Reassisti “O Menino e o Mundo” e posso afirmar que não só é uma das melhores animações que eu assisti como também é um dos melhores filmes da minha vida.
Essa animação é um ótimo exemplo de como a forma de um filme pode contribuir para a narrativa de uma história. Acompanhamos a história pelo ponto de vista de uma criança e os traços em giz de cera compõe esse mundo descoberto pelos olhos de um menino inocente.
Aos poucos, vamos nos deparando com os horrores da vida num mundo capitalista, tecnológico, com uma grande desigualdade social e que é comandado por um governo autoritário. O olhar do menino é curioso e ingênuo. O diretor – que também é o roteirista – aproveita-se disso para usar de metáforas, de poesia em desenho animado. As notas musicais tem formatos e cores, uma sinestesia. As notas coloridas são de alegria, festa, resistência; as notas pretas, são sujas e pesadas, do desfile militar, da repressão.
Sem explicar com todas as palavras, o filme mostra a violência da exploração do trabalhador. A indústria têxtil é alimentada por um trabalho exaustivo e mal-remunerado nas plantações de algodão; depois, na cadeia de produção, o tecido é fabricado por operários igualmente cansados. Uma sequência do jovem saindo da fábrica e indo para casa é incrível: ele sobe escadas e sobe sobe sobe sobe. Tudo isso depois de um dia de trabalho. Nos outdoors e telões, vê propagandas da indústria da moda que depende do seu trabalho. Passa em frente um puteiro, uma igreja, um bar. Num telão, uma partida de futebol. Chega em casa exaurido e dorme assistindo televisão – mais uma vez, cheia de publicidade.
Mais adiante no filme, quando o menino encontra o pai saindo do trem, ele se surpreende ao ver vários homens iguais ao seu pai saindo por aquela porta. O trabalhador é um homem comum, como milhões de outros, iguais, tratados como uma massa formada por corpos substituíveis.
No final, percebemos que todos os personagens são o menino. O menino não existiu fisicamente na cidade, na fábrica, nas plantações de algodão. O menino era uma metáfora da infância e da inocência que aquele personagem ainda preservava depois de sair da casa da mãe, ir para a cidade tentar a sorte e terminar numa plantação de algodão, onde posteriormente foi demitido. E termina a vida olhando para outras crianças, igualmente inocentes e esperançosas, brincando com suas notas musicais coloridas.
- volta do Palpatine mesmo que ele não tenha aparecido em nenhum momento da nova saga (fica parecendo que sempre precisa ter um fodão para liderar o Lado Negro da Força); - a morte fajuta de vários personagens (começa com o Chewbacca e depois tem C3-PO, Kylo Ren, Rey); - romance forçado entre Kylo Ren e Rey (algo que parece coisa de saga adolescente igual Crepúsculo e Jogos Vorazes ou aquele casalzinho idiota de Jon e Daenerys em Game of Thrones); - medo em desenvolver o romance entre Poe e Finn (e ainda colocam um beijo lésbico no final como se falasse "tá aí o beijo gay que vocês queriam"). - a Rey morrendo, sendo ressuscitada pelo Kylo Ren (????????????); - a regeneração do Kylo Ren (que historinha moralista do caralho!); - todo o melodrama fanservice de trazer o Luke e a Leia no final do filme pra Rey falar "ai, sou uma Skywalker", assim como tem que colocar o Han Solo só pra gritaria de fã que não superou a morte de um personagem (faltou só trazer o Yoda, porque, pqp, não consegue fazer um filme sem se escorar no sucesso da primeira trilogia?).
Achei A Ascensão Skywalker o filme mais fraco da trilogia atual. Um bom entretenimento, com efeitos especiais e trilha sonora perfeitos. Mas a história é um clichê entediante, previsível e bobo, com algumas cenas melodramáticas que não agregam em nada à história, além da tentativa de arrancar lágrimas de fãs. Está no mesmo nível da última temporada de Game of Thrones.
Eu, como fã de romances policiais da Agatha Christie, sou suspeito para avaliar uma história de detetive que claramente homenageia esse formato explorado pela escritora inglesa. Mesmo assim, acho que Entre facas e segredos vai além de uma história de detetives bem contada.
Além das várias reviravoltas que o enredo dá, típico dessas histórias de investigação, o filme tem um subtexto político que eleva o nível da história.
