Não era pra ser um filme de terror? Eu não encontrei terror nenhum. Estou até agora esperando alguém me dizer que na verdade entrei na sala do filme do Carrossel. Tenho uma palavra para resumir: Tosco. Crianças em atuações extremamente clichês. Finn Wolfhard, tão amável em Stranger Things, está tão forçado nesse filme que chega a ser insuportável. Stranger Things conseguiu captar a atmosfera dos anos 1980 de forma muito legal, conseguindo prender a atenção de públicos variados. It só desce na goela de um público que tem, no mínimo, mal gosto. As pessoas na sala do cinema me mostraram isso muito bem.
De longe, Arrival parece ser mais um daqueles filmes já clichês que abordam a chegada de extraterrestres na terra como algo aterrorizante. Senti que a maioria das pessoas na sala de cinema foram ve-lô esperando mais uma guerra pirotécnica entre humanos e alienígenas, ala Guerra dos Mundos ou Indepedence Day. Neste filme quase inexiste grandes cenas do uso de armas ou explosões, as cenas de medo da população e o caos das instituições modernas entram em segundo plano, sob uma ótica da imprensa. O foco principal é dado ao trabalho assíduo de uma doutora em Linguística que tenta desvendar a linguagem dos alienígenas para que finalmente o mundo descubra quais as intenções dos visitantes interplanetários na Terra. Arrival acaba por ser um filme cauteloso, sensível e o mais sóbrio que já assisti sobre o tema, retratando o medo do desconhecido e, acima de tudo, o complexidade da linguagem e da comunicação entre as espécies e nós mesmos (esse filme é um prato cheio para simpatizantes da linguística). A tarefa incessante de entender as intenções dos alienígenas nos faz refletir sobre a nossa pequenez e limitações como seres humanos. Saí do cinema cheio de nós na cabeça e inconformado com perguntas não respondidas, mas me satisfez a forma como a obra é uma metáfora de que mesmo vivendo na "era da informação", com toda essa tecnologia e globalização, ainda somos primitivos e temos dificuldade de dialogar entre nós mesmos e com o diferente.
Poderia falar sobre o que eu achei do filme, mas estaria repetindo tudo o que já foi dito. No entanto, tenho algo acrescentar; a cena de Iremar mijando na árvore é antológica. Executa-la daquela forma (exibindo o pênis do ator), expressa toda virilidade, a masculinidade primitiva e desinibida do homem nordestino, toda a "falta de edução" e de pudor. É um ato que transcende muitas coisas, que se faz presente.
Filme legal e para toda a família, possui um roteiro bastante didático, que empolga e tem seus alívios cômicos, algo bem típico da Marvel. Também é muito bonito e criativo visualmente, com efeitos ultra-psicodélicos e bem bolados. Obviamente o Benedict Cumberbatch está perfeito como Dr. Strange, mas eu não posso deixar passar em branco a entidade que é Tilda Swinton, também perfeita como a anciã. E apesar do destaque inferior, também amo muito Rachel McAdams, nossa eterna Regina George. Em geral: elenco e efeitos amáveis, roteiro de sempre
Pela sensibilidade um pouco excessiva que sinto pelos portadores do vírus HIV, esse filme foi difícil de assistir. Uma história revoltante sobre uma doença ainda nova, um governo desorientado e uma indústria farmacêutica aproveitadora, muita coisa não mudou. Com atuação merecida do seu Oscar, Matthew McConaughey me fez odia-lo até a metade do filme e amar depois. Jared Leto; sem palavras, a cena em que ele visita o pai vestido de homem mostra que ele não precisou apenas de drásticas mudanças corporais para nos dar uma atuação magistral.
Só nos 10 primeiros segundos de cena com o Anthony Hopkins já são suficientes para deixar claro o quão foda é o seu personagem, chave essencial para a genialidade desse filme.
