Inicialmente, gostaria de expressar minha sincera admiração pelo personagem Elio Perlman. É uma totalidade de coisas que fizeram este protagonista uma exceção naquela normalidade que encontramos nos vulgarizados e subestimados filmes da temática LGBT. A confiança, a desenvoltura e as atitudes frente as situações apresentadas, foi uma experiência de observação que eu, particularmente, não estou acostumado a assistir.
Fora isso, o ator Timothee Chalamet - que deu vida ao inusitado e galanteador Elio - é simplesmente digno de todos os elogios pela atuação fantástica que exerceu durante o longa. A felicidade estampada em seus olhos nos momentos mais céleres do filme; a apreensão em momentos de tirar o fôlego; e, indispensavelmente, a dor em suas expressões acerca dos sentimentos existentes quanto a Oliver, são cativantes.
Foco naqueles minutos - que mais pareciam uma eternidade - com Elio olhando a lareira crepitar, tentando ao máximo segurar às investidas da emoção reprimida de estourar para fora do próprio corpo. Além disso, um pequeno sorriso, marejado de lágrimas, é quase uma benção naquele momento, pois, a felicidade de Elio é construída a partir do que aprendeu e vivenciou com Oliver. E, obviamente, com a aceitação espetacular dos próprios pais com a sexualidade antes desconhecida.
Por fim, sou obrigado a declarar meu amor incondicional pelo diálogo final entre pai e filho:
When you least expect it, Nature has cunning ways of finding our weakest spot. Just remember: I am here. Right now you may not want to feel anything. Perhaps you never wished to feel anything. And perhaps it’s not to me that you’ll want to speak about these things. But feel something you obviously did. Look - you had a beautiful friendship. Maybe more than a friendship. And I envy you. In my place, most parents would hope the whole thing goes away, to pray that their sons land on their feet. But I am not such a parent. In your place, if there is pain, nurse it. And if there is a flame, don’t snuff it out. Don’t be brutal with it. We rip out so much of ourselves to be cured of things faster, that we go bankrupt by the age of thirty and have less to offer each time we start with someone new. But to make yourself feel nothing so as not to feel anything - what a waste!
Emotivo, encantador e verdadeiro. Um diálogo para se levar para o resto da vida.
Lady Gaga sempre foi extremamente extravagante. Como artista, sempre foi sinônimo de novo, de exuberância, de polêmica. Acredito veemente que foram estas qualidades que fizeram de Lady Gaga quem ela é atualmente - sem falar, obviamente, do seu talento incrível para a música.
Mormente, encontra-se numa fase em que determinadas pessoas pensam ser a mais "normal" dentre sua carreira artística. Enganam-se. Como em todas as vezes que olhamos para Lady Gaga e vimos um ser totalmente único, vemos agora uma personalidade totalmente única dentro desse todo que é "ser Lady Gaga".
Assim, ela alcançou seu objetivo. O próprio documentário trata esta mudança drástica de personalidade e de vestimentas que ela vive neste período Joanne de forma excepcional. Em curtos flashes da saída dela com a roupa totalmente normalizada de uma pessoa normal, vivendo na simplicidade, frente as saídas totalmente icônicas de visuais excêntricos, a inusitada Lady Gaga aparece novamente.
Então, na minha visão, esta versão neutra que ela apresenta hoje causa o mesmo espanto de quando usava roupas singulares e extraordinárias. Por fim, considero que a volta da "antiga LG" está muito próxima, pois, apesar de todos os pesares, Lady Gaga nunca foi comum e previsível, assim, quando menos esperar, ela irá nos surpreender novamente com sua capacidade especial de ser.
Faz mais ou menos dez anos que assisti este filme pela primeira vez, em uma manhã despretensiosa, no meu quarto, num domingo, pela TNT e, por motivos que realmente não soube explicar à época, o filme simplesmente me marcou. Marcou o suficiente para me fazer colocá-lo nos favoritos à partir do momento que comecei a utilizar a plataforma do Filmow para catalogar meus longas.
Hoje, assisti novamente este belíssimo filme. Tanto tempo já havia se passado e fiquei com aquela dúvida se o filme conseguiria, mais uma vez, me encantar de tal forma como fizera na primeira oportunidade.
É com grandiosa satisfação que sim, ele conseguiu. A beleza na narrativa de cada um dos personagens que acompanhamos (Francis Ouimet e Harry Vardon) é puramente admirável. Sempre fui bastante fã da atuação de Shia LaBeouf e entendo que este ponto foi demasiadamente crucial para que o filme ficasse marcado na minha mente.
Fiquei apreensivo com os acontecimentos, sufocado pelo medo dos erros e extasiado pela comemoração dos acertos. Chorei antes e chorei novamente agora. Sonho, superação, amizade e orgulho são sensações que quem assiste compartilha com o protagonista.
Logo de cara, me vi encantado pelas sutilezas que o ator Gijs Blom transpassava através de sua atuação. Logo de cara, já consegui sentir uma emoção bastante contida no modo como o protagonista Sieger se comportava.
O longa se desenrolou de maneira reservada e a progressão da história foi puramente incrível. A descoberta do eu próprio, neste viés tratado pela sexualidade, fora efetuada de forma descansada, sem abarrotar o cenário que era montado de informações exacerbadas.
Por diversas vezes fiquei apreensivo com o decorrer dos fatos, como, por exemplo, o encontro inesperado na frente do carro, que me fizeram, literalmente, perder o fôlego.
Inúmeras cenas são indiscutivelmente muito bem feitas, tanto pela beleza como é produzida, como também pelo fato dos atores terem uma facilidade de demonstrar sentimentos de uma maneira tão graciosa, que o espectador fica hipnotizado com o que é pintado em tela.
Sieger e Marc são espontaneamente cativantes. A peculiaridade que lidam com afeição que tem um pelo outro é gratificante, isto porque nada pareceu forçado, muito pelo contrário, a história trouxe todas as nuances necessárias para que o final se apresentasse de modo digno.
Aliás, quando trata-se de final, confesso ter ficado totalmente atônito esperando logo um desfecho que me fizesse chorar (literal ou não). Felizmente, recebi o que demandei e tornei-me, excepcionalmente, um amante do filme.
A trilha sonora é soberba, demonstrando, em todos os aspectos, a condição qualificadora que consubstanciou as cenas, para transfigurá-las na perfeição de expressões, diálogos e olhares.
Nada mais a declarar, apenas recomendar. O filme possui uma magnificência de tão alto grau que evidencia sua capacidade de transformar segundos em horas sem que se torne maçante. Para aqueles que procuram uma descoberta natural e verdadeira de uma sexualidade oculta, este longa é essencialmente recomendável.
