A série desapontou e muito. Ficou forçada. Inseriram novos personagens do nada, o enredo anterior se perdeu. Enfim, parece que foi vendida e perdeu a qualidade. Que pena!
O romance de Igor é Niko é assim tratado: nada é anormal, tudo é fluído, a sexualidade não é tabu. Nem mesmo com os pais. Que sonho. A questão do autismo também é tratada de uma forma bonita e ajuda a descontruir preconceitos sobre o espectro. A forma com que a separação dos pais de Niko se dá também é linda, e o personagem de Niko ganha cada vez mais sentido conforme a trama vai trazendo as cenas da mãe e do pai dele. Uma coisa só que eu fiquei sem entender, e acho que ficou "solto": os pais de Lena. Por que queriam ir para Itália? Por que desistiram? Por que ficaram no hotel? Acho que faltou trabalhar um pouco mais o papel deles. Aposto que uma saída seria explorar mais a relação entre irmãs (mãe de Niko e mãe de Lena).
Posso não ter prestado atenção em algo, porque por vezes achei a série arrastada, monótona - há que se ter paciência, é verdade. Mas é uma série bonita.
Concordo que seja um pouco exagerada em alguns momentos, mas não é um tempo jogado fora. É uma trama envolvente e o espectador fica curioso para saber o que acontecerá no próximo momento. Não é a melhor coisa que já vi, mas também não acredito que seja tão ruim. Fiquei curioso, inclusive, para uma segunda temporada, que com certeza veria.
Filme pesadíssimo, visceral. A gente fica agoniado com a coragem que a mulher tem. No fim, só ficou uma frase (ainda que clichê, mas profunda) na minha cabeça:
"na vida, não é tão importante o que te fizeram, mas sim o que você faz com aquilo que te fizeram".
Filme muito delicado e sutil, apesar de falar de um tema visceral (religião e sexualidade). Só quem é LGBT sabe como é duro se sentir desencaixado de sua comunidade.
Gosto muito de filmes e séries sobre a comunidade judia, sobre os Haredi, e gosto ainda mais quando tem um final feliz, de aceitação, como ocorre em Desobediência. A reação final de Dovid foi linda. Mas não pude deixar de desejar que eles formassem um trisal, rs.
Enfim, apesar de ter me parecido bonito, o filme foi um pouco arrastado, demorado (nada insuportável para mim).
Fofo demais. Excelente continuação. Me lembrei que assisti A Fuga 1 no cinema, com a escola, quando eu era pequenininho. É um ótimo filme para introjetar luta de classes nas crianças, hihihihi.
O filme até pretende passar uma mensagem legal: o mundo tá acabando, a massa é refém dos ricos, precisamos nos unir, só quem tem grana conseguirá fugir... mas, a sensação que me fica é que a trama promete muito e entrega pouco. Uma coisa bem sei lá.
Uma das melhores séries dos últimos tempos. Maratonei em uma semana. Realmente vale a pena. Sobretudo para quem precisa criar uma visão menos estereotipada sobre pessoas com autismo. Ri muito, chorei várias vezes, tive raiva do pai do Sam em algumas. É uma série que ensina sobre a importância de se ter sensibilidade para olhar e ouvir o outro e suas necessidades. Vou sentir saudades da família Gadner, do Zahid, da Paige.
Uma ótima série, que apresenta o cotidiano de pessoas judias ortodoxas, mas sem a pretensão de tecer nenhuma crítica, apenas expor. E isso é bonito, porque as vezes nos atemos somente as críticas, sem reparar no humano que existe por detrás de cada sujeito. E essa série esfrega na nossa cara que, mesmo os fanáticos religiosos, são tão humanos quanto nós mesmos.
Confesso que, no começo, detestei a terceira temporada. Odiei Libbi ter morrido, mas depois do envolvimento de Kiva com Racheli, tudo começou a fazer sentido e a ganhar cor de novo. É engraçado como essa série faz a gente se aproximar tanto dos personagens, que acabamos nutrindo uma relação com eles, como se fôssemos um membro da família. Senti raiva de Lippi e depois gostei. Depois desgotei dele de novo. Amei e também senti raiva da Gitti e Ruchama - A Gitti, em específico, me fez refletir muito sobre o quanto é doloroso conviver com alguém controlador -. Me apaixonei por Hanina. Me apenei com a secretaria do Shulem e tive vontade de abraçá-la. Detestei o Shulem, achei ele velho, depois achei ele super jovem, descontraído. Amei a esposa que compra o carro. Enfim, cada personagem despertou em mim um sentimento, uma sensação.
