Ouso dizer que é, até agora, o melhor filme do Christian Petzold. E olha que isso não é pouca coisa, o cara só faz filme bom!
Impressionante as semelhanças na forma de narrar com Afire, Phoenix e outras obras do diretor. É a famosa identidade registrada do diretor. Maravilhoso!
Pois eu gostei por ser uma ação dramática, digamos assim. A parte mais fraca é justamente a da briga lá pra metade do filme. Mas depois a cena com a Tilda Swinton retoma em grande estilo.
Confesso que não gostei da montagem. Talvez o filme tenha se levado mais a sério do que deveria... em outro tom, seria um baita filme.
Isabelle Huppert faz valer a pena! Sempre faz! Tem cenas de monólogo em que ela põe o filme nas costas, provavelmente a melhor atriz deste século. Tivemos sorte 🧡🧡
Acabei de assistir "Folhas de outono" Gostei da ambientação. Romance da vida real, da maioria das pessoas. Um romance da classe trabalhadora usuária de sus e transporte público, às vezes sem sindicato, sem direitos
Não é aquele romance dentro de um modo de vida pequeno burguês, resumindo absolutamente tudo ao "querer" dos personagens.
Folhas de outono se defronta com a impossibilidade do amor perante os obstáculos do liberalismo.
Um ou outro ato preguiçoso do roteiro, mas no geral é um filme despretensioso que dá um baile em qualquer romance de Hollywood.
Muito bom o início, largada forte na atmosfera de causar tensão. Mas do meio pro final o filme - digo sobretudo no tocante a montagem e ao roteiro - parece que esquece de quando usar o freio. Cria muito clima, mas quase nada é bem explicado. Parece uma analogia entre a sala dos professores e a europa ocidental, mas feita de forma histriônica.
O cinema vai morrer, pois não tem áudio. E então surge o áudio, passando o cinema a ser uma arte (a mais jovem de todas as artes) primordialmente audiovisual.
O cinema vai morrer, pois não tem cor. E então surgem as cores, reinventado todo o conceito de estética na arte audiovisual.
O cinema vai morrer, pois surgiu e popularizou-se a televisão. Pequeno demais. Não morreu. Aumentaram os tamanhos das TVs. O cinema se reinventou, se comercializou mais nas narrativas, se tornou a principal forma de entretenimento no mundo, e sobreviveu.
O cinema vai morrer, pois a vida real não é plana como nas telas. E então surge a tecnologia 3D.
Nesta década: o cinema vai morrer, pois popularizou-se o streaming. E então surgem filmes como Zona de Interesse, que faz do SOM experimentado numa sala de cinema uma ferramenta diferencial na narrativa. Mais do que diferencial: Zona de Interesse existe e se comunica conosco, estabelece seu conteúdo e simplifica sua estética pra passar uma mensagem através dos sons diegéticos que só uma sala de cinema consegue proporcionar.
Não morrerá. Enquanto existir vida humana, haverá cinema. "Zona de interesse" com certeza é uma das experiências mais impactantes da "era" pós pandemia. Resistimos!
Fico impressionado com os pouquíssimos comentários sobre o cunho político do filme. Minha sinopse seria: "Uma menina-bruxa desperta a revolução dentro de um plebeu rejeitado pelo reino"
Aí a narrativa sobra na estética pra brincar com o alto aparato tecnológico do Estado em dissonância com o visual medieval do reino. É sobre aceitação e sobre luta de classes.
Nimona é uma animação extraordinária e a personagem Nimona é resistência 🧡🧡
Rapaz, não dei nada e acabei vendo um baita filme! A narrativa ser toda pela visão do protagonista (isto é, praticamente não há cenas em que vejamos algo que ele não ouviu ou não escutou também) dá um toque especial. No fim, é isso: há pessoas incapazes de olhar ao outro, de sentir qualquer coisa além do próprio umbigo.
Também tem uma pitada de crítica ao conceito conservador de que arte significa rebuscamento;
Tecnicamente me fascinei pelos personagens de animação "inanimados", passando a inércia/impotência que as mulheres periféricas costumam sentir diante do atual sistema democrático que rege todos os países colonizados. A quem servem as leis? Quem faz a lei? Quem a aplica?
Adorei os sons diegéticos utilizados (como por exemplo o telefone sempre tocando - e jamais sendo atendido - enquanto a câmera percorre os corredores dos tribunais e toda a sua papelada/burocracia SURDA).
Mas o maior dote do filme é sua fortíssima mensagem sobre ser RESISTÊNCIA. O cinema, como toda arte, deve usar a estética e a FORMA narrativa para causar indignação, questionamentos e as vezes revolta. Ódio. O ódio dessa segregação sistêmica causa a união de gêneros e classes para, um dia, corrigir esta realidade. Sejamos cinema! Sejamos arte! Sejamos, todos os dias: RESISTÊNCIA.