Grandioso e extremamente perfeccionista, "O Regresso" possui uma fotografia incrível que transmite uma espécie de sinestesia azul e fria, nos obrigando a adentrar naquele cenário gélido, selvagem, realista (como quando o hálito dos atores e do urso embaçam a tela devido a proximidade com a câmera), palco de tantas desgraças e de tantos horizontes estonteantes e lindos que chegam a ser repetitivos, como uma eterna pintura paisagista. Ainda assim, a perfeição técnica não seria suficiente sem a presença das atuações satisfatórias de todo o elenco; Tom Hardy surpreende, o protagonista de "Mad Max" (que junto com o “O Regresso” lidera as indicações no Oscar 2016), aqui é um grande merecedor da sua indicação para Melhor Ator Coadjuvante... E é claro, esse é definitivamente o grande momento de Leonardo DiCaprio; mesmo com poucas linhas de diálogo o protagonista apresentou uma atuação visceral e tão pesada que implora por sua tão aguardada estatueta dourada. No entanto, o filme não deixa de ser cansativo devido as longas e maçantes cenas de enfoque no sofrimento físico do personagem principal, arrastando-se e vagando lentamente através dos cenários por maior parte do tempo, embora sejamos forçados a concordar que o filme é feito para quem não se importa com essa característica "estática" (destaque para a estranhamente linda cena em que DiCaprio adentra no corpo de um cavalo estripado para dormir). De forma geral, "O Regresso" nos entrega sem censuras a selvageria animal (e humana), a rusticidade daqueles seres humanos, que nos refletir que embora localizado no início do século 19, o extinto pode sempre nos arrastar para a era paleolítica. E sobre tudo, o papel de enaltecer o poder da natureza, mas diferentemente de outros filmes, "O Regresso" não defende a idéia um ser humano passivo diante de toda essa grandiosidade, aqui temos como lição o fato de que no final o homem é e sempre vai ser o animal mais feroz.
Os pontos positivos são as referências a cultura pop (principalmente as do X-Men), mas sinto que o público da sala pouco importou-se com essas. De resto, o roteiro é mais um grande clichê disfarçado de inovador pela presença do Deadpool, o que para mim não serve de desculpa. O elemento que sustenta o filme (como o prometido) é o humor ácido do anti-herói, típico de comédias canastronas que particularmente não me agradou. Poucos foram os momentos em que eu de fato achei engraçado. Acredito que o melhor de Deadpool foi o marketing inteligente.
"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" erra por dois motivos; ter sido dividido em duas partes por e, incrível que pareça, por ser muito fiel ao livro. Livros e filmes são formas diferentes de entretenimento, a fidelidade excessiva graças a divisão em duas partes não funcionou. A extrema fidelidade funcionou em "Em Chamas", mas não funcionou aqui. Não me refiro a mudanças ou cortes grotescos na história, e sim uma adaptação que conseguisse, mesmo com um livro frio, empolgar e trazer um maior tom de grandiosidade ao fim da saga que merecia. Caso tivesse sido apenas um, o filme traria um ritmo mais fluído, as cenas de ação do final viriam intercaladas umas atrás das outras, como no livro, com um aspecto de final que não existe nesse filme. O que vemos na tela são cenas de ação com intervalos para diálogos muitas vezes desnecessários e incompreensíveis para boa parte do público que não leu os livros, numa tentativa falha de transformar os passos do Esquadrão Estrelar em um último Jogos Vorazes na cidade (que funcionou no livro, mas no filme não). Um detalhe que me incomodou muito; todos sabemos que o livro se passa pela visão de Katniss, no entanto, na Parte I, foram adicionadas muitas cenas extras; rebeldes nas árvores, rebeldes na hidrelétrica, já na Parte II as únicas cenas extras que vemos são as de Snow (assim como foram mostradas nos 3 outros 3 filmes anteriores), não há cenas de rebeldes na guerra, a guerra praticamente não foi mostrada! O roteiro se restringiu totalmente a Katniss foragida X Snow "manda-chuva". Embora a adaptação seja fiel, outro detalhe que, na minha opinião, foi um erro grave;
no livro todas mortes no livro são "frias", na situação não havia como prestar luto ou comoção aos falecidos. Inclusive a tão polêmica morte de Prim é jogada em nossa imaginação de forma fria, como no filme. O problema é que no livro, após acordar da bomba, Katniss se transforma em uma pessoa fisicamente destruída, ela carrega marcas da guerra e é mentalmente perturbada e inconsciente, que não consegue se expressar e muito menos falar, e esse é o motivo dela não prestar nenhuma emoção a morte de Prim. No filme, logo após sair do hospital, Katniss continua linda; sem arranhões, cabelos sedosos e com um vestuário chique, e apenas passa uma sensação de empatia. Parece que ela não ligou, vindo a expor sua dor apenas na cena do gato.
