Uma série encantadora e que diversifica as fantasias lançadas na última década, por resgatar uma inocência maniqueísta, o apelo ao se manter integro durante a jornada, a reflexão sobre erros e acertos, entre outros elementos tão abordados por Tolkien. Os arcos dos personagens principais são dinâmicos, sempre refletindo sobre a ação anterior e suas consequências. Cada episódio tem um tema central que une os núcleos. As jornadas da Galadriel e da Nori são as melhores.
A série chega na metade com a cara do Tolkien, com a canastrice dos diálogos e a necessidade de contexto para compreender os personagens. A exaltação dos cenários, dos cantos, da história e grandiosidade de um lugar, tudo isso é a cara do Tolkien. É gratificante ver uma obra de fantasia respeitando a abordagem do autor. Pena que várias pessoas, ao invés de aproveitar o crescente de obras de fantasia, foram com a expectativa da fórmula de GoT e que agora estão acompanhando HoD.
O 5° ep. é uma obra-prima. Sozinho, entrega tanto quanto a 1° temp. Inverte o jogo e ensaia os problemas da humanização dos robôs. Tudo isso sem truques baratos, sem teorias mirabolantes que rendem vídeos grotescos de "explicado" ou "nova teoria no reddit". A Dolores é a protagonista, mas somente com a Evan Rachel Wood. Podem existir várias Dolores e atuações impecáveis dos outros atores, mas é a figura dela, a original, que exacerba as emoções do espectador.
Série bem montada, com uma ótima história centrada em um contexto de trauma de infância para dar significado e, ao mesmo tempo, utiliza a restauração para a história se desenvolver. O roteiro entrega personalidades marcantes para os personagens principais. É um terror bem humilde e eficiente, que aposta nos mistérios contidos nas fitas e que pouco a pouco vão se entrelaçando com o presente.
Uma excelente minissérie. Ao retratar os anos 90 na Alemanha, o primeiro episódio em tom documental consegue nos fazer perceber a pulsante empolgação com a Internet. A trilha sonora eletrônica, a veia artística, o grupo de hackers, a fotografia cinzenta com toques coloridos... Todos esses elementos ajudam a criar empatia pelos protagonistas e pelo Terra Vision. O que se segue é uma empolgante batalha judicial, mas sem deixar de lado a aura saudosista e inocente daqueles tempos.
A premissa, a produção e a condução dos jogos envolvem muito bem. Há uma crítica social que é relevada pelo sentimento do espectador, que provavelmente muda de opinião sobre quem deve morrer. O final é um pouco desgastante. Fico com a reflexão da premissa: a ausência de educação financeira, o evento delimitador das mudanças, a queda, a negação da queda, os caminhos tortuosos para manter um status, a vida dos próximos sendo sugada e a vida miserável e sem propósito.
Muito interessante a abordagem do tema, que poderia facilmente cair em papo de coach. As atuações são bastante competentes, em praticamente todos os núcleos. A série sugere algo sobrenatural de início, vai passando a sugerir uma trama de suspense, beirando ao crime com perseguição, e por fim, resulta no que assistimos. É uma série com um clima positivo, que nos faz adentrar nos dramas de cada personagem. Essa densidade na abordagem dos traumas, ao mesmo tempo que arranca sorrisos de canto de rosto, é o grande acerto da obra. O desfecho é acalentador, e não cai no clichê de entregar algo pronto, e também evita fazer uma ponte misteriosa para um elemento não explicado.
