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"Temos a arte para não morrer com a verdade."

Últimas opiniões enviadas

  • Kamilla Sampaio

    O elemento em comum recorrente nas cenas, é o vazio. Corredores vazios, salas vazias, vidas vazias. É nítido o esforço do protagonista em recorrer a outros subterfúgios para não lidar com o próprio vazio, com suas raízes, preenchidas pela dor, a dor da perda, a violência nua e crua que vai se desmembrando perante todo o contexto que se apresenta. Quando se depara como professor substituto em uma instituição onde a juventude se encontra absurdamente perdida, os adultos enfrentando suas próprias batalhas, lidando com a sujeira em seus próprios umbigos, vão levando a criação desses jovens de maneira irresponsável. É um longa que faz remeter assim na figura do professor o “mito de sisifo” onde personagem, sisifo, empurra a pedra, homem condenado, dia após dia, elaborando o mesmo trabalho, carregando todo esse fardo nos ombros, um trabalho sem fim, sem resultados , sem perspectivas, preso pelas limitações do sistema, pela inacessibilidade e insensibilidade do humano.
    Nas imagens os semblantes emitem cansaço e fadiga advindos dessa sobrecarga de rolarem essa pedra, assim como sisifo, sozinhos. Solidão, melancolia e enfrentamento da dor são temáticas constantemente corriqueiras. O homem mediante um mundo desconexo e sem vida, vida dificilmente que vale a pena ser vivida sob o olhar das cenas que perpassam a tela. Eis a revolta, surge uma necessidade de um novo olhar a sua volta e ressignificar todo o seu passado, suas marcas, como uma maneira de seguir no presente. “Todos precisamos de alguma coisa para lidar com a complexidade da realidade”. O que afeta , o que se pode fazer emergir em meio ao caos, a luz, sempre há vida. Apesar dos pesares, que pesaram, é possível continuar? A palavra é revolta. Essa revolta interna que emerge, vêm cheia de vida, revolta essa para continuar a lutar pelo mundo que almeja, para reconstruir tudo aquilo que se perdeu, reiterar laços que um dia foram desfeitos, abrir velhas gavetas e organizar a bagunça. Essa obra é monumental, como espectadora absorvi tamanha experiência, transcende a tela, as palavras e a memória.

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  • Kamilla Sampaio

    Eita. Levantou muito bem, algumas problemáticas importantes principalmente a que se refere a violência contra as mulheres, é impactante ver Verônica enfrentando "sozinha" assim como outras mulheres todo esse cenário, extremamente cruel. As mulheres que lutem.
    A música índios do Legião no último episódio é demais "nos deram espelhos e vimos um mundo doente".
    Ah e sabe que me lembrei de um livro do Paulo Coelho... haudha

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  • Nenhum recado para Kamilla Sampaio.

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