It is this existential limbo of failed, repressive Cold War policies and stalled socio-economic progress that is inevitably captured in the impassive faces of the silent, disconnected residents – a sense of confusion and entrapment amidst the new-found freedom derived from the indirect liberation of defeated abandonment – a demoralized collective psyche foundering in the obsolescence of an elusive and crumbled ideology. (filmref)
Eureka é um filme instigante e bem dirigido. A fotografia em sépia é limpa e elegante. Os longos planos e o meticuloso enquadramento mostram a inteligência da direção. Só achei que
a estrutura do roteiro é um pouco batida. A velha história universal de expiação/superação/redenção que é sempre bonita de ver, mas sempre levemente previsível. Foi uma pequena decepção perceber que se tratava de uma trama desse tipo. Talvez seja erro meu ter suposto que o início enigmático anunciava um desenrolar dentro dessa proposta, mas felizmente o drama e os personagens são tão autênticos e verossímeis que o elemento cliché torna-se quase um detalhe.
Achei legal a dinâmica de algumas delas não terem alguém atuando como a escritora,
já que o conjunto das atrizes que tentaram ser Clarice é tão inconsistente. Uma ou outra foi boa, como Beth Goulart. Sua experiência como Clarice no palco e a semelhança física de rosto fizeram diferença nítida. Como escreveu a Júlia aqui embaixo, 'as outras são as outras'. Um pouco perdidas dentro do respeito que sentem pela escritora e/ou na falta de capacidade de personificá-la.
Há um grupo de problemas e armadilhas que assombra todo material cinematográfico e dramatúrgico que usa dos escritos e da figura de Clarice. Em quase tudo que vi, é difícil eu não (tristemente) identificar pelo menos algumas dessas coisas: -Querer deixar tudo poético, mas ter mal gosto -Pseudo-intelectualidade de discurso -Acha Clarice super complexa, hermética e misteriosa, e sem saber, partir de estereótipos para criar algo verdadeiro -Não entender que simplicidade pode ser algo positivo
Resumidamente, perder-se em más escolhas que distanciam o resultado de uma suposta essência.
o esmero técnico de diversas mãos que acertaram a medida e um espírito humilde que traz leveza para uma história que, contada com simplicidade, fica mais forte.
o filme se mantém discreto e o roteiro é redondíssimo. o aluno-ogro-frágil de colin firth versus o eloquente-experiente de geoffrey rush funciona super bem, ainda que a construção do carisma da personagem de logue pareça muito óbvia em alguns momentos. helena bonhan carter em uma aparição rara fora de sua zona de conforto, mas que ela consegue fazer ser memorável, à altura de seus papéis mais excêntricos. a câmera, os figurinos, a direção de arte e a fotografia são particularmente elegantes.
a fotografia é adequada e valoriza uma natalie portman que mergulhou na personagem e fez um trabalho lindo, cheio de cenas instigantes. a direção não sai muito do óbvio, e faz a atmosfera tropeçar as vezes, ainda que no fim seja todo o clima que venda o peixe. o filme vai crescendo, e é enfim, consistentemente satisfatório quando chega em seus finalmentes. . . . mas o filme está junto com alguns outros na sombra do oscar de melhor filme, e falar nessa categoria, é falar de primor. toda a vida da personagem pode até ter sido contada de uma forma comovente, mas um 'melhor filme' não ganha este título por ter uma 'melhor atriz'. a mensagem precisa ser maior que o filme, e neste caso, ela é exatamente do tamanho dele.
ainda que seja tratado como um 'filme b alternativo', o filme faz parte do circuito comercial, e ostenta sua verba como praticamente todos desse tipo fazem. a diferença é que terry gilliam tenta manter-se à margem do blockbuster, se esforçando em criar algo acima de tudo artístico. acaba pecando no exagero de referências e idéias. tentando cunhar originalidade e carimbar uma visão autoral, acaba fazendo uma gigante verborréia visual.
o filme é uma busca por um certo mood surrealista contemplativo, ideal para encobrir a falsa sofisticação do roteiro. opulência imagética em excesso, peripécias digitais que conduzem a um desfecho óbvio, uma atriz ruim e lição de moral. pra piorar, a câmera inquieta enfraquece os momentos bons, e acaba deixando tudo meio impessoal e faz do filme um grande whatever.
revendo ontem pude comprovar que o frescor não se altera assistindo pela segunda vez. toda a teatralidade das atuações e das coreografias, o figurino ultra didático expondo personalidades, o roteiro óbvio e ainda sim incitante, enfim, toda a breguisse cliché generalizada do filme é executada magistralmente. umberto eco, comentando sobre casablanca, escreveu que o filme é tão cheio de cliches que acaba sendo interessante. o mesmo aqui.
Vidas Secas
3.9 276desfecho da baleia foi o ápice
O Deserto Vermelho
4.0 95as cores desse filme!
O Artista
4.2 2,1K Assista Agorawtv
A Outra Terra
3.7 874 Assista AgoraCaso alguém se pergunte: as semelhanças com Melancholia não são relevantes
Perfect Blue
4.3 815a última cena
foi de um surpreendente mal gosto
A Rosa Tatuada
3.7 28primeiro pb que eu vi!