A cena final foi muito inesperada pra mim. Achei de uma poética incrível. Aliás, a série toda é poética, mas é uma poética do cotidiano, que as vezes é difícil de perceber.
Como fiquei em dúvida se via ou não via, corri logo pro episódio do Brasil, que conta a história de Nicinha e Jurema. Só queria dizer que começarei a ver agora o segundo episódio.
Série super legal, com um enredo bem produzido. Vale a pena ver, apesar de algumas coisinhas que incomodam.
A principal falha da série, sob meu ponto de vista, é que mostram uma realidade bem romantizada das pessoas surdas. A história toda fala só de pessoas surdas com boas condições financeiras, com boas casas. Só mostram paisagens de praia, boas ruas, uma estética bem diferente do que se vê todos os dias na vida real. (E posso estar me esquecendo algo, porque vi já faz alguns dias).
Ainda assim, a série não perde o brilho, porque trata da temática super importante, urgente e até curiosa, que é a cultura surda. Percebe-se que há um esforço por fazer da série didática com relação ao direito e a existência de pessoas surdas, e ao meu ver, isso não tem nada de ruim ou mal. É até bonito.
Pra mim, a questão do racismo foi uma sacada boa, mas não convence, porque tem um único negro no meio da história toda. Outra questão que foi uma boa sacada, mas ficou meio superficial, é sobre a drag queen. Mas, para uma primeira temporada, é um bom começo, porque toca (ainda que de muito leve) na construção da ideia de que todas as opressões se perpassam e se encontram.
Enfim, quero ver a próxima temporada e torço para que ela venha um tanto mais real e menos idealizada. De qualquer forma, senti uma pegada pegada meio adolescente, que trata de um tema sério com leveza, e faz a série ser gostosa de assistir.
Algumas atuações não são perfeitas, mas tem uma história fofinha. As trilhas sonoras dialogam com o roteiro e valorizam demais a MPB. O filme tem diversidade e pode trazer umas reflexões profundas através de alguns diálogos. As cenas de sexo são muito sexys e esse Lee Taylor é um gostoso desgraçado da porra.
You're so vain You probably think this song is about you You're so vain (you're so vain) I bet you think this song is about you Don't you don't you?
Série foda. É um dos suspenses com maior crítica social que já vi na produção brasileira. Atuações excelentes dos protagonistas e uma reconstrução muito detalhista dos contexto dos anos 90.
Sofri junto com Cristina, entendi a Darlene e as dores do Edson. O final é muito digno, embora eu não saiba como ficará a nova temporada sem a presença marcante da Darlene. No fundo, eu torcia para que Cristina a tivesse salvado e elas se perdoassem. Mas, não seria nada convincente, porque a Darlene nunca mais ia confiar na Cristina caso ela tivesse sobrevivido.
Agora Cristina estará livre para contar a versão que ela quiser da história. E no fundo, é a própria Cristina a maior vítima de tudo isso. Ela é mais vítima até que o próprio Edson. A Cristina deixou uma vida de paz para tentar socorrer o irmão que estava com problemas, um irmão que era também vítima. Mas ela deu um passo maior que as pernas.
E é por isso que temos que aprender a ajudar o próximo sempre respeitando nossos limites. A questão é que isso é muito difícil quando se trata de um familiar, de alguém que você ama e que você tem uma história, um passado. Só que esse é o tipo de coisa dura que nós precisamos fazer por nós mesmos, pelo bem de nossa segurança e de nossa saúde. Precisamos aprender a dizer não, quando dizer sim significa nos colocar em risco pelo bem do outro.
Outra coisa que talvez essa série me ensine é a necessidade de lutar com inteligência. A inteligência é a maior arma que existe. Maior até do que qualquer arma de fogo, do que qualquer faca, é a inteligência. A estratégia. A esperteza. A irmandade.
Uma série super fofa. Consegue juntar duas coisas que amo: simplicidade sem perder a profundidade, uma boa fotografia/estética em ambientes "pobres". A protagonista é um amor e realmente conseguiu me despertar sentimentos pela personagem: pena, tristeza, impaciência, raiva, ansiedade.
Gosto muito da proposta de que o enredo vá se encaixando aos poucos e sempre há algo por se descobrir. São várias revelações e reviravoltas, mas de uma maneira inteligente, que faz o espectador pensar. Não são reviravoltas mirabolantes, apenas para colocarem uma surpresa descabida no meio da história.
