Nem dos antigos e nem dos novos. Mas este aqui é muito especial. Carregado de metáforas. Não é só um terror, é também um drama psicológico que fala sobre o prosaico - a deterioração de uma relação a dois - mas fala de forma criativa, sem cair no lugar-comum. O que me captou particularmente foi a forma como o diretor trabalhou com a fragilidade da confiança que vai se quebrando aos poucos. E, sim, num ritmo muito bom.
Nossa, as outras duas adaptações do livro são tão superiores. Coitada da Julianne Moore, até ela tá canastrona aqui. Chloë Moretz é uma sem graça, a pior Carrie do cinema. Sei lá, parece que a diretora só fez adaptar o roteiro do filme do Brian de Palma porque tá praticamente igual. E o filme traz uma penca de erros de continuidade.
Não há nada de excepcional neste suspense, a não ser o fato de que cumpre seu papel. Embora tenha deixado várias lacunas para o espectador preencher, não é muito difícil chegar à conclusão de que
a protagonista era a própria Cécile. O próprio roteiro dá pistas disso. Por exemplo ao colocar ao lado dela uma garota que, tal qual Cécile, também era gordinha quando mais jovem. Obviamente, acredito que Cécile seja uma mentirosa em nível patológico, e ela mente bastante para Luc e para a própria Jamie. Contudo, não creio que certas expressões afetuosas que ela demonstra ao olhar para Luc sejam fingimento. Também, seu desejo de ser protegida por ele. Protegida de quê? Honestamente, não havia como ela saber sobre o incesto ou esperar proteção de Luc apenas por meio de uma carta. A simbiose da personagem com a casa, como se lhe fosse um ambiente familiar. O fato de Luc achar seu olhar familiar. Enfim, tudo isso me leva a crer que seja a própria Cécile. Outros aspectos psicológicos: o sexo entre ela e Mathieu no início do filme, o interesse dele por ela. E a admissão do próprio ao final de que a ama. O roteiro está sempre dando guinadas para frente e para trás. Esse talvez seja o aspecto mais interessante do filme. Os indícios são sempre de ordem psicológica e estão fragmentados no decorrer da película. Mas talvez a maior evidência de que aquela era realmente Cécile é que ela é a personagem mais enigmática (quase uma Rebecca, hahaha) do filme, mas não somos apresentados a ela diretamente. Até sua mãe aparece, ela não. Mas será que não mesmo? No mais, a ambiguidade das reações dela ao atender o telefone deu força à narrativa. Contudo, sinto que o medo dela foi diferente quando Mathieu se identificou pela primeira vez ao telefone.
O filme se entrega muito antes do final. Teria sido mais interessante se tivesse se focado no drama de cada um dos personagens. Sinto que ficou vazio e superficial, especialmente porque alguns personagens estavam lá de enfeite.
Honestamente, não acho que Karla tenha sido pintada como vítima. Acredito que ela sofreu violência de Paul Bernardo, mas não creio que sua "fácil cooperação" com ele tenha sido por medo dele. Ela tinha medo de ser presa e condenada. lol
Ela estava numa situação fodida do tipo "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Denunciar/abandonar Bernardo era se denunciar enquanto cúmplice e ser presa. Pensem bem onde Karla está hoje. Ela não estaria livre se não tivesse medido suas decisões. A mulher é uma sociopata. Nunca pediu desculpas às famílias das vítimas.
Em termos de temática, Miss Violence não é exatamente inovador. Enquanto via lembrei de pelo menos três filmes que trazem o mesmo tema, seja como trama principal, seja como uma das histórias paralelas. As quatro estrelas são pela cinematografia. Há um apuro muito grande nos enquadramentos e, mais do que isso, não é aquela ânsia de diretor que quer mostrar que sabe, mas que pensa cada plano de modo a construir um sentido. Não é só uma questão estética. É querer comunicar e criar um meio eficaz de comunicar sem recorrer ao óbvio. Avranas prende você, faz você entrar na intimidade daquela família e saber o que está acontecendo lá. É uma experiência bem de voyer mesmo. Muito bom. ^_^
De forma mais literal, como uma história de terror. E o filme consegue duas coisas que considero importantes: 1) fazer com que nos importemos com aquelas pessoas e 2) mostrar que o verdadeiro medo está na impotência diante das situações. Ao contrário de muitos filmes que nomeiam um inimigo, meios de derrotá-lo e onde os personagens SABEM o que se passa com eles, aqui, uma das personagens centrais sofre lapsos nos quais não se recorda sequer do que aconteceu. Ela tem medo, mas nem mesmo sabe do quê.
