Últimas opiniões enviadas
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Recentemente assisti ao filme “O Grande Hotel Budapeste”, assinado por Wes Anderson, e fiquei maravilhada com a direção de arte e o roteiro da produção. O longa, que é uma co-produção do Reino Unido e da Alemanha, é ambientado na República de Zubrowka, um país fictício, que abriga um luxuoso hotel no alto de uma montanha.
Ao longo do filme vamos conhecendo a história do local, um sobrevivente dos grandes acontecimentos ocorridos durante o século XX, que fez parte do bloco comunista. Tendo esse pano de fundo, acompanhamos a amizade entre Gustave H, um lendário concierge , e Zero, o seu mensageiro. Os dois personagens, vivem inúmeras aventuras como o roubo de um famoso quadro e a fuga de uma prisão .
A fotografia, o cenário, a trilha sonora, os diálogos e o figurino (que são lindos e muito bem produzidos), foram pensados para transportar o expectador para aquele glamour do hotel ao mesmo tempo em que acompanham os acontecimentos políticos e sociais que marcaram a Europa. O uso de uma miniatura também nos permite ter a noção de grandiosidade daquele hotel.
Sem dúvidas “O Grande Hotel Budapeste” entrou na lista dos meu filmes favoritos, pretendo assistir novamente e indico para todos que gostam de apreciar um bom filme.
Últimos recados
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Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
Passei muito tempo procurando o filme O Diário de Anne Frank (George Stevens, 1959) queria assisti-lo desde antes de ler o livro, e ontem finalmente o encontrei escondido no fundo de uma locadora. Como alguém esconde uma obra assim? O longa-metragem, em preto e branco, tem início em 1942, na Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial. Anne, uma garota judia de 13 anos, junto com seus pais e a irmã, vive em um sótão secreto de uma loja de temperos. No mesmo local, mora a família Van Daan e um dentista, todos também judeus.
Anne documenta cada acontecimento em seu diário e é através de sua narração que seguimos pelas 3 horas de filme, acompanhando os dois anos em que permaneceram naquele local. Acompanhamos o dia-a-dia dos personagens impossibilitados de sair daquele refúgio, correndo o risco de serem presos e encaminhados a um campo de concentração. Após um ataque a claraboia do sótão se quebra, e aquela nova “janela” se torna uma passagem para ver o mundo, mesmo que apenas uma minúscula parte dele. Achei incríveis as cenas em que a câmera enquadra essa janela, como uma espécie de moldura, e podemos observar a expressão facial de cada personagem como uma quadro do horror que eles estavam vendo e vivendo durante aquele período.
O filme se altera em imagens e momentos específicos de alegria, como uma comemoração judaica, romance, tristeza e miséria humana, dessa maneira não percebemos que 90% das cenas são dentro de apenas um sótão, além de acompanharmos o sofrimento dessas pessoas e a luta para manter viva uma centelha de esperança. Também são utilizadas sobreposições de imagens, gostei bastante desse recurso, principalmente na sequência em que Annie sonha com o campo de concentração . Contestações sociais são levantadas, como por exemplo a forma que uma mulher deveria se comportar, quando a mãe de Annie a questiona por não se comportar feito uma dama e não ser obediente. A produção retrata bem a situação que os judeus viveram, precisando se esconder para sobreviver. Indico e pretendo assistir novamente.