Um homem muito rico que morre e deixa sua herança para uma pessoa improvável é um clichê, mas que, pra mim, ganhou outras camadas com esse filme. O Harlan deixa sua herança para uma imigrante latina, enquanto sua família, claramente racista, xenofóbica e defensora do Donald Trump, não ganha nada. É como se a mansão fosse uma metáfora dos Estados Unidos: a família branca tentando expulsar a imigrante (que eles não sabem se é equatoriana, mexicana ou brasileira). No meio de uma família arrogante, existe Marta, uma jovem simpática e, acima de tudo, bondosa. A sua bondade, inclusive, a impede de cair nas armadilhas do Ranson.
Mais uma prova de que é possível fazer um bom entretenimento enquanto trata de questões políticas importantes da atualidade.
Assisti ao Madagascar em 2005, na época da estreia, quando eu ainda tinha 13 anos. Reassisti agora, aos 27 anos, e achei algumas piadas um pouco infantis. O filme continua bom, mas não tanto quanto eu achava. (Além de ter achado o Alex - o centro da ação, o protagonista do arco narrativo principal que só ocorre por causa dos sonhos do Marty - um personagem insuportável). Rei Julien continua sendo o personagem mais interessante.
Durante muito tempo, estive curioso por esse filme e, de maneira geral, tive uma boa impressão sobre ele. Achei um bom suspense, um bom entretenimento, mas, quem está mais treinado em filmes de suspense, consegue captar alguns elementos que são lugares-comuns no gênero:
Desde o início, mesmo antes de Will e Kira chegarem à casa de Eden, percebemos que há um clima tenso em torno do evento organizado para aquela noite. A morte do coiote no meio da estrada é um prólogo - não muito original - para o que está por vir. A cena não está ali a toa: Will precisará, de alguma maneira, lidar com a morte, com o sacrifício?
Reunidos na casa, o suspense permanece e, durante muito tempo, não temos certeza se confiamos na suspeita de Will ou desconfiamos de que ele esteja louco (igual acontece em outros filmes como Plano de Voo e A Ilha do Medo). A presença de Sadie e Pruitt deixam tudo mais suspeito. E a partir daí, o roteiro, na minha opinião, faz uso de alguns elementos um pouco previsíveis.
Num dos surtos, Will acusa Eden e David de terem feito algo com o Choi (depois que ele ouve uma mensagem de voz do Choi no celular). Will faz um escândalo que constrange todos os presentes. E, num anticlímax previsível, Choi aparece inocentemente, chegando atrasado na festa dos amigos, deixando todos incomodados com o comportamento do amigo desequilibrado. Essa cena era necessária para nos colocar numa situação de calma, tranquilidade. Como se precisássemos de um elemento óbvio de que Will realmente estivesse louco. Os outros elementos do filme não eram suficientes?
Quando, nos últimos momentos, acompanhamos closes (outro lugar-comum) nas taças de licor no fim do jantar, nossa desconfiança reaviva. Observamos tudo pelo ponto de vista de Will. Então, outro ataque de Will. E nós, por causa da cena com Choi, não estamos mais certos da sanidade do protagonista. Ele tem razão? E, no meio da briga pelo licor, mais um acontecimento confortável pro roteiro: Sadie ataca Will e diz "você estragou tudo". É isso. Não nos restam dúvidas.
Acho que a história é muito boa, assim como a construção do suspense. Mas, no clímax, optaram por soluções não muito surpreendentes. Já veio mastigado. Fiquei com aquela impressão de já ter visto esse filme antes.
O final compensa tudo, quando Will observa várias luminárias vermelhas acesas pelo bairro, o som de tiros e sirenes de polícia. Aí eu arrepiei: uma ação simultânea de vários membros daquela seita. Muito bom o desfecho.
Completamente apaixonado pelos plano-sequências desse filme. Cuarón sempre acaba comigo. Acho que, atualmente, ele é meu diretor favorito.
Assistindo hoje, em 2019, o filme me fez lembrar o tema de um episódio de Black Mirror (S03E05, Engenharia Reversa), os enquadramentos de mãe!, do Aronofsky, e a visão distópica de The Handmaid's Tale. Gostei muito.
