Se 'Hamilton' já era um fenômeno na Broadway, no Spotify e no submundo dos bootlegs, com a filmagem ao vivo do elenco original, a peça assume outro nível de grandiosidade (se é que isso é possível). Nada falha neste filme: roteiro, direção, atuações, trilha sonora, iluminação, coreografia, drama, comédia, conflitos, romance... É óbvio que o apelo para o público estadunidense é completamente diferente que o apelo para o resto do mundo, mas isso não impede que a obra seja contemplada. 160 minutos que passam voando, com vontade de mais e mais. Mais um acerto da Disney, que abre precedentes para que outras peças e musicais sejam filmados com a mesma maestria. Recomendadíssimo!
Um filme sobre vários temas. Tantos que até se perdem entre si e talvez funcionariam melhor se fossem trabalhados numa série, por exemplo. É claramente dividido em dois arcos: o primeiro com mais agilidade, mais urgência (percebido na fotografia que usa e abusa do vermelho e azul, coincidentemente ou não, as cores das luzes da polícia); o segundo é mais lento, com cores mais suaves, como o azul e amarelo claros. Parecem até filmes diferentes, apesar de os personagens continuarem os mesmos. Direção incrível, fotografia linda, trilha sonora impecável. Destaque também para as atuações, com atores mais novos equiparando-se aos mais velhos sem nenhum medo. Poderia ser mais enxuto, mas tem boas mensagens para passar. Recomendado.
PS: a cena nas ondas é uma das mais lindas que já vi no cinema.
'Little Women' é mais um filme de atuações do que um filme de técnica. A forma não-linear é interessante, os arcos são bem definidos e a gente acaba torcendo por um ou outro personagem. Laura Dern está melhor aqui do que em Marriage Story. Saoirse Ronan merece a indicação ao Oscar e logo vai levar sua estatueta pra casa. Timotheé Chalamet tem uma carreira brilhante pela frente. Mas o destaque aqui fica pra Florence Pugh, incrível aqui e mais ainda em 'Midsommar', mostrando uma versatilidade impressionante. Jacqueline Durran mais uma vez impecável nos figurinos e Alexandre Desplat faz uma trilha sonora muito agradável e importante para o filme. Roteiro meio bleh, mas que até dá para curtir.
Após um sucesso estrondoso do primeiro filme, 'Frozen II' consegue manter a tal "magia Disney" lá em cima com um longa mais sombrio e denso, mesmo com muitos momentos de humor. Músicas menos cativantes, com melodias mais pesadas, mas nem por isso tiram o mérito do filme. As sequências de "Into the unknown" e "Show yourself" são arrepiantes do começo ao fim. Percebi uma certa preguiça em alguns números, com fundos pretos, sem exigir muito da animação. Fora isso, a melhora da qualidade da animação em comparação com o primeiro filme é visível e agradável demais. Roteiro amarrado, vozes originais encaixam perfeitamente nas personagens, novos personagens bem apresentados e Olaf roubando a cena.
Filme previsível desde os primeiros minutos, com uma direção horrenda, edição estranha e sem muito o que elogiar, a não ser a atuação de Dev Patel. Mais uma narrativa com o "white savior".
É absurdo pensar que 'Avatar' foi lançado há 10 anos e 'Cats' entregou esses efeitos visuais. Nada funciona: roteiro, direção, fotografia, nada. Músicas chatas, sem ninguém se destacando, exceto Jennifer Hudson com um solo maravilhoso. Outros pontos positivos são a coreografia, principalmente na cena de sapateado e a sincronia entre música e os lábios dos atores, coisa difícil de se ver em musicais. Enfim, não vale o preço do ingresso, muito menos o tempo perdido.
'Gräns' aborda, de uma maneira pouco convencional, várias fronteiras: o bem e o mal, o belo e o feio, o masculino e o feminino, o humano e o animalesco, o moral e o imoral, o certo e o errado. Através da história de vida da protagonista, muito bem interpretada por Eva Melander, atravessamos essas fronteiras com mais interesse que na cena anterior. Destaque também para a maquiagem e direção.
