Vi esse filme por causa da resenha do Getro e posso dizer que me arrependi. Esperava um final surpreendente ou estarrecedor, mas a verdade é que desde o princípio dá pra saber exatamente qual será o desfecho do filme. Talvez funcione como comentário social sobre a cultura dinamarquesa em oposição à holandesa, porém, não me convenceu muito não. Achei que o filme se explica demais por meio de diálogos que o deixam bem cafoninha. Eu não lembro onde, mas já vi premissa similar em outros filmes. Ou seja, aqui não se está fazendo nada de novo exatamente e aquela resposta do casal no final, o modo como ela acontece, acaba dando um ar pretensioso demais aos realizadores desse filme.
O elenco está muito bem, mas a adaptação da peça pro cinema foi malfeita. Você simplesmente consegue visualizar os atores entrando e saindo de cena tal qual fariam entre os atos de uma peça. Infelizmente, as cenas mais poderosas são também as em que a linguagem teatral fica mais evidente, pela pouca mobilidade dos atores em cena, como se estivessem restritos a um palco.
O filme não é ruim, mas essa inadequação causa certo estranhamento pra quem está vendo. É como se tivessem socado uma peça dentro de um filme.
Olha, essa série chegou ao nível mais baixo. Juntaram um elenco muito bom, possivelmente o melhor de toda a franquia, e entregaram um filme horrendo. Só pra lembrar que Chris Rock é produtor executivo dessa birosca. Então, não é que ele merecesse melhor e deram um personagem ruim a ele. Ele por livre e espontânea vontade fez esse personagem e fez muito mal: uma performance forçada, caricata, não é um personagem dramático nem cômico, tampouco se decide quanto a isso. Simplesmente não convence. Desfecho previsível, linhas narrativas que se perdem. Até hoje eu tô me perguntando, por exemplo, qual foi o propósito do diálogo entre Zeke e a esposa do Boz para a história como um todo.
A versão dos anos 1970 é melhor. Acho que o filme adotou um tom excessivamente dramático. E também achei os atores bem subaproveitados. A única que se sobressai é Emma Mackey. E, ainda assim, não chega perto da performance de Mia Farrow que fez o mesmo personagem de forma brilhante.
Mais outro filme biográfico chato. Até bem executado, mas caguei pra vida de Beethoven ou de qualquer outro gênio. Só vi mesmo por obrigações acadêmicas.
É muito difícil filme biográfico não cair em clichês. Esse aqui cai em quase todos. Uma pena porque é um desperdício de talentos: Colin Firth, Scarlet Johansson, Essie Davis e Tom Wilkinson parece que estão só de enfeite no filme que é muito inferior aos quatro. O filme não é chato pelo ritmo, é chato porque é previsível, mas esse não é nem o pior problema. Há filmes com narrativas previsíveis que se valem de recursos outros que o tornam atraente pra quem assiste. Esse aqui é só previsível e chato mesmo.
se o que estava acontecendo era real ou encenado. Eu jurava que tudo não passava de encenação e o desenlace acabou sendo interessante: existia, de fato, uma encenação porque o sangue cenográfico e outros elementos próprios do teatro/cinema eram encontrados pelos protagonistas, ludibriando tanto eles como quem assistia. Foi uma surpresa também saber que os atores da peça não tinham conhecimento de tudo o que se passava ali, como por exemplo, de que se alimentavam da plateia.
Qual é a origem do dinheiro que encontram no baú? E qual é a ligação entre Adam e o cara que assaltou a lanchonete? O que ele ganhou exatamente impedindo o assalto? Dinheiro não foi porque o assalto foi mal sucedido E se ele era realmente cúmplice do cara, por que o cara não o denunciou?.
Muita gente abaixo falando das muitas situações absurdas do filme. Pra mim, nenhuma situação é mais absurda do que Vane aceitar um convite do Ángel pra entrar em casa. O cara já tinha se provado um stalker, manipulador e abusador. E ela ainda confia nele? Coragem.
Acho que essa é a tragédia da mulher heterossexual. Tragédia bem no sentido grego do termo porque já é algo esperado.