A série tem ótimos personagens, principalmente os do clube dos corvos. A protagonista é sensata e equilibra muito bem fragilidade e independência. A ambientação é excelente, cara e muito bem aproveitada enquanto magnitude e construção de mundo. Apesar de todo esse trabalho da produção e do primeiro episódio promissor, a narrativa vai caindo episódio por episódio a uma trama adolescente e que gira em círculos. Um vilão que vai ficando mais caricato e maniqueísta, uma fuga que dá pistas de que não vai ter fim próximo, além de em diversos momento dar a impressão de que já vi aquela cena milhões de vezes em filmes e seriados mais cafonas. O terceiro episódio foi praticamente um crossover com O Diário da Princesa. Infelizmente acho continuará nesse plot de fuga e romance mais juvenil. Deve ser um produto mais comercial com temporadas a fio até ir perdendo público aos poucos, até um final melancólico com quem restou assistindo pelo tempo que já dedicou a tantas temporadas.
É uma série bastante irregular e com falhas de roteiro absurdas. Algumas frases de efeito simplesmente não se encaixam no discurso das garotas. Alguns dramas reais sendo equilibrados com dramas adolescentes dá uma conotação nauseante em alguns episódios. O amadorismo da equipe de pesquisadores dá um tom irreal para toda essa trama fora da ilha. Fora que a pesquisa em si, apesar de prever grupo de controle, se pauta em premissas erradas. Há vieses gigantes das próprias meninas por conta do que elas já viveram antes da ilha, influência do patriarcado, de preconceitos, de tabus, etc. Ou seja, não havia qualquer hipótese que pudesse ser avaliada ali naquela situação. A escolha da primeira história quase me faz desistir no primeiro episódio. A história mais interessante é a da Dot. De certa forma, foi o terceiro episódio que me fez aguentar o resto dos episódios. Todas as cenas focadas no imóvel industrial/ala psiquiátrica obscura não apresentam verossimilhança nenhuma. Se for pra elogiar alguma coisa:
a construção da dúvida de quem é a segunda cumplice,a dúvida entre Dot e Nora é bem construida. A Nora com o caderninho, pedindo para Leah anotar o que vier a mente, a pouca intervenção dela nas situações, a ausência de surtos, tudo isso apontava para ela e foi dado com bastante sutileza. Ao mesmo tempo, uma cena escancarada sugerindo que era a Dot, mas todo o resto da trama dela dizendo que não.
Enfim, acho que pode agradar a quem sentir bastante empatia por alguma das personagens. Mas acho um desserviço focar em temas tão caros e importantes para nossa sociedade com uma história rasa e que de certa forma, mais confunde do que discute com responsabilidade esses temas.
Bem mais realista do que a maioria das séries médicas. O desenvolvimento dos personagens fora do trabalho é incrivelmente lento, e este é um ponto positivo. Vamos descobrindo os verdadeiros papéis, tanto em relação aos cargos, quanto em relação ao clima do hospital, quem é o líder, quem é a referência, o que pensam de forma geral da sua atitude, dos seus valores enquanto profissional da saúde, etc. O apego ao cotidiano, as situações comuns repetidas diversas vezes, o não aparecimento de casos ultra mega raros, o desapego a individualidade ou a visão heroica do médico que sozinho tem uma epifania e descobre a solução, revela uma coragem dos realizadores em sair do lugar comum. A série melhora com o tempo, pois acaba desenvolvendo os personagens no seu intimo, após conhecermos os profissionais, mas sempre mantém essa essência, esse distanciamento do espetaculoso.
A série é uma pérola sci-fi. Para quem não acompanhou, enfrentou diversas ameaças de cancelamento e mudanças de horários constantes, mas tem final e é satisfatório. A série reúne diversos temas de sci-fi, incluindo viagem no tempo, com uma pegada pseudocientífica, mas que acerta em não tentar ser tão séria. Os personagens se complementam, a protagonista é fria, metódica e garante a ação policial, o coprotagonista é inteligente e sarcástico, enquanto isso há o cientista maluco e de bom coração. Várias referências sci-fi estão reunidas em uma obra que passeia pelo gore e também pela leveza de uma comédia. Possui ritmo episódico, enquanto é permeada por uma trama intrincada, que vai ganhando cada vez mais espaço ao longo da série.
