Decici dedicar meu precioso tempo de vida a qualquer outra coisa após assistir 50 minutos de arrastadas conversas entediantes de uma família afromericana dos EUA dos anos 50 formada por um coroa resmungão que não para de falar bobagem ao seu amigo e à esposa e é tremendo vacilão com o irmão e filhos. Apesar de DW no comando e Viola Davis na carona e boas temáticas para explorar em tal contexto, tava tão chato que dediquei outra parte do meu tempo só para escrever que se você conseguir ir até o final do filme 'você é um puta guerreiro, meu'. Daria uma emocionante peça, mas na telona não funcionou bem.
Minha pior experiência cinematográfica até hoje. Não porque foi o pior filme que já vi na telona, mas pela maneira como destoava minha percepção do filme em relação aos demais. Cada piada banal ou referência era seguida de risadas histéricas de boa parte do público, enquanto eu me perguntava “qual a graça dessa porra?”. Um filme que faz piadas do gênero não é novidade, a maneira como a abordam em Deadpool é até interessante, mas há momentos em que chega a irritar a quebra da quarta parede e a utilização de piadinhas da moda para agradar. É muito forçado. Pior é criticar os clichês e perder tanto tempo com a tentativa de um contexto dramático que só tornou tudo pior e sem sentido. O filme se perde na falta de conexão entre a sátira do gênero e o roteirozinho sério de redenção do personagem.
Tema interessante e com o qual simpatizo, mas neste documentário (ou filme publicitário disfarçado) foi intencionalmente mal abordado. Não dá pra qualificar bem um documentário que visa estimular um conceito de vida alternativo ao consumismo, mas que obviamente foi produzido para promover dois palestrantes e seus livros. Gasta-se um tempo imenso promovendo os palestrantes, tempo que poderia ser melhor utilizado para se aprofundar em vários aspectos do minimalismo. Mas, é claro, se utilizam tanto tempo exibindo-os, esse era o foco.
Só não entendi que ajuda os visitantes queriam e que problema eles nos ajudariam a superar no futuro.
Obs: A cena em que eles chegam de avião até o lugar em que a nave está é muito impactante, linda mesmo, daquelas que ficam gravadas na memória. Obs: A terra é invadida por 12 naves alienígenas e a professora manda um frio 'ok, classe dispensada", hahahaha.
Kubrick, assim como fez em Dr. Fantástico, escancara o quão ridículo é a guerra. Inocentes soldados são meros fantoches nas mãos de comandantes presunçosos, que, como diz a frase de Samuel Johnson, usam o patriotismo como o último refúgio de suas canalhices.
Trabalho por trabalho, Eddie Redmayne merecia o Oscar mais por sua atuação neste filme do que por 'A Teoria de tudo”, quando venceu os mais inspirados Benedict Cumberbatch ("O Jogo da Imitação") e Michael Keaton (Birdman). Não fosse a celeuma pró di Caprio deste ano, Redmayne se sobressairia mais uma vez. Fez uma construção de personagem perfeita: sutil, original e com a sensibilidade na medida certa. Se assim foi na vida real, é admirável a força de Gerda Gottlieb (Alicia Vikander) em aceitar a mudança do marido com tamanha maturidade.
“O cinema é uma doença. Quando nos infecta o sangue, passa a ser o hormônio dominante. Representa o lago da nossa psique. Como para a heroína, o antídoto para o cinema é mais cinema”. A frase do cineasta Frank Capra se encaixa com precisão ao infectado Martin Scorsese, que decidiu nos contar sobre sua doença. Em “A Personal Journey with Martin Scorsese”, esmiuçando o período que compreende os marcantes “O Nascimento de Uma Nação” (1915) e “Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas” (1967), o diretor norte-americano nos leva a uma viagem pela história de Hollywood e do cinema. Ele detalha filmes e autores que o influenciaram, como a arte de se fazer cinema foi sendo moldada, ganhou novos elementos, se estabeleceu e criou a base para formatos e temas que são explorados até hoje.
Cenas de filmes fundamentais na transformação do cinema ao status de arte são intercaladas com comentários sobre como e por que eles inovaram. Meio século de cinema é revisitado durante 3 horas e 45 minutos, em que o cineasta explicita nuances, passagens e sacadas que passariam despercebidas a um espectador menos experimentado ou de outra época (meu caso). Uma das melhores aulas que já tive sobre cinema. É, sem dúvida, um documentário muito rico para quem quer conhecer mais sobre as influências de Scorsese e entender melhor a história do cinema e de Hollywood.
