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31 years Imperatriz - (BRA)
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Baseado em 0 avaliações em comum

Absolutamente aberto ao diálogo. Não tenho aqui a pretensão de dizer o que é "bom" ou "ruim". Desejo apenas expressar um ponto de vista, respeitando as opiniões e os gostos de todos, esperando o mesmo em troca.

Últimas opiniões enviadas

  • Flávio Raí

    O filme se diferencia habilmente de uma leva de produções que retratam a infância e a adolescência de uma forma idealizada e pouco questionadora, trazendo à tona reflexões importantes, especialmente sobre sexualidade. É interessante ver o amadurecimento gradativo das personagens principais ao longo da trama, em particular o de Andrew Robertson, em atuação notável, trazendo em sua interpretação a inocência das descobertas, e as malícias de uma puberdade que se aflora, diante de um ambiente familiar complexo, especialmente após a morte dos pais. O filme não apela para sentimentalismos e nem induz o espectador a fazer juízos de valor, contando com uma trilha sonora sutil e enigmática. Se os eventos mostrados são "moralmente duvidosos" ou não, isso é outra discussão. O que o filme faz, e de forma muito precisa e convincente, é apenas apresentá-los, de maneira que o enxergo como uma bela incursão sobre a adolescência e seus desafios, diante das situações abruptas da vida. Destaque-se também a atuação da excelente Charlotte Gainsbourg (musa de Von Trier), em início de carreira, captando em sua linguagem corporal o medo/atração pelo "proibido" e pelas consequências dessa relação. Franco e coerente com o que se propõe, "O jardim de cimento" é um filme complexo, mas entusiasticamente reflexivo e melancólico.

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  • Flávio Raí

    Um estudo de personagem profundo e nenhum pouco auspicioso quanto à humanidade em seu estado puro. Assistindo ao filme e lendo o livro "Sobressalto" , de Kenneth Cook, pouco tempo depois, lembrei-me de "O cortiço", de Aluísio Azevedo pelo grau de degradação humana e pela animalização das personagens (característica comum do Naturalismo). Gary Bond tem a performance de sua vida como o professor almofadinha delicado e passivo no início do filme, perfeitamente civilizado, uma vez que sua condição social lhe confere esse status (ainda que seja insatisfeito com a mesma). Somente quando tal estabilidade é posta em xeque (ao perder todo o dinheiro num jogo) e se vir às custas da "boa vontade" dos habitantes da cidadela em que faz conexão para Sidney (onde vive sua namorada), é que podemos ver o que restará deste homem, que será brutalmente influenciado pelo meio (não se exclua o fato que mesmo sob influência, John se diverte diante das atrocidades que presencia e pratica, a todo momento exercendo o livre arbítrio). Totalmente impotente, ele tem que se adaptar aos costumes locais, onde recusar um copo de cerveja é tão vil quanto qualquer outro crime, matar animais indefesos é tão natural quanto andar na rua, e desrespeitar mulheres é algo comum e plenamente rotineiro (vide Janette Hynes, ofendida pelos valentões amigos de seu pai, em sua própria casa, e sob os olhares totalmente apáticos do próprio pai).

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Ao final da jornada de insanidade e de frustração por não conseguir abandonar este inferno na Terra, só resta uma tentativa (frustrada) de suicídio. Após os cuidados médicos, ele consegue assistência para voltar para casa e para seu trabalho, mas consciente de tudo que viveu e de tudo a que se submeteu, reconhecendo que aquelas férias foram "as melhores" (?), talvez pelo aprendizado dos erros que nunca cometerá novamente ou porque no fim das contas acabou se divertindo, conhecendo todos os limites do seu próprio eu.

    Este filme termina sendo um grande exercício sociológico absolutamente sem igual...

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  • Flávio Raí

    Já havia visto há muito tempo no extinto "cinema em casa", mas não tinha uma lembrança vívida o suficiente para avaliá-lo de forma justa. Revendo-o, saboreei-o em toda a nostalgia que me desperta, e me diverti muito com a originalidade (rs) da estória, apesar dos furos no roteiro. "O Homem Cobra" é uma experiência lisérgica e um passatempo muito válido. Pelo efeito que tem em mim, sou obrigado a favoritá-lo!

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