Que filme singular!!! Me lembrou o The Suburbs do Spike Jonze, que tinha me deixado um imenso gosto de quero mais... Só acertos para a Gia Coppola, embora tenha rolado algumas lacunas psicológicas no roteiro
O filme tem uma progressão rítmica incrível, começa bem leve e vai se metamorfoseando conforme a própria persona do David - show de interpretação de Gosling, vale ressaltar. Os acontecimentos vão surgindo de forma bem fluida, achei muito envolvente a forma que a trama se desencadeia - por muito me sentia preso e encurralado, esperando ávido pela conclusão ou o porquê de certas cenas.
Tecnicamente o filme também não desaponta, com uma trilha sonora nada prepotente e direções de arte e fotografia naturalmente harmônicas. Merece ser visto e apreciado.
Acabei de assistir novamente esse filme após alguns meses desde o primeiro contato com a obra e consegui sentir a mesma tensão e êxtase da primeira vez. É invejável a segurança da direção de Jee-woon Kim, o filme é impecável quadro-a-quadro.
Manter todo o horror sem sequer deslizar no rigor técnico é para poucos.
Assisti esperando um blockbuster comum, mas me deparei com uma direção majestosa. Até então desconfiado com o nome Peter Jackson, o resultado desse filme me surpreendeu. A estrutura narrativa é consistente, o ritmo é impecável e toda a arte (fotografia, cenário, figurino) trabalha de uma forma substancial que há muito eu não me deparava.
Um filme que vai além do que se vê, em qualquer sentido.
O filme não é falho e funciona muito bem, embora para alguns a premissa principal seja inconsistente. A história não é apenas sobre um brasileiro assassinado no exterior, mas sobre a vida lá - e nesse ponto, o roteiro é impecável.
A crítica à forma com que os brasileiros vivem em Londres é sensacional: em grande parte só pensam em trabalhar e acabam ficando restritos a um âmbito puramente conterrâneo, e por esse muito pouco contato com nativos alguns até esquecem de aprender a língua local. E quanto o "jeitinho brasileiro" de se conseguir um visto, então?
Talvez o que não tenha parecido se encaixar perfeitamente com o filme tenha sido o assassinato, que calha por contrastar com o que o roteiro vinha desenvolvendo - embora de uma maneira fluida e tecnicamente correta. O que torna por seguir então toma um tremendo ar de drama, muito bem realizado.
Sobre as atuações, não acredito que houve vexame algum. Os personagens não se mostram caricatos, mas incrivelmente naturais. E o mais importante: mostram-se brasileiros, carismáticos. O rigor técnico e estético do filme não é extraordinário, mas cumpre sua função e não compromete o resultado final (vale ressaltar também que a direção de arte soube muito bem harmonizar a estética "pesada e morta" da cidade com o clima cafona dos brasileiros).
Alguns têm medo do lixo, mas quem vem do lixo nunca tem medo.
Assim é Sganzerla que, sem temer o fracasso, estreia com tamanha ousadia com a obra-síntese do Cinema Marginal, direto da Boca do Lixo. Sob as ilimitações de tal vanguarda, o espaço para tradicionais convenções cinematográficas é destinado à pura experimentação estética e narrativa.
Os despreparados se amedrontarão, mas àqueles dispostos ao êxtase da adrenalina restará o prazer.
Todo a ânsia modernista de Glauber é sentida em seus filmes, e seu vanguardismo abstém-se de todas as fórmulas comuns ao cinema tradicional. Monólogos regionalistas transpirando poesia, embates dinâmicos e coreografados, devaneios místicos e personagens sacros; uma visão única de nossa cultura.
Nacionalista obsessivo, incorpora a gênese pau-brasil de sua alma em seus personagens folclóricos que sob a responsabilidade de representar figuras de um povo multi-facetado - mas igual em substância - calham a expandir sua significação, retratando tipos sociais comuns a todo o mundo sob essa ótica unicamente tupiniquim.
Uma obra ressonante em que se coisa ou outra parece carecer de importância é sinal de que uma parte do Brasil pode estar passando despercebida pelos olhos de sua mente.
Sem abandonar o vanguardismo de Acossado e ensaiando os recursos narrativos não-lineares de Rei Lear, Godard aborda a premissa "Paris" a partir de sua principal característica: os parisienses. Que somos intrínsecos ao meio, sabemos, e é dessa perspectiva que o então mais moderno diretor de cinema inicia sua crônica visual.
O resultado é um completo ensaio sobre a formação intelectual, sexual, sócio-econômica e político-ideológica do povo - talvez não apenas - parisiense. O reflexo de influências externas ao cotidiano francês é crítica íntima de Godard, que embora vezes soando pedante, não cansa de explorar a importância dos conflitos políticos na nossa idiossincrasia cultural.