Eu sou fascinado por estes filmes LGBT que, na sua grande maioria, acabam sendo bem fracos e altamente criticados. Então, me senti obrigado a vir comentar duas coisas necessárias, além de uma desnecessária:
Um. O filme tem protagonistas lindos.
Dois. Infelizmente ele é arrastado e, como já dito em inúmeros outros comentários, acaba se tornando interessante somente nos minutos finais.
Três. Nos minutos finais, ocorre um monólogo do Martin ao telefone com os seguintes dizeres:
"Tem gente ao me redor que não me deixa com medo de ir pra praia, mesmo sabendo que eu posso me perder por lá. Mas eu prefiro arriscar."
A cena derradeira, após a linda cena que fez valer o filme, é uma conclusão de uma metáfora lançada pelo próprio personagem. Há quem possa pensar que o filme acabou de repente, sem um verdadeiro significado e há aqueles que conseguiram enxergar além do óbvio e perceber que o estimado Tomaz conseguiu, de uma forma tão romântica, dissipar o medo que o Martin menciona no monólogo acima. O duplo sentido varia incrivelmente entre a literalidade do medo do Martin e a experiência que ele acabara de passar.
Será que estou louco por classificar esta série com cinco estrelas?
Esta série não vai te dar respostas, muito menos perguntas. Ela não quer te explicar um sentido, mas também não quer que você se perca na dúvida. É simplesmente beleza e imensidão. Inúmeras vezes fiquei chocado com a magnitude das cenas e com a loucura que seguia ela em sequência.
No começo eu procurei a lógica, queria entender, queria estar por dentro do que os personagens passavam, mas não consegui. Aos poucos me desvencilhei do óbvio e apenas me tornei um observador, um admirador. E foi assim que me encantei.
Cenas como Scott retornando a vida, os movimentos e principalmente o épico momento da seaon finale, com a dança e com a beleza natural de uma coisa tão simples em um cenário tão caótico e aterrador daquele ataque, são parte das incontáveis vezes em que fiquei estupefato com a grandiosidade de uma série que de nenhuma forma quis se preocupar com o regular.
E sim, The OA conseguiu! Ela foi para outra dimensão, ela encontrou Homer. Ela não contou mentiras, não, pelo contrário, querem que ela seja vista como uma mentirosa, mas ela não é. Foi o épico momento dos cinco pondo em prática os movimentos que mostrou que a fé que eles tinham na narrativa de Prairie era verdadeira e que tudo que viveram até aquele momento nunca foi tão visível.
Eu estava pronto para fazer um comentário super extenso, apontando as partes que mais gostei e que menos gostei, além de demonstrar meu sentimento com alguns personagens, tanto de ódio como de admiração. Entretanto, decidi pelo contrário e apenas vou falar algo que me surpreende devido a opinião das pesssoas: JACK É SIM UM DOS MELHORES PERSONAGENS DA SÉRIE! (irritante e chato é o caralho meus jovens).
Quanto mais eu observo e conheço o mundo mágico de Harry Potter mais eu sei que a verdadeira bruxa da história é J.K. Rowling. A magia nasceu em Pedra Filosofal e jamais se apagou, pelo contrário, ela está mais viva do que nunca em Animais Fantásticos.
Bem, como começar a falar de Those People? Acho que posso iniciar afirmando que o não tão pouco sono que me consumia lentamente madrugada adentro foi totalmente dissipado enquanto me permitia ser preenchido pela magnificência da atuação apresentada por Jonathan Gordon (o lindo e encantador Charlie).
O enredo desse longa também é bastante encantador e os personagens principais, ao me ponto de vista, são bastante complexos. De um lado temos um sonhador, amante, apaixonado, artista, inovador, sentimental e atordoante Charlie, que nos agraciou com uma atuação tão sublime e com tantas nuances que era difícil não sentir todas as emoções que ele sentia. Do outro lado temos a "problemática" vivida por aquele último, a razão para o seu desespero, mas, acima de tudo, o motivo de maior amor, carinho e respeito que Charlie nos demonstrava, Sebastian.
O final não foi o que eu esperava, mas, na realidade, eu não sei bem o que estava esperando. Admito ter torcido pela felicidade de Charlie a todo instante e acredito veemente que ele estava feliz quando os créditos começaram. Entretanto, fiquei com aquele sentimento vago, algo que precisava de um definitivo e que, infelizmente, não chegou.
De qualquer forma, indispensavelmente me vejo obrigado a recomendar este filme para aquelas pessoas que não estão atrás de finais impossíveis, mas sim de histórias, e principalmente atuação (mais uma vez destaco que Jonathan Gordon ~as Charlie~ comportou uma performance digna de inúmeros elogios) complexas e harmoniosas.
Como em todos os casos que vejo, fico surpreso com a necessidade das pessoas virem nas séries e colocar "Não Quer Ver". Não é nada contra ao uso dessa ferramenta, mas por quê?! Se não quero ver nem perco meu tempo mostrando "ao mundo" isso.
É curioso como todo o aspecto que nos é passado através do personagem principal acaba retornando ao proposto inicial dele ser um dublê. Suas ações, seus pensamentos, expressões e diálogos são formalizados em uma extremidade de detalhes que agraciam a visão de uma bela história.
A figura secundária no decorrer dos acontecimentos, seu autoconhecimento dos fatos e suas decisões solitárias são um atrativo de grande importância nos minutos que ficamos sufocados, vezes pela tensão das cenas e nas formas como estas são passadas, vezes pela simplicidade e aconchegante trilha sonora com teor romântico, e vezes pelo desfecho de determinadas situações que contrariam aquilo que pensamos que iria (deveria) acontecer.
Por fim, o personagem participa, em sua forma reservada, dos momentos fatídicos de outros personagens, porém, quando chega a hora de iniciar sua história desvencilha-se do óbvio e continua sua estrada como o verdadeiro dublê que protagoniza e que nos remete que nem todos que chegam estão realmente prontos para ficar.
Foi o que consegui adquirir de experiência do filme.
O filme se desenrolou com tanta facilidade, com tamanha perfeição e com uma inescrupulosa simplicidade que o tornou admirável de uma forma imprevisível.
O final foi realmente encantador. Observar as expressões incríveis que a talentosa Keira Knightley nos passa, com o fundo de Lost Stars, sentindo a leveza da cena nos enchendo gradativamente, trouxe ao desfecho uma sensação inenarrável.
Quando terminei este filme, me senti incapacitado de levantar quaisquer tipo de opiniões acerca do longa, entretanto, cá estou na tentativa de descrever alguns dos inúmeros sentimentos que percorreram minha mente e meu corpo durante as horas em que assisti o amor e o conflito dos personagens Kay e Marc.
