recordista de vendas, ex-pugilista, ex-cafetão, ex-cheirador... Não tem muito como errar num documentário quando o retratado tem uma história dessa magnitude. No entanto, esse documentário peca pela mediocridade, peca pela preguiça. Ao invés de explorar as imagens de arquivo, apela para o caminho fácil (e fraco) das dramatizações. A direção de arte também foi pouco cuidadosa, chapando em P&B sem o menor tratamento, perdendo a chance de ter um trabalho mais romântico.
Vale pela história, mas tem cara de Por toda a minha vida.
Triggerman
2.7 7Como eu já disse aqui, quando eu era moleque, as tardes de sábado eram do Chacrinha. Porém, quando o velho guerreiro morreu (eu tinha 6 pra 7 anos), as tardes de sábado passaram a ter um gosto diferente. Os tempos da Sessão de Sábado - que junto com a Sessão da Tarde e do Cinema em Casa fizeram a primeira parte da minha educação de cinema. E na tal Sessão de Sábado, um gênero dominava: o western, ou melhor, o Bang Bang, como dizia meu avô.
No entanto, existem vários tipos de Bang Bang. Gosto de todos. Dos Faroestes Italianos de Sérgio Leone aos filmes de Cowboy com John Wayne. A Sessão de Sábado não se dedicava a nenhum dos dois. A especialidade era o Western mais galhofa que existe. Nesse mundo, Terence Hill e Bud Spencer eram reis.
Triggerman é um filme estrelado e co-dirigido por Terence Hill. Bud Spencer não está nessa com ele (os dois fizeram 18 filmes juntos, mas não trabalham numa mesma película desde o início dos anos 80), mas é substituído por um Paul Sorvino que faz de tudo para emular o brucutu favorito dos anos 70. O filme é um "mais do mesmo", um pistoleiro/médico de bom coração, brigas mal coreografadas, diálogos bobos, um torneio de pôquer... E por isso mesmo é genial! É como estar de volta com 8 anos de idade. Talvez quem não viveu aquela época não consiga nutrir esse mesmo sentimento, mas para quem esteve lá, ver Hill aos 70 anos (56 de carreira) com um sorriso no rosto sacando mais rápido vale qualquer preço.
Agulha
3.3 3Enfim, não é um filme fácil. Tem que dar um desconto por se tratar de um filme dos anos 80, mas vale a experiência.
W.
3.2 56Já tinha um bom tempo que eu estava curioso para assistir esse filme do Oliver Stone. Trata-se de uma cine-biografia de George W. Bush, com ênfase em seu mandato,
mas mostrando toda a trajetória da ovelha negra da influente família texana. Bush aparece no filme como um personagem complexo, capaz das maiores bobagens - principalmente durante sua juventude alcoólatra - que usou a política como um meio de se sentir aceito por seu pai, que nunca escondeu a preferência por seu irmão Jeb. Vemos o ex-presidente americano como vítima de péssimos conselheiros, que fizeram não só os americanos, mas o mundo todo viver a tensão das guerras.
O filme humaniza o personagem que foi demonizado por grande parte da mídia por quase 10 anos. Vemos que ninguém é tão bom ou tão ruim. O pesadelo de Bush ao final do filme (onde o pai de George W. - o também ex-presidente George Bush - diz que o filho enlameou o nome da família) e a pergunta da coletiva dão um tom melancólico e reflexivo ao fim do filme. Afinal: como a figura de George W. Bush passará para a história?
Vale ainda destacar as boas atuações de Josh Brolin no papel principal, James Cromwell como o Bush pai, Richard Dreyfuss como o vice Dick Cheney e Ellen Burstyn como Barbara Bush.
Alô, Alô, Terezinha!
3.1 35Minha cunhada me indicou às cegas esse documentário, e valeu muito a pena por vários aspectos. O primeiro deles foi o tema. Preciso dizer: eu odiava o Chacrinha. Eu me lembro de ter uns 5, 6 anos, e ter somente os finais de semana para assistir TV. Porém, desde as 14h até a hora da novela, a TV só tinha um programa: O Cassino do Chacrinha. Em um tempo sem TV fechada, sem nem mesmo vídeo cassete, onde só pegava uns 3 canais na televisão... Enfim, era um pesadelo pra quem sempre gostou da caixa mágica. No entanto, apesar disso tudo, depois, mais velho, fui entendendo o valor e a graça do Velho Guerreiro. O programa era uma mistura bizarra de um Ratinho mais caótico com mulheres semi-nuas e música popularesca. Não tinha como não sair alguma coisa pelo menos curiosa dessa mistura.
