A primeira metade é muito boa. A relação do pequeno Saroo com o irmão Guddu é linda de se ver; A sacada dele despertar as memórias da infância somente aos 25 anos, devido a imagem do "jalebi" na panela, foi genial; Não gostei do plot de romance do Saroo com a Lucy. Achei mal desenvolvido; Gostei bastante da atuação do Dev Patel, principalmente nos minutos finais; Queria um pouco mais de aprofundamento na personagem da Nicole Kidman, mas mesmo com os poucos minutos ela entrega uma atuação muito bonita; Mas o pior problema foi aquele momento "Deus Ex Machica" que quase estraga rudo, mas o finalzinho salva, pois por mais previsível que seja, é emocionante de se ver graças ao bom trabalho do Patel e da direção.
Não vi o mínimo de química entre o casal principal e muito menos essa paixão louca que faz dois espiões treinados casarem 3 semanas depois de se conhecerem. Sem contar que o filme demora uma hora para chegar no plot prometido na sinopse. Talvez uma montagem paralela entre o passado e o presente funcionaria melhor que a linear escolhida.
E tenho a impressão de que a Marion Cottilard não atua bem em filmes americanos, porque essa performance é tão ruim quanto aquela em O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Brad Pitt até convence com suas poucas expressões, mas não passa de uma atuação medíocre.
Filme de espião genérico, com uma trama até que interessante, porém mal desenvolvida, resultando em um final sem emoção e previsível.
Achei a montagem confusa em diversos pontos do filme. A primeira metade é muito longa e enquanto na segunda tudo acontece muito rápido e sem explicação.
A Kate está ótima, como sempre. Porem gostei bem mais da performance dela em Foi Apenas um Sonho, do que aqui em O Leitor.
Deepwater Horizon foi indicado em duas categorias no Oscar: Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Visuais. E tais indicações foram bem merecidas diga-se de passagem.
O som eleva a tensão a cada estouro de parafuso, e os efeitos visuais impecáveis, faz parecer estarmos assistindo um documentário de tão bem realizado.
O roteiro foi bem elaborado, fazendo um misto de termos técnicos e diálogos descontraídos, assim removendo possíveis artificialidades na narrativa. E a direção do Peter Berg foi correta ao desenvolver a primeira metade do filme de forma mais natural, fazendo parecer um documentário sobre como funciona a plataforma, para em seguida nos jogar de cabeça para a sequencia de explosões, destruições e tensão.
O filme só pecou ao tentar criar um sentimentalismo forçado em alguns momentos,
O trabalho da Felicity Jones é lindo! Sua presença de tela é comovente desde os minutos iniciais até o fim da projeção. Mesmo com a aparência debilitada de uma pessoa doente, demonstrou toda ternura e carinho materno no fundo dos olhos cansados. Lewis MacDougall também é ótimo ao estabelecer todas frustrações de um garoto carregado de tristeza e raiva pela situação atual de sua vida. Sigourney e Toby também trazem personagens interessantes e Liam Neeson faz um ótimo trabalho de dublagem com o Monstro.
Sinto que o roteiro dá algumas patinadas no caminho ao trazer vilões genéricos (os bullies da escola do Conor) e na falta de suavidade na introdução do monstro.
O filme de fato emociona. Mas confesso que ainda assim, esperava algo mais marcante.
Em nenhum momento o filme tenta explicar o crime que o casal que esta cometendo. O delegado ameaça ele de ser preso duas vezes, apenas por querer pagar a fiança dá esposa, e ele não contesta o motivo da prisão. A policia invade sua casa no meio da noite, leva sua filha e o marido, e você nem ao menos pergunta o motivo? Não consegui ingerir isso.
Tipo, eu li a sinopse, então sei o motivo deles estarem sendo presos. Mas digamos que alguém apenas comece a ver o filme do zero? Até chegar no momento que eles tocam no assunto, já teria desistido de assistir.
Joel Edgerton consegue demonstrar todo seu amor a esposa apenas com sua presença. Uma atuação bonita. Ruth Negga é uma graça, sua voz é de uma ternura sem igual. Ela é o alicerce da conquista do casal e do filme em sí. E destaco a ponta do Michael Shannon, que com poucos minutos de tela, apresentou o melhor personagem do filme.
Hacksaw Ridge consegue ser mais que um filme genérico de guerra.
Além de trazer para as telas a bonita história da bravura de Desmond Doss (brilhantemente interpretado por Andrew Garfield) motivada pela sua incontestável fé.
Mel Gibson faz um belo trabalho ao mostrar a brutalidade da guerra em imagens de uma estética beirando a perfeição e uma montagem muito bem elaborada nas cenas de ação.
A única crítica que que tenho é para o roteiro. Acho que faltou uma justificativa mais consistente para o fato dele ir contra sua família, deixar sua namorada e querer se tanto ir para a guerra. Assim como, a Dorothy aceitar ele em casamento mesmo após ele afirmar que estava ido para a guerra, correndo o perigo de não voltar mais, no mínimo incomum. A relação deles não parecia estar tão próxima para justificar tal sacrifício. Acho que faltou profundidade na apresentação da personagem da Teresa Palmer, e isso afetou um pouco a credibilidade do amor dos dois.
Tirando esse detalhe, e alguns pequenos deslizes no roteiro, o filme é excelente.
A história das três mulheres é notável. Merecia ser contada. Mas acho que o filme perde ao não focar na trajetória de nenhuma delas.
Quando o filme começa, as três já são funcionárias da NASA! Para mim o fato de trabalhar na NASA já é algo importante, que merecia atenção. Além disso senti falta de uma explicação acerca do grupo de computadoras da qual elas fazem parte. De onde surgiu aquele grupo?
Taraji, Octavia, Janelle e inclusive Kevin Costner estão de parabéns, pois defendem muito bem seus personagens. Destaco aqui o trabalho da Taraji P. Henson, em uma cena da qual ela explode ao ser confrontada pelo personagem do Kevin Costner. Por mais que o caminho até tal cena tenha sido mal desenvolvido, ela dá um show em seu discurso. E também gostei do trabalho da Janelle Monae, que além de estar ótima em Moonlight, aqui também se destaca aqui em outro potente discurso.
Mahershala Ali faz uma ponta, e não tem tempo de tela para desenvolver melhor seu personagem. Já Jim Parsons e Kirsten Durst trazem pequenos antagonistas genéricos e sem profundidade alguma.