E no momento que o livro que o filme deveria ter sido mais fiel, o epílogo, vem aquele comercial de margarina. Mais frio que o livro, mediano e arrastado, "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" nos tirou a chance de prestigiar um final empolgante e épico.
"Não se aprende essas coisas, Jéssica. Já se nasce sabendo". Já se nasce sabendo a desigualdade, o pobre já deve nascer sabendo que deve ser inferior. Esse filme é uma desconstrução simples e eficaz, que nos faz repensar quanto o nosso país ainda vive uma espécie de luta de classes e traz à tona os resquícios da escravidão. Atualmente, a Casa Grande continua no Morumbi, mas a Senzala fica a uma certa distância dentre pontos de ônibus, nas periferias onde Jéssica tenta alugar um apartamento. Maravilhosa atuação de Regina Casé, e bom desempenho de todos participantes. Filme crú e real.
Destaque para a cena de Jéssica revela que deseja ingressar na UFAL, o rosto dos patrões em um misto de pena e desacreditamento é tão real que chega a ser vergonhoso; "o país tá mudando mesmo". Mais destaque ainda para o fato de que Jéssica é aprovada, mas o pai do Fabinho (que não passou) pode pagar um intercâmbio que não depende de aprovação nenhuma, mas que vai adicionar tanto em sua experiência. Não temos oportunidades iguais.
Não é melhor que o de 2015, que já não era bom. O filme é uma grande introdução de como surgiu o Quarteto, o que não deixa espaço para nenhum grande acontecimento ou ápice. O desenvolvimento dos personagens não é acompanhado. A luta com o Dr. Destino é fraca, ele passa de um vilão superpoderoso para um personagem facilmente derrotado em questão de minutos. Essa Mulher Invisível está mais para Hermione, e o Tocha Humana com piadas fracas e sem personalidade forte. Só por ter Jessica Alba e o Chris Evans e por ser despretensioso e bem humorado, o de 2005 ainda é superior.
"Não se nasce mulher, torna-se" - Simone de Beauvoir Essa frase explica bastante esse filme. Singelo e com uma mensagem maravilhosa, ainda mais para a época. A liberdade feminina é representada por um modo de certa forma criminoso, mas que torcemos para as duas sempre. Alguns veem o final como algo negativo mas...
foi algo necessário. Se entregar para a polícia seria perder tudo aquilo que as duas construíram durante o filme; liberdade feminina e independência. Elas não chegaram ao México, mas sim foram para o México interior de cada uma, em um lugar onde homem nenhum iriam as enganar ou denegrir.