A série tem elementos técnicos primorosos, com uma ambientação dos anos 50 muito imersiva e atenta aos detalhes. A força da protagonista, tanto pelo roteiro como pela atuação, alavanca a obra para um nível acima da média. A descoberta de causas progressistas, a saída gradual da bolha da elite nova-iorquina e a liberdade adquirida com a paixão pela comédia, nos fazem refletir sobre os tempos atuais e nos faz rever determinadas situações cotidianas com olhos mais críticos. As falhas nas apresentações mostram o quanto a personagem tem a evoluir como profissional da comédia e como pessoa, mesmo que ela seja tão apaixonante.E em alguns momentos, pensei o mesmo de mim sobre o quanto ainda tenho que evoluir. Quando a Miriam começa a comer muito na festa e em casa, achei que ela estava grávida, mas ela estava de ressaca e de larica. No show mais tarde, ela pergunta ao público: "porque mulheres não podem sentir fome?". Aquela frase e tantas outras, senti como se fosse para mim.
A série é sobre pais e filhos. O tema central é sobre o perdão que ambas as mães buscavam (Mia e Elena), ambas sendo egoístas e impondo um estilo de vida para os filhos que alimentava unicamente o ego das mesmas. Ambas tem medo da derrota e veem como ponto de redenção o caso da May ling. A pesar o lado que alguém escolha, tem o racismo por parte de Elena, a paixão da Pearl pelo irmão errado, o castelo de vidro que é a Lexie, o fato da Mia não conseguir equilibrar as prioridades (arte x pearl). O que fica são muitos conflitos, potencializados pelas interações entre as familias e, sendo contextualizados com flash backs. O único elemento que desperta bons sentimentos é a Izzy. O que mais me incomodou foi o Bill, mesmo ciente de toda a situação e dos sentimentos dos filhos, segue apático, fugindo e aceitando situações. Seu único momento ativo é impulsionado quando seu ego de macho é ferido. Mas justiça seja feita, ele pelo menos cortou a grama.
Pelos comentários, disseram que melhora na segunda metade. Infelizmente, não deu pra chegar, é tudo muito ruim nos poucos episódios que aguentei assistir. Até prejudica as produções trash, por querer se levar a sério. O problema não é o enredo, é atuação, os erros de marcação, o slow motion mal utilizado, a ausência de diálogos que seriam óbvios, simplesmente não serem ditos, provocando situações absurdas. Enfim, produções trash e/ou de zumbis tem várias melhores, não vale a pena.
Que bela construção de personagens, que roteiro, que representatividade! Talvez nunca tenha assistido um desenho que provoque tanta ansiedade pelo desenrolar da história, um desenho em que é especial cada momento em que os demais personagens ganham destaque e personalidade. Um desenho que constrói relações de amizade com complexidade e que dá contexto a todas as ações dos personagens.
De 10 episódios independentes, desgostei de apenas 2: The Father Thing (bobo demais) e Crazy Diamond (premissa incompreensível). Em Real Life, a dúvida sobre a realidade correta é incrível. Autofac é um sci-fi clássico. Safe and sound conversa bem com o tema da segurança. The Commuter e Impossible Planet tem aquele enigma satisfatório, dando importância ao desenvolvimento. The Hood Maker tem provavelmente a personagem mais marcante: Honor. A obra do Philip vai envelhecendo bem e merece mais adaptações.