Sobre a trilha musical do Pharrell, são canções bacanas, mas a introdução delas no meio do filme é incomoda, poderiam ter sido adicionadas de forma mais sútil.
Hidden Figures é um bom filme. É daqueles que a gente assiste para descontrair na Tela Quente ou até Sessão da Tarde.
O roteiro deveria ter sido melhor desenvolvido e a direção mais ambiciosa.
O nome da atriz que interpreta a filha da Susan, é India Menuez. No manuscrito, India Hastings é o nome da filha do Tony.
Parece que na história original, o nome da filha é Helen. Por isso que eu acredito que a troca do nome no filme foi proposital e deve ser uma especie de dica do Tom Ford.
Eu assisti a Manchester by the Sea a dois dias atrás, na madrugada de sexta para sábado. Logo após o maravilhoso La La Land. Fiquei o fim de semana todo pensando se precisava escrever algo sobre Manchester e no que eu poderia escrever, e hoje finalmente tomei essa decisão pois não paro de pensar nesses filmes.
Sai da sessão de La La Land quase tremendo de emoção e encantado com o que tinha acabado de ver, para ter o coração destruído pelos personagens de Kenneth Lonnergan na sessão seguinte.
Manchester by the Sea é melancólico, mas sem deixar de ter seu momentos divertidos. Casey Affleck, em uma das atuações mais elogiadas do ano, traz um Lee Chandler pesado de dor e tristeza, por conta de um evento que destruiria o coração até da pessoa mais fria, e que agora vive fechado, seco e pela rotina de zelador, onde se nega de sair, para evitar novas responsabilidades e sentimentos que podem trazer mais sofrimento. Lucas Hedges é ótimo em não deixar que o filme se torne um melodrama pesado, conseguindo ser engraçado, sensível, e intenso quando cada adjetivo se mostra necessário. E Michelle Williams destrói em uma cena tão melancolia e difícil de suportar por tamanha comoção. Dá vontade de chorar só de lembrar da situação.
Saí da sessão com um leve conflito de sentimentos por assistir a dois filmes tão diferentes em um intervalo tão pequeno. Mas mesmo sendo diferente, adorei cada um a sua maneira. Uma noite de cinefilia que ficará na minha memória.
Hoje, logo na primeira hora do dia 14 de janeiro, tive a oportunidade de finalmente assistir o tão elogiado La La Land. A curiosidade estava nas alturas para descobrir o segredo que esse filme tinha pra ser tão amado por tanta gente.
Acabou que eu ainda não consigo descrever o que ele tem de tão especial. Apenas sentir.
Poderia entrar em detalhes sobre a ótima fotografia, a excelente montagem, a trilha musical, o figurino, a direção de arte, a divertida e carismática atuação do Ryan Gosling ou a emocionante e apaixonante performance da Emma Stone. Mas não seria o suficiente para descrever o quão maravilhoso são os sentimentos que esse filme proporciona.
Não é apenas um bom musical. É um dos melhores filmes que eu já assisti na vida.
Fences é tudo sobre as performances. O elenco de apoio é decente, Denzel Washington é excelente, como esperado, mas o destaque mesmo é Viola Davis. Porem, no geral, o filme é apenas bom. O ótimo roteiro não foi adaptado para o cinema, foi apenas transportado. A sensação de estar assistindo a uma peça é estrondante. Em alguns momentos o filme se torna cansativo pelo excesso de monólogos e pela ausência de trilha-musical. O que nos leva também a direção segura e apenas competente de Denzel Washington, que não tem destaque algum nessa função.
Direção muito bem conduzida, de um roteiro perfeitamente elaborado a partir de uma história simples e previsível, contando com uma edição precisa, e apresentando um elenco maravilhoso com tempo de tela muito bem dividido onde criamos afinidade e conseguimos enxergar a importância de cada um para a missão. Rogue One é foda!
Recentemente montei uma lista dos filmes que eu mais anseio assistir nessa temporada de prêmios, e Animais Noturnos estava no topo.
Porquê? Primeiramente por causa de Jake Gyllenhaal. Nos últimos meses ando cada vez mais admirado com seu trabalho. Assisti neste ano O Homem Duplicado, Suspeitos, Brokeback Mountain e Demolition. Sem duvida, ele é um dos melhores atores dessa geração. O segundo motivo, é os outros membros do elenco. Amy Adams, Michael Shannon, Aaron Taylor-Johnson, Isla Fischer. Como não amar esse elenco? E o ultimo motivo foi sua recepção nos festivais que passou. Em Veneza, conseguiu o segundo maior prêmio do festival. Sem contar na ótima avaliação da critica especializada Era o que eu precisava ouvir para apostar todas minhas fichas em que esse seria o Garota Exemplar desse ano, pois o filme de David Fincher, foi meu favorito de 2014. Mas é possível que toda a minha expectativa em cima do filme, tenha prejudicado minha experiência.
Ontem tive a oportunidade de assistir ao filme na Mostra Internacional de SP, e Animais Noturnos é sim um bom filme. Na verdade é um ótimo filme, mas não acredito que seja o melhor.
Começa muito bem, apresentando Susan (Adams), e o momento de sua vida, em que está desiludida com o atual casamento. É nesse cenário de arrependimento, que ela curiosamente, recebe o manuscrito do próximo livro do seu ex-marido, o qual ela "abandonou de maneira brutal", chamado "Animais Noturnos". A partir do momento em que ela começa a ler o livro, somos transportados para dentro da história escrita por Edward Sheffield (Gyllenhaal), seu ex-marido.
O primeiro ato da projeção é angustiante e perturbador. Tom Ford acerta em estabelecer esse tom no início, criando um interesse no espectador para o desenrolado da história logo nas primeiras páginas do manuscrito. O problema é que o filme perde o ritmo após um grande incidente no livro, entre o primeiro e segundo ato.
A edição vai revezando entre o presente com Susan, a história do livro com Tony (Gyllenhaal, no livro) e com as lembranças da leitora e seu relacionamento com o Edward. E o diretor foi sutil ao definir itens simples do tipo um personagem, ou um diálogo, ou o cenário como indicativos do tempo/espaço que está sendo exibido naquele momento. Sem a necessidade de utilizar técnicas defasadas, como cores ou formatos de tela.