A música é um show a parte do documentário. Logo no início, um calouro que havia sido "buzinado" várias vezes no Cassino declarava que achava Roberto Carlos "um bosta"! Até aí, tudo bem. Mais pra frente, temos Agnaldo Timóteo disparando sua língua de trapo pra cima de João Gilberto, Bossa Nova e Tropicália. Esse depoimento já é mais significativo: evidencia a existência de uma disputa velada entre a MPB - alinhada às elites intelectualóides - e a música popular - chamada de brega, tida como de mau gosto. O programa de Chacrinha era o principal ponto de mediação dessa disputa entre esses dois ramos tão distintos, que disputam - há quase 5 décadas - a primazia de representar não oficialmente o povo brasileiro. (Para mais, leiam a minha dissertação de mestrado).
Além disso, o filme tem a direção de Nelson Hoineff, jornalista responsável pelo marco do politicamente incorreto da TV Brasileira "Documento Especial", da TV Manchete. Com um estilo cru, ele não doura a pílula, mostrando o lado tosco dos entrevistados, expondo o ridículo que se leva a sério, e por isso mesmo constrange e diverte.
Sinatra
58Tem como colocar "quero MUITO ver"?
Cthulhu
2.1 18 Assista AgoraAssistir um filme todo dia tem uma certa dose de masoquismo. As vezes acho alguns filmes que são tão ruins que causam DOR. Esse é o caso desse filme. Baixei por que é baseado na obra de H.P. Lovercraft. Não, eu nunca li os livros do Lovercraft, mais por falta de tempo (minha lista de livros a serem lidos é longa) do que por falta de interesse, mas achei que seria uma boa introdução. Pelo que sei, os livros tratam de pessoas que são expostas a segredos sobre Deuses Ancestrais e cultos malignos que acabariam por enlouquecê-las. Justiça seja feita, isso tudo está no filme. O problema é que é tudo MUITO mal feito. Já vi bons filmes com roteiros piores do que Cthulhu, mas a direção e - principalmente - as atuações colocam tudo a perder.
Quando vemos um filme sem atores conhecidos, pode ser que seja bom. Filmes cheios de atores desconhecidos protagonizados por um ator conhecido pode indicar um projeto pessoal daquela estrela. Agora, quando o artista "conhecido" era coadjuvante de uma série, e é coadjuvante do filme, é pra temer. Entre a trama angustiante e os monstros mostrados no filme, o que dá mais medo é a atuação especialmente ruim de Tori Spelling, que fazia a Donna no seriado Barrados no Baile.
Pura Adrenalina
3.4 90Esse é o primeiro longa metragem do diretor Wes Anderson (e único live-action que faltava para eu assistir). Mais uma vez (ou seria "pela primeira vez"?) personagens desajustados e situações constrangedoras. Mais uma vez, um bom filme. Porém, acho que é o mais fraco do diretor (o que não chega a ser um demérito - era o primeiro filme). Na minha opinião, a ordem é:
1) Os Excêntricos Tenenbaums
2) Três é demais
3) Viagem a Darjeeling
4) A vida marinha de Steve Zissou
5) Pura adrenalina
Falta agora assistir a animação "O Fantástico Sr Raposo".
Enfim, é um dos meus diretores atuais favoritos.
Irmão
3.8 24"Irmão" é um filme de 97 e conta a história de Danila, um ex-militar que sai de sua pequena vila no interior da Rússia para morar com o irmão mais velho em São Petesburgo. Lá, acaba entrando para o ramo de negócios do irmão, um matador de aluguel. A história em si não é nada demais, mas o é interessante para se ver a estética - que lembra a do cinema europeu dos anos 80. A trilha sonora é bem legal, com muita coisa da banda Nautillus (o protagonista é um grande fã). Durante todo o filme, enquanto Danila cometia seus crimes, era impossível não relacionar com GTA IV. Se Danila pegasse um barco e fosse pros EUA, provavelmente se tornaria um Niko Bellic.
Vale a pena assistir.
PS: O pessoal teve as manhas de achar gente FEIA pra esse filme... PQP!
Missão Quase Impossível
2.8 383 Assista AgoraEu adoro o Jackie Chan, mas esse filme é muito fraquinho. Nada mais do que um genérico de "Operação Babá", de 2005. Não dá pra entender o porquê de praticamente refazerem um filme que já não tinha sido grande coisa. Mesmo o carisma de Chan parece estar apagado nesse filme, que é uma comédia que não faz rir, uma história familiar que não emociona... Até as clássicas cenas de luta desse filme estão piores! Enfim, 2 horas perdidas.