A 3° temporada tem grandes méritos, em meio a falhas não comuns para a série, provocadas pela disrupção do que a série foi em 2 temporadas. Há erros técnicos nas cenas de ação, problemas de direção, falta de verossimilhança e regras que ora valem, ora não valem, vide o impacto dos tiros e as consequências deles. Alguns podem ser justificados, como o primeiro tiro tomado pela Dolores, propositalmente, ela se aproxima de Caleb. Há falhas em desenvolvimento de personagens, como o pouco espaço dado de tela para alguns protagonistas, além da falsa ilusão de que alguns personagens eram grandes, mas são apenas marionetes. A qualidade do roteiro e a intrincada sucessão de acontecimentos dá lugar a diálogos óbvios e uma estrutura linear. Apesar dos erros, as reflexões são inúmeras, com o plano da Dolores, a motivação emotiva da Maeve, a personalidade quebrada do Salomon, o enigma do Rehoboam e a independência da Charlotte/Dolores. A trilha sonora, o visual, as referências a obras clássicas de sci-fi, a abertura para discussões filosóficas, tudo isso está na 3° temporada e foram bem representadas. Entendo as críticas, e a maioria são plausíveis, a série realmente mudou e teve perda de qualidade em alguns aspectos, mas o que acho mais estranho é questionarem todas as motivações emotivas dos personagens. As simulações foram bem reais para os hosts e o mundo real não aparenta ser muito diferente neste sentido. Assim como os traumas são motivadores de vingança, os bons momentos justificam as ações. E a Dolores deixa bem claro isso quando escolhe enxergar a beleza.
Uma grande produção, com excelente elenco, abordando um tema sério, necessário e urgente. De forma infeliz, o roteiro e a construção de algumas cenas apelam para o nonsense, quando claramente buscam uma aura de realidade. Os pequenos conflitos gerados para dar continuidade a série poderiam ser resolvidos facilmente. Cito alguns exemplos só dos primeiros episódios:
A personagem da Leandra Leal vai buscar uma amostra do rio. Ela precisava arrombar um portão e acessar justamente a área do rio que estava protegida? A primeira morte se dá por conta de um documento salvo em um pen-drive, que seria entregue no outro dia. Sério que ele não fez backup, nem compartilhou o documento na nuvem?
Essas soluções fáceis que o roteiro entrega, quando filmadas, soam infantis e vergonhosas. Uma pena, pois fui assistir com altas expectativas.
Embarcando pela primeira vez em Doramas, acabei comparando com as características do formato de novela brasileira. A história flui com rapidez, mesmo contextualizando ambientes diversos. Tem uma ingenuidade que mistura comédia pela narrativa e pelo cotidiano. O romance é clássico, com uma aversão inicial, com a paixão que vai despertando aos poucos. A produção remete mais a uma série americana, o que potencializa a qualidade da novela. É uma satisfação conhecer a cultura coreana pelos Doramas.
Foco na vitima, investigação que transparece verossimilhança, contexto bem apresentado dos personagens, didatismo entre procedimentos certos e errados, bem feito, bem dirigido, bem atuado, envolvente e necessário. Uma aula de cinema do gênero investigação.
O método foi posto a prova em um caso grande. As influências externas como a politicagem, a questão racista, a resistência da policia por procedimentos que não parecem óbvios, isso tudo não havia sido previsto. Há uma incapacidade do Holden de lidar com isso. Parece um primeiro teste controlado da pesquisa. Creio que a Carr na próxima temporada estude bastante os efeitos do método na prática. A resistência dela no relacionamento e na mudança do departamento a tira da zona de conforto e existe uma ligação entre as duas coisas: a idealização e expectativa frustrada. Senti falta apenas de mais entrevistas feitas pela Carr, talvez uma bem sucedida, já contrariando a decisão do chefe
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 784 Assista AgoraUma série encantadora e que diversifica as fantasias lançadas na última década, por resgatar uma inocência maniqueísta, o apelo ao se manter integro durante a jornada, a reflexão sobre erros e acertos, entre outros elementos tão abordados por Tolkien. Os arcos dos personagens principais são dinâmicos, sempre refletindo sobre a ação anterior e suas consequências. Cada episódio tem um tema central que une os núcleos. As jornadas da Galadriel e da Nori são as melhores.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 784 Assista AgoraA série chega na metade com a cara do Tolkien, com a canastrice dos diálogos e a necessidade de contexto para compreender os personagens. A exaltação dos cenários, dos cantos, da história e grandiosidade de um lugar, tudo isso é a cara do Tolkien. É gratificante ver uma obra de fantasia respeitando a abordagem do autor. Pena que várias pessoas, ao invés de aproveitar o crescente de obras de fantasia, foram com a expectativa da fórmula de GoT e que agora estão acompanhando HoD.