A estética desenvolvida por Ford, junto a equipe de fotografia, direção de arte e figurino é deslumbrante. Temos o prazer de visualizar quadros belíssimos na tela, por vezes perturbadores, mas ainda assim belos,
como a rima visual entre o corpo da filha de Susan e o corpo da filha de Tony.
Quanto as atuações, Jake Gyllenhaal é sensacional. O escritor é um reflexo do personagem criado por ele no livro, assim compartilhando os mesmos traços e sentimentos. Sendo assim, os traços apresentados pelo Edward de Gyllenhaal no "mundo real", são desenvolvidos em como o Tony de Gyllenhall encara os seus problemas no livro.
Os adjetivos sensível, romântico e por vezes fraco, são representados de forma tocante na atuação de Gylenhall. É possível sentir a dor, a angustia e tristeza de Tony, em seus olhos.
Amy Adams, é boa. Sua personagem uma presença imponente na tela.
Porem as histórias vão se desenrolando de uma forma morna, após o climax do primeiro ato. Passando por alguns grandes momentos nos minutos finais e um fim não muito intenso, como o previsto. A história promete um grande acontecimento para o final de cada uma das três historias, mas o que acontece não é tão "brutal" como se previa.
Animais Noturnos não foi o filme que eu esperava, infelizmente. Porém ainda assim é uma grande obra, digna de ser apreciada.
Tive que dividir Little Boy em duas partes, e acabei criando um conflito interno.
A primeira, eu assisti o filme até a metade e acabei desistindo. Não estava prendendo minha atenção, e muitas coisas ali estavam me irritando. A narrativa, os personagens caricatos, e outras coisas que não me recordo agora. Não deu pra mim.
Porém alguns dias depois, retomei essa uma hora que faltava, pois não gosto de deixar filmes pela metade. E também por que queria saber se no final o pai do garoto voltaria.
Não sei se o filme melhora na hora final, ou se eu estava com meu senso critico desligado nesse segundo round, mas acabei gostando do que vi. Me emocionei.
Little Boy é em produzido. A direção de arte é bonita, e seus atores competentes. O que me incomodou foi algumas decisões da direção no desenvolvimento do roteiro, e o próprio roteiro em alguns momentos. Mas no geral, não sei dizer se gostei ou odiei.
Meus planos após sair do chuveiro as 22h desse ultimo domingo, eram de arrumar minha cama, tomar um copo de leite com chocolate, comer umas bolachas e talvez assistir a um filme curtinho na Netflix antes de dormir.
Liguei a TV que estava sintonizada na HBO (pois estava assistindo o fraco Annabelle, e em seguida alguns minutos de O Negócio). Reconheci na hora o garoto de O Abutre, Riz Ahmed, e esse foi o primeiro passo para The Night of mudar meus planos para aquela noite.
Comecei a assistir a série, no momento em que dois passageiros entram no Taxi de Nasir (Ahmed), e ele precisa expulsa-los. Não entendi o porque ele estava fazendo isso, pois não peguei o episódio do inicio, mas isso acabou se tornando mais um motivo para eu continuar assistindo. Ao conseguir tirar os "estranhos" do carro, com a ajuda de uma viatura a paisana, Nasir é surpreendido por mais um passageiro indesejado. Porem dessa vez, uma bela jovem, da qual o inocente Nasir, não tem coragem para recusar seu pedido de leva-la a "praia". E é a partir desse momento que o piloto começa a ganhar forma.
É possível se imaginar na pele de Nasir, e cometendo os mesmos erros que ele cometeu, simplesmente por não conseguir dizer uma não, para uma garota bonita. Riz Ahmed é ótimo em construir um personagem atrapalhado e inseguro, porém muito carismático, assim como seu Rick em O Abutre. E a atriz Sofia Black D'Elia, não se limita em ser apenas um rostinho bonito, mas é possível perceber claramente que a garota tem muito mais história por traz daqueles olhos. Além do dois o restante do elenco rende grandes atuações, desde personagens com papéis pequenos (como a policial que só quer fazer seu trabalho, e ir para casa no fim do plantão), até outros que com certeza serão destaques no decorrer da série (como os interessantes detetive Dennis Box (Bill Camp), e o advogado Jack Stone (John Torturro)).
Com uma fotografia que te faz sentir a noite de Nova York, a direção do piloto é competente por não tentar manipular o suspense da narrativa com trilhas sonoras. O que não estragaria, mas a ausência desta torna tudo mais angustiante.
The Night of realmente roubou minha atenção, gostaria falar sobre este piloto o dia todo, mas vou parar por aqui. Por enquanto, pois aquela noite (do piloto, claro) ainda guarda muitos mistérios.
Dois dias já se passaram e eu não paro de pensar naquele episódio. Se A Batalha dos Bastardos fosse aquele filme que estão cogitando lançar ao final da série, acredito que seria um sucesso de bilheteria, critica e inclusive abocanharia algumas indicações no Oscar. Sério, o nono episódio da sexta temporada de Game of Thrones foi cinematográfico.
Contando com uma produção grandiosa, fora do comum para uma série de televisão, o episódio ainda focou nos dois núcleos que se encontram os personagens mais queridos da série: Jon Snow, Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister. Sem desviar a atenção para as dezenas de outros núcleos que apareceram no mapa nos últimos anos, e que foi para mim um dos pontos fracos dessa temporada.
Dany + Tyrion
Estava com um pouco de medo com o que aconteceria entre Daenerys e Tyrion, quando a Rainha dos Ândalos, Roinares e Primeiros Homens voltasse e encontrasse Mereen sobre ataque. Mas para que me preocupar? Tyrion sempre consegue contornar a situação. Aparentemente, a Daenerys estava puta com ele (até porque nunca sei o que se passa na cabeça dela, por culpa da atuação limitada da Emilia Clarke), mas foi sabia de escutar o pequeno homem novamente.
Os Dragões de Daenerys
Não é de hoje que os efeitos especiais usados na série, são um espetáculo a parte. Mas nesse domingo o espetáculo foi para um outro nível. Se a cena da Mãe dos Dragões sendo salva por Drogon na temporada anterior ja foi ótima, ela voando pelos seus de Mereen, na companhia de seus dois outros filhos foi sensacional. Após isso, Tyrion, segue tratando do "acordo" com os senhores de escravos, mostrando ter a labia muito superior a de sua rainha limitada. Também adoro como Peter Dinklage explora seu personagem até quando esta fora do foco da cena. No momento em que o Verme Cinzento corta a garganta dos homens a sua frente, ele vira o rosto. Enfatizando que mesmo depois de tudo que já passou, ele continua tendo horror a violência.