Dois caçadores de recompensa, um deles com uma de suas capturas ainda viva - a criminosa Daisy Domergue - , e um futuro xerife seguem numa diligência rumo à cidade de Red Rock, mas são obrigados a buscar abrigo em um armazém durante uma nevasca. Em vez de Minnie, a dona do armazém, no abrigo eles encontram um mexicano, um carrasco inglês, um pretenso escritor e um velho general do exército confederado. Daí em diante o que se segue é algo comum ao universo de Tarantino: personagens durões, pendências que vêm à tona, objetivos e pensamentos diferentes explicitados em diálogos afiados que terminam de maneira explosiva. Tudo isso acrescido do ódio remanescente da guerra civil norte-americana. Ali ninguém é mocinho.
Cada extenso diálogo vai revelando o passado, motivações e pensamento de cada personagem, terminando por justificar o título do filme, que bem poderia ser “Os oito odiáveis”. Cenas em que apenas contemplamos a paisagem ou um local, no caso o armazém, são executadas com perfeição, e têm o poder de recriar a atmosfera do local, da época, e nos fazer sentir o clima hostil da situação.
Só não entendi o porquê de Warren dizer que Minnie odeia mexicanos, sendo que não vi nada disso na hora em que ela recebeu o bando. Achei esquisito somente o personagem Oswaldo Mobray (Tim Roth emulando o personagem de Cristoph Waltz em Django) ter uma farsa mais sólida, inclusive com cartões de apresentação para se passar como carrasco. A narração off de Tarantino para explicar o envenenamento também achei desnecessária.
Não reclamo da extensão do filme. Por mim poderia ter mais meia-hora. É sempre um deleite assistir a maneira como Tarantino conduz seus longas. Ele consegue, sempre, extrair o melhor de cada ator. Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins e Samuel L. Jackson dão um show de atuação. O filme ficou uma mistura de Cães de Aluguel, bang-bangs e um pouco de
J.J. Abrams é muito melhor diretor que George Lucas, e conseguiu dar um bom ritmo, além de extrair boas atuações dos atores novatos na franquia. Domhnall Gleeson (Hux), Daisy Ridley (Rey) e John Boyega (Finn) entregam atuações convincentes. Vale lembrar que mesmo com excelentes atores como Ewan Mcgregor e Natalie Portman, George Lucas fracassou na parte dramática da segunda trilogia. A química entre Rey e Finn, ao menos para mim, funcionou muito mais que a de Padmé e Anakin, por exemplo. Efeitos e lutas não são espetaculares, mas são bons. Apesar de alguns defeitos, é um bom filme.
Podiam ter criado uma história que não parecesse um remake de 'A New Hope', não é? O roteiro tem algumas inconsistências, que talvez sejam bem explicadas nas continuações, como o surgimento repentino e já poderoso da Primeira Ordem e de Snoke, que em tão pouco tempo desenvolve uma arma tão superior à Estrela da Morte. Além disso, a explicação para a virada de casaca de Kylo Ren precisará ser bem convincente.
Espero que J.J. Abrams não faça como fez em Lost, e nos responda todas as questões que faltam.
Excelente trama, boas atuações, uma belíssima fotografia em preto e branco, além de uma utilização de sombras que contribui muito com clima de mistério do filme.
Quando Harry Lime (Orson Welles) aparece, todos ficam ofuscados. Que figura espetacular! O diálogo em que ele cita que a opressão favorece a proliferação da arte finalmente escancara seu caráter para Holly Martins, ajudando-o a tomar sua difícil decisão depois. Muito bem realizada, a cena da perseguição, que culminou com o último encontro entre os amigos, deu um desfecho plausível ao filme
Irretocável! Um roteiro muito bem elaborado, executado por atores magníficos, e com um desfecho brilhante. Os personagens são bem construídos durante a narrativa e, apesar de conhecê-los melhor a cada cena, vamos ficando apreensivos por não saber de que modo eles reagirão para resolver o impasse existente. O dilema de Rick é dos mais difíceis, e em momento algum eu consegui imaginar que solução ele encontraria. Gosto de filmes assim, em que a história é crível e os atores nos passam com fidelidade o sentimento dos personagens. Isso foi realizado, sem deslizes, durante todo filme, que além de tudo é muito bem dirigido pelo húngaro Michael Curtis. Não é à toa que apesar de ser tão antigo, Casablanca se mantém entre os melhores filmes de todos os tempos.