PS: uma das cenas de sexo mais interessantes e bem realizadas do cinema.
O estilo de animação não me agradou no início, mas foi se solidificando com o passar do filme de forma fluida e agradável de assistir. Destaque para o roteiro sem muito diálogos, mas bem poético, para a direção muito boa mesmo e para a trilha sonora, que migra de um rap francês a momentos instrumentais que compõem muito bem a história.
Figurinos incríveis e CGI acima da média, mas que não escondem o tanto que o roteiro é raso e mal desenvolvido. Três roteiristas pra mais uma história de "white savior"? É um bom passatempo, mas só isso mesmo.
Apesar de ser um grande clichê, com um plot já conhecido - vide 'Sing' -, é um filme que funciona como musical e como entretenimento. A trilha dos incríveis Pasek & Paul é linda e faz ótimos números musicais. Outro ponto positivo são as coreografias. A direção e os efeitos especiais deixam a desejar. "This is me" é a música do ano, sem dúvida. Atuações muito boas de Hugh Jackman, Zac Efron e Keala Settle.
Histórias comuns de pessoas comuns. Um filme paradão, na mesma vibe de 'Aquarius' e 'Corpo Elétrico'. Tem quem goste, mas eu não curto. Destaque fica para as protagonistas, que têm uma sintonia absurda.
Uma aula de Jornalismo em forma de documentário. A expectativa era ter uma imersão na vida de um voyeur, mas acaba sendo mais sobre o processo de produção jornalístico, o que não torna o documentário menos interessante.
Clichê atrás de clichê. Protagonista sem carisma, história sem sal. O que salva é a fotografia maravilhosa, com cores quentes para combinar com a locação, e a vivacidade de Caleb, personagem de Jamie Blackley. Não perca seu tempo.
Receita de bolo da Disney das suas animações tradicionais, com aquele toque contemporâneo ao incluir uma história em New Orleans, com uma princesa negra e músicas baseadas no jazz americano. Ótimas ideias, ótimos números musicais e ótima história. Trabalha melhor como homenagem ao jazz que 'La La Land', que se propôs a fazer isso. Filme bonito de ver. Recomendado!
Com aquele toque de 'Carnage', em que a escassez de cenários também é protagonista, 'The Pass' é um bom filme, com ótimas atuações. Muito palpável e real, trata das pressões da sociedade e das aparências que elas exigem. O filme passa voando.
Um filme que fala sobre o status quo da sociedade, assim como 'American Beauty'. Robin Williams faz do seu personagem alguém crível com sua atuação magnifíca. Talvez tenha faltado um pouco de timing para o filme, mas mesmo assim sua história vale à pena ser contada.
Hamilton
4.5 256 Assista AgoraSe 'Hamilton' já era um fenômeno na Broadway, no Spotify e no submundo dos bootlegs, com a filmagem ao vivo do elenco original, a peça assume outro nível de grandiosidade (se é que isso é possível). Nada falha neste filme: roteiro, direção, atuações, trilha sonora, iluminação, coreografia, drama, comédia, conflitos, romance...
É óbvio que o apelo para o público estadunidense é completamente diferente que o apelo para o resto do mundo, mas isso não impede que a obra seja contemplada.
160 minutos que passam voando, com vontade de mais e mais.
Mais um acerto da Disney, que abre precedentes para que outras peças e musicais sejam filmados com a mesma maestria.
Recomendadíssimo!
As Ondas
3.9 164 Assista AgoraUm filme sobre vários temas. Tantos que até se perdem entre si e talvez funcionariam melhor se fossem trabalhados numa série, por exemplo.