Divertido de ver e levanta debates importantes sobre a arte e o modo como a vemos e rotulamos. O filme usa a narrativa "primária" como metalinguagem para encenação de uma outra narrativa.
Sem um desfecho claro, apenas nos pergunta: vemos a realidade ou vemos a nossa percepção de realidade, afetada por infinitos acontecimentos pessoais e únicos?
Fora da caixinha, "Cópia fiel" é uma reflexão sobre tudo o que é o cinema: as imagens, reais por fora; e as lembranças, reais por dentro.
Divertido e eventualmente tenso. Uma face parcialmente diferente de Martin Scorsese, mas que tem novamente a "cidade" (nesse caso, mais especificamente o bairro do Soho) como personagem coadjuvante naquele momento histórico em que o filme foi gravado: na década de 80 e no auge do neoliberalismo nas grandes metrópoles. Violência, constante sensação de insegurança, exploração de mão de obra e um ciclo de frustrações.
Em Trânsito
3.8 48 Assista AgoraOuso dizer que é, até agora, o melhor filme do Christian Petzold. E olha que isso não é pouca coisa, o cara só faz filme bom!
Impressionante as semelhanças na forma de narrar com Afire, Phoenix e outras obras do diretor. É a famosa identidade registrada do diretor. Maravilhoso!
O Assassino
3.3 511Pois eu gostei por ser uma ação dramática, digamos assim. A parte mais fraca é justamente a da briga lá pra metade do filme. Mas depois a cena com a Tilda Swinton retoma em grande estilo.
Roteiro clichê, mas bem explorado
Uma Vida Sem Ele
3.5 4 Assista AgoraConfesso que não gostei da montagem. Talvez o filme tenha se levado mais a sério do que deveria... em outro tom, seria um baita filme.
Isabelle Huppert faz valer a pena! Sempre faz!
Tem cenas de monólogo em que ela põe o filme nas costas, provavelmente a melhor atriz deste século. Tivemos sorte 🧡🧡
Pequena Mamãe
3.8 84Filme delicioso de ver! Consegue ser singelo e reflexivo; simples e criativo.
Adorei a estética um pouco minimalista e com cores sóbrias.
A Celine Sciamma é uma das melhores diretoras da atualidade!
Folhas de Outono
3.8 96Acabei de assistir "Folhas de outono"
Gostei da ambientação. Romance da vida real, da maioria das pessoas. Um romance da classe trabalhadora usuária de sus e transporte público, às vezes sem sindicato, sem direitos
Não é aquele romance dentro de um modo de vida pequeno burguês, resumindo absolutamente tudo ao "querer" dos personagens.
Folhas de outono se defronta com a impossibilidade do amor perante os obstáculos do liberalismo.
Um ou outro ato preguiçoso do roteiro, mas no geral é um filme despretensioso que dá um baile em qualquer romance de Hollywood.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.7 9Cadê os ratos de festivais pra dar um parecer? Hahahaha
Dias Perfeitos
4.2 231 Assista AgoraTrabalhe limpando banheiros.
Pague para tomar banho e seja grato.
Tão intimista e tão político.
O melhor filme do Win Wenders. 🧡🧡
A Sala dos Professores
3.9 135 Assista AgoraMuito bom o início, largada forte na atmosfera de causar tensão. Mas do meio pro final o filme - digo sobretudo no tocante a montagem e ao roteiro - parece que esquece de quando usar o freio. Cria muito clima, mas quase nada é bem explicado. Parece uma analogia entre a sala dos professores e a europa ocidental, mas feita de forma histriônica.
Zona de Interesse
3.6 563 Assista AgoraO cinema vai morrer, pois não tem áudio. E então surge o áudio, passando o cinema a ser uma arte (a mais jovem de todas as artes) primordialmente audiovisual.
O cinema vai morrer, pois não tem cor. E então surgem as cores, reinventado todo o conceito de estética na arte audiovisual.
O cinema vai morrer, pois surgiu e popularizou-se a televisão. Pequeno demais. Não morreu.
Aumentaram os tamanhos das TVs. O cinema se reinventou, se comercializou mais nas narrativas, se tornou a principal forma de entretenimento no mundo, e sobreviveu.
O cinema vai morrer, pois a vida real não é plana como nas telas. E então surge a tecnologia 3D.
Nesta década: o cinema vai morrer, pois popularizou-se o streaming. E então surgem filmes como Zona de Interesse, que faz do SOM experimentado numa sala de cinema uma ferramenta diferencial na narrativa. Mais do que diferencial: Zona de Interesse existe e se comunica conosco, estabelece seu conteúdo e simplifica sua estética pra passar uma mensagem através dos sons diegéticos que só uma sala de cinema consegue proporcionar.
Não morrerá. Enquanto existir vida humana, haverá cinema. "Zona de interesse" com certeza é uma das experiências mais impactantes da "era" pós pandemia. Resistimos!