Lua Negra
3.5 54 Assista Agora☾
O Corredor
3.9 7It is this existential limbo of failed, repressive Cold War policies and stalled socio-economic progress that is inevitably captured in the impassive faces of the silent, disconnected residents – a sense of confusion and entrapment amidst the new-found freedom derived from the indirect liberation of defeated abandonment – a demoralized collective psyche foundering in the obsolescence of an elusive and crumbled ideology. (filmref)
Eureka
4.3 29Eureka é um filme instigante e bem dirigido. A fotografia em sépia é limpa e elegante. Os longos planos e o meticuloso enquadramento mostram a inteligência da direção. Só achei que
a estrutura do roteiro é um pouco batida. A velha história universal de expiação/superação/redenção que é sempre bonita de ver, mas sempre levemente previsível. Foi uma pequena decepção perceber que se tratava de uma trama desse tipo. Talvez seja erro meu ter suposto que o início enigmático anunciava um desenrolar dentro dessa proposta, mas felizmente o drama e os personagens são tão autênticos e verossímeis que o elemento cliché torna-se quase um detalhe.
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista Agorafizeram um espelho legal
De Corpo Inteiro - Entrevistas
3.3 12Incontestável a qualidade do que é dito. o problema foi quem disse, ou como disse.
As várias abordagens às entrevistas são interessantes, mas desarmônicas.
Achei legal a dinâmica de algumas delas não terem alguém atuando como a escritora,
Uma ou outra foi boa, como Beth Goulart. Sua experiência como Clarice no palco e a semelhança física de rosto fizeram diferença nítida. Como escreveu a Júlia aqui embaixo, 'as outras são as outras'. Um pouco perdidas dentro do respeito que sentem pela escritora e/ou na falta de capacidade de personificá-la.
Há um grupo de problemas e armadilhas que assombra todo material cinematográfico e dramatúrgico que usa dos escritos e da figura de Clarice. Em quase tudo que vi, é difícil eu não (tristemente) identificar pelo menos algumas dessas coisas:
-Querer deixar tudo poético, mas ter mal gosto
-Pseudo-intelectualidade de discurso
-Acha Clarice super complexa, hermética e misteriosa, e sem saber, partir de estereótipos para criar algo verdadeiro
-Não entender que simplicidade pode ser algo positivo
Resumidamente, perder-se em más escolhas que distanciam o resultado de uma suposta essência.
Jan Saudek - Preso por suas paixões, sem esperança de …
3.7 13mais um dos que estavam cadastrados e sumiram...
Arvo Pärt: 24 Prelúdios para uma Fuga
4.3 4doc do arvooo
O Ladrão do Arco-Íris
3.1 13~medo de ser uma bosta~
Diário de um Ladrão de Shinjuku
4.1 6tadanori yokoo
Gente Grande
3.3 1,6K Assista Agorana casa de amigo a gente assiste qualquer coisa
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
3.6 2,7K Assista Agoraé lindo quando as sereias aparecem
o resto é whatever
Teorema
4.0 198leiam
O Discurso do Rei
4.0 2,6K Assista Agorao esmero técnico de diversas mãos que acertaram a medida e um espírito humilde que traz leveza para uma história que, contada com simplicidade, fica mais forte.
o filme se mantém discreto e o roteiro é redondíssimo.
o aluno-ogro-frágil de colin firth versus o eloquente-experiente de geoffrey rush funciona super bem, ainda que a construção do carisma da personagem de logue pareça muito óbvia em alguns momentos.
helena bonhan carter em uma aparição rara fora de sua zona de conforto, mas que ela consegue fazer ser memorável, à altura de seus papéis mais excêntricos.
a câmera, os figurinos, a direção de arte e a fotografia são particularmente elegantes.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista Agoraa fotografia é adequada e valoriza uma natalie portman que mergulhou na personagem e fez um trabalho lindo, cheio de cenas instigantes. a direção não sai muito do óbvio, e faz a atmosfera tropeçar as vezes, ainda que no fim seja todo o clima que venda o peixe.
o filme vai crescendo, e é enfim, consistentemente satisfatório quando chega em seus finalmentes.
.
.
.
mas o filme está junto com alguns outros na sombra do oscar de melhor filme, e falar nessa categoria, é falar de primor.
toda a vida da personagem pode até ter sido contada de uma forma comovente, mas um 'melhor filme' não ganha este título por ter uma 'melhor atriz'.
a mensagem precisa ser maior que o filme, e neste caso, ela é exatamente do tamanho dele.
Tron: O Legado
3.2 1,8K Assista Agoradaft punk e uma paisagem bonita
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
3.7 1,4K Assista Agora"não há como chamar este filme de uma verdadeira obra-prima."
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
3.7 1,4K Assista Agoraainda que seja tratado como um 'filme b alternativo', o filme faz parte do circuito comercial, e ostenta sua verba como praticamente todos desse tipo fazem.
a diferença é que terry gilliam tenta manter-se à margem do blockbuster, se esforçando em criar algo acima de tudo artístico. acaba pecando no exagero de referências e idéias.
tentando cunhar originalidade e carimbar uma visão autoral, acaba fazendo uma gigante verborréia visual.
o filme é uma busca por um certo mood surrealista contemplativo, ideal para encobrir a falsa sofisticação do roteiro. opulência imagética em excesso, peripécias digitais que conduzem a um desfecho óbvio, uma atriz ruim e lição de moral. pra piorar, a câmera inquieta enfraquece os momentos bons, e acaba deixando tudo meio impessoal e faz do filme um grande whatever.
mas heath ledger está bem.
8 Mulheres
3.8 144revendo ontem pude comprovar que o frescor não se altera assistindo pela segunda vez.
toda a teatralidade das atuações e das coreografias, o figurino ultra didático expondo personalidades, o roteiro óbvio e ainda sim incitante, enfim, toda a breguisse cliché generalizada do filme é executada magistralmente.
umberto eco, comentando sobre casablanca, escreveu que o filme é tão cheio de cliches que acaba sendo interessante. o mesmo aqui.