A primeira vez que vi foi em 2004, aos 7 anos, na casa de uma vizinha. Lembro que naquela semana, eles estavam assistindo a vários filmes. O primeiro que vi lá foi A Noiva de Chuck, uma "comédia ácida" de terror. O segundo, foi o terceiro filme da trilogia Pânico (o pior da saga), só alguns sustos e sangue. Até que um dia a noite, eles iriam "exibir" O Exorcista, e mesmo com tantos avisos da minha irmã, quis assistir. Lembro-me que para iniciar o filme alugado, havia uma certa cerimônia; todas crianças tinham de sair da sala e irem dormir, cada um contava sua experiência em relação ao filme e histórias envolvendo-o e esclarecendo o quanto ele era medonho. Isso me deixou curioso, achava que ia aguentar... Não entendia muito bem o que estava acontecendo, até que ao chegar em uma das cenas que Linda Blair se debate na cama desesperadamente, eu sai correndo de lá chorando tão desesperadamente quanto ela, até hoje não sei explicar o que senti, era um misto de desespero, medo, como se o mundo não fosse mais algo seguro, que o demônio poderia estar em qualquer lugar esperando para me possuir, eu me via muito em Regan, sentia pena da personagem e achava tudo aquilo muito asqueroso e assustador... Demorei mais 7 anos para superar o medo de O Exorcista, apenas a pronuncia da palavra me trazia remorso, foram noites e noites com medo de dormir sozinho, com medo do que havia debaixo da cama esperando por mim. Apenas aos 14 anos, em 2011, eu tive coragem de assistir o filme pelo PC, sozinho. E percebi que não havia nada demais. O Exorcista marcou minha infância, embora o medo tenha acabado, se tornou inesquecível pelo que me fez sentir. Com esse meu relato, tento explicar um pouco porque esse filme é O filme. Clássico dos clássicos.
Obviamente, os efeitos estão bastante datados, mas o roteiro é excepcional (mesmo caso de O Exorcista). Para mim, o que mais impacta são cenas isoladas, mais do que o filme como um todo. Um clássico que inspirou gerações.
Pegando carona na moda de futuro distópico adolescente, a história é fraca e extremamente clichê até o final do filme nos tentar fazer entender que era tudo uma enrolação para a melhor parte. Assim como Jogos Vorazes, tem sua crítica social, mas focada em outros pontos (me lembrou um pouco de Os Invasores com Nicole Kidman). É um bom filme a nível de sagas adolescentes. Agora estou curioso em ver suas continuações.
Rosamund Pike está incrível, merecidíssima indicação ao Oscar de melhor atriz! Filme que mostra o poder da mídia e de um psicopata, e de final angustiante.
Sabia que iria ser como foi, mas esperava um pouco mais, não sei porque. A parte I de Harry Potter, por exemplo, foi parada, mas para mim foi perfeita. Já esse filme, parece que se arrasta (para mim foi rápido) e não se desenvolve tanto, para mim seria ideal se o filme acabasse depois da destruição da Noz ou que fosse uma parte só mesmo, de 2h30, encerraria de modo épico e memorável. O lado bom da divisão é que demora mais para terminar, porque manter a história fiel não era difícil com esse livro. As melhores cenas e dialogos dessa saga vão vir na parte 2. Sinto que esse filme serviu muito mais como introdução, enfim, vamos esperar...
Hollywood precisa de mais filmes como esse. Um clássico moderno. Um filme grandioso, que usa da ficção cientifica para tratar de questões não-cientificas que transcendem a ideia de ciência, tempo e espaço. De inicio, achei que se tornaria cansativo, mas o filme te puxa de teorias cientificas uma atrás da outra para discursos inéditos sobre o amor, indo para questões sobre existência, família, solidão. A pratica da teoria da relatividade e a responsabilidade de dar continuidade a raça humana da um tom de grandiosidade ao filme quando exposto com impecáveis efeitos, um roteiro imprevisível e maravilhosas atuações. Incrível como somos um nada ao lado da grandiosidade do espaço.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraO final com cenas reais foi um chute no estômago, sobretudo a última. Assisti dois dias antes da posse de Jair Bolsonaro. Chorei.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraNão era pra ser um filme de terror? Eu não encontrei terror nenhum. Estou até agora esperando alguém me dizer que na verdade entrei na sala do filme do Carrossel. Tenho uma palavra para resumir: Tosco.