Bubba Ho-Tep
3.6 60Terror não é um gênero que me atrai muito. No entanto, os filmes trash sempre me agradaram pela honestidade. Sabe, a coisa de saber que está sendo ridículo e ainda assim levar a sério! Pois, se tirarmos os efeitos especiais bizarros e a trama estapafúrdia, tudo nessa galhofa é levado a sério. Bruce Campbell é um canastrão de primeira e encarna Elvis com muita dignidade. É aquela coisa de que quem conta a piada não pode rir dela. Bubba-Ho-Tep é um filme muito legal para quem entender que sua proposta é ser uma galhofa, mas nem por isso avacalhado. Os monologos de Elvis são impagáveis, e o absurdo da coisa toda é recompensador. Cinema levado como entretenimento, como forma de contar uma história. O cinema seria melhor se tivéssemos mais Bubba-Ho-Teps do que "filmes de arte".
Origem Secreta: A História da DC Comics
4.3 55É um documentário institucional, oficial, então eu não esperava ver nenhum assunto polêmico. O foco é na editora, e não nos personagens, o que me frustrou um pouco. É legal ver os depoimentos dos escritores, que são muito didáticos para explicar a evolução das eras, a crise editorial dos anos 50 e tudo mais. Mas nem uma palavrinha sobre a "Crise nas Infinitas Terras"? É claro que o documentário foi feito já tendo em mente o Reboot desse ano, e talvez essas omissões sejam propositais, mas senti falta. Vale muito para explicar um pouco do fascínio que as HQs de super-heróis exercem sobre milhares de pessoas.
Conan, o Bárbaro
2.5 1,2KFui a este filme com as expectativas lá embaixo. Já tinha lido e ouvido várias críticas que o colocavam como um filme horroroso, quase uma ofensa aos filmes anteriores do personagem. Não sou nenhum fã xiita do Cimério: assisti os filmes anteriores, tive minha fase de comprar as revistas em preto e branco que achava pelos sebos, mas não muito mais do que isso. Por isso, me sinto qualificado para dar uma opinião que não vai ser de viúva do Schwarzenegger: o filme de Conan de 2011 é melhor do que os anteriores.
(Já sinto o calor das tochas da multidão que grita: "Herege!")
Vamos em partes: Conan, o Bárbaro de 1982 é um bom filme, mas Conan, o Destruídor, de 84, é um lixo! Vou ser gente boa e nem vou considerar a bomba Guerreiros de Fogo, de 1985 - onde disfarçaram o Conan de "Kalidor". Vamos comparar com o primeiro então.
Muita gente reclamou do visual do Jason Momoa. Ora, eles preferiam um halterofilista de peruca? Momoa é um cara forte, mas não passa aquela sensação de imobilidade, e seu cabelo parece o cabelo de um bárbaro que não passa horas no salão, ao contrário da peruca de Schwarza. Reclamam que falta "virilidade" (no sentido sexual) ao Conan novo. Ok, até acho que ele podia comer mais gente (embora duas num filme - hoje em dia - seja uma marca considerável), mas acho essa falha menos grave do que a falta de inteligência que passava o Conan antigo (por conta de seu intérprete, que mal sabia falar inglês quando o filme foi rodado). Os vilões do filme novo têm jeito de vilões do Conan, enquanto no filme antigo era James Earl Jones de franjinha! As sequências de luta do filme novo são sensacionais,
em especial a luta contra os homens de areia e a luta sobre a mocinha que grita no final.
Se você não é um schwarzeneguete, recomendo que assista esse filme sem preconceitos, e verá um excelente filme de aventura e fantasia.
O Campeão de Hitler
3.4 73 Assista AgoraEsse é o melhor filme do Uwe Boll, e mesmo assim é só razoável. Imaginei que, por lutar boxe, ele pudesse dar emoção às lutas, fazer como as do Rocky, Touro Indomável ou Cinderella Man, mas não. São mal coreografadas demais, parece que os atores estavam com medo de se encostar. A atuação do Henry Maske é sofrível, parece o Schwarzenegger em início de carreira. Enfim, se a história do Schmeling não fosse tão interessante, não valeria a pena.
PS: O título em português só faz reforçar o estigma que o pugilista teve que lutar contra por toda a vida. Extremo mau gosto.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraDemorei anos pra ver esse filme, mas não achei tão sensacional quanto falavam... Mas ainda é um bom filme.
Dolls
4.2 119Assisti faz muito tempo. É um bom filme, mas não me marcou tanto.
Paradise Now
3.9 160 Assista AgoraAdoro esse filme. Tridimensional, consegue abordar a questão israelo-palestina de vários ângulos, sem se deixar levar pelo julgamento fácil.
Zatoichi
3.8 93Já vi esse filme. Lembro q na época eu gostei, mas não lembro praticamente NADA do filme. Estranho...
Cova Rasa
3.9 313Excelente. Os filmes de Danny Boyle terão sempre lugar em meu coração.
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista AgoraBom, mas ficou datado. E deu a falsa impressão de q a Angelina Jolie sabia interpretar...