Débora Everlyn

Um dos melhores filmes atuais de suspense. A narrativa convence, a história te toca e o silêncio te pacifica. Qualquer som, por mais baixo que seja no filme já te deixa tenso. Enquanto silencioso as coisas estão em paz. Simplesmente maravilhoso. Valeu a pena cada minuto.

Uma discussão muito necessária sobre o uso da tecnologia, principalmente a tecnologia de reconhecimento facial, por companhias e governos e a forma como isso afeta a sociedade, em especial grupos minoritários.
É muito interessante ver como a discussão de algo que já está em uso com a falta da regulamentação necessária. Em alguns locais temos legislações protetivas, como a LGPD no Brasil e a GDPR na União Européia, mas e nos outros países? Não precisamos de proteção em todos os locais do mundo?
E a proteção que temos é suficiente ou necessitamos de algo mais específico? Há como resolver o problema do preconceito no treinamento de inteligências artificiais? Como faremos isso, sendo que ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa e desigual?
Enfim, o filme/doc traz muitos questionamentos e nos faz pensar um pouco mais profundamente na nossa relação com a tecnologia.

Um filme interessante, triste, violento e intenso. A personagem da Leandra Leal, Rosa, é uma mulher com pouco amor próprio, desiludida, triste e, aparentemente, sem nenhuma ambição ou sonhos. O relacionamento dela com o Bernardo, personagem Milhem é assombroso de todas as formas. A forma como aos poucos ele se mostra cada vez mais violento, e sem escrúpulos. Como ela se agarra ao relacionamento, mesmo que saiba que ele não tem futuro, e se torna cada vez mais obcecada com o Bernardo.
Em certo momento fica confuso se ela quer ser Sylvia ou se ela quer apenas ter o que a Sylvia tem. Inclusive Sylvia é uma mulher comum, sem grandes sonhos, em um casamento sem futuro, tentado se encontrar e com uma filha que mal aparece durante toda a trama, apesar da história girar em torno da menina.
Durante boa parte do filme achei que Rosa era uma stalker (o que ela é), alguém a se temer (o que se prova verdade). Só que o filme apresenta tantas camadas do ser humano. Como toda a história se desenrola, como as coisas ficam mais complexas e, principalmente, como o as pessoas mostram sempre seu pior lado quando tem a oportunidade.
Achei o filme ótimo, estou feliz por termos essa obra para chamar de nossa.