O outro modo de interpretação, mais social, é que o filme emula problemas da contemporaneidade e, ao mesmo tempo, joga pra gente de forma literal a falta de sentido na violência (o marido mata a esposa, mas não diz/sabe por que). Além do suicídio, e especificamente o suicídio em grupo, um problema muito grave do Japão.
Hori e Marika, vistos fora do contexto do filme, passariam facilmente por pessoas com algum tipo de doença mental. Mesmo no contexto do filme hahahaha, considero Hori um esquizofrênico.
Talvez funcionasse como episódio de série de TV, mas como filme não. Há graves problemas de roteiro e direção. O filme não se decide se é um suspense, um romance, de ação e acaba não sendo nenhum dos três. Mas numa coisa ele merece joinha: as coisas acontecem tão rápido que você mal se dá conta das incoerências e dos absurdos que o roteiro te enfia goela abaixo. Só quando termina o filme e você tira um momentinho pra pensar é que se dá conta da história absurda que acabou de ver. Resumo: é até bonzinho de ver se você não quer pensar em nada. :)
Geral se referindo ao filme como comédia romântica. Aqui não tem romance nenhum. É uma simples comédia. O fato de a personagem ter um envolvimento com outro produtor jamais foi o foco do roteiro. Pra quem é da área de comunicação, é muito legal. Embora eu não saiba como funcionam as coisas nos EUA, aqui no Brasil o produtor não tem tanta autonomia como a personagem da Rachael.
Que merda de nome tosco o desse filme. A gente pensa que não vale nada.
Mas é um ótimo filme que mostra bem a condição da mulher na favela. Lindas essas mulheres que ainda são garotas adolescentes, divididas entre o desejo de viver essa fase da vida e a realidade que sua condição social lhes impôs.
No mais, torci o filme inteiro pra Fanny ficar com o Henry. Ainda não li todos os livros da Jane Austen, mas tenho a impressão de que ela não deve ter criado personagem mais insosso que o Edmund.
Eu imaginava que ia dar numa armação. Me lembrou muito o filme da outra Lisbeth Salander, haha. O argumento é muito semelhante ao de Passion. Além do mais, a personagem nunca me convenceu de sua inocência. Mas a trama foi muito bem amarrada. Aquele psiquiatra é um sujeito muito crédulo. É preciso sempre partir do princípio que o paciente mente. Por isso e também porque odeio psiquiatras, eu tava torcendo pra o plano das duas dar certo.
O cinismo da personagem de Emma Watson é hilário...
Enfim, interessante como a diretora pegou um evento real e, a partir dele, mostrou de forma sarcástica um retrato sobre a juventude de hoje. Nesse sentido, é revelador.
Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones
3.7 774 Assista AgoraNeste, pelo menos, a Amidala é menos decorativa. [temer feelings]
Meu Malvado Favorito 2
3.9 1,8K Assista AgoraAchei melhor que o primeiro. Gru mais humano e o Antonio <3
Finalmente, o que houve com ele? :B
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraO melhor desse filme é que definitivamente ele não se leva a sério. A parte do trem. lol
Honeymoon
2.7 278Olha, eu nunca gostei de filmes de
ets
Nem dos antigos e nem dos novos. Mas este aqui é muito especial. Carregado de metáforas. Não é só um terror, é também um drama psicológico que fala sobre o prosaico - a deterioração de uma relação a dois - mas fala de forma criativa, sem cair no lugar-comum. O que me captou particularmente foi a forma como o diretor trabalhou com a fragilidade da confiança que vai se quebrando aos poucos. E, sim, num ritmo muito bom.
