Glauco

O último personagem que eu lembro ter a Síndrome de Asperger era o adorável Max, de Mary and Max.
Achei o filme encantador, o amor sincero entre os irmãos, e aborda de forma leve a doença. Muito bom!

Uma grande viagem mesmo com belas paisagens onde se aprende muito. Aquele velho conflito de gerações de pai e filho, com aqueles "joguinhos" que existem em todas sociedades. O adicional aqui é a religião, o filme centra-se mais no conflito existêncial do filho diante a tradição, mas não deixa de lado todo obscurantismo e sapiência da religião do pai.
Interessante perceber o comportamento dos dois diante as pessoas que encontram ao longo da viagem.
E a "liquidez" do meio em que o jovem vive, em relação a "solidez" da do pai, onde pode se inverter os meios.

Fiquei com a mesma sensação que tenho ao terminar de ler um livro espetacular: tristeza por ter acabado.
Esse filme é muito emocionante. É daquelas obras raras do cinema, que tem emoção, alegria, drama, amor, amizade... tudo, mas com muito equilíbrio. Fora a trilha!