No final, eu já tinha até me esquecido de como a história começou, mas parece que quem dirigiu sabia exatamente de onde queria partir e onde queria chegar. Aí, quando a cena final voltou para a primeira, eu fui relembrando aos poucos, e foi tão prazeroso!
Achei o irmão da protagonista um gostoso. Puts, que homem sexy! E até nos momentos em que ele era grosseiro, se percebia certa sensibilidade na maneira desconcertada dele de expor o que sentia. É claro que os machismos do personagem incomodam muito, mas acho que isso nos coloca em confronto com a realidade cultural do local de origem da série.
Embora a história seja muito boa, algumas coisas eu não consegui compreender: aquele pé de fruta que o irmão da protagonista dá um ataque e come só porque a esposa estava olhando fixamente, e o título da série. Alguém entendeu isso? Outra coisa que ficou meio desconexa foi: por que o cara rico chorava cheirando o lenço da Meryen? Aquela psicóloga com o irmão com deficiência, por que brigava tanto com a irmã?
Enfim, a série é cheia de detalhes sensíveis, e seria difícil comentar cada um deles. Mas eu quis desistir no primeiro/segundo capítulo, e ainda bem que insisti. Então, se você tiver lendo esse comentário na dúvida se deve ou não continuar vendo, por favor: continue!
Filme poético, inteligente, desvelador da inferiorização das culturas populares. Tudo que é do pobre é inferiorizado e o filme denuncia isso de uma maneira muito sensível.
Para mim, que cresci ouvindo brega (e aprendi a não gostar e a inferiorizar também) é uma libertação compreender essa relação do capital com a cultura brega.
Entre os temas atuais que o filme toca, estão: racismo, classe, prostituição, sexualidade, transgeneridade, machismo, autoaceitação, gozo.
É verdade que a diretora errou (e feio!) ao final, quando fez uma pergunta ridícula pra Marquise. Porém, vamos dar um desconto: o filme é de 2012. Nessa época, não se discutia sobre pessoas trans como hoje se discute. Aliás, para a época foi um grande avanço a diretora trazer a questão da sexualidade e das pessoas trans, porque ela poderia ter deixado a narrativa apenas na ótica hétero (ontem vi um filme sobre a cultura brega e fizeram isso). Estamos falando de oito anos atrás.
Enfim, errou? Errou e provavelmente não sabia que estava errado. Tomara que hoje tenha aprendido. O erro tirou o valor do filme? Definitivamente não.
Documentário maravilhoso. Abriu a minha mente num tanto!
A cultura popular é sempre vista como inferior porque é uma cultura que vem do povo. E tentam matar e inferiorizar tudo que é do povo: das empregadas, dos pedreiros, das putas, das atendentes, dos vendedores, dos cozinheiros... de todas as gentes e profissões que sustentam esse país tão desigual.
O brega é música com influências de nossos países irmãos da américa latina. Por isso, faz sentido a Bossa Nova ser valorizada, já que possui influências no jazz. O que é nosso é rejeitado, e o que é de fora, o que é da gringa, é visto como bonito.
É uma tristeza ver, por exemplo, que muitos filmes gringos possuem grande apelação e visibilidade, enquanto um documentário tão bonito como esse, sobre nossa cultura, possua apenas mil visualizações no youtube. Acabei de pesquisar e um documentário de pop arte possui 20 mil visualizações.
A colonização resiste na mente. Ainda somos colonizados. Talvez só tenha mudado o colono...
Bridgerton (3ª Temporada)
3.9 27 Assista AgoraA série desapontou e muito. Ficou forçada. Inseriram novos personagens do nada, o enredo anterior se perdeu. Enfim, parece que foi vendida e perdeu a qualidade. Que pena!
Primeiros Amores (1ª Temporada)
4.1 14 Assista AgoraAdoro enredos em que a sexualidade é tratada com naturalidade.
O romance de Igor é Niko é assim tratado: nada é anormal, tudo é fluído, a sexualidade não é tabu. Nem mesmo com os pais. Que sonho.
A questão do autismo também é tratada de uma forma bonita e ajuda a descontruir preconceitos sobre o espectro.
A forma com que a separação dos pais de Niko se dá também é linda, e o personagem de Niko ganha cada vez mais sentido conforme a trama vai trazendo as cenas da mãe e do pai dele.