As frutas e legumes não tem mais a época certa. São modificados geneticamente, colhidos antes de estarem prontos para o consumo e amadurecidos artificialmente. Rebanhos bovinos, suínos e a as aves são criadas à base de muito milho em locais apertados e imundos e desenvolveram bactérias extremamente nocivas por conta desse tipo de criação. Bactérias que nem existiam e que hoje em dia vão parar no nosso prato. Os agropecuaristas tornaram-se reféns de grandes corporações que dominam todo o processo de produção de alimentos, dificultando a vida de quem tenta fugir a esse sistema. A industrialização massiva de toda a produção de alimentos, segmentando cada parte do processo, barateou os custos, e utiliza mão de obra barata, tornando descartável quem atua na linha de produção. Para o lucro dos grandes conglomerados alimentícios, foi criado esse sistema que prejudica os animais, produtores, trabalhadores e consumidores, que recebem alimentos com uma qualidade questionável. Detalhes sobre cada passo desse processo são descritos no documentário Food Inc., que escancara o que muita gente preferia continuar fingindo que não existe.
Não tem como assistir e não pensar em Admirável Mundo Novo. Haja determinação como a do personagem, que toma diariamente os mínimos cuidados para que não descubram sua verdadeira identidade. É um filme interessante por defender, através do protagonista, a imensurabilidade do ser humano, que não deveria ter suas capacidades prejulgadas de acordo com certas métricas. Porém, infelizmente, isso já acontece em várias esferas da sociedade, e com o avanço tecnológico deve ocorrer cada vez mais.
Hitchcock tem uma maneira única de conduzir seus filmes. Não tem como questionar, o cara é mestre. A maneira como ele utiliza a câmera e recursos como as cores e os sons conseguem nos manter hipnotizados diante da tela. Apesar de alguns reclamarem da lentidão, eu achei que Vertigo teve um ritmo adequado à sua inteligente trama. Contudo, as atuações, alguns deslizes na direção e no roteiro e principalmente o final deixaram a desejar.
As perseguições do detetive davam muito na vista. Essas cenas poderiam ter sido melhor executadas. Por que raios o marido deixaria o colar com Judy Barton, vestígio que poderia comprometer seu crime? Como se não bastasse, ela ainda o utiliza para sair com o detetive. Santa inocência! Agora, o final, que até é compreensível de entender o que se quis passar, foi muito mal executado. A maneira como foi filmado, ao menos em mim, não surtiu esse efeito de 'anjo vingador' que fez a pobrezinha tremer de medo e se atirar da torre. Se a personagem passasse a viver com um imenso remorso pelo crime, até ficaria mais crível tamanho desespero. Acho que faltou criar um clímax melhor para tal cena.
Michel Hazanavicius foi ousado e se saiu muito bem ao produzir em 2012 um filme mudo recriando justamente a época da transição para o cinema falado e as mudanças radicais resultantes disso, focando em um astro impactado pela evolução. Com maestria, nos fez imergir no clima da época, narrando a história com o mínimo possível de palavras. Jean Dujardin e Bérénice Bejo tiveram boas atuações, apesar de eu considerar os dois personagens principais pouco carismáticos. E só a fraca temporada hollywoodiana, ou nem isso, explica o Oscar de melhor ator para Dujardin.
Uma trama simples e fluente, personagens bem construídos e cenas de perseguição muito bem dirigidas são os grandes trunfos de Operação França. Investigando um grupo de narcotraficantes, o nada simpático detetive Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman) desperta nossa atenção com seu tipo durão e dedicado, que tenta superar (e ignorar) seus erros com muito trabalho.
Se em algumas películas vemos perseguições alucinantes, mas cheias de exageros, aqui as cenas de perseguição a pé, de carro e até de metrô foram muito bem realizadas, de maneira bastante crível, e geram um ritmo que nos mantém ligados o tempo todo. É ótimo ver filmes em que as cenas são tão realistas, com tiroteios em alguns momentos até feios esteticamente. Afinal de contas, na vida real quase ninguém é atirador fodalhão com uma mira infalível, que ainda manda uma pose cool nos momentos mais perigosos.