É claramente dividido em dois arcos: o primeiro com mais agilidade, mais urgência (percebido na fotografia que usa e abusa do vermelho e azul, coincidentemente ou não, as cores das luzes da polícia); o segundo é mais lento, com cores mais suaves, como o azul e amarelo claros. Parecem até filmes diferentes, apesar de os personagens continuarem os mesmos.
Direção incrível, fotografia linda, trilha sonora impecável. Destaque também para as atuações, com atores mais novos equiparando-se aos mais velhos sem nenhum medo.
Poderia ser mais enxuto, mas tem boas mensagens para passar. Recomendado.
PS: a cena nas ondas é uma das mais lindas que já vi no cinema.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista Agora'Little Women' é mais um filme de atuações do que um filme de técnica. A forma não-linear é interessante, os arcos são bem definidos e a gente acaba torcendo por um ou outro personagem.
Laura Dern está melhor aqui do que em Marriage Story. Saoirse Ronan merece a indicação ao Oscar e logo vai levar sua estatueta pra casa. Timotheé Chalamet tem uma carreira brilhante pela frente.
Mas o destaque aqui fica pra Florence Pugh, incrível aqui e mais ainda em 'Midsommar', mostrando uma versatilidade impressionante.
Jacqueline Durran mais uma vez impecável nos figurinos e Alexandre Desplat faz uma trilha sonora muito agradável e importante para o filme.
Roteiro meio bleh, mas que até dá para curtir.
Frozen II
3.6 784Após um sucesso estrondoso do primeiro filme, 'Frozen II' consegue manter a tal "magia Disney" lá em cima com um longa mais sombrio e denso, mesmo com muitos momentos de humor. Músicas menos cativantes, com melodias mais pesadas, mas nem por isso tiram o mérito do filme.
As sequências de "Into the unknown" e "Show yourself" são arrepiantes do começo ao fim.
Percebi uma certa preguiça em alguns números, com fundos pretos, sem exigir muito da animação. Fora isso, a melhora da qualidade da animação em comparação com o primeiro filme é visível e agradável demais.
Roteiro amarrado, vozes originais encaixam perfeitamente nas personagens, novos personagens bem apresentados e Olaf roubando a cena.
O Homem Que Viu o Infinito
3.8 228 Assista AgoraFilme previsível desde os primeiros minutos, com uma direção horrenda, edição estranha e sem muito o que elogiar, a não ser a atuação de Dev Patel. Mais uma narrativa com o "white savior".
Cats
1.7 375 Assista AgoraÉ absurdo pensar que 'Avatar' foi lançado há 10 anos e 'Cats' entregou esses efeitos visuais. Nada funciona: roteiro, direção, fotografia, nada. Músicas chatas, sem ninguém se destacando, exceto Jennifer Hudson com um solo maravilhoso. Outros pontos positivos são a coreografia, principalmente na cena de sapateado e a sincronia entre música e os lábios dos atores, coisa difícil de se ver em musicais.
Enfim, não vale o preço do ingresso, muito menos o tempo perdido.
Border
3.6 219 Assista Agora'Gräns' aborda, de uma maneira pouco convencional, várias fronteiras: o bem e o mal, o belo e o feio, o masculino e o feminino, o humano e o animalesco, o moral e o imoral, o certo e o errado.
Através da história de vida da protagonista, muito bem interpretada por Eva Melander, atravessamos essas fronteiras com mais interesse que na cena anterior.
Destaque também para a maquiagem e direção.
PS: uma das cenas de sexo mais interessantes e bem realizadas do cinema.
Perdi Meu Corpo
3.8 351 Assista AgoraO estilo de animação não me agradou no início, mas foi se solidificando com o passar do filme de forma fluida e agradável de assistir. Destaque para o roteiro sem muito diálogos, mas bem poético, para a direção muito boa mesmo e para a trilha sonora, que migra de um rap francês a momentos instrumentais que compõem muito bem a história.