Ao contrário de uns comentários abaixo, achei que o filme captou o essencial do livro. E, de certa forma, até mesmo deu uma interpretação para aspectos apenas sugeridos no livro. We have always lived in the castle é um livro de horror com elementos cômicos. Muito boas as performances de Daddario e Farmiga. Só acho que ficou bem óbvio
pela atuação, figurino e cabelo que Marricat foi quem de fato envenenou a família. Entretanto, não acho isso tão relevante para a história, a não ser que o ponto central fosse transformar essa revelação no clímax da história, que não acho ser o caso nem do filme nem do livro
Assim, comparar com religião é uma leitura possível, mas pra mim é uma leitura óbvia, rasa, superficial demais. Pra mim esse filme tem mais a ver com comunidade, na sua acepção mais radical. Se você já leu um pouco sobre comunidades, sobre o conceito de comunidade, mais especificamente sobre comunidades pré-colombianas, vai saber que muitas delas não tinham esse conceito de indivíduo moderno que temos hoje. A comunidade era um corpo único, todos cuidavam de todos, não havia o conceito de família nuclear porque a comunidade era a família e as crianças eram responsabilidade de todos. Isso é ressaltado nas inúmeras cenas em que os membros da comunidade parecem sentir a dor, física ou psicológica, de um especificamente. Isso enfatiza que aquelas pessoas estão ligadas por um senso que não é o da individualidade, mas sim de união. Entender isso como algo engraçado ou ridículo (e daí comparar com os rituais de igreja) apenas reforça a crítica que o filme faz: de como somos tão imersos em nossa própria cultura e, por conta disso, temos a visão turva, incapazes de compreender a cultura do Outro.
Estou dizendo que a comunidade do filme é pré-colombiana? Evidente que não, mas é sempre bom destacar porque nestes tempos as pessoas levam tudo ao pé da letra. O filme é ficcional. O que penso é que claramente houve uma inspiração nessas comunidades ao criar a que vemos no filme. Mais do que uma crítica a religiões, pra mim o filme está criticando mesmo é a falta de empatia e a individualidade da vida moderna: a moça encontrou mais solidariedade e humanidade numa cultura radicalmente diferente da dela do que no namorado e nos colegas que a tratavam com desprezo e indiferença.
Eu não gostei mesmo foi da desumanização da Elsa. Agora, ela não é mais um ser humano com poderes mágicos. É um espírito da floresta. Pelo amor de deus.
Jim Parsons não consegue se desvincular de Sheldon Cooper. Sobre o filme, o diretor fez uma escolha interessante: mostrar como Ted era visto. Gostei muito do uso da fotografia, com cores quentes nos momentos de idílio familiar e se tornando mais soturna nos momentos em que era insinuado o outro lado da personalidade de Ted.
A cena do cachorro é legal e não inteiramente fictícia: em The stranger beside me, Ann Rule revela que o único sinal que teve de que Ted talvez não fosse uma boa pessoa é que seu cachorro parecia não gostar dele, sempre agindo de maneira agressiva quando ele aparecia.
O filme parece um clipe musical, não tem uma narrativa propriamente. Feito pra fãs. Não tô reclamando porque eu sou fã. Mas como cinema deixa a desejar, sim.
um macho escroto, abusivo, violento que é humanizado e apresentado como coitado traumatizado. Trauma depois de matar a mulher e a filha. Chega a parecer piada quando a gente lembra da realidade, que tem homem que atropela namorada depois da balada e vai pra casa dormir
Soft & Quiet
3.5 241É exatamente assim que eu imagino que eles sejam.
Não Fale o Mal
3.6 666Vi esse filme por causa da resenha do Getro e posso dizer que me arrependi. Esperava um final surpreendente ou estarrecedor, mas a verdade é que desde o princípio dá pra saber exatamente qual será o desfecho do filme. Talvez funcione como comentário social sobre a cultura dinamarquesa em oposição à holandesa, porém, não me convenceu muito não. Achei que o filme se explica demais por meio de diálogos que o deixam bem cafoninha. Eu não lembro onde, mas já vi premissa similar em outros filmes. Ou seja, aqui não se está fazendo nada de novo exatamente e aquela resposta do casal no final, o modo como ela acontece, acaba dando um ar pretensioso demais aos realizadores desse filme.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraO elenco está muito bem, mas a adaptação da peça pro cinema foi malfeita. Você simplesmente consegue visualizar os atores entrando e saindo de cena tal qual fariam entre os atos de uma peça. Infelizmente, as cenas mais poderosas são também as em que a linguagem teatral fica mais evidente, pela pouca mobilidade dos atores em cena, como se estivessem restritos a um palco.