Curti tanto o filme que até perdoo a escorregada feia na história do carro, que incrivelmente, sem despertar suspeitas, foi todo destroçado e depois devolvido zerado aos traficantes. E outra, por mais valiosa que fosse a carga, eu que não iria à polícia reclamar o sumiço de um carro cheio de drogas
Vencedor do Oscar de melhor filme em 1972, o longa premiou o diretor em sua melhor fase, já que na sequência ele filmou O Exorcista.
Se a ideia era questionar o quanto somos influenciados pelo que passa na televisão, o exagero e complexidade da trama só dificultou tudo, deixando essa mensagem forçada.
Começou parecendo um suspense com uma provável reflexão bacana sobre o tema proposto, e do nada descambou para a trash fantasia vivida pelo protagonista. Se rolassem cenas gore desde o início eu o consideraria mais digno.
Achei o ritmo do filme lento, as atuações ruins, a história confusa e com alusões e metáforas mal trabalhadas. Apesar de tudo, o filme é bem elogiado e tem uma nota até boa aqui e no IMDB. Li resenhas de cinéfilos que gostaram e indicam assistir ao filme mais de uma vez para captar todos os simbolismos. Bom, não farei isso porque, ao contrário do que ocorreu ao ver A Mosca, não gostei nada deste filme do Cronenberg.
Os irmãos Coen sempre mostram o quão longe nós, estúpidos e egoístas seres humanos, podemos ir ao tentarmos tornar especial ou deixar mais interessante nossa insignificante existência. Em O Grande Lebowski até um ser nada ambicioso, o Dude, se envolve em uma confusão absurda ao tentar uma compensação por ter seu tapete mijado por bandidos que o confundiram com um outro Lebowski, só que rico. Personagem hoje cultuado, o Dude encanta pelo seu desprendimento de tudo, e só quer saber de jogar boliche (apesar disso, note que em momento algum o vemos jogar, de fato), ouvir Creedence Clearwater e fumar um baseadinho. Afinal, para que esperar muito mais da vida? Porém a monótona rotina do Dude acaba quando ele é convidado pelo milionário Lebowski para entregar o dinheiro do resgate de sua jovem esposa, que teria sido sequestrada. Para sua tarefa, Dude conta com seu amigo Walter Sobchak, visivelmente uma pessoa neurótica e infeliz, que tenta dar a si mesmo uma grande importância por ter lutado no Vietnã, sempre incluído tal fato em qualquer contexto. Junte a essas duas figuras o inseguro amigo Donny, policiais fanfarrões, sequestradores niilistas, um coroa milionário e corrupto, um produtor de filmes de pornô, uma feminista com intenções escusas e uma jovem esposa inconsequente, todos eles, por menor que seja a participação, personagens muito bem construídos pelos diretores. Ah, e além disso o elenco só tem fera, inclusive com uma ponta do Flea do Red Hot Chilli Peppers. Sou fã dos Coen, e esse filme que fez despertar meu interesse pelo estilo deles.
A sequência em que eles discutem o preço da urna para pôr as cinzas, e a cena posterior, onde os restos mortais de Donny vão parar na cara dos dois amigos, foi uma das que mais ri até hoje em minha vida.
Birdman tem várias abordagens interessantes. Atores ególatras e inseguros que se odeiam, críticos amargurados, a popularidade efêmera das redes sociais, e as discussões sempre relevantes da arte x entretenimento, atores x celebridades, teatro x cinema, tudo isso com atuações magníficas e longos planos sequências. Um filmaço!
Estranhos no Paraíso
3.9 113 Assista AgoraUm roadmovie monótono!
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraDenzel Washington também desliza
Decici dedicar meu precioso tempo de vida a qualquer outra coisa após assistir
50 minutos de arrastadas conversas entediantes de uma família afromericana dos EUA dos anos 50 formada por um coroa resmungão que não para de falar bobagem ao seu amigo e à esposa e é tremendo vacilão com o irmão e filhos. Apesar de DW no comando e Viola Davis na carona e boas temáticas para explorar em tal contexto, tava tão chato que dediquei outra parte do meu tempo só para escrever que se você conseguir ir até o final do filme 'você é um puta guerreiro, meu'. Daria uma emocionante peça, mas na telona não funcionou bem.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraNão tive um minuto de tédio! Drama, comédia, suspense, terror, tudo num só filme. Há anos não vejo um filme tão bom.
