até o quinto episódio, mais ou menos, é legal. depois disso fica sofrido demais, perdido, arrastado, só terminei mesmo porque queria saber o que acontecia. eu curto muito a franquia e gostei dessa temporada porque traz infos interessantes sobre o expurgo, principalmente sobre a natureza >política< dele. achei bom que traz também uns subtextos legais pra discutir questões como racismo, misoginia etc, mas no fim é isso, tinha potencial e se perdeu no caminho.
muito bom!!!!! a decisão por trazer a fala justamente das pessoas que ajudaram a criar essas ferramentas foi um ponto muito acertado, afinal, nada melhor do que ouvir a história da boca de quem estava lá, não é? e os depoimentos são de fato interessantíssimos, e sim, muitas vezes assustadores.
só não gostei tanto da parte dramatizada, mais especificamente dos "algoritmos" antropomorfizados naqueles três caras. o "plot" da menina adolescente é legalzinho, contudo. também acho que faltou clareza em alguns pontos, deixam de explicar conceitos que na minha concepção seriam necessários, se formos levar em conta que o intuito do filme é informar principalmente aqueles que não fazem ideia da extensão do problema - ou mesmo da existência dele. coisas como o caso pizzagate, ou mesmo a própria ideia de algoritmo, poderiam ser ter sido abordadas de uma maneira muito mais didática. mas ainda assim é um filme muito legal, um pouco chocante, e, mais do que necessário, obrigatório.
muito delicinha de assistir, ágil, viciante, ótimas personagens, engraçada pra caramba quando você menos espera. além de trazer muitas questões relevantes para os dias de hoje, e sempre de forma muito natural, sem forçar a barra. mas também um pouquinho mirabolante às vezes, né, minha filha? particularmente isso não me incomoda, ainda que alguns momentos sejam quase (veja bem, QUASE) nível la casa de papel de descolamento da realidade. mas é isso né mores, se eu quisesse ver true crime eu botava um documentário.
no último episódio, quando o stan vai confrontar a ruby no hospital e diz que a polícia só descobriu o esquema de lavagem de dinheiro por causa de "duas mulheres que assaltaram o mercado", tipo, como ele sabia disso?? o tyler não tinha encoberto pra annie, quando encontrou ela dentro do cofre? tem até a cena dele contando pro policial depois... foi furo? ou eu que perdi alguma coisa?
AH MAS TODO ESSE ROLÊ, essa experiência mística transcedental sublime filosófica sobrenatural química estética libertadora quântica brilhante colorida sua-vida-inteira-passando-na-sua-frente, quase três horas de filme, tudo isso, pra no final o maluco
de longe o melhor elenco de todos os all stars, a competição ia chegando perto do final e era uma delícia ver os desafios porque todas simplesmente arrasavam muito. meus favoritos foram o da montação em família e o supergrupo.
engraçado que tanto a phi phi quanto a roxxxy entraram com a ideia de se redimirem com o público e com o meio drag, mas no fim das contas só quem mostrou uma mudança real de comportamento foi a roxxxy. eu odiava ela na season 5 e aqui ela tá um docinho. a phi phi eu tive muita raiva, puta merda, extremamente venenosa, fazendo aqueles comentários ~sutis pra deixar as outras queens inseguras, ridículo. mas por mais que eu odeie ela, preciso admitir que ela rende uns momentos icônicos: a briga com a sharon na season 4 é meu momento favorito de drag race até hoje, e a cena desse all stars que ela é eliminada e sai putassa recusando abraçar a alyssa......... socorro, passei mal. kkkk
sobre a alaska... bem, ela é talentosíssima, acho que ninguém questiona isso, mas fiquei bem decepcionada com o piti que ela deu quando ficou entre as piores. tipo.... ela literalmente ofereceu dinheiro pra detox não eliminar ela...... pode ter sido brincadeira mas pelo estado que ela tava..... acho que não. acho que pra ser uma boa winner não basta só arrasar nos desafios, mas ter postura de winner. enfim, eu não teria dado o prêmio pra ela. acho que nesse sentido a detox (ou mesmo a katya e a alyssa) entregaram um pacote bem mais completo.
e minha favorita de todas é a katya, fiquei muito feliz de ver a evolução dela nessa temporada. ô bichinha mais linda. <3
meu deus do céu quanta bobeira, quanto clichê, quanto furo nesse roteiro, socorro.
a primeira metade do filme é interessante porque não entrega o plot de bandeja, tem uma pegada de terror psicológico onde você fica se perguntando o que é real e o que é delírio da personagem, se o cara morreu mesmo, se ela está enlouquecendo... até aí, me prendeu. depois vira tudo uma bagunça só, um roteiro confuso e forçado que dá muitas voltas e não chega a lugar nenhum, e que, quando chega, faz você querer que não tivesse chegado, porque o desfecho é simplesmente... ruim.
e a tal da "mensagem feminista" tem a profundidade de um pires. no fim das contas, é só mais um enlatado querendo surfar na onda da pauta do momento.