Westworld (4ª Temporada)
3.6 122O 5° ep. é uma obra-prima. Sozinho, entrega tanto quanto a 1° temp. Inverte o jogo e ensaia os problemas da humanização dos robôs. Tudo isso sem truques baratos, sem teorias mirabolantes que rendem vídeos grotescos de "explicado" ou "nova teoria no reddit". A Dolores é a protagonista, mas somente com a Evan Rachel Wood. Podem existir várias Dolores e atuações impecáveis dos outros atores, mas é a figura dela, a original, que exacerba as emoções do espectador.
Babylon 5 (1ª Temporada)
4.0 10Obrigado HBO Max, começarei Babylon 5 hoje 23/06/2022
Arquivo 81 (1ª Temporada)
3.6 218 Assista AgoraSérie bem montada, com uma ótima história centrada em um contexto de trauma de infância para dar significado e, ao mesmo tempo, utiliza a restauração para a história se desenvolver. O roteiro entrega personalidades marcantes para os personagens principais. É um terror bem humilde e eficiente, que aposta nos mistérios contidos nas fitas e que pouco a pouco vão se entrelaçando com o presente.
Homem-Aranha: A Série Animada (1ª Temporada)
4.3 61 Assista AgoraPoder rever está pérola, cuja memória afetiva é grandiosa, é sensacional. Mais ainda quando percebo que o roteiro é fantástico.
Batalha Bilionária: O Caso Google Earth
4.3 28 Assista AgoraUma excelente minissérie. Ao retratar os anos 90 na Alemanha, o primeiro episódio em tom documental consegue nos fazer perceber a pulsante empolgação com a Internet. A trilha sonora eletrônica, a veia artística, o grupo de hackers, a fotografia cinzenta com toques coloridos... Todos esses elementos ajudam a criar empatia pelos protagonistas e pelo Terra Vision. O que se segue é uma empolgante batalha judicial, mas sem deixar de lado a aura saudosista e inocente daqueles tempos.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraA premissa, a produção e a condução dos jogos envolvem muito bem. Há uma crítica social que é relevada pelo sentimento do espectador, que provavelmente muda de opinião sobre quem deve morrer. O final é um pouco desgastante. Fico com a reflexão da premissa: a ausência de educação financeira, o evento delimitador das mudanças, a queda, a negação da queda, os caminhos tortuosos para manter um status, a vida dos próximos sendo sugada e a vida miserável e sem propósito.
Nove Desconhecidos (1ª Temporada)
3.4 228 Assista AgoraMuito interessante a abordagem do tema, que poderia facilmente cair em papo de coach. As atuações são bastante competentes, em praticamente todos os núcleos. A série sugere algo sobrenatural de início, vai passando a sugerir uma trama de suspense, beirando ao crime com perseguição, e por fim, resulta no que assistimos. É uma série com um clima positivo, que nos faz adentrar nos dramas de cada personagem. Essa densidade na abordagem dos traumas, ao mesmo tempo que arranca sorrisos de canto de rosto, é o grande acerto da obra. O desfecho é acalentador, e não cai no clichê de entregar algo pronto, e também evita fazer uma ponte misteriosa para um elemento não explicado.
Sombra e Ossos (1ª Temporada)
3.7 198 Assista AgoraA série tem ótimos personagens, principalmente os do clube dos corvos. A protagonista é sensata e equilibra muito bem fragilidade e independência. A ambientação é excelente, cara e muito bem aproveitada enquanto magnitude e construção de mundo. Apesar de todo esse trabalho da produção e do primeiro episódio promissor, a narrativa vai caindo episódio por episódio a uma trama adolescente e que gira em círculos. Um vilão que vai ficando mais caricato e maniqueísta, uma fuga que dá pistas de que não vai ter fim próximo, além de em diversos momento dar a impressão de que já vi aquela cena milhões de vezes em filmes e seriados mais cafonas. O terceiro episódio foi praticamente um crossover com O Diário da Princesa. Infelizmente acho continuará nesse plot de fuga e romance mais juvenil. Deve ser um produto mais comercial com temporadas a fio até ir perdendo público aos poucos, até um final melancólico com quem restou assistindo pelo tempo que já dedicou a tantas temporadas.
