Kauli Mizuguti

Pra quem não é fã do Universo do Tolkien, deve ser um filme chato. Mas eu sou fã, então darei a opinião de um fã.
SEN-SA-CIO-NAL

Eu não tenho o que dizer, ele respeitou o espírito do livro, apesar de algumas alterações. Ele respeitou os fãs, os anões, o Gandalf, o Bilbo, as águias, o Radagast, tudo!
Mais uma vez, Peter Jackson, estou de pé e batendo palmas. Meus parabéns.

Eu achei interessante a montagem/edição o filme. Ao contrário de filmes como os do Tarantino, onde o filme foi gravado com uma timeline toda maluca, esse filme parece que foi gravado de forma linear e foi bagunçado na edição. Além disso, ela é perdida, sem direção, assim como os seus personagens.
Também gostei muito das filmagens melancólicas (como em um momento que a personagem a Naomi sai em uma rua com folhas caindo num céu cinza), que ajuda a entrar na história de cabeça.
O filme também trabalha com uma premissa que, na minha opinião, é interessantíssima: "Qual o peso de uma vida?". O personagem de Sean Penn responde "Dizem que o corpo perde 21 gramas quando morre.", mas já se faz uma pergunta mais intrigante ainda: "Quanto cabe em 21 gramas?". É interessante esse questionamento, pois, no caso dos personagens do filme, uma vida custou muito, levando-os à uma vida sem sentido, sem direção.
Por último, o elenco. São 3 nomes conhecidos pelos bons trabalhos, mas a química que exercem é absurda. Eles conseguem nos fazer entender aqueles personagens e não culpá-los, pois ficamos constantemente nos perguntando se não faríamos o mesmo, ou como seria se estivéssemos naquela situação.

Mas, quero deixar claro, não precisava de um 2. Sinto cheiro de merda no ar.