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraNossa, as outras duas adaptações do livro são tão superiores. Coitada da Julianne Moore, até ela tá canastrona aqui. Chloë Moretz é uma sem graça, a pior Carrie do cinema. Sei lá, parece que a diretora só fez adaptar o roteiro do filme do Brian de Palma porque tá praticamente igual. E o filme traz uma penca de erros de continuidade.
The Unlikely Girl
2.8 13Não há nada de excepcional neste suspense, a não ser o fato de que cumpre seu papel. Embora tenha deixado várias lacunas para o espectador preencher, não é muito difícil chegar à conclusão de que
a protagonista era a própria Cécile. O próprio roteiro dá pistas disso. Por exemplo ao colocar ao lado dela uma garota que, tal qual Cécile, também era gordinha quando mais jovem. Obviamente, acredito que Cécile seja uma mentirosa em nível patológico, e ela mente bastante para Luc e para a própria Jamie. Contudo, não creio que certas expressões afetuosas que ela demonstra ao olhar para Luc sejam fingimento. Também, seu desejo de ser protegida por ele. Protegida de quê? Honestamente, não havia como ela saber sobre o incesto ou esperar proteção de Luc apenas por meio de uma carta. A simbiose da personagem com a casa, como se lhe fosse um ambiente familiar. O fato de Luc achar seu olhar familiar. Enfim, tudo isso me leva a crer que seja a própria Cécile. Outros aspectos psicológicos: o sexo entre ela e Mathieu no início do filme, o interesse dele por ela. E a admissão do próprio ao final de que a ama. O roteiro está sempre dando guinadas para frente e para trás. Esse talvez seja o aspecto mais interessante do filme. Os indícios são sempre de ordem psicológica e estão fragmentados no decorrer da película. Mas talvez a maior evidência de que aquela era realmente Cécile é que ela é a personagem mais enigmática (quase uma Rebecca, hahaha) do filme, mas não somos apresentados a ela diretamente. Até sua mãe aparece, ela não. Mas será que não mesmo? No mais, a ambiguidade das reações dela ao atender o telefone deu força à narrativa. Contudo, sinto que o medo dela foi diferente quando Mathieu se identificou pela primeira vez ao telefone.
Passageiros
3.2 843 Assista AgoraO filme se entrega muito antes do final. Teria sido mais interessante se tivesse se focado no drama de cada um dos personagens. Sinto que ficou vazio e superficial, especialmente porque alguns personagens estavam lá de enfeite.
Love On The Side
1.6 20Esse filme tem uma mensagem completamente equivocada.
Evidências de um Crime
3.1 133 Assista AgoraDeprimente. Todo mundo é meio fodido nessa historinha.
Karla: Paixão Assassina
3.2 114Honestamente, não acho que Karla tenha sido pintada como vítima. Acredito que ela sofreu violência de Paul Bernardo, mas não creio que sua "fácil cooperação" com ele tenha sido por medo dele. Ela tinha medo de ser presa e condenada. lol
Ela estava numa situação fodida do tipo "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Denunciar/abandonar Bernardo era se denunciar enquanto cúmplice e ser presa. Pensem bem onde Karla está hoje. Ela não estaria livre se não tivesse medido suas decisões. A mulher é uma sociopata. Nunca pediu desculpas às famílias das vítimas.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraComercial de margarina.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraEm termos de temática, Miss Violence não é exatamente inovador. Enquanto via lembrei de pelo menos três filmes que trazem o mesmo tema, seja como trama principal, seja como uma das histórias paralelas. As quatro estrelas são pela cinematografia. Há um apuro muito grande nos enquadramentos e, mais do que isso, não é aquela ânsia de diretor que quer mostrar que sabe, mas que pensa cada plano de modo a construir um sentido. Não é só uma questão estética. É querer comunicar e criar um meio eficaz de comunicar sem recorrer ao óbvio. Avranas prende você, faz você entrar na intimidade daquela família e saber o que está acontecendo lá. É uma experiência bem de voyer mesmo. Muito bom. ^_^
11 de Setembro
3.6 45Os dois que relacionam o 11 de setembro a outros eventos são os melhores.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraVéi, onde acha, pelamor?
Noroi: A Lenda de Kagutaba
3.3 159Não é assustador, mas o filme pode ser interpretado de duas maneiras.