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraMinha pior experiência cinematográfica até hoje. Não porque foi o pior filme que já vi na telona, mas pela maneira como destoava minha percepção do filme em relação aos demais. Cada piada banal ou referência era seguida de risadas histéricas de boa parte do público, enquanto eu me perguntava “qual a graça dessa porra?”. Um filme que faz piadas do gênero não é novidade, a maneira como a abordam em Deadpool é até interessante, mas há momentos em que chega a irritar a quebra da quarta parede e a utilização de piadinhas da moda para agradar. É muito forçado. Pior é criticar os clichês e perder tanto tempo com a tentativa de um contexto dramático que só tornou tudo pior e sem sentido. O filme se perde na falta de conexão entre a sátira do gênero e o roteirozinho sério de redenção do personagem.
A Viagem Para o Mar
3.8 6Daqueles road movies simples que comprovam que também é possível fazer cinema de qualidade sem precisar de orçamentos astronômicos.
Minimalismo: Um Documentário Sobre Coisas Importantes
3.5 195Tema interessante e com o qual simpatizo, mas neste documentário (ou filme publicitário disfarçado) foi intencionalmente mal abordado. Não dá pra qualificar bem um documentário que visa estimular um conceito de vida alternativo ao consumismo, mas que obviamente foi produzido para promover dois palestrantes e seus livros. Gasta-se um tempo imenso promovendo os palestrantes, tempo que poderia ser melhor utilizado para se aprofundar em vários aspectos do minimalismo. Mas, é claro, se utilizam tanto tempo exibindo-os, esse era o foco.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraInteressante como abordaram os possíveis problemas de comunicação que teríamos em uma visita de extraterrestres.
Só não entendi que ajuda os visitantes queriam e que problema eles nos ajudariam a superar no futuro.
Obs: A cena em que eles chegam de avião até o lugar em que a nave está é muito impactante, linda mesmo, daquelas que ficam gravadas na memória.
Obs: A terra é invadida por 12 naves alienígenas e a professora manda um frio 'ok, classe dispensada", hahahaha.
Glória Feita de Sangue
4.4 448 Assista AgoraKubrick, assim como fez em Dr. Fantástico, escancara o quão ridículo é a guerra. Inocentes soldados são meros fantoches nas mãos de comandantes presunçosos, que, como diz a frase de Samuel Johnson, usam o patriotismo como o último refúgio de suas canalhices.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraTrabalho por trabalho, Eddie Redmayne merecia o Oscar mais por sua atuação neste filme do que por 'A Teoria de tudo”, quando venceu os mais inspirados Benedict Cumberbatch ("O Jogo da Imitação") e Michael Keaton (Birdman). Não fosse a celeuma pró di Caprio deste ano, Redmayne se sobressairia mais uma vez. Fez uma construção de personagem perfeita: sutil, original e com a sensibilidade na medida certa. Se assim foi na vida real, é admirável a força de Gerda Gottlieb (Alicia Vikander) em aceitar a mudança do marido com tamanha maturidade.
Uma Viagem Pessoal pelo Cinema Americano
4.6 64Ah, aqui segue um link com a lista de filmes mencionados no doc: http://www.imdb.com/list/ls075583577/
Uma Viagem Pessoal pelo Cinema Americano
4.6 64“O cinema é uma doença. Quando nos infecta o sangue, passa a ser o hormônio dominante. Representa o lago da nossa psique. Como para a heroína, o antídoto para o cinema é mais cinema”. A frase do cineasta Frank Capra se encaixa com precisão ao infectado Martin Scorsese, que decidiu nos contar sobre sua doença. Em “A Personal Journey with Martin Scorsese”, esmiuçando o período que compreende os marcantes “O Nascimento de Uma Nação” (1915) e “Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas” (1967), o diretor norte-americano nos leva a uma viagem pela história de Hollywood e do cinema. Ele detalha filmes e autores que o influenciaram, como a arte de se fazer cinema foi sendo moldada, ganhou novos elementos, se estabeleceu e criou a base para formatos e temas que são explorados até hoje.