A Grande Muralha
2.9 582 Assista AgoraFigurinos incríveis e CGI acima da média, mas que não escondem o tanto que o roteiro é raso e mal desenvolvido. Três roteiristas pra mais uma história de "white savior"?
É um bom passatempo, mas só isso mesmo.
O Rei do Show
3.9 897 Assista AgoraApesar de ser um grande clichê, com um plot já conhecido - vide 'Sing' -, é um filme que funciona como musical e como entretenimento. A trilha dos incríveis Pasek & Paul é linda e faz ótimos números musicais. Outro ponto positivo são as coreografias. A direção e os efeitos especiais deixam a desejar. "This is me" é a música do ano, sem dúvida. Atuações muito boas de Hugh Jackman, Zac Efron e Keala Settle.
A Escalada
3.5 85 Assista AgoraNão cumpre o papel de comédia, de comédia romântica, de drama, de tragédia, de nada. Perda de tempo.
Boi Neon
3.6 459 Assista AgoraUm filme sobre nada, com nudez, sexo e violência gratuitas. Péssimo.
Tempos de Tormenta
3.2 55Mais do mesmo, só que em húngaro.
A Cidade Onde Envelheço
3.6 130 Assista AgoraHistórias comuns de pessoas comuns. Um filme paradão, na mesma vibe de 'Aquarius' e 'Corpo Elétrico'. Tem quem goste, mas eu não curto.
Destaque fica para as protagonistas, que têm uma sintonia absurda.
Voyeur
3.0 57Uma aula de Jornalismo em forma de documentário. A expectativa era ter uma imersão na vida de um voyeur, mas acaba sendo mais sobre o processo de produção jornalístico, o que não torna o documentário menos interessante.
Paz, Amor e Muito Mais
3.1 160 Assista AgoraTenta ser legal, tenta ser divertido. Mas só tenta. E não consegue nada. Leve até demais.
Jogos Mortais: Jigsaw
2.8 706 Assista AgoraNão assusta, não entretém, não causa nada. Só uma pequena raiva pelo preço do ingresso.
Não recomendo nunca.
Mamma Mia! O Filme
3.6 1,8K Assista AgoraUm musical "feel-good", mas bem chatinho. Até Meryl Streep está sem graça.
Eu Sou a Felicidade Deste Mundo
2.0 71O começo parece promissor, mas chega na metade e tudo desanda. Mais um filme que tenta usar a nudez como arte e falha miseravelmente.
Péssimo.
Busca Sem Limites
2.9 123 Assista AgoraPrevisível até não poder mais.
Tirando as boas atuações e uma direção que convence, nada impressiona no filme.
Assistível, mas não recomendado.
Enquanto Houver Amor
3.0 64Clichê atrás de clichê. Protagonista sem carisma, história sem sal. O que salva é a fotografia maravilhosa, com cores quentes para combinar com a locação, e a vivacidade de Caleb, personagem de Jamie Blackley.
Não perca seu tempo.
A Princesa e o Sapo
3.6 910 Assista AgoraReceita de bolo da Disney das suas animações tradicionais, com aquele toque contemporâneo ao incluir uma história em New Orleans, com uma princesa negra e músicas baseadas no jazz americano.
Ótimas ideias, ótimos números musicais e ótima história.
Trabalha melhor como homenagem ao jazz que 'La La Land', que se propôs a fazer isso.
Filme bonito de ver. Recomendado!
The Pass
2.8 56Com aquele toque de 'Carnage', em que a escassez de cenários também é protagonista, 'The Pass' é um bom filme, com ótimas atuações.
Muito palpável e real, trata das pressões da sociedade e das aparências que elas exigem.
O filme passa voando.
Avenida
3.1 75 Assista AgoraUm filme que fala sobre o status quo da sociedade, assim como 'American Beauty'.
Robin Williams faz do seu personagem alguém crível com sua atuação magnifíca.
Talvez tenha faltado um pouco de timing para o filme, mas mesmo assim sua história vale à pena ser contada.