Uma coisa só que eu fiquei sem entender, e acho que ficou "solto": os pais de Lena. Por que queriam ir para Itália? Por que desistiram? Por que ficaram no hotel? Acho que faltou trabalhar um pouco mais o papel deles. Aposto que uma saída seria explorar mais a relação entre irmãs (mãe de Niko e mãe de Lena).
Posso não ter prestado atenção em algo, porque por vezes achei a série arrastada, monótona - há que se ter paciência, é verdade. Mas é uma série bonita.
Treta
4.1 317 Assista AgoraConcordo que seja um pouco exagerada em alguns momentos, mas não é um tempo jogado fora. É uma trama envolvente e o espectador fica curioso para saber o que acontecerá no próximo momento. Não é a melhor coisa que já vi, mas também não acredito que seja tão ruim. Fiquei curioso, inclusive, para uma segunda temporada, que com certeza veria.
Uma Mulher Fantástica
4.1 423 Assista AgoraFilme pesadíssimo, visceral. A gente fica agoniado com a coragem que a mulher tem. No fim, só ficou uma frase (ainda que clichê, mas profunda) na minha cabeça:
"na vida, não é tão importante o que te fizeram, mas sim o que você faz com aquilo que te fizeram".
Obrigado, Marina!
Desobediência
3.7 722 Assista AgoraFilme muito delicado e sutil, apesar de falar de um tema visceral (religião e sexualidade). Só quem é LGBT sabe como é duro se sentir desencaixado de sua comunidade.
Gosto muito de filmes e séries sobre a comunidade judia, sobre os Haredi, e gosto ainda mais quando tem um final feliz, de aceitação, como ocorre em Desobediência. A reação final de Dovid foi linda. Mas não pude deixar de desejar que eles formassem um trisal, rs.
Enfim, apesar de ter me parecido bonito, o filme foi um pouco arrastado, demorado (nada insuportável para mim).
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraResisti em ver, mas até que é bonzinho.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraInstigante. Provocador. Vale a pena ver.
Outlander (7ª Temporada)
3.9 11Estou sentindo tanta falta dessa série. Contando os dias para sair a próxima temporada.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 236 Assista AgoraFofo demais. Excelente continuação. Me lembrei que assisti A Fuga 1 no cinema, com a escola, quando eu era pequenininho. É um ótimo filme para introjetar luta de classes nas crianças, hihihihi.
O Mundo Depois de Nós
3.2 899 Assista AgoraO filme até pretende passar uma mensagem legal: o mundo tá acabando, a massa é refém dos ricos, precisamos nos unir, só quem tem grana conseguirá fugir... mas, a sensação que me fica é que a trama promete muito e entrega pouco. Uma coisa bem sei lá.
Atypical (4ª Temporada)
4.1 208 Assista AgoraUma das melhores séries dos últimos tempos. Maratonei em uma semana. Realmente vale a pena. Sobretudo para quem precisa criar uma visão menos estereotipada sobre pessoas com autismo. Ri muito, chorei várias vezes, tive raiva do pai do Sam em algumas. É uma série que ensina sobre a importância de se ter sensibilidade para olhar e ouvir o outro e suas necessidades. Vou sentir saudades da família Gadner, do Zahid, da Paige.
Boi Neon
3.6 462Esse Cazarré é um gostoso, pena que é negacionista.
Os Salafrários
2.7 132 Assista AgoraMais ridículo impossível.
Vergolha alheia.
Shtisel (3ª Temporada)
4.4 12Uma ótima série, que apresenta o cotidiano de pessoas judias ortodoxas, mas sem a pretensão de tecer nenhuma crítica, apenas expor. E isso é bonito, porque as vezes nos atemos somente as críticas, sem reparar no humano que existe por detrás de cada sujeito. E essa série esfrega na nossa cara que, mesmo os fanáticos religiosos, são tão humanos quanto nós mesmos.
Confesso que, no começo, detestei a terceira temporada. Odiei Libbi ter morrido, mas depois do envolvimento de Kiva com Racheli, tudo começou a fazer sentido e a ganhar cor de novo. É engraçado como essa série faz a gente se aproximar tanto dos personagens, que acabamos nutrindo uma relação com eles, como se fôssemos um membro da família. Senti raiva de Lippi e depois gostei. Depois desgotei dele de novo. Amei e também senti raiva da Gitti e Ruchama - A Gitti, em específico, me fez refletir muito sobre o quanto é doloroso conviver com alguém controlador -. Me apaixonei por Hanina. Me apenei com a secretaria do Shulem e tive vontade de abraçá-la. Detestei o Shulem, achei ele velho, depois achei ele super jovem, descontraído. Amei a esposa que compra o carro. Enfim, cada personagem despertou em mim um sentimento, uma sensação.
