Terror sci-fi de qualidade com roteiro primoroso e atuações boas. Dá pra notar o baixo orçamento que valoriza ainda mais a criatividade da direção criativa, não deixando a desejar na produção do filme.
Mistura de Robocop com Neuromancer. Para quem gosta de Love, Death and Robots.
Aborda assuntos como fake news nas redes sociais, sensacionalismo midiático, ataques virtuais (cyberbullying), dentre tantos fenômenos que vivenciamos nos dias de hoje. O que torna o filme atualíssimo, no maior sentido da palavra.
Roteiro realista e fechadinho (de dar gosto), que expõe o modus operandi da disseminação de ódio na internet, e como ela – muitas vezes – não vem de um indivíduo ou coletivo. Na realidade, é arquitetada por grandes organizações que usam os fanáticos e incels como fantoches. Um verdadeiro inimigo imaginário, o qual pode ser qualquer um de nós. Qualquer um mesmo.
O que achei interessante no filme é que, ao contrário da maioria das produções atuais, ele não apresenta um viés para qualquer ideologia. Não coloca, exclusivamente, a direita como vilã (embora deixe claro que o perigo reside neste lado). Mostra tanto o radicalismo de grupos de extrema direita, como a hipocrisia de grupos de esquerda liberal.
No meio de tudo, Tomasz, que não pertence a nenhum dos dois grupos, uma pessoa amoral e apartidária, é capaz de implantar o caos de forma brilhante. O arco do personagem principal é muito bem construído e foge do óbvio, sendo capaz de despertar todos os sentimentos do expectador: empatia, ódio, repulsa e dó em momentos distintos. Suas motivações são intrigantes e provocantes ao seu modo, a mais imprevisível trajetória de herói que eu já vi no cinema.
O ator principal (Maciej Musialowski) dá um banho em muitos veteranos, realmente um nome que guardarei para o futuro, me deixou com vontade de acompanhar seus próximos trabalhos. Direção de filmagem muito cativante, em alguns momentos análoga à cinematografia dos jogos online, permitindo uma imersão completa neste universo por quem assiste.
PS:. Indico que assistam "Sala do Suicídio" (2011), do mesmo diretor, antes desse filme. Descobri depois que este é introdutório do Rede do Ódio e explica coisas que ficam abertas no filme.
Para além do terror tradicional, seja aquele nomeado como clássico ou pós-terror, "O Que Ficou Para Trás" transcende o que era, até então, entendido como um filme de terror. Isso porque o novo filme da Netflix, dirigido por Remi Weekes, não se encaixa em nenhuma categoria até então criada.
O filme, que posso descrever intimamente como terror social, ultrapassa as barreiras de qualquer enredo já escrito. Embora – não há muito tempo – tenham surgido grandes nomes do terror socialmente escrito (dramas como "Nós", "Corra" e "Sorry To Bother You") ainda assim, O Que Ficou Para Trás, é pioneiro no que se propõe.
A história de um casal sudanês que precisa fugir de seu país para sobreviver à guerra, imerso a atmosfera de um terror já vivido por pessoas em situação de refúgio, é, de longe, o melhor filme de 2020. Aqui não quero me estender debatendo qual ou outro filme levaria esse pódio, porque acredito que em muitos anos não surgirá qualquer outro filme como esse.
Sensorial e ao mesmo tempo visceral, a trama nos imerge de uma maneira que tampouco importa entender se aquilo que os olhos veem é, ou não, realidade vivida. Porque o terror psicológico, aquele que mexe nas nossas entranhas, não necessita de explicações catalogadas.
Na verdade, a essência do terror é aquela que desperta a empatia, a angústia, e a compreensão por quem não vive a ferida. Nos espelhamos naqueles que são tidos como monstros, abraçamos suas causas.
O verdadeiro terror é o que comove questionamentos – mesmo que tão longe da nossa vivência – e nos atravessa como uma faca no âmago. É aquele que fica absorto dentro de nós por dias, como um gosto amargo na língua, que insiste em não sair não importa quantas vezes tentamos esquecer.
Indico esse filme a todos, não só pelo seu brilhantismo, mas pela experiência que é assisti-lo. O Que Ficou Para Trás deve ser mundialmente reconhecido como um dos melhores filmes de terror já criados. Não hesito em dizer.
impressionante como a veronika franz consegue dar voz e protagonismo de forma séria (e crua) às crianças, permitindo que as mesmas criem suas próprias narrativas
nunca vi uma diretora ou diretor capaz de fazer com que nós, espectadores, mergulhemos na perspectiva infantil da forma que ela o faz
filme ótimo, cumpriu sua premissa, roteiro fechadinho e sem furos, atuações impecáveis, história realista e que faz sentido. não acho que o filme se estendeu demais, o thriller do suspense é muito bem construído e permanece na atmosfera da história com o passar dos minutos. meu problema não é com o final; mas sim a forma que ele acabou sendo desenvolvido. fiquei com a sensação de "não vai ter mais?", acho que foi um pouco de preguiça (talvez) de desenvolver melhor as consequências e emaranhamentos daquele final.
destaque pra atuação da penelope cruz que, como sempre, destruiu demais.