Crianças em atuações extremamente clichês. Finn Wolfhard, tão amável em Stranger Things, está tão forçado nesse filme que chega a ser insuportável. Stranger Things conseguiu captar a atmosfera dos anos 1980 de forma muito legal, conseguindo prender a atenção de públicos variados. It só desce na goela de um público que tem, no mínimo, mal gosto. As pessoas na sala do cinema me mostraram isso muito bem.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraA cada cena que se passa é mais perceptível como esse filme influenciou e revolucionou o gênero. O pai do suspense no cinema.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraDe longe, Arrival parece ser mais um daqueles filmes já clichês que abordam a chegada de extraterrestres na terra como algo aterrorizante. Senti que a maioria das pessoas na sala de cinema foram ve-lô esperando mais uma guerra pirotécnica entre humanos e alienígenas, ala Guerra dos Mundos ou Indepedence Day. Neste filme quase inexiste grandes cenas do uso de armas ou explosões, as cenas de medo da população e o caos das instituições modernas entram em segundo plano, sob uma ótica da imprensa. O foco principal é dado ao trabalho assíduo de uma doutora em Linguística que tenta desvendar a linguagem dos alienígenas para que finalmente o mundo descubra quais as intenções dos visitantes interplanetários na Terra. Arrival acaba por ser um filme cauteloso, sensível e o mais sóbrio que já assisti sobre o tema, retratando o medo do desconhecido e, acima de tudo, o complexidade da linguagem e da comunicação entre as espécies e nós mesmos (esse filme é um prato cheio para simpatizantes da linguística). A tarefa incessante de entender as intenções dos alienígenas nos faz refletir sobre a nossa pequenez e limitações como seres humanos. Saí do cinema cheio de nós na cabeça e inconformado com perguntas não respondidas, mas me satisfez a forma como a obra é uma metáfora de que mesmo vivendo na "era da informação", com toda essa tecnologia e globalização, ainda somos primitivos e temos dificuldade de dialogar entre nós mesmos e com o diferente.
Boi Neon
3.6 463Poderia falar sobre o que eu achei do filme, mas estaria repetindo tudo o que já foi dito. No entanto, tenho algo acrescentar; a cena de Iremar mijando na árvore é antológica. Executa-la daquela forma (exibindo o pênis do ator), expressa toda virilidade, a masculinidade primitiva e desinibida do homem nordestino, toda a "falta de edução" e de pudor. É um ato que transcende muitas coisas, que se faz presente.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraFilme legal e para toda a família, possui um roteiro bastante didático, que empolga e tem seus alívios cômicos, algo bem típico da Marvel. Também é muito bonito e criativo visualmente, com efeitos ultra-psicodélicos e bem bolados. Obviamente o Benedict Cumberbatch está perfeito como Dr. Strange, mas eu não posso deixar passar em branco a entidade que é Tilda Swinton, também perfeita como a anciã. E apesar do destaque inferior, também amo muito Rachel McAdams, nossa eterna Regina George. Em geral: elenco e efeitos amáveis, roteiro de sempre
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraUm bem humorado sobre o século XX e, acima de tudo, sobre a vida em geral. Nos dá aflição do que podemos ser, viver, escolher.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraPela sensibilidade um pouco excessiva que sinto pelos portadores do vírus HIV, esse filme foi difícil de assistir. Uma história revoltante sobre uma doença ainda nova, um governo desorientado e uma indústria farmacêutica aproveitadora, muita coisa não mudou. Com atuação merecida do seu Oscar, Matthew McConaughey me fez odia-lo até a metade do filme e amar depois. Jared Leto; sem palavras, a cena em que ele visita o pai vestido de homem mostra que ele não precisou apenas de drásticas mudanças corporais para nos dar uma atuação magistral.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraSó nos 10 primeiros segundos de cena com o Anthony Hopkins já são suficientes para deixar claro o quão foda é o seu personagem, chave essencial para a genialidade desse filme.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraGrandioso e extremamente perfeccionista, "O Regresso" possui uma fotografia incrível que transmite uma espécie de sinestesia azul e fria, nos obrigando a adentrar naquele cenário gélido, selvagem, realista (como quando o hálito dos atores e do urso embaçam a tela devido a proximidade com a câmera), palco de tantas desgraças e de tantos horizontes estonteantes e lindos que chegam a ser repetitivos, como uma eterna pintura paisagista. Ainda assim, a perfeição técnica não seria suficiente sem a presença das atuações satisfatórias de todo o elenco; Tom Hardy surpreende, o protagonista de "Mad Max" (que junto com o “O Regresso” lidera as indicações no Oscar 2016), aqui é um grande merecedor da sua indicação para Melhor Ator Coadjuvante... E é claro, esse é definitivamente o grande momento de Leonardo DiCaprio; mesmo com poucas linhas de diálogo o protagonista apresentou uma atuação visceral e tão pesada que implora por sua tão aguardada estatueta dourada.
