Um retrato perfeito da superficialidade das redes sociais. Amei o final, pois mostra como os danos mentais são intensos e, por vezes, permanentes. Aubrey Plaza é a minha louca favorita.
Não sei como algumas pessoas conseguiram captar uma mensagem nobre de coragem e superação, quando tudo o que vemos são duas jovens muito burras fazendo burrices. Apesar das falhas lógicas, o filme consegue criar tensão. Por isso, penso que vale a pena assistir, mas sem grandes expectativas.
Muitos europeus foram ensinados que, na época da colonização, o continente africano era, basicamente, uma selva. Aprendemos que os portugueses, os franceses, os britânicos e outras nações foram levar a “civilização” aos povos “selvagens”. No entanto, este filme ajuda a desmontar essa ideia errada, mostranto que África possuia várias nações estruturadas, reinos, tradições, comércio, religiões, conflitos, tal como qualquer outra zona do mundo.
Dentro desse fundo histórico, foi criado um enredo muito interessante sobre as Agojie, mulheres corajosas do Reino de Dahomey, que lutavam com uma destreza fora do comum. Por não ser um documentário, a polémica sobre o rigor histórico do enredo não faz nenhum sentido.
Amei as atuações de Lashana Lynch, Thuso Mbedu e Viola Davis. (Confesso que fiquei apaixonado pela Lashana. Que mulher carismática!) Quanto à Viola, esteve exuberante, como sempre.
Entra diretamente para a minha lista de filmes preferidos.
Este filme veio provar que não é preciso violência gratuita, cenas de sexo desnecessárias ou propaganda LGBTQIA+ para fazer um filme de sucesso. Afinal, uma história envolvente, bons efeitos especiais e boa atuação são ingredientes que funcionam. Seria excelente se a indústria cinematográfica aprendesse a lição...
Top Gun: Maverick saltou imediatamente para a minha lista de filmes preferidos.
A proposta deste tipo de filmes nunca é abordar temas importantes com profundidade. O objetivo é divertir o público. Mesmo assim, fez-me refletir em 2 questões.
Primeiro, a vida humana tende a ser fútil. Muitas pessoas vivem uma vida inteira sem ter coragem para deixar de ser um "NPC". Deixam seus projetos pessoais para trás, desistem dos seus sonhos, simplesmente porque não sabem como sair daquela rotina que lhe foi imposta pela sociedade. É preciso coragem para dar um murro na mesa e dizer: "Eu quero um Cappuccino!"
Em segundo lugar, fez-me pensar nas questões morais relacionadas com a Inteligência Artificial. Um dia, talvez os humanos consigam criar seres eletrónicos ou virtuais que tenham consciência de si mesmos. Se tal for possível, seria ético eliminar tais seres? E será que o nosso mundo não é, na verdade, uma simulação?
Sempre gostei da música "Man On The Moon" do R.E.M. Ao explorar o significado da música, fui conduzido acidentalmente até este filme. Que agradável surpresa! Amei o filme.
Quem assistir pensando que é comédia está enganado. O filme é, na verdade, um drama biográfico sobre um artista mal compreendido. A atuação de Jim Carrey foi soberba. Quem o acusar de overacting é porque não conhece o trabalho de Andy Kaufman. A atuação foi perfeita. Esta obra de arte entra imediatamente para a minha lista de filmes favoritos.
Um filme para não levar muito a sério. Como sou europeu, a Eurovisão traz-me belas memórias da infância. Este filme fez-me reviver essas memórias. Belas músicas, luz, cor, coreografias, etc. Uma comédia tola mas que me emocionou. P.S - É fácil acreditar que o Pierce Brosnan foi pai aos 14 anos. Mas ele nunca teria um filho tão feio como o Will Ferrel.
O filme lança demasiadas pistas, e isso anula o efeito surpresa no plot twist. Vermos ela se atirar da janela logo no início, o alarme do carro tocando sempre à mesma hora... Tudo isso torna evidente que ela está vivendo num ambiente simulado. Na minha opinião, essas pistas eram desnecessárias, ou então poderiam ser usadas mais perto do final do filme.
De qualquer forma, eu acho que é um bom filme de suspense.
O filme cumpre o objetivo. Diverte toda a família com uma história simples. Isabela Merced demonstra ser uma atriz em crescimento.