Reunião dos Greyjoy
Paz restabelecida em Mereen, ao retornar para Essos, somos direcionados, a uma cena muito aguardada essa temporada: O encontro dos irmãos Greyjoy com a Rainha Targaryen. Mesmo com a expressões limitadas da Emília Clarke, a cena foi ótima, pois foi muito bem escrita. Começando pelo Tyrion, expondo toda sua antipatia por Theon, baseado na pessoa que ele conheceu em Winterfell e na pessoa que ele ouviu falar que traiu a própria "família". Foi bom, pois as vezes esquecemos quem Theon ja foi um dia. Por mais que tenha pagado por seus erros, e esteja disposto a se redimir, e sempre bom lembrar. O Norte Se Lembra.
Então Daenerys "educadamente" corta o dialogo de Tyrion, e pergunta o que eles estavam fazendo ali. E foi ótimo como tudo fez muito sentido. Ela poderia sim esperar os barcos de Euron, que são mais do que eles estavam oferecendo, mas seria obrigada a casar com um usurpador, que futuramente poderia ser uma ameça pra ela. Mas com a Yara, ela só precisaria apoia-la no Guerra pelo Trono de Sal, e declarar a independência das Ilhas de Ferro, que como ela mesma disse, foi pedida educadamente. Sem contar na identificação que as duas tiveram, por serem lideres mulheres, em lugares onde sempre tiveram lideres do sexo masculino. E também nesta cena, confirmou ainda mais o laço de confiança entre Dany e Tyrion. Ele foi seu único conselheiro naquele momento. Nada de Daario, Verme Cinza ou Missandei. E foi Tyrion quem deu o último consentimento antes do acordo ser firmado. Foda.
Rickon
Achei a cena do Rickon correndo genial. Pois a Sansa mesmo comentou algo que todos já sabiam: Rickon ja estava morto. Ramsay nunca o devolveria de bandeja, como também se certificaria de elimina-lo, mesmo se perdesse. Então como tornar a situação interessante? Joguinhos do Ramsay. Deram um pingo de esperança ao Rickon, ao Jon e aos espectadores simpatizantes pelos Stark. No fundo eu sabia que ele acertaria a flecha a qualquer momento, mas mesmo assim me sentia angustiado a cada flecha que acertava o chão. Vale comentar duas ótimas escolhas do diretor durante essa cena: A primeira foi o cessar da trilha-sonora na penúltima flecha atirada por Ramsey, que casou com o momento em que o Jon estende o braço. Esse simples efeito, causou sensação de segurança, como se ele tivesse conseguido. A segunda escolha foi a câmera fechada na frente do Rickon, que vem logo depois do braço estendido do Jon Snow, ao inves de vir de uma tentativa do Ramsey, como as anteriores. Eu senti o momento em que a flecha atravessa o corpo do pequeno Stark. Foi uma montagem de cena espetacular.
A Batalha
A Batalha foi um show de direção. Em alguns momentos, a única coisa que me lembrava que eu ainda estava assistindo Game of Thrones, era a presença de Jon Snow. Por que por mais que a série já tenha provado que é épica, não me lembro de ter visto uma cena tão grandiosa antes na série. O plano sequência, a coreografia realista, a fotografia cinzenta, a brutalidade da guerra. Foi épico. Coisa de cinema. Tenho apenas uma pequena observação, que me deixou intrigado. Como a montanha de corpos ficou tão alta, sendo que eles estavam lutando em campo aberto? Não encontrei resposta pra isso. Acho que é o tipo de coisa que acontece para o roteiro funcionar. Mas nada que manche a obra de arte que foi esta cena.
Snow x Snow
Jon aceitar o "x1" com Ramsay, foi uma sacada simples e ótima. Todos tinham Ramsay na mira, mas respeitam a decisão do Lobo bastardo de encarar Ramsay frente a frente. Até porque, como Sir Davos disse anteriormente no mesmo episódio, Jon não é rei. Sendo assim, seus soldados não lutam por ele, lutam com ele. Ninguém deve proteção a ele. Então ele poderia sim ser atingido por uma das flechas, e morrer. Mas não importaria para seus companheiros, pois ele morreu lutando. E a decisão foi ótima porque tinha que ter esse combate direto, mas corria o risco de soar clichê. Porém a forma como ocorreu não pareceu forçado.
Morte do Ramsay Bolton
E o episódio encerra fechando um ciclo. Winterfell livre de Ramsay Bolton. E ninguem melhor que a Sansa para representar todos os que o odiaram/amaram no decorrer das últimas temporadas. Me atrevo a dizer que a morte do Ramsay foi melhor que a do Joffrey. Porque o Joffrey foi assassinado por interesse de terceiros, e não por alguém que realmente sofreu em suas mãos. O Ramsay não, além de ter que olhar nos olhos da Sansa logo antes de morrer, ainda foi morto por seus próprios cachorros. Os Boltons traíram os Stark, e acabaram morrendo sendo traídos por eles mesmo.
Rick and Morty (7ª Temporada)
4.0 60 Assista AgoraNinguém vai falar sobre esse ep. 04 não?
Pesado
Mais Estranho que a Ficção
3.9 603Roteiro inteligente com ótimas atuações do Will Ferrell (😮), Emma Thompson e Dustin Hoffman.
Totalmente esnobado pela academia.
Que pecado.
A Longa Caminhada de Billy Lynn
2.8 99 Assista AgoraDesastroso
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraPra mim era só mais um Oscar bait que apelaria para o emocional, mas Lion consegue ser um filme muito gostoso de se assistir.
A primeira metade é muito boa. A relação do pequeno Saroo com o irmão Guddu é linda de se ver; A sacada dele despertar as memórias da infância somente aos 25 anos, devido a imagem do "jalebi" na panela, foi genial; Não gostei do plot de romance do Saroo com a Lucy. Achei mal desenvolvido; Gostei bastante da atuação do Dev Patel, principalmente nos minutos finais; Queria um pouco mais de aprofundamento na personagem da Nicole Kidman, mas mesmo com os poucos minutos ela entrega uma atuação muito bonita; Mas o pior problema foi aquele momento "Deus Ex Machica" que quase estraga rudo, mas o finalzinho salva, pois por mais previsível que seja, é emocionante de se ver graças ao bom trabalho do Patel e da direção.