A cena final foi muito inesperada pra mim. Achei de uma poética incrível. Aliás, a série toda é poética, mas é uma poética do cotidiano, que as vezes é difícil de perceber.
Nossos mortos sempre estarão com a gente.
Meu Amor: Seis Histórias de Amor Verdadeiro (1ª Temporada)
4.0 11Como fiquei em dúvida se via ou não via, corri logo pro episódio do Brasil, que conta a história de Nicinha e Jurema. Só queria dizer que começarei a ver agora o segundo episódio.
Crisálida
4.0 9Série super legal, com um enredo bem produzido. Vale a pena ver, apesar de algumas coisinhas que incomodam.
A principal falha da série, sob meu ponto de vista, é que mostram uma realidade bem romantizada das pessoas surdas. A história toda fala só de pessoas surdas com boas condições financeiras, com boas casas. Só mostram paisagens de praia, boas ruas, uma estética bem diferente do que se vê todos os dias na vida real. (E posso estar me esquecendo algo, porque vi já faz alguns dias).
Ainda assim, a série não perde o brilho, porque trata da temática super importante, urgente e até curiosa, que é a cultura surda. Percebe-se que há um esforço por fazer da série didática com relação ao direito e a existência de pessoas surdas, e ao meu ver, isso não tem nada de ruim ou mal. É até bonito.
Pra mim, a questão do racismo foi uma sacada boa, mas não convence, porque tem um único negro no meio da história toda. Outra questão que foi uma boa sacada, mas ficou meio superficial, é sobre a drag queen. Mas, para uma primeira temporada, é um bom começo, porque toca (ainda que de muito leve) na construção da ideia de que todas as opressões se perpassam e se encontram.
Enfim, quero ver a próxima temporada e torço para que ela venha um tanto mais real e menos idealizada. De qualquer forma, senti uma pegada pegada meio adolescente, que trata de um tema sério com leveza, e faz a série ser gostosa de assistir.
Paraíso Perdido
3.8 266Algumas atuações não são perfeitas, mas tem uma história fofinha.
As trilhas sonoras dialogam com o roteiro e valorizam demais a MPB.
O filme tem diversidade e pode trazer umas reflexões profundas através de alguns diálogos. As cenas de sexo são muito sexys e esse Lee Taylor é um gostoso desgraçado da porra.
You're so vain
You probably think this song is about you
You're so vain (you're so vain)
I bet you think this song is about you
Don't you don't you?
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar
4.2 993 Assista AgoraSó há duas maneiras de se ver a animação:
ou com os olhos de uma criança,
ou se conhecendo a beleza de uma criança.
Irmandade (1ª Temporada)
4.0 159 Assista AgoraSérie foda. É um dos suspenses com maior crítica social que já vi na produção brasileira. Atuações excelentes dos protagonistas e uma reconstrução muito detalhista dos contexto dos anos 90.
Sofri junto com Cristina, entendi a Darlene e as dores do Edson. O final é muito digno, embora eu não saiba como ficará a nova temporada sem a presença marcante da Darlene. No fundo, eu torcia para que Cristina a tivesse salvado e elas se perdoassem. Mas, não seria nada convincente, porque a Darlene nunca mais ia confiar na Cristina caso ela tivesse sobrevivido.
Agora Cristina estará livre para contar a versão que ela quiser da história. E no fundo, é a própria Cristina a maior vítima de tudo isso. Ela é mais vítima até que o próprio Edson. A Cristina deixou uma vida de paz para tentar socorrer o irmão que estava com problemas, um irmão que era também vítima. Mas ela deu um passo maior que as pernas.
E é por isso que temos que aprender a ajudar o próximo sempre respeitando nossos limites. A questão é que isso é muito difícil quando se trata de um familiar, de alguém que você ama e que você tem uma história, um passado. Só que esse é o tipo de coisa dura que nós precisamos fazer por nós mesmos, pelo bem de nossa segurança e de nossa saúde. Precisamos aprender a dizer não, quando dizer sim significa nos colocar em risco pelo bem do outro.
Outra coisa que talvez essa série me ensine é a necessidade de lutar com inteligência. A inteligência é a maior arma que existe. Maior até do que qualquer arma de fogo, do que qualquer faca, é a inteligência. A estratégia. A esperteza. A irmandade.