Achei o desenvolver da história algo muito simples, e não digo com tom de desaprovação, pois é realmente essa simplicidade com que nos é passado o objetivo principal do filme que nos prende dos minutos iniciais aos segundos finais. O relacionamento entre Kay e Marc é absurdamente incrível de ser observado e logo de início já torcemos para que dê certo. O conflito que é transmitido também é intenso e desolador. Diversas vezes, senti-me na obrigação de entrar no filme e dizer para os personagens o que eles deveriam fazer (como se eu tivesse algum poder para determinar a vida e escolhas deles, ok?).
Fico pensando que devido ao meu histórico de filmes da temática LGBT, me tornei muito pessimista com o futuro de um casal gay que enfrenta dificuldades em um meio social preconceituoso. Em todas as vezes em que Marc aparecia na porta do apartamento de Kay e este não atendia, eu já imaginava finais terríveis para ele como encontrá-lo morto de alguma maneira incompreensível. Entretanto, não aconteceu e eu agradeço fortemente por isso, pois, a realidade na vida de vários casais gays (assumidos o não) que tendem a deparar-se com preconceito não é sempre um final de uma vida e sim o final de uma possível relação.
Nos minutos finais, eu já estava estupefato pelos marcos que eram exibidos. Torci inescrupulosamente para que tivesse um final feliz, e não me entendam mal, eu precisava desse final feliz, porque o filme já estava totalmente conturbado, com uma relação tão cheia de afeto e amor e com uma luta contínua de aceitação. Contudo, o que seria de fato esse final feliz eu não sei, já que o que foi me apresentado era de tamanha importância e reflexão.
A corrida final de Marc, obviamente uma ligação com a corrida inicial, é extremamente reconfortante. Para alguém que se via preso em suas próprias escolhas, alguém que "perdeu" o sentido de sentir a felicidade, a ultrapassagem de seus colegas e a tomada da dianteira da corrida é realmente esclarecedor. A libertação de todos os medos que o prendiam, o entendimento do que Kay sentia, fez Marc avançar, impulsionando seu verdadeiro eu para um sentimento de compreensão.
Por fim, eu preciso ressaltar que as atuações de Koffler (Marc) e Riemelt (Kay) são dignamente memoráveis. A expertise com que trabalharam as cenas foi maravilhosa, tanto nos diálogos como principalmente nos olhares.
É complicado escolher uma cena do filme para determinar como uma das que eu mais gostei, porém, vou me arriscar em dizer que é quando Marc está no hospital, por causa do nariz machucado. Kay vai procurá-lo e Marc pede para ele ir embora antes da mãe chegar, mas quando ele se levanta para ir, Marc agarra o seu pulso e aquilo transmite uma paixão, um desejo, um amor e afeto entre os dois de uma forma tão espetacular que até eu definitivamente senti.
A série começou com uma proposta inteligente e manteve durante todas as temporadas. Confesso que em determinado momento da Quarta Temporada fiquei um pouco descontente como os rumos das coisas iam, porém, logo ela conseguiu redirecionar-se aos trilhos novamente e White Collar andava em seus melhores momentos.
Saber que a Sexta Temporada era a última e que possuía número de episódios reduzidos já me fez ficar decepcionado com a não renovação da série. De qualquer forma, melhor Serie Finale não poderia ter sido construído para dar o desfecho perfeito para uma série de tão alto nível.
O início do sexto episódio já nos dá uma brecha do que futuramente pode acontecer e foi a lembrança desse início que me fez engolir as lágrimas ao olhar para Mozzie e Peter chorando, arrasados, pelo corpo sem vida do Neal.
Matt Bomer é incrivelmente talentoso, absurdamente charmoso e estupidamente lindo. Sua atuação como o golpista (e o maior de todos, até porquê quem é Pink Panthers perto dele?) Neal Caffrey é memorável e vê-lo em outros shows sem lembrar de tal personagem é impossível. Seu relacionamento com seus amigos na série (Peter e Mozzie, principalmente), é surpreendente e as relações destes com outros integrantes (Diana, El, Jones, June) também é ótima.
O final deixou em aberto possíveis retomadas (o que não é impossível dado o momento que estamos assistindo a retomada de Prison Break) e acredito que seria muito bem recebida pelos fãs e por possíveis adeptos da temática.
"I'll admit I've done a lot of things in my life that I'm not proud of. No, no, that's not true, I'm proud of most of them." - Neal Caffrey
Que filme magnífico foi este? Que energia renovadora, assustadora, desconhecida e confiável foi essa nos passada? Desde o início o longa se mostra extremamente focado no que pretende passar e consegue o fazer de forma incrivelmente natural e admirável. Poderia citar inúmeras vezes em que fiquei surpreendido com os acontecimentos e com o modo como os personagens agiam individual e coletivamente, mas acredito que, ainda sim, iria faltar alguma coisa, algum ponto que incontestavelmente deveria ter sido citado e acabei por esquecer. De qualquer maneira, o espetacular tomou forma, e não só uma. Posso admirar a relação aluno - mestre, mestre - aluno, aluno - aluno, amigos - amigo, que não terei uma apreciação menor do que a outra, digo, cada relação entre cada personagem que nos fora exibido é de tamanha essencialidade e respeitabilidade. Fiquei envolto de uma sensação nova, vivi com os personagens as experiências prematuras em que se aventuraram e sofri, sofri amargamente com os acontecimentos. A felicidade de um ser, de uma pessoa, de uma mente sonhadora, esmagada, destruída e reprimida pelo egoísmo único, pela ignorância incabível e pelo conservadorismo inconsequente, é inaceitável por nós que vemos o mundo como uma tela em branco para as oportunidades.
Apavorado com o que estava acontecendo e torcendo para que não acontecesse, entretanto, infelizmente, aconteceu. Chorei com a morte do Neil que com tão pouco tempo de vida, após um momento de grande felicidade, teve uma dura repreensão e uma ordem de mudança completa de vida, que o fez tomar a decisão mais "fácil" que ele pensou ser o único jeito de suportar.
"Gather ye rosebuds while ye may, Old Time is still a-flying; And this same flower that smiles to-day, To-morrow will be dying."
Eu comecei o filme achando que ele estava desenvolvendo diálogos e acontecimentos de uma forma muito acelerada. Digo isto pelo modo como foram feitas as apresentações dos personagens e até mesmo a introdução ao romance entre o jovem misterioso e apaixonado, Michael Berg, e a mais misteriosa ainda, e encantadora, Hanna Schmitz. Felizmente, depois deste baque inicial, tudo começou a se desenrolar de uma forma mais natural e a paixão entre as duas pessoas foi um dos pontos altíssimos do longa. Cito meus verdadeiros sentimentos de admiração as atuações dos amantes e da relação, um pouco conturbada, que eles construíram. Entretanto, confesso que o brilho do filme exibiu-se no final, ou ao menos perto dele. Fiquei desacreditado no poder que a vergonha que sentimos de nós mesmos pode nos fazer passar por situações que acarretarão mudanças permanentes em nossas vidas.