é um bom filme, contudo, seis anos depois, eu não sei se causa o mesmo impacto que provavelmente teve quando foi lançado. isso porque na época todo o caso foi abordado à exaustão nos mais diversos veículos de mídia, e se você não passou esse tempo todo vivendo em baixo de uma pedra, é bem provável que já saiba a história toda ou boa parte dela, de modo que o filme, hoje, não funciona tanto como meio informativo. contudo, é uma ótima oportunidade para ouvir a história da boca do próprio snowden, e uma iniciativa interessante de humanizar esse personagem que muitos não conhecem tão bem.
nossa esse é muito melhor do que o primeiro, ainda que eu pense que o primeiro cumpre sua função de apresentar o expurgo em uma realidade mais limitada, fazendo um recorte mais específico. agora, aqui é outra história, o negócio fica doido e a gente consegue ter uma ideia melhor do que a noite do expurgo representa dentro do contexto da sociedade americana e de seus diversos agentes. saímos um pouco do mundo de faz-de-conta dos ricos e vemos algo da vida real, da crueza das ruas e da experiência das pessoas comuns. talvez por isso essa continuação tenda a assustar bem mais do que o primeiro filme. os personagens também são bem melhor desenvolvidos aqui, além do roteiro que tem uns twists até que interessantes. a penúltima sequência é uma das melhores, pois expõe a real razão para o expurgo existir:
o controle da população pela própria população, de modo que esta se auto-regularia anualmente (quase) sem necessidade de intervenção de órgãos governamentais.
teria sido infinitamente melhor se o mike flanagan tivesse decidido se ia fazer uma continuação do filme do kubrick ou uma adaptação do livro do stephen king. ficou em cima do muro e, na boa, não funcionou muito, não. o filme é muito longo, o que em si não seria um problema, mas nesse caso me parece que não havia necessidade para tanto, visto que alguns arcos, adaptados do livro, não tiveram um desenvolvimento satisfatório no filme e, na minha opinião, não precisavam estar ali, não acrescentam em nada na experiência. chega a ser irritante o quanto o roteiro te faz crer que algum personagem ou situação vão ter alguma importância para a história como um todo e no fim das contas você sente que foi só tempo de tela desperdiçado. flanagan não teve o culhão que o kubrick teve para adaptar como bem entendesse e cortar o que quisesse do livro, criando uma narrativa outra, uma coisa mais fílmica, talvez. tanto é que o stephen king odiou o filme do kubrick, foi uma briga que o diretor escolheu comprar mesmo. aqui me parece que faltou pulso, e o resultado foi um filme mal resolvido, perdido entre duas obras, duas mídias e dois criadores (muito) diferentes.
é interessante, mostra bem essa ilusão de segurança que os ricos mantém, por estarem isolados no conforto de suas mansões, onde teoricamente nenhum mal do mundo os poderia alcançar. the purge nos diz que, em uma sociedade doente, não pode haver garantia alguma de segurança para o cidadão, seja ele pobre ou rico. é claro que, nesse contexto, o pobre sempre vai estar mais vulnerável que o rico, e isso o filme expõe desde o começo. mas penso que, pra mim, a crítica vai além: é sobre a romantização da barbárie e o cultivo da violência como válvula de escape, um sistema que celebra os instintos mais abjetos do ser humano. nessa versão distópica dos estados unidos (lembrando que muitas vezes a distopia não está afastada da realidade, pelo contrário: a distopia poder ser o aqui e o agora) sentimentos corriqueiros como a inveja ganham corpo e, amparados pela constituição, tornam-se motivação para que alguém se sinta no direito de, sei lá, tentar executar seu vizinho e toda a família dele. ou então abre-se um espaço que legitima o ódio de raça e de classe.
dito isso, apesar de uma premissa boa, o filme tecnicamente tem defeitos, sim. o roteiro é excessivamente previsível, não há twists, o suspense não é satisfatório, a construção dos personagens quase não existe... de positivo: as cenas de ação/violência são legais e a performance dos atores é ok, destacando, especialmente, o playboyzinho da máscara e a lena headey que pra mim é a melhor, de longe.