The Wilds: Vidas Selvagens (1ª Temporada)
3.6 131 Assista AgoraÉ uma série bastante irregular e com falhas de roteiro absurdas. Algumas frases de efeito simplesmente não se encaixam no discurso das garotas. Alguns dramas reais sendo equilibrados com dramas adolescentes dá uma conotação nauseante em alguns episódios. O amadorismo da equipe de pesquisadores dá um tom irreal para toda essa trama fora da ilha. Fora que a pesquisa em si, apesar de prever grupo de controle, se pauta em premissas erradas. Há vieses gigantes das próprias meninas por conta do que elas já viveram antes da ilha, influência do patriarcado, de preconceitos, de tabus, etc. Ou seja, não havia qualquer hipótese que pudesse ser avaliada ali naquela situação. A escolha da primeira história quase me faz desistir no primeiro episódio. A história mais interessante é a da Dot. De certa forma, foi o terceiro episódio que me fez aguentar o resto dos episódios. Todas as cenas focadas no imóvel industrial/ala psiquiátrica obscura não apresentam verossimilhança nenhuma. Se for pra elogiar alguma coisa:
a construção da dúvida de quem é a segunda cumplice,a dúvida entre Dot e Nora é bem construida. A Nora com o caderninho, pedindo para Leah anotar o que vier a mente, a pouca intervenção dela nas situações, a ausência de surtos, tudo isso apontava para ela e foi dado com bastante sutileza. Ao mesmo tempo, uma cena escancarada sugerindo que era a Dot, mas todo o resto da trama dela dizendo que não.
Chicago Med: Atendimento de Emergência (1ª Temporada)
4.0 44 Assista AgoraBem mais realista do que a maioria das séries médicas. O desenvolvimento dos personagens fora do trabalho é incrivelmente lento, e este é um ponto positivo. Vamos descobrindo os verdadeiros papéis, tanto em relação aos cargos, quanto em relação ao clima do hospital, quem é o líder, quem é a referência, o que pensam de forma geral da sua atitude, dos seus valores enquanto profissional da saúde, etc. O apego ao cotidiano, as situações comuns repetidas diversas vezes, o não aparecimento de casos ultra mega raros, o desapego a individualidade ou a visão heroica do médico que sozinho tem uma epifania e descobre a solução, revela uma coragem dos realizadores em sair do lugar comum. A série melhora com o tempo, pois acaba desenvolvendo os personagens no seu intimo, após conhecermos os profissionais, mas sempre mantém essa essência, esse distanciamento do espetaculoso.
Fronteiras (1ª Temporada)
4.4 377 Assista AgoraA série é uma pérola sci-fi. Para quem não acompanhou, enfrentou diversas ameaças de cancelamento e mudanças de horários constantes, mas tem final e é satisfatório. A série reúne diversos temas de sci-fi, incluindo viagem no tempo, com uma pegada pseudocientífica, mas que acerta em não tentar ser tão séria. Os personagens se complementam, a protagonista é fria, metódica e garante a ação policial, o coprotagonista é inteligente e sarcástico, enquanto isso há o cientista maluco e de bom coração. Várias referências sci-fi estão reunidas em uma obra que passeia pelo gore e também pela leveza de uma comédia. Possui ritmo episódico, enquanto é permeada por uma trama intrincada, que vai ganhando cada vez mais espaço ao longo da série.