Claro que estou falando do exato momento em que Hanna preferiu admitir uma mentira - ao dizer que tinha escrito o relatório, apresentado em julgamento, sozinha -, do que contar a verdade sobre ela mesma - a questão de ser analfabeta, que felizmente o filme acertou em cheio de tratar o assunto posteriormente.
As leituras apaixonadas, que o já crescido Michael Berg começou a gravar para enviar para Hanna - seu eterno amor jovial, e que posso dizer verdadeiro e transcendental - são de um impacto exorbitante. O medo nas feições de Hanna, o carinho, o reconhecimento, tudo mesclado em uma onda de amor e conforto na vida monótona e vazia que ela se encontrava, foram excepcionalmente incríveis. O desfecho é memorável. Triste foi ver Hanna subindo nos livros e já esperarmos as reações futuras. Triste foi, pela segunda vez, o choro do mesmo personagem, representado por dois atores fantásticos (David Kross e Ralph Fiennes), quando viu seu mundo desabar nas duas ocasiões:
Terminei esta temporada faz um dia e esperei este tempo para poder digerir tudo que me fora passado principalmente na questão destes cinco, seis, episódios finais. - Sem via de dúvidas foi a melhor temporada até agora, superando até mesmo a primeira temporada. Lembro de ter comentado com amigos sobre a quarta temporada de Suits e dizer que ela estava trazendo um lado mais pessoal dos personagens e estava carregada de sentimentalismo forte, entretanto, deparo-me com essa quinta e sou surpreendido pela qualidade de cada episódio. Como eu li em um comentário abaixo, nesta season não teve um episódio que poderia ser considerado inferior aos outros. - As intrigas foram um ponto marcante para os episódios e mais ainda a solução delas. Não caímos em um clichê de diálogos entre os personagens, caímos em um emaranhado de dúvidas e suposições sobre os acontecimentos que serão colocados em cena. - O maior personagem da série, e não digo somente desta temporada, continua sendo Harvey Specter. Porém, nós não estamos diante do mesmo Harvey Specter que estávamos acostumados nas três primeiras temporadas, esse novo HS é uma pessoa mais desenvolvida e muito mais apaixonante. As atuações de cada um são memoráveis e o ódio por certos personagens sempre se acende, até mesmo com o Louis que já estamos familiarizado com o seu comportamento duvidoso mas reverenciável. Donna continua sendo uma das grandes personagens, porém, admito que fiquei mais ansioso, e muito satisfeito,
Foram em inúmeros episódios que fiquei extasiado com a qualidade na força e na posição/atitude que Jessica Pearson demonstrou dentro da série. Sua voz de comando, suas escolhas, suas defesas e seus ataques são vangloriáveis e ela exibiu uma qualificação para ser - Dona da porra toda - com muita persistência. - E sobre ler comentários negativos "I will, I just need to get it translated from bullshit to portuguese". - Harvey Specter
Estou assistindo compulsoriamente a primeira parte desta temporada e estou tendo dificuldades para lidar com a magnificência da história e das atuações. Personagens nos apresentado nas temporadas anteriores estão tendo muito mais espaço agora e não estão deixando a desejar. Discordo de quem diz que está cansativa a temporada pois observo que o desenrolar está sendo bem mais rápido que em várias outras e mesmo assim o mistério ainda paira sobre o enredo. Definitivamente está sendo fantástica e na lista das cinco temporadas eu organizaria da seguinte maneira: Terceira Temporada (Segunda Parte); Quinta Temporada; Segunda Temporada; Primeira Temporada e Quarta Temporada.
O documentário segue aquela velha receita de iniciar com o bom e finalizar com o fim trágico, entretanto, eles nos mostra a vida de uma pessoa que conhecemos muito bem pela mídia esmagadora e que lamentamos o triste e precoce fim. As faces que Amy mostra durante a vida são sempre carregadas de sentimentos, sendo estes, na maioria das vezes, devastadores e tristes. Felizmente, às vezes que ela esboçava sorrisos eram realmente encantadores. A verdade nas expressões, a alegria em estar com amigos, com ídolos, com aqueles que ela amava, era espetacular. A perda de uma das grandes vozes da música é sentida fortemente e as possibilidades de uma vida mais longa sempre cercará a estrela - abafada e desconstruída pela mídia e até mesmo pela impaciência daqueles que se auto afirmavam como fãs - que partiu cedo demais.
Meu Deus! Como explicar uma série assim? Ela caminha devagar, quase parando e ficamos na ansiedade que em algum momento ela melhore (pois ela tem capacidade pra isso), mas isso não acontece. Os episódio são arrastados, os segundos tornam-se minutos de tanta demora que é pra terminar. Realmente foi difícil acompanhar até o final, mas serviu pelo menos pra uma coisa: a Netflix não acerta em tudo.
A primeira coisa que nos surpreende é a trilha sonora magnífica que está presente desde o início do filme. As cenas são passadas com um ar melancólico e procuram sempre destacar uma profundidade - que muitas vezes não existiu -. A atuação de Emily Browning (BabyDoll) é realmente um ponto marcante durantes as horas do longa. O filme, visto de uma perspectiva simplória, pode não agradar o público, porém, quando observado de um ângulo diferente ou com a mente mais aberta para as possibilidades, ele engrandece. Destarte, Sucker Punch não é só um filme com cenas de ação espetaculares e efeitos especiais memoráveis, ele traz uma reflexão implícita e faz com que todos que o assistam se perguntem: eu captei a mensagem?
A morte de três companheiras, a loucura (liberdade em mente) de outra e a fuga para o melhor da única "sobrevivente" do massacre psicológico, foram orquestradas de maneira estarrecedora.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraInicialmente, gostaria de expressar minha sincera admiração pelo personagem Elio Perlman. É uma totalidade de coisas que fizeram este protagonista uma exceção naquela normalidade que encontramos nos vulgarizados e subestimados filmes da temática LGBT. A confiança, a desenvoltura e as atitudes frente as situações apresentadas, foi uma experiência de observação que eu, particularmente, não estou acostumado a assistir.
Fora isso, o ator Timothee Chalamet - que deu vida ao inusitado e galanteador Elio - é simplesmente digno de todos os elogios pela atuação fantástica que exerceu durante o longa. A felicidade estampada em seus olhos nos momentos mais céleres do filme; a apreensão em momentos de tirar o fôlego; e, indispensavelmente, a dor em suas expressões acerca dos sentimentos existentes quanto a Oliver, são cativantes.
