Admiro a empreitada desta diretora, detalhista e rigorosa com os sons e imagens que compõem seu filme, bem como com o texto, trabalhado naquele lirismo lusitano que já conhecemos. No entanto, penso que essa dilatação temporal cai, vez ou outra, em um exagero, no qual o filme perde sua força, podendo ser lido como pura estilização. Os frames, tão belos em sua composição, viram só mais um em meio a muitos outros. Menos pode ser mais, e sinto que é isto que falta à Catarina - de resto, o filme tem uma construção minuciosa e bem feita.
Câmera-fetiche, não consigo entender os comentários que dizem que o filme preza por uma representação da liberdade feminina. Para mim, é o exato oposto: só consigo ver o olhar masculino, invasivo e agressivo. E ainda perguntam e questionam o poder das imagens... Bem, aí está. Filmes como esse constroem um tipo de mentalidade como essa, na qual submetem a mulher unicamente ao posto do prazer masculino. Uma desculpa esfarrapada para filmar mulher pelada.
Instigante, no mínimo: ainda que apresente escorregões, é um daqueles filmes que fica na cabeça dias a fio. Esse fato acaba validando o filme, de certa forma.
Eu me pergunto o que se passa na cabeça das pessoas que "traduzem" um título de forma tão desleixada; a leitura do filme passa a ser outra, completamente, se vemos o filme conhecendo somente o título em português.
Narrativa construída nas sutilezas dos gestos e olhares, filme arrebatador e de extrema importância nesses momentos sombrios. Está aí um tempo que não queremos que volte.
Boa surpresa. Não gosto muito da Sofia Coppola, mas achei o trabalho dela nesse filme extremamente afinado. Boa trama, bom roteiro, boa direção de fotografia e boas atuações!
Impressionante como alguns ideais norte-americanos, como o alcance da felicidade e de conquistas pessoais, continuam permeando o imaginário de diversos entrevistados do doc. Acho uma pena um tema tão potente se perder tanto, soando tão superficial e parcial a forma como tratam e experimentam o minimalismo. O documentário também dá seus pulos para não aprofundar no tema, evitando chegar nas raízes da problemática do capitalismo. Como pensar todo o impacto negativo da indústria da moda e do consumismo desconectados do sistema capitalista?
Outro ponto de incômodo é a forma como traduzem práticas orientais para a nossa sociedade ocidental. Adora-se vender o estilo de vida mindfulness e afins, mas sempre ocidentalizando-os.
Gaspar Noé tem potencial, é uma pena que seu narcisismo desesperado entre na frente de seus filmes. Talvez, se tentasse alcançar menos o status de autor, usando menos referências óbvias e confiando mais no espectador para fazer associações e relações diversas, seus filmes fossem mais interessantes.
A montagem deixa a desejar em alguns momentos, mas o roteiro é sensacional. Noah tem um olhar sensível sobre as relações humanas e constrói muito bem seus personagens.
O Park-Chan Wook desenvolve bem demais suas narrativas. As duas viradas que acontecem me deixaram hipnotizada, gostei muito de como ele resolveu tudo aquilo que, na primeira parte do filme, soava como ponta solta. Comecei o filme extremamente desanimada e acabei gostando muito no final. Destaque para a atuação da Kim Min Hee e para a direção de arte!
A Metamorfose dos Pássaros
4.3 41Admiro a empreitada desta diretora, detalhista e rigorosa com os sons e imagens que compõem seu filme, bem como com o texto, trabalhado naquele lirismo lusitano que já conhecemos. No entanto, penso que essa dilatação temporal cai, vez ou outra, em um exagero, no qual o filme perde sua força, podendo ser lido como pura estilização. Os frames, tão belos em sua composição, viram só mais um em meio a muitos outros. Menos pode ser mais, e sinto que é isto que falta à Catarina - de resto, o filme tem uma construção minuciosa e bem feita.
Meu Tecido Favorito
3.6 5 Assista AgoraQue potência!
Os Catadores e Eu
4.4 52 Assista AgoraCom a Varda, até a tampinha dançante da câmera tem a sua vez!