Maravilhosa Sra. Maisel (1ª Temporada)
4.5 234 Assista AgoraA série tem elementos técnicos primorosos, com uma ambientação dos anos 50 muito imersiva e atenta aos detalhes. A força da protagonista, tanto pelo roteiro como pela atuação, alavanca a obra para um nível acima da média. A descoberta de causas progressistas, a saída gradual da bolha da elite nova-iorquina e a liberdade adquirida com a paixão pela comédia, nos fazem refletir sobre os tempos atuais e nos faz rever determinadas situações cotidianas com olhos mais críticos. As falhas nas apresentações mostram o quanto a personagem tem a evoluir como profissional da comédia e como pessoa, mesmo que ela seja tão apaixonante.E em alguns momentos, pensei o mesmo de mim sobre o quanto ainda tenho que evoluir. Quando a Miriam começa a comer muito na festa e em casa, achei que ela estava grávida, mas ela estava de ressaca e de larica. No show mais tarde, ela pergunta ao público: "porque mulheres não podem sentir fome?". Aquela frase e tantas outras, senti como se fosse para mim.
Pequenos Incêndios Por Toda Parte
4.3 526 Assista AgoraA série é sobre pais e filhos. O tema central é sobre o perdão que ambas as mães buscavam (Mia e Elena), ambas sendo egoístas e impondo um estilo de vida para os filhos que alimentava unicamente o ego das mesmas. Ambas tem medo da derrota e veem como ponto de redenção o caso da May ling. A pesar o lado que alguém escolha, tem o racismo por parte de Elena, a paixão da Pearl pelo irmão errado, o castelo de vidro que é a Lexie, o fato da Mia não conseguir equilibrar as prioridades (arte x pearl). O que fica são muitos conflitos, potencializados pelas interações entre as familias e, sendo contextualizados com flash backs.
O único elemento que desperta bons sentimentos é a Izzy.
O que mais me incomodou foi o Bill, mesmo ciente de toda a situação e dos sentimentos dos filhos, segue apático, fugindo e aceitando situações. Seu único momento ativo é impulsionado quando seu ego de macho é ferido. Mas justiça seja feita, ele pelo menos cortou a grama.
Reality Z (1ª Temporada)
3.0 214 Assista AgoraPelos comentários, disseram que melhora na segunda metade. Infelizmente, não deu pra chegar, é tudo muito ruim nos poucos episódios que aguentei assistir. Até prejudica as produções trash, por querer se levar a sério. O problema não é o enredo, é atuação, os erros de marcação, o slow motion mal utilizado, a ausência de diálogos que seriam óbvios, simplesmente não serem ditos, provocando situações absurdas. Enfim, produções trash e/ou de zumbis tem várias melhores, não vale a pena.
She-Ra e as Princesas do Poder (5ª Temporada)
4.7 87 Assista AgoraQue bela construção de personagens, que roteiro, que representatividade! Talvez nunca tenha assistido um desenho que provoque tanta ansiedade pelo desenrolar da história, um desenho em que é especial cada momento em que os demais personagens ganham destaque e personalidade. Um desenho que constrói relações de amizade com complexidade e que dá contexto a todas as ações dos personagens.
Philip K. Dick's Electric Dreams (1ª Temporada)
4.0 112De 10 episódios independentes, desgostei de apenas 2: The Father Thing (bobo demais) e Crazy Diamond (premissa incompreensível). Em Real Life, a dúvida sobre a realidade correta é incrível. Autofac é um sci-fi clássico. Safe and sound conversa bem com o tema da segurança. The Commuter e Impossible Planet tem aquele enigma satisfatório, dando importância ao desenvolvimento. The Hood Maker tem provavelmente a personagem mais marcante: Honor. A obra do Philip vai envelhecendo bem e merece mais adaptações.