Foco naqueles minutos - que mais pareciam uma eternidade - com Elio olhando a lareira crepitar, tentando ao máximo segurar às investidas da emoção reprimida de estourar para fora do próprio corpo. Além disso, um pequeno sorriso, marejado de lágrimas, é quase uma benção naquele momento, pois, a felicidade de Elio é construída a partir do que aprendeu e vivenciou com Oliver. E, obviamente, com a aceitação espetacular dos próprios pais com a sexualidade antes desconhecida.
Por fim, sou obrigado a declarar meu amor incondicional pelo diálogo final entre pai e filho:
When you least expect it, Nature has cunning ways of finding our weakest spot. Just remember: I am here. Right now you may not want to feel anything. Perhaps you never wished to feel anything. And perhaps it’s not to me that you’ll want to speak about these things. But feel something you obviously did.
Look - you had a beautiful friendship. Maybe more than a friendship. And I envy you. In my place, most parents would hope the whole thing goes away, to pray that their sons land on their feet. But I am not such a parent. In your place, if there is pain, nurse it. And if there is a flame, don’t snuff it out. Don’t be brutal with it. We rip out so much of ourselves to be cured of things faster, that we go bankrupt by the age of thirty and have less to offer each time we start with someone new. But to make yourself feel nothing so as not to feel anything - what a waste!
Emotivo, encantador e verdadeiro. Um diálogo para se levar para o resto da vida.
Gaga: Five Foot Two
4.0 419Lady Gaga sempre foi extremamente extravagante. Como artista, sempre foi sinônimo de novo, de exuberância, de polêmica. Acredito veemente que foram estas qualidades que fizeram de Lady Gaga quem ela é atualmente - sem falar, obviamente, do seu talento incrível para a música.
Mormente, encontra-se numa fase em que determinadas pessoas pensam ser a mais "normal" dentre sua carreira artística. Enganam-se. Como em todas as vezes que olhamos para Lady Gaga e vimos um ser totalmente único, vemos agora uma personalidade totalmente única dentro desse todo que é "ser Lady Gaga".
Assim, ela alcançou seu objetivo. O próprio documentário trata esta mudança drástica de personalidade e de vestimentas que ela vive neste período Joanne de forma excepcional. Em curtos flashes da saída dela com a roupa totalmente normalizada de uma pessoa normal, vivendo na simplicidade, frente as saídas totalmente icônicas de visuais excêntricos, a inusitada Lady Gaga aparece novamente.
Então, na minha visão, esta versão neutra que ela apresenta hoje causa o mesmo espanto de quando usava roupas singulares e extraordinárias. Por fim, considero que a volta da "antiga LG" está muito próxima, pois, apesar de todos os pesares, Lady Gaga nunca foi comum e previsível, assim, quando menos esperar, ela irá nos surpreender novamente com sua capacidade especial de ser.
O Melhor Jogo da História
3.9 95 Assista AgoraFaz mais ou menos dez anos que assisti este filme pela primeira vez, em uma manhã despretensiosa, no meu quarto, num domingo, pela TNT e, por motivos que realmente não soube explicar à época, o filme simplesmente me marcou. Marcou o suficiente para me fazer colocá-lo nos favoritos à partir do momento que comecei a utilizar a plataforma do Filmow para catalogar meus longas.
Hoje, assisti novamente este belíssimo filme. Tanto tempo já havia se passado e fiquei com aquela dúvida se o filme conseguiria, mais uma vez, me encantar de tal forma como fizera na primeira oportunidade.
É com grandiosa satisfação que sim, ele conseguiu. A beleza na narrativa de cada um dos personagens que acompanhamos (Francis Ouimet e Harry Vardon) é puramente admirável. Sempre fui bastante fã da atuação de Shia LaBeouf e entendo que este ponto foi demasiadamente crucial para que o filme ficasse marcado na minha mente.
Fiquei apreensivo com os acontecimentos, sufocado pelo medo dos erros e extasiado pela comemoração dos acertos. Chorei antes e chorei novamente agora. Sonho, superação, amizade e orgulho são sensações que quem assiste compartilha com o protagonista.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraLogo de cara, me vi encantado pelas sutilezas que o ator Gijs Blom transpassava através de sua atuação. Logo de cara, já consegui sentir uma emoção bastante contida no modo como o protagonista Sieger se comportava.
O longa se desenrolou de maneira reservada e a progressão da história foi puramente incrível. A descoberta do eu próprio, neste viés tratado pela sexualidade, fora efetuada de forma descansada, sem abarrotar o cenário que era montado de informações exacerbadas.
Por diversas vezes fiquei apreensivo com o decorrer dos fatos, como, por exemplo, o encontro inesperado na frente do carro, que me fizeram, literalmente, perder o fôlego.
Inúmeras cenas são indiscutivelmente muito bem feitas, tanto pela beleza como é produzida, como também pelo fato dos atores terem uma facilidade de demonstrar sentimentos de uma maneira tão graciosa, que o espectador fica hipnotizado com o que é pintado em tela.
Sieger e Marc são espontaneamente cativantes. A peculiaridade que lidam com afeição que tem um pelo outro é gratificante, isto porque nada pareceu forçado, muito pelo contrário, a história trouxe todas as nuances necessárias para que o final se apresentasse de modo digno.
Aliás, quando trata-se de final, confesso ter ficado totalmente atônito esperando logo um desfecho que me fizesse chorar (literal ou não). Felizmente, recebi o que demandei e tornei-me, excepcionalmente, um amante do filme.
A trilha sonora é soberba, demonstrando, em todos os aspectos, a condição qualificadora que consubstanciou as cenas, para transfigurá-las na perfeição de expressões, diálogos e olhares.
Nada mais a declarar, apenas recomendar. O filme possui uma magnificência de tão alto grau que evidencia sua capacidade de transformar segundos em horas sem que se torne maçante. Para aqueles que procuram uma descoberta natural e verdadeira de uma sexualidade oculta, este longa é essencialmente recomendável.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraCenas fortes e marcantes. Diálogos cheio de dor. E o mais impactante é a verdade nua e crua estampada na sequência de desenrolares na série.
"funny when you're dead how people start listenin'"
Lost (6ª Temporada)
3.9 1K Assista AgoraJack Shephard é, desde o primeiro episódio da primeira temporada, o melhor personagem dessa série.
Beira-Mar
2.7 455Eu sou fascinado por estes filmes LGBT que, na sua grande maioria, acabam sendo bem fracos e altamente criticados. Então, me senti obrigado a vir comentar duas coisas necessárias, além de uma desnecessária:
Um. O filme tem protagonistas lindos.
