Apesar de ser um filme simples com uma história bem delineada, o diretor consegue passar mensagem fortíssimas para nós, espectadores. A primeira e com certeza a mais clara é que devemos ter fé, nem que seja em nós mesmos - como diria Hashimoto. É importante frisar que o filme em nenhum momentos quer convencer o espectador que somente a fé pode ajudar - isso é mostrado principalmente nas conversas entre o pastor e Hashimoto - ou seja, o filme não tenta te catequizar de forma alguma - inclusive, dizendo que devemos ter fé em nós mesmos e, a cena, na qual um padre diz que Ben Eagle é uma fantasia, e logo em seguida, mostra imagens religiosas. A segunda, mais escondida, mostra o preconceito que os japoneses sofreram nos EUA durante a guerra. Os preconceituosos não percebiam que os nipônicos também sofreram consequências na guerra, talvez até piores que os dos americanos. Porém, ainda acho que o filme tinha que ter mostrado uma cena de maior repudio ao preconceito. Porém, é um filme descompromissado em criar uma polêmica, portanto, cumpriu bem seu propósito. O filme é um bom filme, que com certeza, recomendaria para quem não assistiu - é um filme leve, com boa levada. Os atores cumpriram muito bem o seu papel, com destaque ao garotinho Jakob Salvati. Portanto, se você ainda não assistiu, assista - você não vai se arrepender.
Baseado na história de Carl Brashear, o filme “Homens de Honra” (Men of Honor) é excelente em várias esferas. Pessoalmente, adoro ver filmes de superação/motivacionais para um dar impulso extra para atingir nossos objetivos. E esse filme veio em boa hora. Há uma crítica clara no filme que todos que lerem a sinopse conseguem já captar – o racismo. O filme não foi a primeira obra que expôs o racismo na Marinha, no Brasil mesmo, lendo “Bom Crioulo” conseguimos ver a “mesma” história – porém, com o tema da homossexualidade também.
Há diversas passagens que mostra o racismo – desde a ingressão na Marinha. Os negros iriam depois dos brancos. Além disso, quando entra no ônibus, é lhe dito que ele tinha um grande futuro. Porém, já na cozinha da Marinha, é avisado por outros colegas negros que não era bem assim. Porém, Carl Brashear quis mudar um pouco dessa ordem. E naquele dia, ele quis dar um “mergulho”, no entanto, os negros só poderiam entrar na água terça-feira, sendo aquele dia, sexta. Mas, a lembrança do ensinamento de seu pai de quebrar algumas regras, o jovem Carl pula na água, e logo mostra a sua habilidade na água. Apesar de conseguir um emprego como marujo, Brashear não queria permanecer naquela posição, e queria crescer. Depois de dois anos tentando, conseguiu uma vaga para a Escola de Mergulhadores Naval – e lá que as cenas de racismo mostram-se mais explícitas. Cenas como estudantes não quererem dormir no mesmo aposento de Carl, tentativas de expulsão da Escola (protagonizadas principalmente por Billy Sunday) e a tentativa de não graduação de Pappy. Porém, depois de vencer todas as adversidades, Carl Brashear torna-se Mergulhador Naval de elite. Em uma missão para pegar uma ogiva, acontece um acidente e Carl, na tentativa de salvar dois colegas, sofre um ferimento na perna – porém, as notícias não são boas para Carl, já que depois de um período, ele poderia recuperar um pouco o movimento das pernas e nunca mais mergulharia. Porém, graças a Billy Sunday, ele amputa sua perna para poder usar uma prótese e, assim, voltar à atividade. A recuperação não foi fácil, e mesmo tendo se recuperado, a Marinha não queria deixa-lo voltar.
O filme é excelente em diversos aspectos, a história não é lenta – tem uma boa progressão. As atuações, principalmente de Cuba Gooding Jr. e Robert DeNiro, são excelentes.
Para mim, Poderoso Chefão é um dos melhores filmes já produzidos (senão, o melhor). Agora, imagina, misturar o diretor desse filme (Francis Ford Coppola) e Drácula, um dos personagens mais marcantes do terror. E é exatamente o que Drácula de Bram Stoker faz – junta os dois.
Há quem diga que o início foi mais intenso que o final – porém, a minha opinião é contrária, o filme possui a intensidade devida em cada uma de suas cenas – é impossível alguém dizer, por exemplo, que não há intensidade na cena em que Drácula transforma Mina em vampira.
Além disso, por mais que o filme seja gravado há quase 25 anos, é completamente novo. As atuações de Winona Ryder, Anthony Hopkins e, principalmente, Gary Oldman – que conseguiu humanizar, como ninguém, o vampiro. Portanto, realmente recomendo a todos assistir essa obra-prima do cinema moderno.