Westworld (3ª Temporada)
3.6 321A 3° temporada tem grandes méritos, em meio a falhas não comuns para a série, provocadas pela disrupção do que a série foi em 2 temporadas. Há erros técnicos nas cenas de ação, problemas de direção, falta de verossimilhança e regras que ora valem, ora não valem, vide o impacto dos tiros e as consequências deles. Alguns podem ser justificados, como o primeiro tiro tomado pela Dolores, propositalmente, ela se aproxima de Caleb. Há falhas em desenvolvimento de personagens, como o pouco espaço dado de tela para alguns protagonistas, além da falsa ilusão de que alguns personagens eram grandes, mas são apenas marionetes. A qualidade do roteiro e a intrincada sucessão de acontecimentos dá lugar a diálogos óbvios e uma estrutura linear. Apesar dos erros, as reflexões são inúmeras, com o plano da Dolores, a motivação emotiva da Maeve, a personalidade quebrada do Salomon, o enigma do Rehoboam e a independência da Charlotte/Dolores. A trilha sonora, o visual, as referências a obras clássicas de sci-fi, a abertura para discussões filosóficas, tudo isso está na 3° temporada e foram bem representadas. Entendo as críticas, e a maioria são plausíveis, a série realmente mudou e teve perda de qualidade em alguns aspectos, mas o que acho mais estranho é questionarem todas as motivações emotivas dos personagens. As simulações foram bem reais para os hosts e o mundo real não aparenta ser muito diferente neste sentido. Assim como os traumas são motivadores de vingança, os bons momentos justificam as ações. E a Dolores deixa bem claro isso quando escolhe enxergar a beleza.
Aruanas (1ª Temporada)
4.2 47Uma grande produção, com excelente elenco, abordando um tema sério, necessário e urgente. De forma infeliz, o roteiro e a construção de algumas cenas apelam para o nonsense, quando claramente buscam uma aura de realidade. Os pequenos conflitos gerados para dar continuidade a série poderiam ser resolvidos facilmente. Cito alguns exemplos só dos primeiros episódios:
A personagem da Leandra Leal vai buscar uma amostra do rio. Ela precisava arrombar um portão e acessar justamente a área do rio que estava protegida? A primeira morte se dá por conta de um documento salvo em um pen-drive, que seria entregue no outro dia. Sério que ele não fez backup, nem compartilhou o documento na nuvem?
Essas soluções fáceis que o roteiro entrega, quando filmadas, soam infantis e vergonhosas. Uma pena, pois fui assistir com altas expectativas.
Pousando no Amor
4.6 243Embarcando pela primeira vez em Doramas, acabei comparando com as características do formato de novela brasileira. A história flui com rapidez, mesmo contextualizando ambientes diversos. Tem uma ingenuidade que mistura comédia pela narrativa e pelo cotidiano. O romance é clássico, com uma aversão inicial, com a paixão que vai despertando aos poucos. A produção remete mais a uma série americana, o que potencializa a qualidade da novela. É uma satisfação conhecer a cultura coreana pelos Doramas.
Inacreditável
4.4 422 Assista AgoraFoco na vitima, investigação que transparece verossimilhança, contexto bem apresentado dos personagens, didatismo entre procedimentos certos e errados, bem feito, bem dirigido, bem atuado, envolvente e necessário. Uma aula de cinema do gênero investigação.
Mindhunter (2ª Temporada)
4.3 412 Assista AgoraO método foi posto a prova em um caso grande. As influências externas como a politicagem, a questão racista, a resistência da policia por procedimentos que não parecem óbvios, isso tudo não havia sido previsto. Há uma incapacidade do Holden de lidar com isso. Parece um primeiro teste controlado da pesquisa. Creio que a Carr na próxima temporada estude bastante os efeitos do método na prática. A resistência dela no relacionamento e na mudança do departamento a tira da zona de conforto e existe uma ligação entre as duas coisas: a idealização e expectativa frustrada. Senti falta apenas de mais entrevistas feitas pela Carr, talvez uma bem sucedida, já contrariando a decisão do chefe
The Little Drummer Girl
3.9 18Excelente!