O filme não é ruim, mas essa inadequação causa certo estranhamento pra quem está vendo. É como se tivessem socado uma peça dentro de um filme.
Espiral: O Legado de Jogos Mortais
2.2 526 Assista AgoraOlha, essa série chegou ao nível mais baixo. Juntaram um elenco muito bom, possivelmente o melhor de toda a franquia, e entregaram um filme horrendo. Só pra lembrar que Chris Rock é produtor executivo dessa birosca. Então, não é que ele merecesse melhor e deram um personagem ruim a ele. Ele por livre e espontânea vontade fez esse personagem e fez muito mal: uma performance forçada, caricata, não é um personagem dramático nem cômico, tampouco se decide quanto a isso. Simplesmente não convence. Desfecho previsível, linhas narrativas que se perdem. Até hoje eu tô me perguntando, por exemplo, qual foi o propósito do diálogo entre Zeke e a esposa do Boz para a história como um todo.
Morte no Nilo
3.1 351 Assista AgoraA versão dos anos 1970 é melhor. Acho que o filme adotou um tom excessivamente dramático. E também achei os atores bem subaproveitados. A única que se sobressai é Emma Mackey. E, ainda assim, não chega perto da performance de Mia Farrow que fez o mesmo personagem de forma brilhante.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraChato.
Minha Amada Imortal
4.1 211Mais outro filme biográfico chato. Até bem executado, mas caguei pra vida de Beethoven ou de qualquer outro gênio. Só vi mesmo por obrigações acadêmicas.
Moça com Brinco de Pérola
3.6 428É muito difícil filme biográfico não cair em clichês. Esse aqui cai em quase todos. Uma pena porque é um desperdício de talentos: Colin Firth, Scarlet Johansson, Essie Davis e Tom Wilkinson parece que estão só de enfeite no filme que é muito inferior aos quatro. O filme não é chato pelo ritmo, é chato porque é previsível, mas esse não é nem o pior problema. Há filmes com narrativas previsíveis que se valem de recursos outros que o tornam atraente pra quem assiste. Esse aqui é só previsível e chato mesmo.
Sem Conexão
2.1 263 Assista AgoraQue gracinha de filme. <3
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 551 Assista AgoraO plot twist heuheuheuheueehueh
Cadáver
2.5 254 Assista AgoraO filme foi uma grata surpresa. Confesso que até o final pairou aquela dúvida sobre
se o que estava acontecendo era real ou encenado. Eu jurava que tudo não passava de encenação e o desenlace acabou sendo interessante: existia, de fato, uma encenação porque o sangue cenográfico e outros elementos próprios do teatro/cinema eram encontrados pelos protagonistas, ludibriando tanto eles como quem assistia. Foi uma surpresa também saber que os atores da peça não tinham conhecimento de tudo o que se passava ali, como por exemplo, de que se alimentavam da plateia.
Rebecca: A Mulher Inesquecível
2.9 333 Assista AgoraBem mais ou menos.
Mentiras Perigosas
2.5 276Muitas coisas nesse filme são inexplicáveis.
Qual é a origem do dinheiro que encontram no baú? E qual é a ligação entre Adam e o cara que assaltou a lanchonete? O que ele ganhou exatamente impedindo o assalto? Dinheiro não foi porque o assalto foi mal sucedido E se ele era realmente cúmplice do cara, por que o cara não o denunciou?.
Enola Holmes
3.5 816 Assista AgoraSe existe algo que me fascina nesses filmes mainstream é o fenômeno da feminista domesticada.
Remédio Amargo
2.8 268Acho que a gente já pode chamar o filme de misândrico, afinal, a mensagem que ele passa é que nem mesmo em um homem cadeirante é possível confiar.
Gente, é ironia. O filme não é misândrico, tá?
Muita gente abaixo falando das muitas situações absurdas do filme. Pra mim, nenhuma situação é mais absurda do que Vane aceitar um convite do Ángel pra entrar em casa. O cara já tinha se provado um stalker, manipulador e abusador. E ela ainda confia nele? Coragem.