Os objetivos de um cineasta, na minha opinião, ao lançar um filme são de entreter o público e tentar passar uma mensagem. Recentemente, os diretores tendem mais a agradar o público (visando o lucro) do que passar uma mensagem ao mesmo. No entanto, o filme australiano de 2014 consegue cumprir as duas principais metas.
O filme pode ser entendido de duas formas: a primeira, que é uma maneira superficial e não é assim que entendo o filme, é que o Babadook é realmente um monstro (quase um demônio) que primeiramente assombra Samuel (Noah Wiseman) e depois a sua mãe Amelia (Essie Davies). A outra, mais complexa, é que o Babadook é uma representação da depressão. A segunda interpretação faz sentido já que a mãe é cega perante sua própria depressão (causada pela perda do marido, Oskar), porém ela existe e afeta diretamente o menino desde que nasceu. Portanto, o menino também apresenta a depressão representada por um monstro. Conforme a película vai se estendendo, o menino cada dia mais fala sobre seu pai para Amelia que vê sua depressão crescendo e sendo encarnada pelo Babadook. Até que finalmente o Babadook encarna no corpo de Amelia e controla suas ações (antecipadas na leitura do livro). O filme termina com Amelia conseguindo controlar seus “demônios” internos, porém não matando-os, e sim, controlando-os. A crítica feita pelo filme é o abandono dos parentes perante a doença. A irmã de Amelia não a visitava mais com o motivo do sobrinho ser “estranho” demais.
A parte técnica do filme é excelente. As interpretações tanto de Noah Wiseman tanto de Essie Davies são fantásticas. Além da maneira como Jennifer Kent conduz o filme, lento no começo e intenso no final, sem “entregar” o filme rápido demais, além de não apelar para mortes brutais e sangue. Portanto, o filme australiano consegue se destacar por realizar os principais objetivos, que ao contrário de seus concorrentes blockbusters, nos mostra uma mensagem realmente interessante sobre como a depressão pode ser prejudicial na vida de uma pessoa e como ela afeta as pessoas próximas.
Little Boy: Além do Impossível
4.3 374Apesar de ser um filme simples com uma história bem delineada, o diretor consegue passar mensagem fortíssimas para nós, espectadores. A primeira e com certeza a mais clara é que devemos ter fé, nem que seja em nós mesmos - como diria Hashimoto. É importante frisar que o filme em nenhum momentos quer convencer o espectador que somente a fé pode ajudar - isso é mostrado principalmente nas conversas entre o pastor e Hashimoto - ou seja, o filme não tenta te catequizar de forma alguma - inclusive, dizendo que devemos ter fé em nós mesmos e, a cena, na qual um padre diz que Ben Eagle é uma fantasia, e logo em seguida, mostra imagens religiosas.
A segunda, mais escondida, mostra o preconceito que os japoneses sofreram nos EUA durante a guerra. Os preconceituosos não percebiam que os nipônicos também sofreram consequências na guerra, talvez até piores que os dos americanos. Porém, ainda acho que o filme tinha que ter mostrado uma cena de maior repudio ao preconceito.
Porém, é um filme descompromissado em criar uma polêmica, portanto, cumpriu bem seu propósito.
O filme é um bom filme, que com certeza, recomendaria para quem não assistiu - é um filme leve, com boa levada. Os atores cumpriram muito bem o seu papel, com destaque ao garotinho Jakob Salvati. Portanto, se você ainda não assistiu, assista - você não vai se arrepender.
Homens de Honra
4.2 828 Assista AgoraBaseado na história de Carl Brashear, o filme “Homens de Honra” (Men of Honor) é excelente em várias esferas. Pessoalmente, adoro ver filmes de superação/motivacionais para um dar impulso extra para atingir nossos objetivos. E esse filme veio em boa hora.
Há uma crítica clara no filme que todos que lerem a sinopse conseguem já captar – o racismo. O filme não foi a primeira obra que expôs o racismo na Marinha, no Brasil mesmo, lendo “Bom Crioulo” conseguimos ver a “mesma” história – porém, com o tema da homossexualidade também.
Há diversas passagens que mostra o racismo – desde a ingressão na Marinha. Os negros iriam depois dos brancos. Além disso, quando entra no ônibus, é lhe dito que ele tinha um grande futuro. Porém, já na cozinha da Marinha, é avisado por outros colegas negros que não era bem assim.