As ironias que moldam o que somos compõem essa obra rica de subjetividades, que viria a marcar a nova fase de meta-cinema político de Jean-Luc. Se a base de tudo é a linguagem, como a obra defende, indubitavelmente Godard a manipula como um verdadeiro artesão materializando suas ideias à uma experiência sensorial única.
Um trabalho subestimado de um diretor superestimado. O filme não é o mais envolvente, mas não figura entre os piores do Allen.
A fotografia em preto e branco homogeniza os personagens de forma a quebrar pré-conceitos sobre a persona de cada um, deixando com que o desenvolvimento psicológico seja papel única e exclusivamente do roteiro - que o cumpre muito bem. Com algumas, não muitas, cenas interessantes que parecem surgir como um boost para evitar que o filme se torne uma bosta, não é possível imergir com muita facilidade. Cinéfilos sem muito afinco em assistir obras com ritmo desequilibrado e inconsistente, enfrentarão uma experiência, no mínimo, cansativa.
Se você não é íntimo com o estilo do senhorzinho nova-iorquino ou está em busca apenas de um entretenimento, esse filme será decerto uma grande decepção. Indico apenas a quem esteja realmente disposto a peneirar e entender a genialidade da filmografia, muitas vezes pecaminosa, de Woody Allen.
O Parque
2.7 7 Assista AgoraAchei fantástico
The Watcher
2.7 74Adorei muito, principalmente as referências a Caché do Haneke.
Habilitado para Morrer
4.2 4top demaisss
Antes do Adeus
3.5 307 Assista Agorafilme mal escrito da porra... intragável
Palo Alto
3.2 429Que filme singular!!! Me lembrou o The Suburbs do Spike Jonze, que tinha me deixado um imenso gosto de quero mais... Só acertos para a Gia Coppola, embora tenha rolado algumas lacunas psicológicas no roteiro
(a Emily deveria ter ganhado alguma cena a mais pra mostrar a sua "virada" na trama)
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraO melhor foi o Skrillex como um easter egg do filme
Adrenalina
3.2 495 Assista AgorazZZZZzzzZZzzZZzzzzzzZZZZzzzzZZZ
Come Rain Come Shine
3.1 5ZzZzZ???
Febre do Rato
4.0 657Agressivo em sua excessividade, libertinário em sua perdição.
Otto
3.5 5Pura contemplação à vida. Uma ode visual e silenciosa ao berço.
Um Misterioso Assassinato em Manhattan
3.9 183 Assista Agora"Mais um filme qualquer do Allen."
Além da Vida
3.2 1,0K Assista AgoraO desenvolvimento é ótimo, mas acho que perderam as últimas páginas do roteiro. Terminou sem estar acabado e com um final beeeeem piegão.
Entre Segredos e Mentiras
3.3 691O filme tem uma progressão rítmica incrível, começa bem leve e vai se metamorfoseando conforme a própria persona do David - show de interpretação de Gosling, vale ressaltar. Os acontecimentos vão surgindo de forma bem fluida, achei muito envolvente a forma que a trama se desencadeia - por muito me sentia preso e encurralado, esperando ávido pela conclusão ou o porquê de certas cenas.
Tecnicamente o filme também não desaponta, com uma trilha sonora nada prepotente e direções de arte e fotografia naturalmente harmônicas. Merece ser visto e apreciado.
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraO melhor de P. Thomas Anderson.
Esboços De Frank Gehry
4.1 14Encarar uma obra de Gehry é uma experiência visual inexprimível, e poder entender mais sobre o artista por trás de sua arte é puro deleite.
Queime Depois de Ler
3.2 1,3K Assista AgoraConsidero o melhor filme dos Coen.
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KAcabei de assistir novamente esse filme após alguns meses desde o primeiro contato com a obra e consegui sentir a mesma tensão e êxtase da primeira vez. É invejável a segurança da direção de Jee-woon Kim, o filme é impecável quadro-a-quadro.
Manter todo o horror sem sequer deslizar no rigor técnico é para poucos.
Incêndios
4.5 1,9K Assista Agora.
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Um Olhar do Paraíso
3.7 2,7K Assista AgoraAssisti esperando um blockbuster comum, mas me deparei com uma direção majestosa. Até então desconfiado com o nome Peter Jackson, o resultado desse filme me surpreendeu. A estrutura narrativa é consistente, o ritmo é impecável e toda a arte (fotografia, cenário, figurino) trabalha de uma forma substancial que há muito eu não me deparava.
Um filme que vai além do que se vê, em qualquer sentido.