Aliados
3.5 452 Assista AgoraTudo muito artificial.
Não vi o mínimo de química entre o casal principal e muito menos essa paixão louca que faz dois espiões treinados casarem 3 semanas depois de se conhecerem. Sem contar que o filme demora uma hora para chegar no plot prometido na sinopse. Talvez uma montagem paralela entre o passado e o presente funcionaria melhor que a linear escolhida.
E tenho a impressão de que a Marion Cottilard não atua bem em filmes americanos, porque essa performance é tão ruim quanto aquela em O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Brad Pitt até convence com suas poucas expressões, mas não passa de uma atuação medíocre.
Filme de espião genérico, com uma trama até que interessante, porém mal desenvolvida, resultando em um final sem emoção e previsível.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraAchei a montagem confusa em diversos pontos do filme. A primeira metade é muito longa e enquanto na segunda tudo acontece muito rápido e sem explicação.
A Kate está ótima, como sempre. Porem gostei bem mais da performance dela em Foi Apenas um Sonho, do que aqui em O Leitor.
Adaptação.
3.9 707 Assista AgoraGenial.
Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
3.5 330 Assista AgoraDeepwater Horizon foi indicado em duas categorias no Oscar: Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Visuais. E tais indicações foram bem merecidas diga-se de passagem.
O som eleva a tensão a cada estouro de parafuso, e os efeitos visuais impecáveis, faz parecer estarmos assistindo um documentário de tão bem realizado.
O roteiro foi bem elaborado, fazendo um misto de termos técnicos e diálogos descontraídos, assim removendo possíveis artificialidades na narrativa. E a direção do Peter Berg foi correta ao desenvolver a primeira metade do filme de forma mais natural, fazendo parecer um documentário sobre como funciona a plataforma, para em seguida nos jogar de cabeça para a sequencia de explosões, destruições e tensão.
O filme só pecou ao tentar criar um sentimentalismo forçado em alguns momentos,
como na cena final em que o personagem do Mark Wallberg é confrontado no saguão e quando um personagem secundário se sacrifica no guindaste.
Mas não deixa de ser um bom filme.
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 992 Assista AgoraTocante. O 3º ato acabou com o meu emocional.
O trabalho da Felicity Jones é lindo! Sua presença de tela é comovente desde os minutos iniciais até o fim da projeção. Mesmo com a aparência debilitada de uma pessoa doente, demonstrou toda ternura e carinho materno no fundo dos olhos cansados. Lewis MacDougall também é ótimo ao estabelecer todas frustrações de um garoto carregado de tristeza e raiva pela situação atual de sua vida. Sigourney e Toby também trazem personagens interessantes e Liam Neeson faz um ótimo trabalho de dublagem com o Monstro.
Sinto que o roteiro dá algumas patinadas no caminho ao trazer vilões genéricos (os bullies da escola do Conor) e na falta de suavidade na introdução do monstro.
O filme de fato emociona. Mas confesso que ainda assim, esperava algo mais marcante.
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 992 Assista Agora"Apothecary" ~~ Liam Neeson voice ~~
Minha mais nova palavra favorita.
Loving: Uma História de Amor
3.7 292 Assista AgoraUm tanto quanto cansativo. No papel, a história é muito interessante, mas a maneira que foi executada na tela, com duas horas de duração, nem tanto.
Em nenhum momento o filme tenta explicar o crime que o casal que esta cometendo. O delegado ameaça ele de ser preso duas vezes, apenas por querer pagar a fiança dá esposa, e ele não contesta o motivo da prisão. A policia invade sua casa no meio da noite, leva sua filha e o marido, e você nem ao menos pergunta o motivo? Não consegui ingerir isso.
Tipo, eu li a sinopse, então sei o motivo deles estarem sendo presos. Mas digamos que alguém apenas comece a ver o filme do zero? Até chegar no momento que eles tocam no assunto, já teria desistido de assistir.
Joel Edgerton consegue demonstrar todo seu amor a esposa apenas com sua presença. Uma atuação bonita. Ruth Negga é uma graça, sua voz é de uma ternura sem igual. Ela é o alicerce da conquista do casal e do filme em sí. E destaco a ponta do Michael Shannon, que com poucos minutos de tela, apresentou o melhor personagem do filme.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraHacksaw Ridge consegue ser mais que um filme genérico de guerra.
Além de trazer para as telas a bonita história da bravura de Desmond Doss (brilhantemente interpretado por Andrew Garfield) motivada pela sua incontestável fé.
Mel Gibson faz um belo trabalho ao mostrar a brutalidade da guerra em imagens de uma estética beirando a perfeição e uma montagem muito bem elaborada nas cenas de ação.
A única crítica que que tenho é para o roteiro. Acho que faltou uma justificativa mais consistente para o fato dele ir contra sua família, deixar sua namorada e querer se tanto ir para a guerra. Assim como, a Dorothy aceitar ele em casamento mesmo após ele afirmar que estava ido para a guerra, correndo o perigo de não voltar mais, no mínimo incomum. A relação deles não parecia estar tão próxima para justificar tal sacrifício. Acho que faltou profundidade na apresentação da personagem da Teresa Palmer, e isso afetou um pouco a credibilidade do amor dos dois.
Tirando esse detalhe, e alguns pequenos deslizes no roteiro, o filme é excelente.
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraA história das três mulheres é notável. Merecia ser contada. Mas acho que o filme perde ao não focar na trajetória de nenhuma delas.
Quando o filme começa, as três já são funcionárias da NASA! Para mim o fato de trabalhar na NASA já é algo importante, que merecia atenção. Além disso senti falta de uma explicação acerca do grupo de computadoras da qual elas fazem parte. De onde surgiu aquele grupo?
Taraji, Octavia, Janelle e inclusive Kevin Costner estão de parabéns, pois defendem muito bem seus personagens. Destaco aqui o trabalho da Taraji P. Henson, em uma cena da qual ela explode ao ser confrontada pelo personagem do Kevin Costner. Por mais que o caminho até tal cena tenha sido mal desenvolvido, ela dá um show em seu discurso.