Só uma nota para aqueles que criticam o filme por ser "infantil" e "sessão da tarde": É bom lembrar que cada filme tem um objetivo a que se propõe e um público-alvo. Portanto, criticar este filme por ser infantil, é o mesmo que criticar "O Exorcista" por ser assustador.
Embora eu não seja fã de comédias românticas, consigo reconhecer a qualidade de vários filmes dentro do género. O objetivo duma comédia romântica é apenas contar uma bonita história e proporcionar alguma diversão a quem assiste. Se a comédia cumprir esse objetivo, para mim está tudo bem. No entanto, espera-se que haja alguma coerência e que a história seja plausível.
Lamentavelmente, "Second Act", que no início parece ter uma boa história, perde toda a credibilidade com uma reviravolta bizarra que acontece a meio do filme. É algo extremamente forçado e sem sentido. A partir daí, a trama perde completamente o rumo. Em vez de assistirmos às peripécias da "mulher de negócios" que alcança o sucesso por meio de mentiras, passamos a assistir a um drama inesperado que não convence ninguém.
As amigas mais gordinhas dançam e tentam motivar a personagem principal, tal como acontece em Maid in Manhattan (2002), e em tantos outros filmes do género. Talvez exista um ou outro momento engraçado mas, na sua globalidade, o filme é mau.
Gostei da trilha sonora. Algumas cenas são visualmente apelativas. Nicole Kidman está muito bem, como sempre. (Mas aquela mulher não envelhece?) Por outro lado, a história não me cativou. O final é extremamente previsível. Nada de novo. Parece que gostei mais de assistir ao trailer.
Serve para distrair num domingo à tarde enquanto se bebe uma cerveja.
É um filme ridículo. Do pior que já assisti nos últimos anos. Foi uma tentativa de fazer algo inovador, mas resultou num filme enfadonho e confuso.
Jamie Foxx é um bom ator e, portanto, não devia aceitar trabalhos medíocres como este. Taron Egerton não parece um valente guerreiro acabado de chegar duma guerra sangrenta, mas sim um menino que acabou de chegar da escola. Não tem nenhuma cicatriz, e nem sequer um arranhão no corpo. É só um corpinho bem tratado.
Os homens e as mulheres caminham pelas ruas da Inglaterra Medieval como se estivessem num desfile de moda do século 21. Que roupas são aquelas? E aqueles penteados?
A única coisa que me cativou foram os generosos decotes de Eve Hewson, e as parecenças de Tim Minchin com o baterista Lars Ulrich. Não acreditam? Coloquem umas baquetas nas mãos dele e vai parecer que estamos num show de Metallica.
Quantas vezes pensamos que a vida dos artistas é só glamour... "A Star is Born" pinta um quadro realista sobre o meio artístico. Os protagonistas são humanos, tal como nós. Com as suas lutas interiores, seus sucessos e fracassos...
Confesso que nunca fui fã de Lady Gaga e, talvez por isso, eu consiga fazer uma análise imparcial desta obra cinematográfica.
Algo que gostei muito foi o desenvolvimento dos personagens.
Conhecemos o Jackson Maine quando ele está no início da sua decadência. Essa foi uma boa escolha, pois assim ainda conseguimos produzir alguma simpatia para com o personagem. Depois, vemos ele passar por um declínio a todos os níveis, e isso gera em nós um sentimento de pena.
No caso de Ally, vemos exatamente o contrário. Começa por ser apenas uma mulher insegura. Gradualmente, ela se transforma no elemento mais competente e equilibrado da dupla. É uma jornada de crescimento que nos faz amar a protagonista.
Um ponto alto foi o momento em que Ally abandona o trabalho no restaurante. Quantos de nós não temos vontade de fazer algo parecido? No entanto, o medo do desconhecido faz com que nos falte a coragem de perseguir os nossos sonhos. (Faz-nos pensar que existem muitos "Frank Sinatra" a trabalhar como motoristas profissionais...)
A mensagem do filme é poderosa. Embora pareçam sobre-humanos, os artistas são pessoas reais com fragilidades. A pressão sobre eles é brutal. Vemos Jackson Maine recorrer ao álcool e às drogas para superar toda aquela tensão. No caso de Ally, vemos o incentivo (quase ditatorial) para que ela seja algo que não deseja ser. A sua personalidade forte faz com que tenha a coragem, em alguns momentos, de impor a sua vontade.