um filme sobre o sistema capitalista e sua capacidade arrebatadora de desumanizar as pessoas, tirando-lhes tudo até que o que reste não seja mais que um fiapo humano. a sequência final é incrível, de apertar o coração e fazer pensar em quantas vezes coisas como essas não acontecem, todos os dias, ao redor do mundo.
essa divisão de duas fases muito diferentes da história. a primeira metade te faz acreditar que o filme vai puxar pra um lado quando, do meio pro final, ele vai pra um lugar totalmente diferente. a marjorie estiano tá incrível e na minha opinião rolou uma sub-utilização da personagem dela, que teve um fim prematuro na trama. pensei que o filme ia girar mais entorno da relação estranha dessas duas mulheres, o mistério por trás do sonambulismo da ana, essa gravidez "amaldiçoada", tudo numa pegada mais puxada pro terror que domina a primeira fase do filme. aquela coisa que te deixa apreensiva mais pelo mistério, pela sugestão da coisa, do que pela coisa em si. quando o filme decide abrir muito a trama do menino-lobisomem e de sua mãe, não sei, acho que se perde um pouco no roteiro e, consequentemente, o filme perde também um pouco da força que tinha no começo.
A Noite de 12 Anos
4.3 302 Assista Agoraum filme, mais do que tudo, sobre humanidade - e sobre o que sobra quando não sobra mais nada. chorei igual criança no final
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista Agorachorei copiosamente
(e que bom ver que não fui a única!!!)
The Purge (1ª Temporada)
3.2 246até o quinto episódio, mais ou menos, é legal. depois disso fica sofrido demais, perdido, arrastado, só terminei mesmo porque queria saber o que acontecia. eu curto muito a franquia e gostei dessa temporada porque traz infos interessantes sobre o expurgo, principalmente sobre a natureza >política< dele. achei bom que traz também uns subtextos legais pra discutir questões como racismo, misoginia etc, mas no fim é isso, tinha potencial e se perdeu no caminho.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista Agoramuito bom!!!!! a decisão por trazer a fala justamente das pessoas que ajudaram a criar essas ferramentas foi um ponto muito acertado, afinal, nada melhor do que ouvir a história da boca de quem estava lá, não é? e os depoimentos são de fato interessantíssimos, e sim, muitas vezes assustadores.
só não gostei tanto da parte dramatizada, mais especificamente dos "algoritmos" antropomorfizados naqueles três caras. o "plot" da menina adolescente é legalzinho, contudo. também acho que faltou clareza em alguns pontos, deixam de explicar conceitos que na minha concepção seriam necessários, se formos levar em conta que o intuito do filme é informar principalmente aqueles que não fazem ideia da extensão do problema - ou mesmo da existência dele. coisas como o caso pizzagate, ou mesmo a própria ideia de algoritmo, poderiam ser ter sido abordadas de uma maneira muito mais didática. mas ainda assim é um filme muito legal, um pouco chocante, e, mais do que necessário, obrigatório.
Good Girls (1ª Temporada)
4.2 293 Assista Agoramuito delicinha de assistir, ágil, viciante, ótimas personagens, engraçada pra caramba quando você menos espera. além de trazer muitas questões relevantes para os dias de hoje, e sempre de forma muito natural, sem forçar a barra. mas também um pouquinho mirabolante às vezes, né, minha filha? particularmente isso não me incomoda, ainda que alguns momentos sejam quase (veja bem, QUASE) nível la casa de papel de descolamento da realidade. mas é isso né mores, se eu quisesse ver true crime eu botava um documentário.
eu só não entendi uma coisa:
no último episódio, quando o stan vai confrontar a ruby no hospital e diz que a polícia só descobriu o esquema de lavagem de dinheiro por causa de "duas mulheres que assaltaram o mercado", tipo, como ele sabia disso?? o tyler não tinha encoberto pra annie, quando encontrou ela dentro do cofre? tem até a cena dele contando pro policial depois... foi furo? ou eu que perdi alguma coisa?
As Praias de Agnès
4.4 64 Assista Agoraagnès varda era preciosa demais para esse mundo
As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant
4.2 103"gin, marlene, gin!"