E também gostei do trabalho da Janelle Monae, que além de estar ótima em Moonlight, aqui também se destaca aqui em outro potente discurso.
Mahershala Ali faz uma ponta, e não tem tempo de tela para desenvolver melhor seu personagem. Já Jim Parsons e Kirsten Durst trazem pequenos antagonistas genéricos e sem profundidade alguma.
Sobre a trilha musical do Pharrell, são canções bacanas, mas a introdução delas no meio do filme é incomoda, poderiam ter sido adicionadas de forma mais sútil.
Hidden Figures é um bom filme. É daqueles que a gente assiste para descontrair na Tela Quente ou até Sessão da Tarde.
O roteiro deveria ter sido melhor desenvolvido e a direção mais ambiciosa.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraAchei um fato interessante:
O nome da atriz que interpreta a filha da Susan, é India Menuez. No manuscrito, India Hastings é o nome da filha do Tony.
Parece que na história original, o nome da filha é Helen. Por isso que eu acredito que a troca do nome no filme foi proposital e deve ser uma especie de dica do Tom Ford.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraEu assisti a Manchester by the Sea a dois dias atrás, na madrugada de sexta para sábado. Logo após o maravilhoso La La Land. Fiquei o fim de semana todo pensando se precisava escrever algo sobre Manchester e no que eu poderia escrever, e hoje finalmente tomei essa decisão pois não paro de pensar nesses filmes.
Sai da sessão de La La Land quase tremendo de emoção e encantado com o que tinha acabado de ver, para ter o coração destruído pelos personagens de Kenneth Lonnergan na sessão seguinte.
Manchester by the Sea é melancólico, mas sem deixar de ter seu momentos divertidos. Casey Affleck, em uma das atuações mais elogiadas do ano, traz um Lee Chandler pesado de dor e tristeza, por conta de um evento que destruiria o coração até da pessoa mais fria, e que agora vive fechado, seco e pela rotina de zelador, onde se nega de sair, para evitar novas responsabilidades e sentimentos que podem trazer mais sofrimento. Lucas Hedges é ótimo em não deixar que o filme se torne um melodrama pesado, conseguindo ser engraçado, sensível, e intenso quando cada adjetivo se mostra necessário. E Michelle Williams destrói em uma cena tão melancolia e difícil de suportar por tamanha comoção. Dá vontade de chorar só de lembrar da situação.
Saí da sessão com um leve conflito de sentimentos por assistir a dois filmes tão diferentes em um intervalo tão pequeno. Mas mesmo sendo diferente, adorei cada um a sua maneira. Uma noite de cinefilia que ficará na minha memória.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraHoje, logo na primeira hora do dia 14 de janeiro, tive a oportunidade de finalmente assistir o tão elogiado La La Land. A curiosidade estava nas alturas para descobrir o segredo que esse filme tinha pra ser tão amado por tanta gente.
Acabou que eu ainda não consigo descrever o que ele tem de tão especial. Apenas sentir.
Poderia entrar em detalhes sobre a ótima fotografia, a excelente montagem, a trilha musical, o figurino, a direção de arte, a divertida e carismática atuação do Ryan Gosling ou a emocionante e apaixonante performance da Emma Stone. Mas não seria o suficiente para descrever o quão maravilhoso são os sentimentos que esse filme proporciona.
Não é apenas um bom musical. É um dos melhores filmes que eu já assisti na vida.
O hype é real amigos.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraFences é tudo sobre as performances. O elenco de apoio é decente, Denzel Washington é excelente, como esperado, mas o destaque mesmo é Viola Davis.
Porem, no geral, o filme é apenas bom. O ótimo roteiro não foi adaptado para o cinema, foi apenas transportado. A sensação de estar assistindo a uma peça é estrondante.
Em alguns momentos o filme se torna cansativo pelo excesso de monólogos e pela ausência de trilha-musical.
O que nos leva também a direção segura e apenas competente de Denzel Washington, que não tem destaque algum nessa função.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraDireção muito bem conduzida, de um roteiro perfeitamente elaborado a partir de uma história simples e previsível, contando com uma edição precisa, e apresentando um elenco maravilhoso com tempo de tela muito bem dividido onde criamos afinidade e conseguimos enxergar a importância de cada um para a missão. Rogue One é foda!
A homenagem não-intencional a Carrie Fisher na ultima cena foi de dar um nó na garganta.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraRecentemente montei uma lista dos filmes que eu mais anseio assistir nessa temporada de prêmios, e Animais Noturnos estava no topo.
Porquê? Primeiramente por causa de Jake Gyllenhaal. Nos últimos meses ando cada vez mais admirado com seu trabalho. Assisti neste ano O Homem Duplicado, Suspeitos, Brokeback Mountain e Demolition. Sem duvida, ele é um dos melhores atores dessa geração.
O segundo motivo, é os outros membros do elenco. Amy Adams, Michael Shannon, Aaron Taylor-Johnson, Isla Fischer. Como não amar esse elenco?
E o ultimo motivo foi sua recepção nos festivais que passou. Em Veneza, conseguiu o segundo maior prêmio do festival. Sem contar na ótima avaliação da critica especializada
Era o que eu precisava ouvir para apostar todas minhas fichas em que esse seria o Garota Exemplar desse ano, pois o filme de David Fincher, foi meu favorito de 2014. Mas é possível que toda a minha expectativa em cima do filme, tenha prejudicado minha experiência.
Ontem tive a oportunidade de assistir ao filme na Mostra Internacional de SP, e Animais Noturnos é sim um bom filme. Na verdade é um ótimo filme, mas não acredito que seja o melhor.
Começa muito bem, apresentando Susan (Adams), e o momento de sua vida, em que está desiludida com o atual casamento. É nesse cenário de arrependimento, que ela curiosamente, recebe o manuscrito do próximo livro do seu ex-marido, o qual ela "abandonou de maneira brutal", chamado "Animais Noturnos". A partir do momento em que ela começa a ler o livro, somos transportados para dentro da história escrita por Edward Sheffield (Gyllenhaal), seu ex-marido.
O primeiro ato da projeção é angustiante e perturbador. Tom Ford acerta em estabelecer esse tom no início, criando um interesse no espectador para o desenrolado da história logo nas primeiras páginas do manuscrito. O problema é que o filme perde o ritmo após um grande incidente no livro, entre o primeiro e segundo ato.