Cenas de filmes fundamentais na transformação do cinema ao status de arte são intercaladas com comentários sobre como e por que eles inovaram. Meio século de cinema é revisitado durante 3 horas e 45 minutos, em que o cineasta explicita nuances, passagens e sacadas que passariam despercebidas a um espectador menos experimentado ou de outra época (meu caso). Uma das melhores aulas que já tive sobre cinema. É, sem dúvida, um documentário muito rico para quem quer conhecer mais sobre as influências de Scorsese e entender melhor a história do cinema e de Hollywood.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraDois caçadores de recompensa, um deles com uma de suas capturas ainda viva - a criminosa Daisy Domergue - , e um futuro xerife seguem numa diligência rumo à cidade de Red Rock, mas são obrigados a buscar abrigo em um armazém durante uma nevasca. Em vez de Minnie, a dona do armazém, no abrigo eles encontram um mexicano, um carrasco inglês, um pretenso escritor e um velho general do exército confederado. Daí em diante o que se segue é algo comum ao universo de Tarantino: personagens durões, pendências que vêm à tona, objetivos e pensamentos diferentes explicitados em diálogos afiados que terminam de maneira explosiva. Tudo isso acrescido do ódio remanescente da guerra civil norte-americana. Ali ninguém é mocinho.
Cada extenso diálogo vai revelando o passado, motivações e pensamento de cada personagem, terminando por justificar o título do filme, que bem poderia ser “Os oito odiáveis”. Cenas em que apenas contemplamos a paisagem ou um local, no caso o armazém, são executadas com perfeição, e têm o poder de recriar a atmosfera do local, da época, e nos fazer sentir o clima hostil da situação.
Só não entendi o porquê de Warren dizer que Minnie odeia mexicanos, sendo que não vi nada disso na hora em que ela recebeu o bando. Achei esquisito somente o personagem Oswaldo Mobray (Tim Roth emulando o personagem de Cristoph Waltz em Django) ter uma farsa mais sólida, inclusive com cartões de apresentação para se passar como carrasco. A narração off de Tarantino para explicar o envenenamento também achei desnecessária.
Não reclamo da extensão do filme. Por mim poderia ter mais meia-hora. É sempre um deleite assistir a maneira como Tarantino conduz seus longas. Ele consegue, sempre, extrair o melhor de cada ator. Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins e Samuel L. Jackson dão um show de atuação. O filme ficou uma mistura de Cães de Aluguel, bang-bangs e um pouco de
O Caso dos dez negrinhos (Agatha Christie)
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraJ.J. Abrams é muito melhor diretor que George Lucas, e conseguiu dar um bom ritmo, além de extrair boas atuações dos atores novatos na franquia. Domhnall Gleeson (Hux), Daisy Ridley (Rey) e John Boyega (Finn) entregam atuações convincentes. Vale lembrar que mesmo com excelentes atores como Ewan Mcgregor e Natalie Portman, George Lucas fracassou na parte dramática da segunda trilogia. A química entre Rey e Finn, ao menos para mim, funcionou muito mais que a de Padmé e Anakin, por exemplo. Efeitos e lutas não são espetaculares, mas são bons. Apesar de alguns defeitos, é um bom filme.
Podiam ter criado uma história que não parecesse um remake de 'A New Hope', não é? O roteiro tem algumas inconsistências, que talvez sejam bem explicadas nas continuações, como o surgimento repentino e já poderoso da Primeira Ordem e de Snoke, que em tão pouco tempo desenvolve uma arma tão superior à Estrela da Morte. Além disso, a explicação para a virada de casaca de Kylo Ren precisará ser bem convincente.
O Terceiro Homem
4.2 176 Assista AgoraExcelente trama, boas atuações, uma belíssima fotografia em preto e branco, além de uma utilização de sombras que contribui muito com clima de mistério do filme.