Jean Charles
3.0 427 Assista AgoraO filme não é falho e funciona muito bem, embora para alguns a premissa principal seja inconsistente. A história não é apenas sobre um brasileiro assassinado no exterior, mas sobre a vida lá - e nesse ponto, o roteiro é impecável.
A crítica à forma com que os brasileiros vivem em Londres é sensacional: em grande parte só pensam em trabalhar e acabam ficando restritos a um âmbito puramente conterrâneo, e por esse muito pouco contato com nativos alguns até esquecem de aprender a língua local. E quanto o "jeitinho brasileiro" de se conseguir um visto, então?
Talvez o que não tenha parecido se encaixar perfeitamente com o filme tenha sido o assassinato, que calha por contrastar com o que o roteiro vinha desenvolvendo - embora de uma maneira fluida e tecnicamente correta. O que torna por seguir então toma um tremendo ar de drama, muito bem realizado.
Sobre as atuações, não acredito que houve vexame algum. Os personagens não se mostram caricatos, mas incrivelmente naturais. E o mais importante: mostram-se brasileiros, carismáticos. O rigor técnico e estético do filme não é extraordinário, mas cumpre sua função e não compromete o resultado final (vale ressaltar também que a direção de arte soube muito bem harmonizar a estética "pesada e morta" da cidade com o clima cafona dos brasileiros).
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 264 Assista AgoraAlguns têm medo do lixo, mas quem vem do lixo nunca tem medo.
Assim é Sganzerla que, sem temer o fracasso, estreia com tamanha ousadia com a obra-síntese do Cinema Marginal, direto da Boca do Lixo. Sob as ilimitações de tal vanguarda, o espaço para tradicionais convenções cinematográficas é destinado à pura experimentação estética e narrativa.
Os despreparados se amedrontarão, mas àqueles dispostos ao êxtase da adrenalina restará o prazer.
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
4.1 133 Assista AgoraTodo a ânsia modernista de Glauber é sentida em seus filmes, e seu vanguardismo abstém-se de todas as fórmulas comuns ao cinema tradicional. Monólogos regionalistas transpirando poesia, embates dinâmicos e coreografados, devaneios místicos e personagens sacros; uma visão única de nossa cultura.
Nacionalista obsessivo, incorpora a gênese pau-brasil de sua alma em seus personagens folclóricos que sob a responsabilidade de representar figuras de um povo multi-facetado - mas igual em substância - calham a expandir sua significação, retratando tipos sociais comuns a todo o mundo sob essa ótica unicamente tupiniquim.
Uma obra ressonante em que se coisa ou outra parece carecer de importância é sinal de que uma parte do Brasil pode estar passando despercebida pelos olhos de sua mente.
Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela
3.7 82 Assista AgoraSem abandonar o vanguardismo de Acossado e ensaiando os recursos narrativos não-lineares de Rei Lear, Godard aborda a premissa "Paris" a partir de sua principal característica: os parisienses. Que somos intrínsecos ao meio, sabemos, e é dessa perspectiva que o então mais moderno diretor de cinema inicia sua crônica visual.
O resultado é um completo ensaio sobre a formação intelectual, sexual, sócio-econômica e político-ideológica do povo - talvez não apenas - parisiense. O reflexo de influências externas ao cotidiano francês é crítica íntima de Godard, que embora vezes soando pedante, não cansa de explorar a importância dos conflitos políticos na nossa idiossincrasia cultural.
As ironias que moldam o que somos compõem essa obra rica de subjetividades, que viria a marcar a nova fase de meta-cinema político de Jean-Luc. Se a base de tudo é a linguagem, como a obra defende, indubitavelmente Godard a manipula como um verdadeiro artesão materializando suas ideias à uma experiência sensorial única.
Celebridades
3.2 172 Assista AgoraUm trabalho subestimado de um diretor superestimado. O filme não é o mais envolvente, mas não figura entre os piores do Allen.
A fotografia em preto e branco homogeniza os personagens de forma a quebrar pré-conceitos sobre a persona de cada um, deixando com que o desenvolvimento psicológico seja papel única e exclusivamente do roteiro - que o cumpre muito bem. Com algumas, não muitas, cenas interessantes que parecem surgir como um boost para evitar que o filme se torne uma bosta, não é possível imergir com muita facilidade. Cinéfilos sem muito afinco em assistir obras com ritmo desequilibrado e inconsistente, enfrentarão uma experiência, no mínimo, cansativa.
Se você não é íntimo com o estilo do senhorzinho nova-iorquino ou está em busca apenas de um entretenimento, esse filme será decerto uma grande decepção. Indico apenas a quem esteja realmente disposto a peneirar e entender a genialidade da filmografia, muitas vezes pecaminosa, de Woody Allen.