À semelhança do que acontece com os artistas, todos somos pressionados pela sociedade. A forma como lidamos com essa pressão é que varia de pessoa para pessoa. Se não tivermos coragem de ser nós mesmos, acabamos por ser consumidos pelo sistema.
A atuação também é excelente. Embora a potência vocal e o talento musical de Lady Gaga seja estupendo, o seu trabalho como atriz também é impressionante. Por outro lado, Bradley Cooper já é um ator consagrado e, portanto, não fiquei surpreendido com a sua capacidade de representação, especialmente na segunda metade do filme.
Em termos musicais, o filme está entre os melhores realizados nos últimos anos. As cenas de palco são grandiosas. Os duetos funcionam muito bem. Tudo é filmado com realismo, como se estivéssemos a assistir a um show. Não vi nada de artificial.
É um dos melhores filmes de 2018 e, quem sabe, talvez eu me tenha tornado fã de Lady Gaga.
Pesadelo nas Alturas
2.4 148 Assista AgoraTem cenas parecidas com "Hot Shots!" de 1991.
Ingrid Vai Para o Oeste
3.3 234 Assista AgoraUm retrato perfeito da superficialidade das redes sociais. Amei o final, pois mostra como os danos mentais são intensos e, por vezes, permanentes. Aubrey Plaza é a minha louca favorita.
Thor: Amor e Trovão
2.9 970 Assista AgoraSenti vergonha alheia o tempo todo.
O Homem do Norte
3.7 940 Assista AgoraEu ri em vários momentos... Senti vergonha alheia.
Filme muito aborrecido.
A Queda
3.2 739 Assista AgoraNão sei como algumas pessoas conseguiram captar uma mensagem nobre de coragem e superação, quando tudo o que vemos são duas jovens muito burras fazendo burrices. Apesar das falhas lógicas, o filme consegue criar tensão. Por isso, penso que vale a pena assistir, mas sem grandes expectativas.
A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraMuitos europeus foram ensinados que, na época da colonização, o continente africano era, basicamente, uma selva. Aprendemos que os portugueses, os franceses, os britânicos e outras nações foram levar a “civilização” aos povos “selvagens”. No entanto, este filme ajuda a desmontar essa ideia errada, mostranto que África possuia várias nações estruturadas, reinos, tradições, comércio, religiões, conflitos, tal como qualquer outra zona do mundo.
Dentro desse fundo histórico, foi criado um enredo muito interessante sobre as Agojie, mulheres corajosas do Reino de Dahomey, que lutavam com uma destreza fora do comum. Por não ser um documentário, a polémica sobre o rigor histórico do enredo não faz nenhum sentido.
Amei as atuações de Lashana Lynch, Thuso Mbedu e Viola Davis. (Confesso que fiquei apaixonado pela Lashana. Que mulher carismática!) Quanto à Viola, esteve exuberante, como sempre.
Entra diretamente para a minha lista de filmes preferidos.
Top Gun: Maverick
4.2 1,1K Assista AgoraEste filme veio provar que não é preciso violência gratuita, cenas de sexo desnecessárias ou propaganda LGBTQIA+ para fazer um filme de sucesso. Afinal, uma história envolvente, bons efeitos especiais e boa atuação são ingredientes que funcionam. Seria excelente se a indústria cinematográfica aprendesse a lição...
Top Gun: Maverick saltou imediatamente para a minha lista de filmes preferidos.
Free Guy - Assumindo o Controle
3.5 578 Assista AgoraA proposta deste tipo de filmes nunca é abordar temas importantes com profundidade. O objetivo é divertir o público. Mesmo assim, fez-me refletir em 2 questões.
Primeiro, a vida humana tende a ser fútil. Muitas pessoas vivem uma vida inteira sem ter coragem para deixar de ser um "NPC". Deixam seus projetos pessoais para trás, desistem dos seus sonhos, simplesmente porque não sabem como sair daquela rotina que lhe foi imposta pela sociedade. É preciso coragem para dar um murro na mesa e dizer: "Eu quero um Cappuccino!"
Em segundo lugar, fez-me pensar nas questões morais relacionadas com a Inteligência Artificial. Um dia, talvez os humanos consigam criar seres eletrónicos ou virtuais que tenham consciência de si mesmos. Se tal for possível, seria ético eliminar tais seres? E será que o nosso mundo não é, na verdade, uma simulação?