Quando Harry Lime (Orson Welles) aparece, todos ficam ofuscados. Que figura espetacular! O diálogo em que ele cita que a opressão favorece a proliferação da arte finalmente escancara seu caráter para Holly Martins, ajudando-o a tomar sua difícil decisão depois. Muito bem realizada, a cena da perseguição, que culminou com o último encontro entre os amigos, deu um desfecho plausível ao filme
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraIrretocável! Um roteiro muito bem elaborado, executado por atores magníficos, e com um desfecho brilhante. Os personagens são bem construídos durante a narrativa e, apesar de conhecê-los melhor a cada cena, vamos ficando apreensivos por não saber de que modo eles reagirão para resolver o impasse existente. O dilema de Rick é dos mais difíceis, e em momento algum eu consegui imaginar que solução ele encontraria. Gosto de filmes assim, em que a história é crível e os atores nos passam com fidelidade o sentimento dos personagens. Isso foi realizado, sem deslizes, durante todo filme, que além de tudo é muito bem dirigido pelo húngaro Michael Curtis. Não é à toa que apesar de ser tão antigo, Casablanca se mantém entre os melhores filmes de todos os tempos.
Comida S.A.
4.0 89As frutas e legumes não tem mais a época certa. São modificados geneticamente, colhidos antes de estarem prontos para o consumo e amadurecidos artificialmente. Rebanhos bovinos, suínos e a as aves são criadas à base de muito milho em locais apertados e imundos e desenvolveram bactérias extremamente nocivas por conta desse tipo de criação. Bactérias que nem existiam e que hoje em dia vão parar no nosso prato. Os agropecuaristas tornaram-se reféns de grandes corporações que dominam todo o processo de produção de alimentos, dificultando a vida de quem tenta fugir a esse sistema. A industrialização massiva de toda a produção de alimentos, segmentando cada parte do processo, barateou os custos, e utiliza mão de obra barata, tornando descartável quem atua na linha de produção. Para o lucro dos grandes conglomerados alimentícios, foi criado esse sistema que prejudica os animais, produtores, trabalhadores e consumidores, que recebem alimentos com uma qualidade questionável. Detalhes sobre cada passo desse processo são descritos no documentário Food Inc., que escancara o que muita gente preferia continuar fingindo que não existe.
Gattaca, uma Experiência Genética
3.9 649 Assista AgoraNão tem como assistir e não pensar em Admirável Mundo Novo. Haja determinação como a do personagem, que toma diariamente os mínimos cuidados para que não descubram sua verdadeira identidade. É um filme interessante por defender, através do protagonista, a imensurabilidade do ser humano, que não deveria ter suas capacidades prejulgadas de acordo com certas métricas. Porém, infelizmente, isso já acontece em várias esferas da sociedade, e com o avanço tecnológico deve ocorrer cada vez mais.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraHitchcock tem uma maneira única de conduzir seus filmes. Não tem como questionar, o cara é mestre. A maneira como ele utiliza a câmera e recursos como as cores e os sons conseguem nos manter hipnotizados diante da tela. Apesar de alguns reclamarem da lentidão, eu achei que Vertigo teve um ritmo adequado à sua inteligente trama. Contudo, as atuações, alguns deslizes na direção e no roteiro e principalmente o final deixaram a desejar.
As perseguições do detetive davam muito na vista. Essas cenas poderiam ter sido melhor executadas. Por que raios o marido deixaria o colar com Judy Barton, vestígio que poderia comprometer seu crime? Como se não bastasse, ela ainda o utiliza para sair com o detetive. Santa inocência! Agora, o final, que até é compreensível de entender o que se quis passar, foi muito mal executado. A maneira como foi filmado, ao menos em mim, não surtiu esse efeito de 'anjo vingador' que fez a pobrezinha tremer de medo e se atirar da torre. Se a personagem passasse a viver com um imenso remorso pelo crime, até ficaria mais crível tamanho desespero. Acho que faltou criar um clímax melhor para tal cena.
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraMichel Hazanavicius foi ousado e se saiu muito bem ao produzir em 2012 um filme mudo recriando justamente a época da transição para o cinema falado e as mudanças radicais resultantes disso, focando em um astro impactado pela evolução. Com maestria, nos fez imergir no clima da época, narrando a história com o mínimo possível de palavras. Jean Dujardin e Bérénice Bejo tiveram boas atuações, apesar de eu considerar os dois personagens principais pouco carismáticos. E só a fraca temporada hollywoodiana, ou nem isso, explica o Oscar de melhor ator para Dujardin.
Operação França
3.9 253 Assista AgoraUma trama simples e fluente, personagens bem construídos e cenas de perseguição muito bem dirigidas são os grandes trunfos de Operação França. Investigando um grupo de narcotraficantes, o nada simpático detetive Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman) desperta nossa atenção com seu tipo durão e dedicado, que tenta superar (e ignorar) seus erros com muito trabalho.