A edição vai revezando entre o presente com Susan, a história do livro com Tony (Gyllenhaal, no livro) e com as lembranças da leitora e seu relacionamento com o Edward. E o diretor foi sutil ao definir itens simples do tipo um personagem, ou um diálogo, ou o cenário como indicativos do tempo/espaço que está sendo exibido naquele momento. Sem a necessidade de utilizar técnicas defasadas, como cores ou formatos de tela.
A estética desenvolvida por Ford, junto a equipe de fotografia, direção de arte e figurino é deslumbrante. Temos o prazer de visualizar quadros belíssimos na tela, por vezes perturbadores, mas ainda assim belos,
como a rima visual entre o corpo da filha de Susan e o corpo da filha de Tony.
Quanto as atuações, Jake Gyllenhaal é sensacional. O escritor é um reflexo do personagem criado por ele no livro, assim compartilhando os mesmos traços e sentimentos. Sendo assim, os traços apresentados pelo Edward de Gyllenhaal no "mundo real", são desenvolvidos em como o Tony de Gyllenhall encara os seus problemas no livro.
Os adjetivos sensível, romântico e por vezes fraco, são representados de forma tocante na atuação de Gylenhall. É possível sentir a dor, a angustia e tristeza de Tony, em seus olhos.
Amy Adams, é boa. Sua personagem uma presença imponente na tela.
Mas não tem cenas de grande impacto que possam explorar a capacidade da atriz.
ao interpretar o policial Bobby Andes, que sofre de uma doença terminal, e disposto a fazer justiça por Tony a qualquer preço.
Porem as histórias vão se desenrolando de uma forma morna, após o climax do primeiro ato. Passando por alguns grandes momentos nos minutos finais e um fim não muito intenso, como o previsto. A história promete um grande acontecimento para o final de cada uma das três historias, mas o que acontece não é tão "brutal" como se previa.
Animais Noturnos não foi o filme que eu esperava, infelizmente. Porém ainda assim é uma grande obra, digna de ser apreciada.
Little Boy: Além do Impossível
4.3 374Tive que dividir Little Boy em duas partes, e acabei criando um conflito interno.
A primeira, eu assisti o filme até a metade e acabei desistindo. Não estava prendendo minha atenção, e muitas coisas ali estavam me irritando. A narrativa, os personagens caricatos, e outras coisas que não me recordo agora. Não deu pra mim.
Porém alguns dias depois, retomei essa uma hora que faltava, pois não gosto de deixar filmes pela metade. E também por que queria saber se no final o pai do garoto voltaria.
Não sei se o filme melhora na hora final, ou se eu estava com meu senso critico desligado nesse segundo round, mas acabei gostando do que vi. Me emocionei.
Little Boy é em produzido. A direção de arte é bonita, e seus atores competentes. O que me incomodou foi algumas decisões da direção no desenvolvimento do roteiro, e o próprio roteiro em alguns momentos. Mas no geral, não sei dizer se gostei ou odiei.
Demolição
3.8 447 Assista AgoraNão sei como reagir ao filme, assim como Davis não soube reagir a morte da esposa.
Gostei, mas senti que faltou algo.
The Night Of
4.3 314 Assista AgoraMeus planos após sair do chuveiro as 22h desse ultimo domingo, eram de arrumar minha cama, tomar um copo de leite com chocolate, comer umas bolachas e talvez assistir a um filme curtinho na Netflix antes de dormir.
Liguei a TV que estava sintonizada na HBO (pois estava assistindo o fraco Annabelle, e em seguida alguns minutos de O Negócio). Reconheci na hora o garoto de O Abutre, Riz Ahmed, e esse foi o primeiro passo para The Night of mudar meus planos para aquela noite.
Comecei a assistir a série, no momento em que dois passageiros entram no Taxi de Nasir (Ahmed), e ele precisa expulsa-los. Não entendi o porque ele estava fazendo isso, pois não peguei o episódio do inicio, mas isso acabou se tornando mais um motivo para eu continuar assistindo. Ao conseguir tirar os "estranhos" do carro, com a ajuda de uma viatura a paisana, Nasir é surpreendido por mais um passageiro indesejado. Porem dessa vez, uma bela jovem, da qual o inocente Nasir, não tem coragem para recusar seu pedido de leva-la a "praia". E é a partir desse momento que o piloto começa a ganhar forma.
É possível se imaginar na pele de Nasir, e cometendo os mesmos erros que ele cometeu, simplesmente por não conseguir dizer uma não, para uma garota bonita. Riz Ahmed é ótimo em construir um personagem atrapalhado e inseguro, porém muito carismático, assim como seu Rick em O Abutre. E a atriz Sofia Black D'Elia, não se limita em ser apenas um rostinho bonito, mas é possível perceber claramente que a garota tem muito mais história por traz daqueles olhos. Além do dois o restante do elenco rende grandes atuações, desde personagens com papéis pequenos (como a policial que só quer fazer seu trabalho, e ir para casa no fim do plantão), até outros que com certeza serão destaques no decorrer da série (como os interessantes detetive Dennis Box (Bill Camp), e o advogado Jack Stone (John Torturro)).
Com uma fotografia que te faz sentir a noite de Nova York, a direção do piloto é competente por não tentar manipular o suspense da narrativa com trilhas sonoras. O que não estragaria, mas a ausência desta torna tudo mais angustiante.
The Night of realmente roubou minha atenção, gostaria falar sobre este piloto o dia todo, mas vou parar por aqui. Por enquanto, pois aquela noite (do piloto, claro) ainda guarda muitos mistérios.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KDois dias já se passaram e eu não paro de pensar naquele episódio. Se A Batalha dos Bastardos fosse aquele filme que estão cogitando lançar ao final da série, acredito que seria um sucesso de bilheteria, critica e inclusive abocanharia algumas indicações no Oscar. Sério, o nono episódio da sexta temporada de Game of Thrones foi cinematográfico.
Contando com uma produção grandiosa, fora do comum para uma série de televisão, o episódio ainda focou nos dois núcleos que se encontram os personagens mais queridos da série: Jon Snow, Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister. Sem desviar a atenção para as dezenas de outros núcleos que apareceram no mapa nos últimos anos, e que foi para mim um dos pontos fracos dessa temporada.