Nimona
4.1 233 Assista AgoraFico impressionado com os pouquíssimos comentários sobre o cunho político do filme.
Minha sinopse seria:
"Uma menina-bruxa desperta a revolução dentro de um plebeu rejeitado pelo reino"
Aí a narrativa sobra na estética pra brincar com o alto aparato tecnológico do Estado em dissonância com o visual medieval do reino.
É sobre aceitação e sobre luta de classes.
Nimona é uma animação extraordinária e a personagem Nimona é resistência 🧡🧡
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraQuem está falando que a personagem é ninfomaníaca ou virou ninfomaníaca não entendeu absolutamente nada da narrativa.
Rustin
3.3 80 Assista AgoraMuito atropelado, montagem terrível. Porém com uma atuação grandiosa e uma temática importante
Ran
4.5 262 Assista AgoraComo demorei tanto tempo pra ver essa obra prima? Essas cores são um deleite pra quem gosta de cinema ❤️❤️
Afire
3.8 50Rapaz, não dei nada e acabei vendo um baita filme!
A narrativa ser toda pela visão do protagonista (isto é, praticamente não há cenas em que vejamos algo que ele não ouviu ou não escutou também) dá um toque especial. No fim, é isso: há pessoas incapazes de olhar ao outro, de sentir qualquer coisa além do próprio umbigo.
Também tem uma pitada de crítica ao conceito conservador de que arte significa rebuscamento;
quando o filme nos mostra que os retratos de Félix durante a praia são mais encantadores do que o livro espumando de ódio e boa gramática do Leon.
Usar a arte como metáfora de si mesma é um clichê. Mas quando bem feito continua bom demais!
Vicenta
4.1 5 Assista AgoraTecnicamente me fascinei pelos personagens de animação "inanimados", passando a inércia/impotência que as mulheres periféricas costumam sentir diante do atual sistema democrático que rege todos os países colonizados. A quem servem as leis? Quem faz a lei? Quem a aplica?
Adorei os sons diegéticos utilizados (como por exemplo o telefone sempre tocando - e jamais sendo atendido - enquanto a câmera percorre os corredores dos tribunais e toda a sua papelada/burocracia SURDA).
Mas o maior dote do filme é sua fortíssima mensagem sobre ser RESISTÊNCIA. O cinema, como toda arte, deve usar a estética e a FORMA narrativa para causar indignação, questionamentos e as vezes revolta. Ódio. O ódio dessa segregação sistêmica causa a união de gêneros e classes para, um dia, corrigir esta realidade. Sejamos cinema! Sejamos arte! Sejamos, todos os dias: RESISTÊNCIA.
Retratos Fantasmas
4.2 225 Assista AgoraTire as construções da minha praia
Não consigo respirar
Pacto Sinistro
4.1 292 Assista AgoraUma aula de como construir e PROLONGAR a tensão. O mestre em mais um grande trabalho, mais uma aula de fazer cinema.
Cópia Fiel
3.9 450 Assista AgoraDivertido de ver e levanta debates importantes sobre a arte e o modo como a vemos e rotulamos. O filme usa a narrativa "primária" como metalinguagem para encenação de uma outra narrativa.
Sem um desfecho claro, apenas nos pergunta: vemos a realidade ou vemos a nossa percepção de realidade, afetada por infinitos acontecimentos pessoais e únicos?
Fora da caixinha, "Cópia fiel" é uma reflexão sobre tudo o que é o cinema: as imagens, reais por fora; e as lembranças, reais por dentro.
Depois de Horas
4.0 452 Assista AgoraDivertido e eventualmente tenso. Uma face parcialmente diferente de Martin Scorsese, mas que tem novamente a "cidade" (nesse caso, mais especificamente o bairro do Soho) como personagem coadjuvante naquele momento histórico em que o filme foi gravado: na década de 80 e no auge do neoliberalismo nas grandes metrópoles. Violência, constante sensação de insegurança, exploração de mão de obra e um ciclo de frustrações.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 603 Assista AgoraPorra, isso é CANSATIVO?
pois eu quase não pisquei durante as três horas.
Fazia tempo que não faziam filme assim! Scorsese deixando mais uma obra imortal
Anatomia de uma Queda
4.0 769 Assista AgoraPassa voando o filme de 2h30min., de tão bom que é. Nem parece um vencedor de Cannes hahahaha
Chico Science - Caranguejo Elétrico
4.5 21ARRETADO! Viva Nação, viva Pernambuco e toda resistência do povo!
O Pântano
3.8 94 Assista AgoraQue estética foda! Câmera na mão, ansioso, caótico... trilha sonora perturbadora com MUITO som diegético (surgindo de dentro da própria narrativa).
Alguns podem achar o desenvolvimento lento. Como uma vaca afundando aos poucos no pântano; ou como
famílias burguesas afundando aos poucos enquanto destila seu racismo e elitismo
A Sindicalista
3.6 9 Assista Agorate amo isabelle