Dois. Infelizmente ele é arrastado e, como já dito em inúmeros outros comentários, acaba se tornando interessante somente nos minutos finais.
Três. Nos minutos finais, ocorre um monólogo do Martin ao telefone com os seguintes dizeres:
"Tem gente ao me redor que não me deixa com medo de ir pra praia, mesmo sabendo que eu posso me perder por lá. Mas eu prefiro arriscar."
A cena derradeira, após a linda cena que fez valer o filme, é uma conclusão de uma metáfora lançada pelo próprio personagem. Há quem possa pensar que o filme acabou de repente, sem um verdadeiro significado e há aqueles que conseguiram enxergar além do óbvio e perceber que o estimado Tomaz conseguiu, de uma forma tão romântica, dissipar o medo que o Martin menciona no monólogo acima. O duplo sentido varia incrivelmente entre a literalidade do medo do Martin e a experiência que ele acabara de passar.
p.s.: eu queria muito mesmo uma cena de diálogo entre os protagonistas antes do término.
The OA (Parte 1)
4.1 980 Assista AgoraSerá que estou louco por classificar esta série com cinco estrelas?
Esta série não vai te dar respostas, muito menos perguntas. Ela não quer te explicar um sentido, mas também não quer que você se perca na dúvida. É simplesmente beleza e imensidão. Inúmeras vezes fiquei chocado com a magnitude das cenas e com a loucura que seguia ela em sequência.
No começo eu procurei a lógica, queria entender, queria estar por dentro do que os personagens passavam, mas não consegui. Aos poucos me desvencilhei do óbvio e apenas me tornei um observador, um admirador. E foi assim que me encantei.
Cenas como Scott retornando a vida, os movimentos e principalmente o épico momento da seaon finale, com a dança e com a beleza natural de uma coisa tão simples em um cenário tão caótico e aterrador daquele ataque, são parte das incontáveis vezes em que fiquei estupefato com a grandiosidade de uma série que de nenhuma forma quis se preocupar com o regular.
E sim, The OA conseguiu! Ela foi para outra dimensão, ela encontrou Homer. Ela não contou mentiras, não, pelo contrário, querem que ela seja vista como uma mentirosa, mas ela não é. Foi o épico momento dos cinco pondo em prática os movimentos que mostrou que a fé que eles tinham na narrativa de Prairie era verdadeira e que tudo que viveram até aquele momento nunca foi tão visível.
Lost (2ª Temporada)
4.4 377 Assista AgoraEu estava pronto para fazer um comentário super extenso, apontando as partes que mais gostei e que menos gostei, além de demonstrar meu sentimento com alguns personagens, tanto de ódio como de admiração. Entretanto, decidi pelo contrário e apenas vou falar algo que me surpreende devido a opinião das pesssoas: JACK É SIM UM DOS MELHORES PERSONAGENS DA SÉRIE! (irritante e chato é o caralho meus jovens).
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraQuanto mais eu observo e conheço o mundo mágico de Harry Potter mais eu sei que a verdadeira bruxa da história é J.K. Rowling. A magia nasceu em Pedra Filosofal e jamais se apagou, pelo contrário, ela está mais viva do que nunca em Animais Fantásticos.
Como Defender um Assassino (3ª Temporada)
4.2 455 Assista AgoraQuem matou Sam? Wes.
Quem atirou na Annalise? Wes.
Quem estava embaixo do lençol? Wes.
Quem matou Wes? Wes.
Those People
3.3 179Bem, como começar a falar de Those People? Acho que posso iniciar afirmando que o não tão pouco sono que me consumia lentamente madrugada adentro foi totalmente dissipado enquanto me permitia ser preenchido pela magnificência da atuação apresentada por Jonathan Gordon (o lindo e encantador Charlie).
O enredo desse longa também é bastante encantador e os personagens principais, ao me ponto de vista, são bastante complexos. De um lado temos um sonhador, amante, apaixonado, artista, inovador, sentimental e atordoante Charlie, que nos agraciou com uma atuação tão sublime e com tantas nuances que era difícil não sentir todas as emoções que ele sentia. Do outro lado temos a "problemática" vivida por aquele último, a razão para o seu desespero, mas, acima de tudo, o motivo de maior amor, carinho e respeito que Charlie nos demonstrava, Sebastian.
O final não foi o que eu esperava, mas, na realidade, eu não sei bem o que estava esperando. Admito ter torcido pela felicidade de Charlie a todo instante e acredito veemente que ele estava feliz quando os créditos começaram. Entretanto, fiquei com aquele sentimento vago, algo que precisava de um definitivo e que, infelizmente, não chegou.
De qualquer forma, indispensavelmente me vejo obrigado a recomendar este filme para aquelas pessoas que não estão atrás de finais impossíveis, mas sim de histórias, e principalmente atuação (mais uma vez destaco que Jonathan Gordon ~as Charlie~ comportou uma performance digna de inúmeros elogios) complexas e harmoniosas.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KComo em todos os casos que vejo, fico surpreso com a necessidade das pessoas virem nas séries e colocar "Não Quer Ver". Não é nada contra ao uso dessa ferramenta, mas por quê?! Se não quero ver nem perco meu tempo mostrando "ao mundo" isso.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraÉ curioso como todo o aspecto que nos é passado através do personagem principal acaba retornando ao proposto inicial dele ser um dublê. Suas ações, seus pensamentos, expressões e diálogos são formalizados em uma extremidade de detalhes que agraciam a visão de uma bela história.
A figura secundária no decorrer dos acontecimentos, seu autoconhecimento dos fatos e suas decisões solitárias são um atrativo de grande importância nos minutos que ficamos sufocados, vezes pela tensão das cenas e nas formas como estas são passadas, vezes pela simplicidade e aconchegante trilha sonora com teor romântico, e vezes pelo desfecho de determinadas situações que contrariam aquilo que pensamos que iria (deveria) acontecer.
Por fim, o personagem participa, em sua forma reservada, dos momentos fatídicos de outros personagens, porém, quando chega a hora de iniciar sua história desvencilha-se do óbvio e continua sua estrada como o verdadeiro dublê que protagoniza e que nos remete que nem todos que chegam estão realmente prontos para ficar.
Foi o que consegui adquirir de experiência do filme.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraO filme se desenrolou com tanta facilidade, com tamanha perfeição e com uma inescrupulosa simplicidade que o tornou admirável de uma forma imprevisível.
O final foi realmente encantador. Observar as expressões incríveis que a talentosa Keira Knightley nos passa, com o fundo de Lost Stars, sentindo a leveza da cena nos enchendo gradativamente, trouxe ao desfecho uma sensação inenarrável.