De forma mais literal, como uma história de terror. E o filme consegue duas coisas que considero importantes: 1) fazer com que nos importemos com aquelas pessoas e 2) mostrar que o verdadeiro medo está na impotência diante das situações. Ao contrário de muitos filmes que nomeiam um inimigo, meios de derrotá-lo e onde os personagens SABEM o que se passa com eles, aqui, uma das personagens centrais sofre lapsos nos quais não se recorda sequer do que aconteceu. Ela tem medo, mas nem mesmo sabe do quê.
O outro modo de interpretação, mais social, é que o filme emula problemas da contemporaneidade e, ao mesmo tempo, joga pra gente de forma literal a falta de sentido na violência (o marido mata a esposa, mas não diz/sabe por que). Além do suicídio, e especificamente o suicídio em grupo, um problema muito grave do Japão.
Hori e Marika, vistos fora do contexto do filme, passariam facilmente por pessoas com algum tipo de doença mental. Mesmo no contexto do filme hahahaha, considero Hori um esquizofrênico.
Não é o tipo de filme que assusta, mas perturba.
Sem Saída
2.7 1,4K Assista AgoraTalvez funcionasse como episódio de série de TV, mas como filme não. Há graves problemas de roteiro e direção. O filme não se decide se é um suspense, um romance, de ação e acaba não sendo nenhum dos três. Mas numa coisa ele merece joinha: as coisas acontecem tão rápido que você mal se dá conta das incoerências e dos absurdos que o roteiro te enfia goela abaixo. Só quando termina o filme e você tira um momentinho pra pensar é que se dá conta da história absurda que acabou de ver. Resumo: é até bonzinho de ver se você não quer pensar em nada. :)
Uma Manhã Gloriosa
3.4 729 Assista AgoraGeral se referindo ao filme como comédia romântica. Aqui não tem romance nenhum. É uma simples comédia. O fato de a personagem ter um envolvimento com outro produtor jamais foi o foco do roteiro. Pra quem é da área de comunicação, é muito legal. Embora eu não saiba como funcionam as coisas nos EUA, aqui no Brasil o produtor não tem tanta autonomia como a personagem da Rachael.
Sonhos Roubados
3.2 273 Assista AgoraQue merda de nome tosco o desse filme. A gente pensa que não vale nada.
Mas é um ótimo filme que mostra bem a condição da mulher na favela. Lindas essas mulheres que ainda são garotas adolescentes, divididas entre o desejo de viver essa fase da vida e a realidade que sua condição social lhes impôs.
Palácio das Ilusões
3.6 103Pessoas, isso é uma adaptação do livro da Jane Austen. Não é um livro. E nem precisa ser igual.
No mais, torci o filme inteiro pra Fanny ficar com o Henry. Ainda não li todos os livros da Jane Austen, mas tenho a impressão de que ela não deve ter criado personagem mais insosso que o Edmund.
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraEu imaginava que ia dar numa armação. Me lembrou muito o filme da outra Lisbeth Salander, haha. O argumento é muito semelhante ao de Passion. Além do mais, a personagem nunca me convenceu de sua inocência. Mas a trama foi muito bem amarrada. Aquele psiquiatra é um sujeito muito crédulo. É preciso sempre partir do princípio que o paciente mente. Por isso e também porque odeio psiquiatras, eu tava torcendo pra o plano das duas dar certo.
Realmente uma pena. Não deu certo.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraO cinismo da personagem de Emma Watson é hilário...
Enfim, interessante como a diretora pegou um evento real e, a partir dele, mostrou de forma sarcástica um retrato sobre a juventude de hoje. Nesse sentido, é revelador.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraEu estava vendo pensando o tempo inteiro que
se o amor verdadeiro que quebra o feitiço não fosse entre as irmãs, mas entre um dos dois caras do filme e a Anna,
eu desistiria de vez da Disney. Mas felizmente foi como eu esperava. Linda história de amor.
O Degelo
2.5 141 Assista AgoraDei três estrelas porque o lance era nojentinho mesmo.
O Plano Perfeito
3.8 659 Assista AgoraGente, a Amanda Knox tem uma ponta nesse filme? hahaha