No entanto, o filme não deixa de ser cansativo devido as longas e maçantes cenas de enfoque no sofrimento físico do personagem principal, arrastando-se e vagando lentamente através dos cenários por maior parte do tempo, embora sejamos forçados a concordar que o filme é feito para quem não se importa com essa característica "estática" (destaque para a estranhamente linda cena em que DiCaprio adentra no corpo de um cavalo estripado para dormir). De forma geral, "O Regresso" nos entrega sem censuras a selvageria animal (e humana), a rusticidade daqueles seres humanos, que nos refletir que embora localizado no início do século 19, o extinto pode sempre nos arrastar para a era paleolítica. E sobre tudo, o papel de enaltecer o poder da natureza, mas diferentemente de outros filmes, "O Regresso" não defende a idéia um ser humano passivo diante de toda essa grandiosidade, aqui temos como lição o fato de que no final o homem é e sempre vai ser o animal mais feroz.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraAlém de tudo que já foi dito, essa obra é uma lição de vida. Faça como o Truman:
saia da bolha em que você vive, existe um mundo incrível lá fora.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraOs pontos positivos são as referências a cultura pop (principalmente as do X-Men), mas sinto que o público da sala pouco importou-se com essas. De resto, o roteiro é mais um grande clichê disfarçado de inovador pela presença do Deadpool, o que para mim não serve de desculpa.
O elemento que sustenta o filme (como o prometido) é o humor ácido do anti-herói, típico de comédias canastronas que particularmente não me agradou. Poucos foram os momentos em que eu de fato achei engraçado. Acredito que o melhor de Deadpool foi o marketing inteligente.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista Agora"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" erra por dois motivos; ter sido dividido em duas partes por e, incrível que pareça, por ser muito fiel ao livro. Livros e filmes são formas diferentes de entretenimento, a fidelidade excessiva graças a divisão em duas partes não funcionou. A extrema fidelidade funcionou em "Em Chamas", mas não funcionou aqui. Não me refiro a mudanças ou cortes grotescos na história, e sim uma adaptação que conseguisse, mesmo com um livro frio, empolgar e trazer um maior tom de grandiosidade ao fim da saga que merecia.
Caso tivesse sido apenas um, o filme traria um ritmo mais fluído, as cenas de ação do final viriam intercaladas umas atrás das outras, como no livro, com um aspecto de final que não existe nesse filme. O que vemos na tela são cenas de ação com intervalos para diálogos muitas vezes desnecessários e incompreensíveis para boa parte do público que não leu os livros, numa tentativa falha de transformar os passos do Esquadrão Estrelar em um último Jogos Vorazes na cidade (que funcionou no livro, mas no filme não).
Um detalhe que me incomodou muito; todos sabemos que o livro se passa pela visão de Katniss, no entanto, na Parte I, foram adicionadas muitas cenas extras; rebeldes nas árvores, rebeldes na hidrelétrica, já na Parte II as únicas cenas extras que vemos são as de Snow (assim como foram mostradas nos 3 outros 3 filmes anteriores), não há cenas de rebeldes na guerra, a guerra praticamente não foi mostrada! O roteiro se restringiu totalmente a Katniss foragida X Snow "manda-chuva".