Pronto. Agora viajei :)
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraNatalie Portman, Jean Reno e Gary Oldman dando um show de interpretação. Filme muito bom.
O Mundo de Andy
3.9 357Sempre gostei da música "Man On The Moon" do R.E.M. Ao explorar o significado da música, fui conduzido acidentalmente até este filme. Que agradável surpresa! Amei o filme.
Quem assistir pensando que é comédia está enganado. O filme é, na verdade, um drama biográfico sobre um artista mal compreendido. A atuação de Jim Carrey foi soberba. Quem o acusar de overacting é porque não conhece o trabalho de Andy Kaufman. A atuação foi perfeita. Esta obra de arte entra imediatamente para a minha lista de filmes favoritos.
Passageiros
3.2 844 Assista AgoraPior plot twist de sempre.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraÉ um filme que entretém, com uma trilha sonora fantástica.
"Stone Cold Crazy" foi uma agradável surpresa.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraFilme mediano. Nada de especial.
O melhor é a cena da cremação.
Gigolô Por Acidente
2.9 332Não é uma grande obra cinematográfica, mas faz rir. Portanto, cumpre aquilo a que se propõe.
Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars
3.2 278Um filme para não levar muito a sério. Como sou europeu, a Eurovisão traz-me belas memórias da infância. Este filme fez-me reviver essas memórias. Belas músicas, luz, cor, coreografias, etc. Uma comédia tola mas que me emocionou.
P.S - É fácil acreditar que o Pierce Brosnan foi pai aos 14 anos. Mas ele nunca teria um filho tão feio como o Will Ferrel.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraFicção científica, só pode!
Apenas em um universo paralelo, a mulher mais bonita do cinema atual poderia estar casada com Adam Driver.
The Old Guard
3.5 662 Assista AgoraGostei da história, das cenas de ação, da Charlize Theron, da Kiki Layne... Mas há uma cena que não me sai da cabeça:
Tenho sonhado com a Quynh sendo afogada permanentemente durante 500 anos. É um pesadelo horrível!!! Pode haver coisa pior?
Às Cegas
2.6 66 Assista AgoraGostei da atuação da Madelaine Petsch. Conseguimos sentir o desespero dela em vários momentos. O filme transmite tensão. No entanto..
O filme lança demasiadas pistas, e isso anula o efeito surpresa no plot twist. Vermos ela se atirar da janela logo no início, o alarme do carro tocando sempre à mesma hora... Tudo isso torna evidente que ela está vivendo num ambiente simulado. Na minha opinião, essas pistas eram desnecessárias, ou então poderiam ser usadas mais perto do final do filme.
De qualquer forma, eu acho que é um bom filme de suspense.
Dora e a Cidade Perdida
3.2 151 Assista AgoraO filme cumpre o objetivo. Diverte toda a família com uma história simples. Isabela Merced demonstra ser uma atriz em crescimento.
Só uma nota para aqueles que criticam o filme por ser "infantil" e "sessão da tarde":
É bom lembrar que cada filme tem um objetivo a que se propõe e um público-alvo. Portanto, criticar este filme por ser infantil, é o mesmo que criticar "O Exorcista" por ser assustador.
Uma Nova Chance
3.1 164 Assista AgoraEmbora eu não seja fã de comédias românticas, consigo reconhecer a qualidade de vários filmes dentro do género. O objetivo duma comédia romântica é apenas contar uma bonita história e proporcionar alguma diversão a quem assiste. Se a comédia cumprir esse objetivo, para mim está tudo bem. No entanto, espera-se que haja alguma coerência e que a história seja plausível.
Lamentavelmente, "Second Act", que no início parece ter uma boa história, perde toda a credibilidade com uma reviravolta bizarra que acontece a meio do filme. É algo extremamente forçado e sem sentido. A partir daí, a trama perde completamente o rumo. Em vez de assistirmos às peripécias da "mulher de negócios" que alcança o sucesso por meio de mentiras, passamos a assistir a um drama inesperado que não convence ninguém.
As amigas mais gordinhas dançam e tentam motivar a personagem principal, tal como acontece em Maid in Manhattan (2002), e em tantos outros filmes do género. Talvez exista um ou outro momento engraçado mas, na sua globalidade, o filme é mau.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraAchei o filme bastante mediano.