Porém, Carl Brashear quis mudar um pouco dessa ordem. E naquele dia, ele quis dar um “mergulho”, no entanto, os negros só poderiam entrar na água terça-feira, sendo aquele dia, sexta. Mas, a lembrança do ensinamento de seu pai de quebrar algumas regras, o jovem Carl pula na água, e logo mostra a sua habilidade na água.
Apesar de conseguir um emprego como marujo, Brashear não queria permanecer naquela posição, e queria crescer. Depois de dois anos tentando, conseguiu uma vaga para a Escola de Mergulhadores Naval – e lá que as cenas de racismo mostram-se mais explícitas.
Cenas como estudantes não quererem dormir no mesmo aposento de Carl, tentativas de expulsão da Escola (protagonizadas principalmente por Billy Sunday) e a tentativa de não graduação de Pappy. Porém, depois de vencer todas as adversidades, Carl Brashear torna-se Mergulhador Naval de elite.
Em uma missão para pegar uma ogiva, acontece um acidente e Carl, na tentativa de salvar dois colegas, sofre um ferimento na perna – porém, as notícias não são boas para Carl, já que depois de um período, ele poderia recuperar um pouco o movimento das pernas e nunca mais mergulharia.
Porém, graças a Billy Sunday, ele amputa sua perna para poder usar uma prótese e, assim, voltar à atividade. A recuperação não foi fácil, e mesmo tendo se recuperado, a Marinha não queria deixa-lo voltar.
O filme é excelente em diversos aspectos, a história não é lenta – tem uma boa progressão. As atuações, principalmente de Cuba Gooding Jr. e Robert DeNiro, são excelentes.
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraPara mim, Poderoso Chefão é um dos melhores filmes já produzidos (senão, o melhor). Agora, imagina, misturar o diretor desse filme (Francis Ford Coppola) e Drácula, um dos personagens mais marcantes do terror. E é exatamente o que Drácula de Bram Stoker faz – junta os dois.
Há quem diga que o início foi mais intenso que o final – porém, a minha opinião é contrária, o filme possui a intensidade devida em cada uma de suas cenas – é impossível alguém dizer, por exemplo, que não há intensidade na cena em que Drácula transforma Mina em vampira.
Além disso, por mais que o filme seja gravado há quase 25 anos, é completamente novo. As atuações de Winona Ryder, Anthony Hopkins e, principalmente, Gary Oldman – que conseguiu humanizar, como ninguém, o vampiro.
Portanto, realmente recomendo a todos assistir essa obra-prima do cinema moderno.
O Babadook
3.5 2,0KOs objetivos de um cineasta, na minha opinião, ao lançar um filme são de entreter o público e tentar passar uma mensagem. Recentemente, os diretores tendem mais a agradar o público (visando o lucro) do que passar uma mensagem ao mesmo. No entanto, o filme australiano de 2014 consegue cumprir as duas principais metas.
O filme pode ser entendido de duas formas: a primeira, que é uma maneira superficial e não é assim que entendo o filme, é que o Babadook é realmente um monstro (quase um demônio) que primeiramente assombra Samuel (Noah Wiseman) e depois a sua mãe Amelia (Essie Davies). A outra, mais complexa, é que o Babadook é uma representação da depressão.
A segunda interpretação faz sentido já que a mãe é cega perante sua própria depressão (causada pela perda do marido, Oskar), porém ela existe e afeta diretamente o menino desde que nasceu. Portanto, o menino também apresenta a depressão representada por um monstro.
Conforme a película vai se estendendo, o menino cada dia mais fala sobre seu pai para Amelia que vê sua depressão crescendo e sendo encarnada pelo Babadook. Até que finalmente o Babadook encarna no corpo de Amelia e controla suas ações (antecipadas na leitura do livro). O filme termina com Amelia conseguindo controlar seus “demônios” internos, porém não matando-os, e sim, controlando-os.
A crítica feita pelo filme é o abandono dos parentes perante a doença. A irmã de Amelia não a visitava mais com o motivo do sobrinho ser “estranho” demais.
A parte técnica do filme é excelente. As interpretações tanto de Noah Wiseman tanto de Essie Davies são fantásticas. Além da maneira como Jennifer Kent conduz o filme, lento no começo e intenso no final, sem “entregar” o filme rápido demais, além de não apelar para mortes brutais e sangue.
Portanto, o filme australiano consegue se destacar por realizar os principais objetivos, que ao contrário de seus concorrentes blockbusters, nos mostra uma mensagem realmente interessante sobre como a depressão pode ser prejudicial na vida de uma pessoa e como ela afeta as pessoas próximas.
O Monstro da Lagoa Negra
3.6 130Excelente filme!!!
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraFilme muito bom! Run, Forrest, Run.