Embora a adaptação seja fiel, outro detalhe que, na minha opinião, foi um erro grave;
no livro todas mortes no livro são "frias", na situação não havia como prestar luto ou comoção aos falecidos. Inclusive a tão polêmica morte de Prim é jogada em nossa imaginação de forma fria, como no filme. O problema é que no livro, após acordar da bomba, Katniss se transforma em uma pessoa fisicamente destruída, ela carrega marcas da guerra e é mentalmente perturbada e inconsciente, que não consegue se expressar e muito menos falar, e esse é o motivo dela não prestar nenhuma emoção a morte de Prim. No filme, logo após sair do hospital, Katniss continua linda; sem arranhões, cabelos sedosos e com um vestuário chique, e apenas passa uma sensação de empatia. Parece que ela não ligou, vindo a expor sua dor apenas na cena do gato.
E no momento que o livro que o filme deveria ter sido mais fiel, o epílogo, vem aquele comercial de margarina.
Mais frio que o livro, mediano e arrastado, "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final" nos tirou a chance de prestigiar um final empolgante e épico.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agora"Não se aprende essas coisas, Jéssica. Já se nasce sabendo". Já se nasce sabendo a desigualdade, o pobre já deve nascer sabendo que deve ser inferior.
Esse filme é uma desconstrução simples e eficaz, que nos faz repensar quanto o nosso país ainda vive uma espécie de luta de classes e traz à tona os resquícios da escravidão. Atualmente, a Casa Grande continua no Morumbi, mas a Senzala fica a uma certa distância dentre pontos de ônibus, nas periferias onde Jéssica tenta alugar um apartamento.
Maravilhosa atuação de Regina Casé, e bom desempenho de todos participantes. Filme crú e real.
Destaque para a cena de Jéssica revela que deseja ingressar na UFAL, o rosto dos patrões em um misto de pena e desacreditamento é tão real que chega a ser vergonhoso; "o país tá mudando mesmo". Mais destaque ainda para o fato de que Jéssica é aprovada, mas o pai do Fabinho (que não passou) pode pagar um intercâmbio que não depende de aprovação nenhuma, mas que vai adicionar tanto em sua experiência. Não temos oportunidades iguais.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraNão é melhor que o de 2015, que já não era bom.
O filme é uma grande introdução de como surgiu o Quarteto, o que não deixa espaço para nenhum grande acontecimento ou ápice. O desenvolvimento dos personagens não é acompanhado. A luta com o Dr. Destino é fraca, ele passa de um vilão superpoderoso para um personagem facilmente derrotado em questão de minutos.
Essa Mulher Invisível está mais para Hermione, e o Tocha Humana com piadas fracas e sem personalidade forte. Só por ter Jessica Alba e o Chris Evans e por ser despretensioso e bem humorado, o de 2005 ainda é superior.
Thelma & Louise
4.2 968 Assista Agora"Não se nasce mulher, torna-se" - Simone de Beauvoir
Essa frase explica bastante esse filme. Singelo e com uma mensagem maravilhosa, ainda mais para a época. A liberdade feminina é representada por um modo de certa forma criminoso, mas que torcemos para as duas sempre. Alguns veem o final como algo negativo mas...
foi algo necessário. Se entregar para a polícia seria perder tudo aquilo que as duas construíram durante o filme; liberdade feminina e independência. Elas não chegaram ao México, mas sim foram para o México interior de cada uma, em um lugar onde homem nenhum iriam as enganar ou denegrir.
Viva a Thelma e Louise, heroínas.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraO trailer deixou claro que Francis vai ser fiel ao livro.
O Exorcista
4.1 2,3K Assista AgoraA primeira vez que vi foi em 2004, aos 7 anos, na casa de uma vizinha. Lembro que naquela semana, eles estavam assistindo a vários filmes. O primeiro que vi lá foi A Noiva de Chuck, uma "comédia ácida" de terror. O segundo, foi o terceiro filme da trilogia Pânico (o pior da saga), só alguns sustos e sangue.