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3Kfinal lindo
Má Educação
4.2 1,1K Assista Agorarevi hoje depois de anos e pra mim ainda é um dos melhores do almodóvar
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 871 Assista AgoraAH MAS TODO ESSE ROLÊ, essa experiência mística transcedental sublime filosófica sobrenatural química estética libertadora quântica brilhante colorida sua-vida-inteira-passando-na-sua-frente, quase três horas de filme, tudo isso, pra no final o maluco
acabar reencarnando só pra finalmente conseguir mamar a irmã. kkkkkk
A Máfia dos Tigres (1ª Temporada)
4.0 219não sei vocês, mas eu fiquei com mais medo da carole baskin do que do joe exotic
RuPaul's Drag Race: All Stars (2° Temporada)
4.2 222de longe o melhor elenco de todos os all stars, a competição ia chegando perto do final e era uma delícia ver os desafios porque todas simplesmente arrasavam muito. meus favoritos foram o da montação em família e o supergrupo.
engraçado que tanto a phi phi quanto a roxxxy entraram com a ideia de se redimirem com o público e com o meio drag, mas no fim das contas só quem mostrou uma mudança real de comportamento foi a roxxxy. eu odiava ela na season 5 e aqui ela tá um docinho. a phi phi eu tive muita raiva, puta merda, extremamente venenosa, fazendo aqueles comentários ~sutis pra deixar as outras queens inseguras, ridículo. mas por mais que eu odeie ela, preciso admitir que ela rende uns momentos icônicos: a briga com a sharon na season 4 é meu momento favorito de drag race até hoje, e a cena desse all stars que ela é eliminada e sai putassa recusando abraçar a alyssa......... socorro, passei mal. kkkk
sobre a alaska... bem, ela é talentosíssima, acho que ninguém questiona isso, mas fiquei bem decepcionada com o piti que ela deu quando ficou entre as piores. tipo.... ela literalmente ofereceu dinheiro pra detox não eliminar ela...... pode ter sido brincadeira mas pelo estado que ela tava..... acho que não. acho que pra ser uma boa winner não basta só arrasar nos desafios, mas ter postura de winner. enfim, eu não teria dado o prêmio pra ela. acho que nesse sentido a detox (ou mesmo a katya e a alyssa) entregaram um pacote bem mais completo.
e minha favorita de todas é a katya, fiquei muito feliz de ver a evolução dela nessa temporada. ô bichinha mais linda. <3
Visages, Villages
4.4 160 Assista Agora"eu não te vejo muito bem, mas te vejo. vamos olhar o lago?"
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista Agorameu deus do céu quanta bobeira, quanto clichê, quanto furo nesse roteiro, socorro.
a primeira metade do filme é interessante porque não entrega o plot de bandeja, tem uma pegada de terror psicológico onde você fica se perguntando o que é real e o que é delírio da personagem, se o cara morreu mesmo, se ela está enlouquecendo... até aí, me prendeu. depois vira tudo uma bagunça só, um roteiro confuso e forçado que dá muitas voltas e não chega a lugar nenhum, e que, quando chega, faz você querer que não tivesse chegado, porque o desfecho é simplesmente... ruim.
e a tal da "mensagem feminista" tem a profundidade de um pires. no fim das contas, é só mais um enlatado querendo surfar na onda da pauta do momento.
Cidadãoquatro
4.2 146é um bom filme, contudo, seis anos depois, eu não sei se causa o mesmo impacto que provavelmente teve quando foi lançado. isso porque na época todo o caso foi abordado à exaustão nos mais diversos veículos de mídia, e se você não passou esse tempo todo vivendo em baixo de uma pedra, é bem provável que já saiba a história toda ou boa parte dela, de modo que o filme, hoje, não funciona tanto como meio informativo. contudo, é uma ótima oportunidade para ouvir a história da boca do próprio snowden, e uma iniciativa interessante de humanizar esse personagem que muitos não conhecem tão bem.
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista Agoradenso até dizer chega, envolvente, melancólico. e uma performance arrasadora da catherine deneuve.
Uma Noite de Crime: Anarquia
3.5 1,2K Assista Agoranossa esse é muito melhor do que o primeiro, ainda que eu pense que o primeiro cumpre sua função de apresentar o expurgo em uma realidade mais limitada, fazendo um recorte mais específico. agora, aqui é outra história, o negócio fica doido e a gente consegue ter uma ideia melhor do que a noite do expurgo representa dentro do contexto da sociedade americana e de seus diversos agentes. saímos um pouco do mundo de faz-de-conta dos ricos e vemos algo da vida real, da crueza das ruas e da experiência das pessoas comuns. talvez por isso essa continuação tenda a assustar bem mais do que o primeiro filme. os personagens também são bem melhor desenvolvidos aqui, além do roteiro que tem uns twists até que interessantes. a penúltima sequência é uma das melhores, pois expõe a real razão para o expurgo existir:
o controle da população pela própria população, de modo que esta se auto-regularia anualmente (quase) sem necessidade de intervenção de órgãos governamentais.