Gostei da trilha sonora. Algumas cenas são visualmente apelativas. Nicole Kidman está muito bem, como sempre. (Mas aquela mulher não envelhece?) Por outro lado, a história não me cativou. O final é extremamente previsível. Nada de novo. Parece que gostei mais de assistir ao trailer.
Serve para distrair num domingo à tarde enquanto se bebe uma cerveja.
Robin Hood: A Origem
2.8 297 Assista AgoraÉ um filme ridículo. Do pior que já assisti nos últimos anos.
Foi uma tentativa de fazer algo inovador, mas resultou num filme enfadonho e confuso.
Jamie Foxx é um bom ator e, portanto, não devia aceitar trabalhos medíocres como este. Taron Egerton não parece um valente guerreiro acabado de chegar duma guerra sangrenta, mas sim um menino que acabou de chegar da escola. Não tem nenhuma cicatriz, e nem sequer um arranhão no corpo. É só um corpinho bem tratado.
Os homens e as mulheres caminham pelas ruas da Inglaterra Medieval como se estivessem num desfile de moda do século 21. Que roupas são aquelas? E aqueles penteados?
A única coisa que me cativou foram os generosos decotes de Eve Hewson, e as parecenças de Tim Minchin com o baterista Lars Ulrich. Não acreditam? Coloquem umas baquetas nas mãos dele e vai parecer que estamos num show de Metallica.
Virei um Gato
2.8 203 Assista AgoraAmo gatos, mas não gostei deste filme.
Muito fraquinho, mesmo.
Nada mais a dizer.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraQuantas vezes pensamos que a vida dos artistas é só glamour... "A Star is Born" pinta um quadro realista sobre o meio artístico. Os protagonistas são humanos, tal como nós. Com as suas lutas interiores, seus sucessos e fracassos...
Confesso que nunca fui fã de Lady Gaga e, talvez por isso, eu consiga fazer uma análise imparcial desta obra cinematográfica.
Algo que gostei muito foi o desenvolvimento dos personagens.
Conhecemos o Jackson Maine quando ele está no início da sua decadência. Essa foi uma boa escolha, pois assim ainda conseguimos produzir alguma simpatia para com o personagem. Depois, vemos ele passar por um declínio a todos os níveis, e isso gera em nós um sentimento de pena.
No caso de Ally, vemos exatamente o contrário. Começa por ser apenas uma mulher insegura. Gradualmente, ela se transforma no elemento mais competente e equilibrado da dupla. É uma jornada de crescimento que nos faz amar a protagonista.
Um ponto alto foi o momento em que Ally abandona o trabalho no restaurante. Quantos de nós não temos vontade de fazer algo parecido? No entanto, o medo do desconhecido faz com que nos falte a coragem de perseguir os nossos sonhos. (Faz-nos pensar que existem muitos "Frank Sinatra" a trabalhar como motoristas profissionais...)
A mensagem do filme é poderosa. Embora pareçam sobre-humanos, os artistas são pessoas reais com fragilidades. A pressão sobre eles é brutal. Vemos Jackson Maine recorrer ao álcool e às drogas para superar toda aquela tensão. No caso de Ally, vemos o incentivo (quase ditatorial) para que ela seja algo que não deseja ser. A sua personalidade forte faz com que tenha a coragem, em alguns momentos, de impor a sua vontade.
À semelhança do que acontece com os artistas, todos somos pressionados pela sociedade. A forma como lidamos com essa pressão é que varia de pessoa para pessoa. Se não tivermos coragem de ser nós mesmos, acabamos por ser consumidos pelo sistema.
A atuação também é excelente. Embora a potência vocal e o talento musical de Lady Gaga seja estupendo, o seu trabalho como atriz também é impressionante. Por outro lado, Bradley Cooper já é um ator consagrado e, portanto, não fiquei surpreendido com a sua capacidade de representação, especialmente na segunda metade do filme.
Em termos musicais, o filme está entre os melhores realizados nos últimos anos. As cenas de palco são grandiosas. Os duetos funcionam muito bem. Tudo é filmado com realismo, como se estivéssemos a assistir a um show. Não vi nada de artificial.
É um dos melhores filmes de 2018 e, quem sabe, talvez eu me tenha tornado fã de Lady Gaga.