Até que um dia a noite, eles iriam "exibir" O Exorcista, e mesmo com tantos avisos da minha irmã, quis assistir. Lembro-me que para iniciar o filme alugado, havia uma certa cerimônia; todas crianças tinham de sair da sala e irem dormir, cada um contava sua experiência em relação ao filme e histórias envolvendo-o e esclarecendo o quanto ele era medonho. Isso me deixou curioso, achava que ia aguentar...
Não entendia muito bem o que estava acontecendo, até que ao chegar em uma das cenas que Linda Blair se debate na cama desesperadamente, eu sai correndo de lá chorando tão desesperadamente quanto ela, até hoje não sei explicar o que senti, era um misto de desespero, medo, como se o mundo não fosse mais algo seguro, que o demônio poderia estar em qualquer lugar esperando para me possuir, eu me via muito em Regan, sentia pena da personagem e achava tudo aquilo muito asqueroso e assustador...
Demorei mais 7 anos para superar o medo de O Exorcista, apenas a pronuncia da palavra me trazia remorso, foram noites e noites com medo de dormir sozinho, com medo do que havia debaixo da cama esperando por mim. Apenas aos 14 anos, em 2011, eu tive coragem de assistir o filme pelo PC, sozinho. E percebi que não havia nada demais. O Exorcista marcou minha infância, embora o medo tenha acabado, se tornou inesquecível pelo que me fez sentir.
Com esse meu relato, tento explicar um pouco porque esse filme é O filme. Clássico dos clássicos.
Poltergeist: O Fenômeno
3.5 1,1K Assista AgoraObviamente, os efeitos estão bastante datados, mas o roteiro é excepcional (mesmo caso de O Exorcista). Para mim, o que mais impacta são cenas isoladas, mais do que o filme como um todo. Um clássico que inspirou gerações.
Divergente
3.5 2,1K Assista AgoraPegando carona na moda de futuro distópico adolescente, a história é fraca e extremamente clichê até o final do filme nos tentar fazer entender que era tudo uma enrolação para a melhor parte. Assim como Jogos Vorazes, tem sua crítica social, mas focada em outros pontos (me lembrou um pouco de Os Invasores com Nicole Kidman). É um bom filme a nível de sagas adolescentes. Agora estou curioso em ver suas continuações.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraRosamund Pike está incrível, merecidíssima indicação ao Oscar de melhor atriz!
Filme que mostra o poder da mídia e de um psicopata, e de final angustiante.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraSabia que iria ser como foi, mas esperava um pouco mais, não sei porque. A parte I de Harry Potter, por exemplo, foi parada, mas para mim foi perfeita. Já esse filme, parece que se arrasta (para mim foi rápido) e não se desenvolve tanto, para mim seria ideal se o filme acabasse depois da destruição da Noz ou que fosse uma parte só mesmo, de 2h30, encerraria de modo épico e memorável.
O lado bom da divisão é que demora mais para terminar, porque manter a história fiel não era difícil com esse livro. As melhores cenas e dialogos dessa saga vão vir na parte 2. Sinto que esse filme serviu muito mais como introdução, enfim, vamos esperar...
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraHollywood precisa de mais filmes como esse. Um clássico moderno. Um filme grandioso, que usa da ficção cientifica para tratar de questões não-cientificas que transcendem a ideia de ciência, tempo e espaço. De inicio, achei que se tornaria cansativo, mas o filme te puxa de teorias cientificas uma atrás da outra para discursos inéditos sobre o amor, indo para questões sobre existência, família, solidão. A pratica da teoria da relatividade e a responsabilidade de dar continuidade a raça humana da um tom de grandiosidade ao filme quando exposto com impecáveis efeitos, um roteiro imprevisível e maravilhosas atuações. Incrível como somos um nada ao lado da grandiosidade do espaço.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraQuando um trailer recupera sua expectativa.
pelo visto conseguiram transformar a parte I (monónota) num filme grandioso.