Dany + Tyrion
Estava com um pouco de medo com o que aconteceria entre Daenerys e Tyrion, quando a Rainha dos Ândalos, Roinares e Primeiros Homens voltasse e encontrasse Mereen sobre ataque. Mas para que me preocupar? Tyrion sempre consegue contornar a situação. Aparentemente, a Daenerys estava puta com ele (até porque nunca sei o que se passa na cabeça dela, por culpa da atuação limitada da Emilia Clarke), mas foi sabia de escutar o pequeno homem novamente.
Os Dragões de Daenerys
Não é de hoje que os efeitos especiais usados na série, são um espetáculo a parte. Mas nesse domingo o espetáculo foi para um outro nível. Se a cena da Mãe dos Dragões sendo salva por Drogon na temporada anterior ja foi ótima, ela voando pelos seus de Mereen, na companhia de seus dois outros filhos foi sensacional. Após isso, Tyrion, segue tratando do "acordo" com os senhores de escravos, mostrando ter a labia muito superior a de sua rainha limitada. Também adoro como Peter Dinklage explora seu personagem até quando esta fora do foco da cena. No momento em que o Verme Cinzento corta a garganta dos homens a sua frente, ele vira o rosto. Enfatizando que mesmo depois de tudo que já passou, ele continua tendo horror a violência.
Reunião dos Greyjoy
Paz restabelecida em Mereen, ao retornar para Essos, somos direcionados, a uma cena muito aguardada essa temporada: O encontro dos irmãos Greyjoy com a Rainha Targaryen. Mesmo com a expressões limitadas da Emília Clarke, a cena foi ótima, pois foi muito bem escrita. Começando pelo Tyrion, expondo toda sua antipatia por Theon, baseado na pessoa que ele conheceu em Winterfell e na pessoa que ele ouviu falar que traiu a própria "família". Foi bom, pois as vezes esquecemos quem Theon ja foi um dia. Por mais que tenha pagado por seus erros, e esteja disposto a se redimir, e sempre bom lembrar. O Norte Se Lembra.
Então Daenerys "educadamente" corta o dialogo de Tyrion, e pergunta o que eles estavam fazendo ali. E foi ótimo como tudo fez muito sentido. Ela poderia sim esperar os barcos de Euron, que são mais do que eles estavam oferecendo, mas seria obrigada a casar com um usurpador, que futuramente poderia ser uma ameça pra ela. Mas com a Yara, ela só precisaria apoia-la no Guerra pelo Trono de Sal, e declarar a independência das Ilhas de Ferro, que como ela mesma disse, foi pedida educadamente. Sem contar na identificação que as duas tiveram, por serem lideres mulheres, em lugares onde sempre tiveram lideres do sexo masculino. E também nesta cena, confirmou ainda mais o laço de confiança entre Dany e Tyrion. Ele foi seu único conselheiro naquele momento. Nada de Daario, Verme Cinza ou Missandei. E foi Tyrion quem deu o último consentimento antes do acordo ser firmado. Foda.
Rickon
Achei a cena do Rickon correndo genial. Pois a Sansa mesmo comentou algo que todos já sabiam: Rickon ja estava morto. Ramsay nunca o devolveria de bandeja, como também se certificaria de elimina-lo, mesmo se perdesse.
Então como tornar a situação interessante? Joguinhos do Ramsay. Deram um pingo de esperança ao Rickon, ao Jon e aos espectadores simpatizantes pelos Stark. No fundo eu sabia que ele acertaria a flecha a qualquer momento, mas mesmo assim me sentia angustiado a cada flecha que acertava o chão. Vale comentar duas ótimas escolhas do diretor durante essa cena: A primeira foi o cessar da trilha-sonora na penúltima flecha atirada por Ramsey, que casou com o momento em que o Jon estende o braço. Esse simples efeito, causou sensação de segurança, como se ele tivesse conseguido. A segunda escolha foi a câmera fechada na frente do Rickon, que vem logo depois do braço estendido do Jon Snow, ao inves de vir de uma tentativa do Ramsey, como as anteriores. Eu senti o momento em que a flecha atravessa o corpo do pequeno Stark. Foi uma montagem de cena espetacular.
A Batalha
A Batalha foi um show de direção. Em alguns momentos, a única coisa que me lembrava que eu ainda estava assistindo Game of Thrones, era a presença de Jon Snow. Por que por mais que a série já tenha provado que é épica, não me lembro de ter visto uma cena tão grandiosa antes na série. O plano sequência, a coreografia realista, a fotografia cinzenta, a brutalidade da guerra. Foi épico. Coisa de cinema. Tenho apenas uma pequena observação, que me deixou intrigado. Como a montanha de corpos ficou tão alta, sendo que eles estavam lutando em campo aberto? Não encontrei resposta pra isso. Acho que é o tipo de coisa que acontece para o roteiro funcionar. Mas nada que manche a obra de arte que foi esta cena.
Snow x Snow
Jon aceitar o "x1" com Ramsay, foi uma sacada simples e ótima. Todos tinham Ramsay na mira, mas respeitam a decisão do Lobo bastardo de encarar Ramsay frente a frente. Até porque, como Sir Davos disse anteriormente no mesmo episódio, Jon não é rei. Sendo assim, seus soldados não lutam por ele, lutam com ele. Ninguém deve proteção a ele. Então ele poderia sim ser atingido por uma das flechas, e morrer. Mas não importaria para seus companheiros, pois ele morreu lutando. E a decisão foi ótima porque tinha que ter esse combate direto, mas corria o risco de soar clichê. Porém a forma como ocorreu não pareceu forçado.
Morte do Ramsay Bolton
E o episódio encerra fechando um ciclo. Winterfell livre de Ramsay Bolton. E ninguem melhor que a Sansa para representar todos os que o odiaram/amaram no decorrer das últimas temporadas. Me atrevo a dizer que a morte do Ramsay foi melhor que a do Joffrey. Porque o Joffrey foi assassinado por interesse de terceiros, e não por alguém que realmente sofreu em suas mãos. O Ramsay não, além de ter que olhar nos olhos da Sansa logo antes de morrer, ainda foi morto por seus próprios cachorros. Os Boltons traíram os Stark, e acabaram morrendo sendo traídos por eles mesmo.
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraA Briony da Saiorse estava tão incrível, que chega ofuscou a versão mais velha da personagem da Romola Garai.