Contos Imorais
2.9 43 Assista AgoraCâmera-fetiche, não consigo entender os comentários que dizem que o filme preza por uma representação da liberdade feminina. Para mim, é o exato oposto: só consigo ver o olhar masculino, invasivo e agressivo. E ainda perguntam e questionam o poder das imagens... Bem, aí está. Filmes como esse constroem um tipo de mentalidade como essa, na qual submetem a mulher unicamente ao posto do prazer masculino. Uma desculpa esfarrapada para filmar mulher pelada.
Sexy Durga
2.9 2A sequência de abertura me deixou sem ar. Forte e potente!
O Raio Verde
4.1 87A ambiguidade do real, vibrando em todas as personagens femininas de Rohmer. É maravilhoso <3
O Amigo da Minha Amiga
4.0 31Os pequenos e sublimes detalhes das narrativas de Rohmer são o que, de fato, encanta!
Perder a Razão
3.8 41Fortíssimo. Pergunto-me, a partir do filme, o que é um nome, um endereço, uma nacionalidade... Potente demais!
Eis os Delírios do Mundo Conectado
3.8 35Herzog e sua habilidade de, no meio de digressões extremamente científicas, perguntar aos entrevistados sobre sonhos e sobre amor.
Cenas de um Casamento
4.4 232Que texto, que texto!
Zabriskie Point
3.9 109Instigante, no mínimo: ainda que apresente escorregões, é um daqueles filmes que fica na cabeça dias a fio. Esse fato acaba validando o filme, de certa forma.
Mulheres Diabólicas
4.0 86 Assista AgoraEu me pergunto o que se passa na cabeça das pessoas que "traduzem" um título de forma tão desleixada; a leitura do filme passa a ser outra, completamente, se vemos o filme conhecendo somente o título em português.
Adeus, Meninos
4.2 257 Assista AgoraNarrativa construída nas sutilezas dos gestos e olhares, filme arrebatador e de extrema importância nesses momentos sombrios. Está aí um tempo que não queremos que volte.
Ícaro
4.0 125 Assista AgoraGeorge Orwell se revirando no túmulo.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraBoa surpresa. Não gosto muito da Sofia Coppola, mas achei o trabalho dela nesse filme extremamente afinado. Boa trama, bom roteiro, boa direção de fotografia e boas atuações!
Minimalismo: Um Documentário Sobre Coisas Importantes
3.5 195Impressionante como alguns ideais norte-americanos, como o alcance da felicidade e de conquistas pessoais, continuam permeando o imaginário de diversos entrevistados do doc. Acho uma pena um tema tão potente se perder tanto, soando tão superficial e parcial a forma como tratam e experimentam o minimalismo. O documentário também dá seus pulos para não aprofundar no tema, evitando chegar nas raízes da problemática do capitalismo. Como pensar todo o impacto negativo da indústria da moda e do consumismo desconectados do sistema capitalista?
Outro ponto de incômodo é a forma como traduzem práticas orientais para a nossa sociedade ocidental. Adora-se vender o estilo de vida mindfulness e afins, mas sempre ocidentalizando-os.
Realmente uma pena.
Love
3.5 882 Assista AgoraGaspar Noé tem potencial, é uma pena que seu narcisismo desesperado entre na frente de seus filmes. Talvez, se tentasse alcançar menos o status de autor, usando menos referências óbvias e confiando mais no espectador para fazer associações e relações diversas, seus filmes fossem mais interessantes.
A Lula e a Baleia
3.7 317 Assista AgoraA montagem deixa a desejar em alguns momentos, mas o roteiro é sensacional. Noah tem um olhar sensível sobre as relações humanas e constrói muito bem seus personagens.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista Agora"Eu gosto de coisas que se parecem com erros".
Assisti novamente e me reencantei.
Metal e Melancolia
4.5 2Maravilhoso!
O Amuleto de Ogum
3.7 23 Assista AgoraNey: Jim Morrison umbandista!
Rocco e Seus Irmãos
4.4 125Belíssimo.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraO Park-Chan Wook desenvolve bem demais suas narrativas. As duas viradas que acontecem me deixaram hipnotizada, gostei muito de como ele resolveu tudo aquilo que, na primeira parte do filme, soava como ponta solta. Comecei o filme extremamente desanimada e acabei gostando muito no final. Destaque para a atuação da Kim Min Hee e para a direção de arte!
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraSurreal.
Voa, cinema brasileiro! Obrigada por uma obra dessa magnitude.