Queda Livre
3.6 591Quando terminei este filme, me senti incapacitado de levantar quaisquer tipo de opiniões acerca do longa, entretanto, cá estou na tentativa de descrever alguns dos inúmeros sentimentos que percorreram minha mente e meu corpo durante as horas em que assisti o amor e o conflito dos personagens Kay e Marc.
Achei o desenvolver da história algo muito simples, e não digo com tom de desaprovação, pois é realmente essa simplicidade com que nos é passado o objetivo principal do filme que nos prende dos minutos iniciais aos segundos finais. O relacionamento entre Kay e Marc é absurdamente incrível de ser observado e logo de início já torcemos para que dê certo. O conflito que é transmitido também é intenso e desolador. Diversas vezes, senti-me na obrigação de entrar no filme e dizer para os personagens o que eles deveriam fazer (como se eu tivesse algum poder para determinar a vida e escolhas deles, ok?).
Fico pensando que devido ao meu histórico de filmes da temática LGBT, me tornei muito pessimista com o futuro de um casal gay que enfrenta dificuldades em um meio social preconceituoso. Em todas as vezes em que Marc aparecia na porta do apartamento de Kay e este não atendia, eu já imaginava finais terríveis para ele como encontrá-lo morto de alguma maneira incompreensível. Entretanto, não aconteceu e eu agradeço fortemente por isso, pois, a realidade na vida de vários casais gays (assumidos o não) que tendem a deparar-se com preconceito não é sempre um final de uma vida e sim o final de uma possível relação.
Nos minutos finais, eu já estava estupefato pelos marcos que eram exibidos. Torci inescrupulosamente para que tivesse um final feliz, e não me entendam mal, eu precisava desse final feliz, porque o filme já estava totalmente conturbado, com uma relação tão cheia de afeto e amor e com uma luta contínua de aceitação. Contudo, o que seria de fato esse final feliz eu não sei, já que o que foi me apresentado era de tamanha importância e reflexão.
A corrida final de Marc, obviamente uma ligação com a corrida inicial, é extremamente reconfortante. Para alguém que se via preso em suas próprias escolhas, alguém que "perdeu" o sentido de sentir a felicidade, a ultrapassagem de seus colegas e a tomada da dianteira da corrida é realmente esclarecedor. A libertação de todos os medos que o prendiam, o entendimento do que Kay sentia, fez Marc avançar, impulsionando seu verdadeiro eu para um sentimento de compreensão.
Por fim, eu preciso ressaltar que as atuações de Koffler (Marc) e Riemelt (Kay) são dignamente memoráveis. A expertise com que trabalharam as cenas foi maravilhosa, tanto nos diálogos como principalmente nos olhares.
É complicado escolher uma cena do filme para determinar como uma das que eu mais gostei, porém, vou me arriscar em dizer que é quando Marc está no hospital, por causa do nariz machucado. Kay vai procurá-lo e Marc pede para ele ir embora antes da mãe chegar, mas quando ele se levanta para ir, Marc agarra o seu pulso e aquilo transmite uma paixão, um desejo, um amor e afeto entre os dois de uma forma tão espetacular que até eu definitivamente senti.
White Collar (6ª Temporada)
4.5 55A série começou com uma proposta inteligente e manteve durante todas as temporadas. Confesso que em determinado momento da Quarta Temporada fiquei um pouco descontente como os rumos das coisas iam, porém, logo ela conseguiu redirecionar-se aos trilhos novamente e White Collar andava em seus melhores momentos.
Saber que a Sexta Temporada era a última e que possuía número de episódios reduzidos já me fez ficar decepcionado com a não renovação da série. De qualquer forma, melhor Serie Finale não poderia ter sido construído para dar o desfecho perfeito para uma série de tão alto nível.
O início do sexto episódio já nos dá uma brecha do que futuramente pode acontecer e foi a lembrança desse início que me fez engolir as lágrimas ao olhar para Mozzie e Peter chorando, arrasados, pelo corpo sem vida do Neal.
Matt Bomer é incrivelmente talentoso, absurdamente charmoso e estupidamente lindo. Sua atuação como o golpista (e o maior de todos, até porquê quem é Pink Panthers perto dele?) Neal Caffrey é memorável e vê-lo em outros shows sem lembrar de tal personagem é impossível. Seu relacionamento com seus amigos na série (Peter e Mozzie, principalmente), é surpreendente e as relações destes com outros integrantes (Diana, El, Jones, June) também é ótima.
O final deixou em aberto possíveis retomadas (o que não é impossível dado o momento que estamos assistindo a retomada de Prison Break) e acredito que seria muito bem recebida pelos fãs e por possíveis adeptos da temática.
"I'll admit I've done a lot of things in my life that I'm not proud of. No, no, that's not true, I'm proud of most of them." - Neal Caffrey
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraQue filme magnífico foi este? Que energia renovadora, assustadora, desconhecida e confiável foi essa nos passada? Desde o início o longa se mostra extremamente focado no que pretende passar e consegue o fazer de forma incrivelmente natural e admirável.
Poderia citar inúmeras vezes em que fiquei surpreendido com os acontecimentos e com o modo como os personagens agiam individual e coletivamente, mas acredito que, ainda sim, iria faltar alguma coisa, algum ponto que incontestavelmente deveria ter sido citado e acabei por esquecer. De qualquer maneira, o espetacular tomou forma, e não só uma. Posso admirar a relação aluno - mestre, mestre - aluno, aluno - aluno, amigos - amigo, que não terei uma apreciação menor do que a outra, digo, cada relação entre cada personagem que nos fora exibido é de tamanha essencialidade e respeitabilidade.
Fiquei envolto de uma sensação nova, vivi com os personagens as experiências prematuras em que se aventuraram e sofri, sofri amargamente com os acontecimentos.
A felicidade de um ser, de uma pessoa, de uma mente sonhadora, esmagada, destruída e reprimida pelo egoísmo único, pela ignorância incabível e pelo conservadorismo inconsequente, é inaceitável por nós que vemos o mundo como uma tela em branco para as oportunidades.
Apavorado com o que estava acontecendo e torcendo para que não acontecesse, entretanto, infelizmente, aconteceu. Chorei com a morte do Neil que com tão pouco tempo de vida, após um momento de grande felicidade, teve uma dura repreensão e uma ordem de mudança completa de vida, que o fez tomar a decisão mais "fácil" que ele pensou ser o único jeito de suportar.
"Gather ye rosebuds while ye may,
Old Time is still a-flying;
And this same flower that smiles to-day,
To-morrow will be dying."
Carpe diem. Seize the day.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraEu comecei o filme achando que ele estava desenvolvendo diálogos e acontecimentos de uma forma muito acelerada. Digo isto pelo modo como foram feitas as apresentações dos personagens e até mesmo a introdução ao romance entre o jovem misterioso e apaixonado, Michael Berg, e a mais misteriosa ainda, e encantadora, Hanna Schmitz.