Upgrade: Atualização
3.7 686 Assista AgoraTerror sci-fi de qualidade com roteiro primoroso e atuações boas. Dá pra notar o baixo orçamento que valoriza ainda mais a criatividade da direção criativa, não deixando a desejar na produção do filme.
Mistura de Robocop com Neuromancer. Para quem gosta de Love, Death and Robots.
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraAborda assuntos como fake news nas redes sociais, sensacionalismo midiático, ataques virtuais (cyberbullying), dentre tantos fenômenos que vivenciamos nos dias de hoje. O que torna o filme atualíssimo, no maior sentido da palavra.
Roteiro realista e fechadinho (de dar gosto), que expõe o modus operandi da disseminação de ódio na internet, e como ela – muitas vezes – não vem de um indivíduo ou coletivo. Na realidade, é arquitetada por grandes organizações que usam os fanáticos e incels como fantoches. Um verdadeiro inimigo imaginário, o qual pode ser qualquer um de nós. Qualquer um mesmo.
O que achei interessante no filme é que, ao contrário da maioria das produções atuais, ele não apresenta um viés para qualquer ideologia. Não coloca, exclusivamente, a direita como vilã (embora deixe claro que o perigo reside neste lado). Mostra tanto o radicalismo de grupos de extrema direita, como a hipocrisia de grupos de esquerda liberal.
No meio de tudo, Tomasz, que não pertence a nenhum dos dois grupos, uma pessoa amoral e apartidária, é capaz de implantar o caos de forma brilhante. O arco do personagem principal é muito bem construído e foge do óbvio, sendo capaz de despertar todos os sentimentos do expectador: empatia, ódio, repulsa e dó em momentos distintos. Suas motivações são intrigantes e provocantes ao seu modo, a mais imprevisível trajetória de herói que eu já vi no cinema.
O ator principal (Maciej Musialowski) dá um banho em muitos veteranos, realmente um nome que guardarei para o futuro, me deixou com vontade de acompanhar seus próximos trabalhos. Direção de filmagem muito cativante, em alguns momentos análoga à cinematografia dos jogos online, permitindo uma imersão completa neste universo por quem assiste.
PS:. Indico que assistam "Sala do Suicídio" (2011), do mesmo diretor, antes desse filme. Descobri depois que este é introdutório do Rede do Ódio e explica coisas que ficam abertas no filme.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraPara além do terror tradicional, seja aquele nomeado como clássico ou pós-terror, "O Que Ficou Para Trás" transcende o que era, até então, entendido como um filme de terror. Isso porque o novo filme da Netflix, dirigido por Remi Weekes, não se encaixa em nenhuma categoria até então criada.
O filme, que posso descrever intimamente como terror social, ultrapassa as barreiras de qualquer enredo já escrito. Embora – não há muito tempo – tenham surgido grandes nomes do terror socialmente escrito (dramas como "Nós", "Corra" e "Sorry To Bother You") ainda assim, O Que Ficou Para Trás, é pioneiro no que se propõe.
A história de um casal sudanês que precisa fugir de seu país para sobreviver à guerra, imerso a atmosfera de um terror já vivido por pessoas em situação de refúgio, é, de longe, o melhor filme de 2020. Aqui não quero me estender debatendo qual ou outro filme levaria esse pódio, porque acredito que em muitos anos não surgirá qualquer outro filme como esse.
Sensorial e ao mesmo tempo visceral, a trama nos imerge de uma maneira que tampouco importa entender se aquilo que os olhos veem é, ou não, realidade vivida. Porque o terror psicológico, aquele que mexe nas nossas entranhas, não necessita de explicações catalogadas.
Na verdade, a essência do terror é aquela que desperta a empatia, a angústia, e a compreensão por quem não vive a ferida. Nos espelhamos naqueles que são tidos como monstros, abraçamos suas causas.
O verdadeiro terror é o que comove questionamentos – mesmo que tão longe da nossa vivência – e nos atravessa como uma faca no âmago. É aquele que fica absorto dentro de nós por dias, como um gosto amargo na língua, que insiste em não sair não importa quantas vezes tentamos esquecer.
Indico esse filme a todos, não só pelo seu brilhantismo, mas pela experiência que é assisti-lo. O Que Ficou Para Trás deve ser mundialmente reconhecido como um dos melhores filmes de terror já criados. Não hesito em dizer.
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3.5 1,5K Assista Agoraimpressionante como a veronika franz consegue dar voz e protagonismo de forma séria (e crua) às crianças, permitindo que as mesmas criem suas próprias narrativas
nunca vi uma diretora ou diretor capaz de fazer com que nós, espectadores, mergulhemos na perspectiva infantil da forma que ela o faz
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destaque pra atuação da penelope cruz que, como sempre, destruiu demais.
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(utilizei o pior xingamento que eu pude imaginar)
High Life: Uma Nova Vida
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