Se em algumas películas vemos perseguições alucinantes, mas cheias de exageros, aqui as cenas de perseguição a pé, de carro e até de metrô foram muito bem realizadas, de maneira bastante crível, e geram um ritmo que nos mantém ligados o tempo todo. É ótimo ver filmes em que as cenas são tão realistas, com tiroteios em alguns momentos até feios esteticamente. Afinal de contas, na vida real quase ninguém é atirador fodalhão com uma mira infalível, que ainda manda uma pose cool nos momentos mais perigosos.
Curti tanto o filme que até perdoo a escorregada feia na história do carro, que incrivelmente, sem despertar suspeitas, foi todo destroçado e depois devolvido zerado aos traficantes. E outra, por mais valiosa que fosse a carga, eu que não iria à polícia reclamar o sumiço de um carro cheio de drogas
Vencedor do Oscar de melhor filme em 1972, o longa premiou o diretor em sua melhor fase, já que na sequência ele filmou O Exorcista.
Videodrome: A Síndrome do Vídeo
3.7 545 Assista AgoraSe a ideia era questionar o quanto somos influenciados pelo que passa na televisão, o exagero e complexidade da trama só dificultou tudo, deixando essa mensagem forçada.
Começou parecendo um suspense com uma provável reflexão bacana sobre o tema proposto, e do nada descambou para a trash fantasia vivida pelo protagonista. Se rolassem cenas gore desde o início eu o consideraria mais digno.
Achei o ritmo do filme lento, as atuações ruins, a história confusa e com alusões e metáforas mal trabalhadas. Apesar de tudo, o filme é bem elogiado e tem uma nota até boa aqui e no IMDB. Li resenhas de cinéfilos que gostaram e indicam assistir ao filme mais de uma vez para captar todos os simbolismos. Bom, não farei isso porque, ao contrário do que ocorreu ao ver A Mosca, não gostei nada deste filme do Cronenberg.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista AgoraOs irmãos Coen sempre mostram o quão longe nós, estúpidos e egoístas seres humanos, podemos ir ao tentarmos tornar especial ou deixar mais interessante nossa insignificante existência. Em O Grande Lebowski até um ser nada ambicioso, o Dude, se envolve em uma confusão absurda ao tentar uma compensação por ter seu tapete mijado por bandidos que o confundiram com um outro Lebowski, só que rico. Personagem hoje cultuado, o Dude encanta pelo seu desprendimento de tudo, e só quer saber de jogar boliche (apesar disso, note que em momento algum o vemos jogar, de fato), ouvir Creedence Clearwater e fumar um baseadinho. Afinal, para que esperar muito mais da vida? Porém a monótona rotina do Dude acaba quando ele é convidado pelo milionário Lebowski para entregar o dinheiro do resgate de sua jovem esposa, que teria sido sequestrada. Para sua tarefa, Dude conta com seu amigo Walter Sobchak, visivelmente uma pessoa neurótica e infeliz, que tenta dar a si mesmo uma grande importância por ter lutado no Vietnã, sempre incluído tal fato em qualquer contexto. Junte a essas duas figuras o inseguro amigo Donny, policiais fanfarrões, sequestradores niilistas, um coroa milionário e corrupto, um produtor de filmes de pornô, uma feminista com intenções escusas e uma jovem esposa inconsequente, todos eles, por menor que seja a participação, personagens muito bem construídos pelos diretores. Ah, e além disso o elenco só tem fera, inclusive com uma ponta do Flea do Red Hot Chilli Peppers. Sou fã dos Coen, e esse filme que fez despertar meu interesse pelo estilo deles.
A sequência em que eles discutem o preço da urna para pôr as cinzas, e a cena posterior, onde os restos mortais de Donny vão parar na cara dos dois amigos, foi uma das que mais ri até hoje em minha vida.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraMel Lisboa finalmente conseguiu fazer outro papel interessante após Presença de Anita.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraBirdman tem várias abordagens interessantes. Atores ególatras e inseguros que se odeiam, críticos amargurados, a popularidade efêmera das redes sociais, e as discussões sempre relevantes da arte x entretenimento, atores x celebridades, teatro x cinema, tudo isso com atuações magníficas e longos planos sequências. Um filmaço!