Felizmente, depois deste baque inicial, tudo começou a se desenrolar de uma forma mais natural e a paixão entre as duas pessoas foi um dos pontos altíssimos do longa. Cito meus verdadeiros sentimentos de admiração as atuações dos amantes e da relação, um pouco conturbada, que eles construíram.
Entretanto, confesso que o brilho do filme exibiu-se no final, ou ao menos perto dele. Fiquei desacreditado no poder que a vergonha que sentimos de nós mesmos pode nos fazer passar por situações que acarretarão mudanças permanentes em nossas vidas.
Claro que estou falando do exato momento em que Hanna preferiu admitir uma mentira - ao dizer que tinha escrito o relatório, apresentado em julgamento, sozinha -, do que contar a verdade sobre ela mesma - a questão de ser analfabeta, que felizmente o filme acertou em cheio de tratar o assunto posteriormente.
As leituras apaixonadas, que o já crescido Michael Berg começou a gravar para enviar para Hanna - seu eterno amor jovial, e que posso dizer verdadeiro e transcendental - são de um impacto exorbitante. O medo nas feições de Hanna, o carinho, o reconhecimento, tudo mesclado em uma onda de amor e conforto na vida monótona e vazia que ela se encontrava, foram excepcionalmente incríveis.
O desfecho é memorável. Triste foi ver Hanna subindo nos livros e já esperarmos as reações futuras. Triste foi, pela segunda vez, o choro do mesmo personagem, representado por dois atores fantásticos (David Kross e Ralph Fiennes), quando viu seu mundo desabar nas duas ocasiões:
quando sentenciam o amor de sua visa a prisão perpétua e quando descobre o seu trágico fim do suicídio.
Um grandioso filme, com grandiosidade nas atuações.
Suits (5ª Temporada)
4.5 141 Assista AgoraTerminei esta temporada faz um dia e esperei este tempo para poder digerir tudo que me fora passado principalmente na questão destes cinco, seis, episódios finais.
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Sem via de dúvidas foi a melhor temporada até agora, superando até mesmo a primeira temporada. Lembro de ter comentado com amigos sobre a quarta temporada de Suits e dizer que ela estava trazendo um lado mais pessoal dos personagens e estava carregada de sentimentalismo forte, entretanto, deparo-me com essa quinta e sou surpreendido pela qualidade de cada episódio. Como eu li em um comentário abaixo, nesta season não teve um episódio que poderia ser considerado inferior aos outros.
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As intrigas foram um ponto marcante para os episódios e mais ainda a solução delas. Não caímos em um clichê de diálogos entre os personagens, caímos em um emaranhado de dúvidas e suposições sobre os acontecimentos que serão colocados em cena.
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O maior personagem da série, e não digo somente desta temporada, continua sendo Harvey Specter. Porém, nós não estamos diante do mesmo Harvey Specter que estávamos acostumados nas três primeiras temporadas, esse novo HS é uma pessoa mais desenvolvida e muito mais apaixonante. As atuações de cada um são memoráveis e o ódio por certos personagens sempre se acende, até mesmo com o Louis que já estamos familiarizado com o seu comportamento duvidoso mas reverenciável. Donna continua sendo uma das grandes personagens, porém, admito que fiquei mais ansioso, e muito satisfeito,
com o desempenho da nova secretária.
Foram em inúmeros episódios que fiquei extasiado com a qualidade na força e na posição/atitude que Jessica Pearson demonstrou dentro da série. Sua voz de comando, suas escolhas, suas defesas e seus ataques são vangloriáveis e ela exibiu uma qualificação para ser - Dona da porra toda - com muita persistência.
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E sobre ler comentários negativos "I will, I just need to get it translated from bullshit to portuguese". - Harvey Specter
Teen Wolf (5ª Temporada)
4.0 158 Assista AgoraEstou assistindo compulsoriamente a primeira parte desta temporada e estou tendo dificuldades para lidar com a magnificência da história e das atuações. Personagens nos apresentado nas temporadas anteriores estão tendo muito mais espaço agora e não estão deixando a desejar. Discordo de quem diz que está cansativa a temporada pois observo que o desenrolar está sendo bem mais rápido que em várias outras e mesmo assim o mistério ainda paira sobre o enredo.
Definitivamente está sendo fantástica e na lista das cinco temporadas eu organizaria da seguinte maneira: Terceira Temporada (Segunda Parte); Quinta Temporada; Segunda Temporada; Primeira Temporada e Quarta Temporada.
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraO documentário segue aquela velha receita de iniciar com o bom e finalizar com o fim trágico, entretanto, eles nos mostra a vida de uma pessoa que conhecemos muito bem pela mídia esmagadora e que lamentamos o triste e precoce fim. As faces que Amy mostra durante a vida são sempre carregadas de sentimentos, sendo estes, na maioria das vezes, devastadores e tristes. Felizmente, às vezes que ela esboçava sorrisos eram realmente encantadores. A verdade nas expressões, a alegria em estar com amigos, com ídolos, com aqueles que ela amava, era espetacular. A perda de uma das grandes vozes da música é sentida fortemente e as possibilidades de uma vida mais longa sempre cercará a estrela - abafada e desconstruída pela mídia e até mesmo pela impaciência daqueles que se auto afirmavam como fãs - que partiu cedo demais.
Hemlock Grove (1ª Temporada)
3.7 292Meu Deus! Como explicar uma série assim? Ela caminha devagar, quase parando e ficamos na ansiedade que em algum momento ela melhore (pois ela tem capacidade pra isso), mas isso não acontece. Os episódio são arrastados, os segundos tornam-se minutos de tanta demora que é pra terminar. Realmente foi difícil acompanhar até o final, mas serviu pelo menos pra uma coisa: a Netflix não acerta em tudo.
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraA primeira coisa que nos surpreende é a trilha sonora magnífica que está presente desde o início do filme. As cenas são passadas com um ar melancólico e procuram sempre destacar uma profundidade - que muitas vezes não existiu -. A atuação de Emily Browning (BabyDoll) é realmente um ponto marcante durantes as horas do longa. O filme, visto de uma perspectiva simplória, pode não agradar o público, porém, quando observado de um ângulo diferente ou com a mente mais aberta para as possibilidades, ele engrandece. Destarte, Sucker Punch não é só um filme com cenas de ação espetaculares e efeitos especiais memoráveis, ele traz uma reflexão implícita e faz com que todos que o assistam se perguntem: eu captei a mensagem?
A morte de três companheiras, a loucura (liberdade em mente) de outra e a fuga para o melhor da única "sobrevivente" do massacre psicológico, foram orquestradas de maneira estarrecedora.