8 em Istambul (1ª Temporada)
4.2 34 Assista AgoraUma série super fofa. Consegue juntar duas coisas que amo: simplicidade sem perder a profundidade, uma boa fotografia/estética em ambientes "pobres". A protagonista é um amor e realmente conseguiu me despertar sentimentos pela personagem: pena, tristeza, impaciência, raiva, ansiedade.
Gosto muito da proposta de que o enredo vá se encaixando aos poucos e sempre há algo por se descobrir. São várias revelações e reviravoltas, mas de uma maneira inteligente, que faz o espectador pensar. Não são reviravoltas mirabolantes, apenas para colocarem uma surpresa descabida no meio da história.
No final, eu já tinha até me esquecido de como a história começou, mas parece que quem dirigiu sabia exatamente de onde queria partir e onde queria chegar. Aí, quando a cena final voltou para a primeira, eu fui relembrando aos poucos, e foi tão prazeroso!
Achei o irmão da protagonista um gostoso. Puts, que homem sexy! E até nos momentos em que ele era grosseiro, se percebia certa sensibilidade na maneira desconcertada dele de expor o que sentia. É claro que os machismos do personagem incomodam muito, mas acho que isso nos coloca em confronto com a realidade cultural do local de origem da série.
Embora a história seja muito boa, algumas coisas eu não consegui compreender: aquele pé de fruta que o irmão da protagonista dá um ataque e come só porque a esposa estava olhando fixamente, e o título da série. Alguém entendeu isso? Outra coisa que ficou meio desconexa foi: por que o cara rico chorava cheirando o lenço da Meryen? Aquela psicóloga com o irmão com deficiência, por que brigava tanto com a irmã?
Enfim, a série é cheia de detalhes sensíveis, e seria difícil comentar cada um deles. Mas eu quis desistir no primeiro/segundo capítulo, e ainda bem que insisti. Então, se você tiver lendo esse comentário na dúvida se deve ou não continuar vendo, por favor: continue!
Vou Rifar Meu Coração
4.1 214Filme poético, inteligente, desvelador da inferiorização das culturas populares. Tudo que é do pobre é inferiorizado e o filme denuncia isso de uma maneira muito sensível.
Para mim, que cresci ouvindo brega (e aprendi a não gostar e a inferiorizar também) é uma libertação compreender essa relação do capital com a cultura brega.
Entre os temas atuais que o filme toca, estão: racismo, classe, prostituição, sexualidade, transgeneridade, machismo, autoaceitação, gozo.
É verdade que a diretora errou (e feio!) ao final, quando fez uma pergunta ridícula pra Marquise. Porém, vamos dar um desconto: o filme é de 2012. Nessa época, não se discutia sobre pessoas trans como hoje se discute. Aliás, para a época foi um grande avanço a diretora trazer a questão da sexualidade e das pessoas trans, porque ela poderia ter deixado a narrativa apenas na ótica hétero (ontem vi um filme sobre a cultura brega e fizeram isso). Estamos falando de oito anos atrás.
Enfim, errou? Errou e provavelmente não sabia que estava errado. Tomara que hoje tenha aprendido. O erro tirou o valor do filme? Definitivamente não.
Amor & Brega
3.5 2Documentário maravilhoso.
Abriu a minha mente num tanto!
A cultura popular é sempre vista como inferior porque é uma cultura que vem do povo.
E tentam matar e inferiorizar tudo que é do povo: das empregadas, dos pedreiros, das putas, das atendentes, dos vendedores, dos cozinheiros... de todas as gentes e profissões que sustentam esse país tão desigual.
O brega é música com influências de nossos países irmãos da américa latina. Por isso, faz sentido a Bossa Nova ser valorizada, já que possui influências no jazz. O que é nosso é rejeitado, e o que é de fora, o que é da gringa, é visto como bonito.
É uma tristeza ver, por exemplo, que muitos filmes gringos possuem grande apelação e visibilidade, enquanto um documentário tão bonito como esse, sobre nossa cultura, possua apenas mil visualizações no youtube. Acabei de pesquisar e um documentário de pop arte possui 20 mil visualizações.
A colonização resiste na mente. Ainda somos colonizados. Talvez só tenha mudado o colono...
A Invenção da Infância
4.4 71"Ser criança não significa ter infância".
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraQueria muito ser amigo de Clara.