Acho que essa é a tragédia da mulher heterossexual. Tragédia bem no sentido grego do termo porque já é algo esperado.
Os Segredos do Castelo
2.6 56 Assista AgoraAo contrário de uns comentários abaixo, achei que o filme captou o essencial do livro. E, de certa forma, até mesmo deu uma interpretação para aspectos apenas sugeridos no livro. We have always lived in the castle é um livro de horror com elementos cômicos. Muito boas as performances de Daddario e Farmiga. Só acho que ficou bem óbvio
pela atuação, figurino e cabelo que Marricat foi quem de fato envenenou a família. Entretanto, não acho isso tão relevante para a história, a não ser que o ponto central fosse transformar essa revelação no clímax da história, que não acho ser o caso nem do filme nem do livro
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraSó leia se já tiver visto o filme, colegas.
Assim, comparar com religião é uma leitura possível, mas pra mim é uma leitura óbvia, rasa, superficial demais. Pra mim esse filme tem mais a ver com comunidade, na sua acepção mais radical. Se você já leu um pouco sobre comunidades, sobre o conceito de comunidade, mais especificamente sobre comunidades pré-colombianas, vai saber que muitas delas não tinham esse conceito de indivíduo moderno que temos hoje. A comunidade era um corpo único, todos cuidavam de todos, não havia o conceito de família nuclear porque a comunidade era a família e as crianças eram responsabilidade de todos. Isso é ressaltado nas inúmeras cenas em que os membros da comunidade parecem sentir a dor, física ou psicológica, de um especificamente. Isso enfatiza que aquelas pessoas estão ligadas por um senso que não é o da individualidade, mas sim de união. Entender isso como algo engraçado ou ridículo (e daí comparar com os rituais de igreja) apenas reforça a crítica que o filme faz: de como somos tão imersos em nossa própria cultura e, por conta disso, temos a visão turva, incapazes de compreender a cultura do Outro.
Estou dizendo que a comunidade do filme é pré-colombiana? Evidente que não, mas é sempre bom destacar porque nestes tempos as pessoas levam tudo ao pé da letra. O filme é ficcional. O que penso é que claramente houve uma inspiração nessas comunidades ao criar a que vemos no filme. Mais do que uma crítica a religiões, pra mim o filme está criticando mesmo é a falta de empatia e a individualidade da vida moderna: a moça encontrou mais solidariedade e humanidade numa cultura radicalmente diferente da dela do que no namorado e nos colegas que a tratavam com desprezo e indiferença.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraEsse sim é bom. Esse sim não é o overrated Hereditário.
Frozen II
3.6 783Bem mais ou menos. O plot até que tem alguma substância. Pouca, mas tem.
Eu não gostei mesmo foi da desumanização da Elsa. Agora, ela não é mais um ser humano com poderes mágicos. É um espírito da floresta. Pelo amor de deus.
Aterrorizante
2.9 452 Assista AgoraEsse palhaço é dos mais sinistros que já vi em filmes de terror.
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal
3.3 585 Assista AgoraJim Parsons não consegue se desvincular de Sheldon Cooper. Sobre o filme, o diretor fez uma escolha interessante: mostrar como Ted era visto. Gostei muito do uso da fotografia, com cores quentes nos momentos de idílio familiar e se tornando mais soturna nos momentos em que era insinuado o outro lado da personalidade de Ted.
A cena do cachorro é legal e não inteiramente fictícia: em The stranger beside me, Ann Rule revela que o único sinal que teve de que Ted talvez não fosse uma boa pessoa é que seu cachorro parecia não gostar dele, sempre agindo de maneira agressiva quando ele aparecia.
Tara Maldita
2.7 96Mckenna Grace é muito melhor que Patty McCormack.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraO filme parece um clipe musical, não tem uma narrativa propriamente. Feito pra fãs. Não tô reclamando porque eu sou fã. Mas como cinema deixa a desejar, sim.
Fratura
3.3 917Mais um filme sobre
um macho escroto, abusivo, violento que é humanizado e apresentado como coitado traumatizado. Trauma depois de matar a mulher e a filha. Chega a parecer piada quando a gente lembra da realidade, que tem homem que atropela namorada depois da balada e vai pra casa dormir