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista Agorateria sido infinitamente melhor se o mike flanagan tivesse decidido se ia fazer uma continuação do filme do kubrick ou uma adaptação do livro do stephen king. ficou em cima do muro e, na boa, não funcionou muito, não. o filme é muito longo, o que em si não seria um problema, mas nesse caso me parece que não havia necessidade para tanto, visto que alguns arcos, adaptados do livro, não tiveram um desenvolvimento satisfatório no filme e, na minha opinião, não precisavam estar ali, não acrescentam em nada na experiência. chega a ser irritante o quanto o roteiro te faz crer que algum personagem ou situação vão ter alguma importância para a história como um todo e no fim das contas você sente que foi só tempo de tela desperdiçado. flanagan não teve o culhão que o kubrick teve para adaptar como bem entendesse e cortar o que quisesse do livro, criando uma narrativa outra, uma coisa mais fílmica, talvez. tanto é que o stephen king odiou o filme do kubrick, foi uma briga que o diretor escolheu comprar mesmo. aqui me parece que faltou pulso, e o resultado foi um filme mal resolvido, perdido entre duas obras, duas mídias e dois criadores (muito) diferentes.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista Agoraé interessante, mostra bem essa ilusão de segurança que os ricos mantém, por estarem isolados no conforto de suas mansões, onde teoricamente nenhum mal do mundo os poderia alcançar. the purge nos diz que, em uma sociedade doente, não pode haver garantia alguma de segurança para o cidadão, seja ele pobre ou rico. é claro que, nesse contexto, o pobre sempre vai estar mais vulnerável que o rico, e isso o filme expõe desde o começo. mas penso que, pra mim, a crítica vai além: é sobre a romantização da barbárie e o cultivo da violência como válvula de escape, um sistema que celebra os instintos mais abjetos do ser humano. nessa versão distópica dos estados unidos (lembrando que muitas vezes a distopia não está afastada da realidade, pelo contrário: a distopia poder ser o aqui e o agora) sentimentos corriqueiros como a inveja ganham corpo e, amparados pela constituição, tornam-se motivação para que alguém se sinta no direito de, sei lá, tentar executar seu vizinho e toda a família dele. ou então abre-se um espaço que legitima o ódio de raça e de classe.
dito isso, apesar de uma premissa boa, o filme tecnicamente tem defeitos, sim. o roteiro é excessivamente previsível, não há twists, o suspense não é satisfatório, a construção dos personagens quase não existe... de positivo: as cenas de ação/violência são legais e a performance dos atores é ok, destacando, especialmente, o playboyzinho da máscara e a lena headey que pra mim é a melhor, de longe.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista Agoraum filme sobre o sistema capitalista e sua capacidade arrebatadora de desumanizar as pessoas, tirando-lhes tudo até que o que reste não seja mais que um fiapo humano. a sequência final é incrível, de apertar o coração e fazer pensar em quantas vezes coisas como essas não acontecem, todos os dias, ao redor do mundo.
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista Agoraé um bom filme, mas fiquei um pouco frustrada com
essa divisão de duas fases muito diferentes da história. a primeira metade te faz acreditar que o filme vai puxar pra um lado quando, do meio pro final, ele vai pra um lugar totalmente diferente. a marjorie estiano tá incrível e na minha opinião rolou uma sub-utilização da personagem dela, que teve um fim prematuro na trama. pensei que o filme ia girar mais entorno da relação estranha dessas duas mulheres, o mistério por trás do sonambulismo da ana, essa gravidez "amaldiçoada", tudo numa pegada mais puxada pro terror que domina a primeira fase do filme. aquela coisa que te deixa apreensiva mais pelo mistério, pela sugestão da coisa, do que pela coisa em si. quando o filme decide abrir muito a trama do menino-lobisomem e de sua mãe, não sei, acho que se perde um pouco no roteiro e, consequentemente, o filme perde também um pouco da força que tinha no começo.
Eu, Daniel Blake
4.3 532 Assista Agoraeu não tava preparada pra essa porrada
A Mulher de Todos
3.9 68não posso negar: adorei conhecer ângela carne e osso, a cantora bêbada, hipnotizadora fracassada, a ultrapoderosa inimiga número 1 dos homens.
O Cangaceiro
3.8 77"eu faço uma boa obra todo ano que é pra deus não esquecer de mim. você é a minha boa obra do ano."