Num determinado momento, Cléo e as crianças vão ao cinema assistir Sem Rumo no Espaço. Como se eles estivessem assistindo uma versão antiga de Gravidade.
O cinema latino-americano conversa intimamente com nós, brasileiros. Em Roma, conseguimos enxergar pedaços do Brasil no México dos anos 70. A questão agrária - latifúndios e disputas de terras -, a ditadura militar, as questões raciais e, principalmente, o lugar da mulher nessa sociedade.
Há uma sobreposição de questão de classe, raça e gênero em torno dos conflitos do filme. A Sr. Sofia, mulher branca de classe média alta, enfrenta os desafios do casamento e da maternidade. Enquanto Cléo, pobre e indígena, é colocada num lugar subalterno (são possíveis algumas comparações com Que horas ela volta). Um filme de mulheres fortes e sozinhas.
E, assim como em Y tu mama tambien, os personagens vivem às margens dos acontecimentos políticos do país: protestos, passeatas, discursos, confrontos entre civis e militares são apenas um detalhe para a vida íntima dos personagens.
Isso sem falar na estética do filme. Cuarón é o mestre dos planos-sequência: desde a cena dos créditos iniciais do quintal sendo lavado e as caminhadas de Cléo pela casa até a cena do parto e da praia.
O prólogo do filme é um enigma. Desde o início, o roteiro te apresenta um desafio: você parece ter caído de paraquedas numa história que já está na metade.
Somos levados a acompanhar a história de John que, anos atrás, era Jane. Várias notícias de jornal sobre um terrorista, o Fizzle Bomber. Aquilo não está ali aleatoriamente. John/Jane é o Fizzle Bomber? O agente vai matar John no final da narrativa? Quantas vezes ele já ouviu aquela história?
Somos guiados por uma história não-linear. Mas, apesar das viagens temporais um pouco confusas, o roteiro dá algumas dicas sobre o que estamos assistindo.
Num determinado momento, o agente conta uma piada para John no bar: "O que veio antes: o ovo ou a galinha?". John responde: "O galo".
Mais tarde, o agente convida John para acompanhá-lo até o porão do bar. Quando tudo isso está para acontecer, há um close no botão de um jukebox: um cliente escolhe uma música. Um close quase sempre significa: preste atenção! Começa uma música, ouvimos alguns versos: "It sounds funny i know, but it really is so. I'm my own grandpa". Que pode ser traduzido como "Parece engraçado, eu sei, mas realmente é assim. Eu sou meu próprio avô". (A música se chama "I'm my own grandpa", cantada por Lonzo & Oscar. Encontrei nos créditos do filme). Tudo isso me intrigava.
Além disso, existia o fato de que nem o rosto do namorado de Jane que a tinha engravidado nem o rosto do homem que sequestrara seu bebê posteriormente tinham sido revelados.
O filme deixa pistas, enigmas para que a gente investigue junto.
Jane tinha sido abandonada num orfanato. Envolve-se com um rapaz que a engravida. Ela tem uma filha. Os médicos descobrem que ela tem órgãos internos masculinos. Jane se transforma em John. Sua filha é sequestrada. John desacredita da bondade da humanidade e transforma-se no terrorista Fizzle Bomber. Posteriormente, John torna-se um agente da SpaceCorp e faz várias viagens ao passado para tentar deter o terrorista. (Talvez exista outra linha temporal, mas ainda estou refletindo sobre isso. Mas não dá pra saber quem veio antes: o ovo ou a galinha).
Mas todos esses fatos dependem dele mesmo. O abandono no orfanato, a gravidez, o sequestro, o terrorista, as viagens ao passado. Ele é todos. "Eu sou meu próprio avô". É um ciclo sem fim. Esse ciclo não pode ser quebrado. O agente precisa deixar John vivo; Jane precisa ser abandonada; o bebê precisa ser sequestrado; os ataques terroristas precisam ocorrer. Se nada disso acontece, sua existência chega ao fim.
Em dois ou três momentos, o agente fala sobre a cobra que morde o próprio rabo. O título também ajuda na interpretação: Predestination (ou O Predestinado, em português). Ou seja, o destino já está pré-definido, não há como escapar.
Pra mim, esse filme foi uma ótima surpresa. Já tinha lido elogios direcionados ao Adam Sandler e pude comprovar que são merecidos.
O filme é um drama familiar com um humor sarcástico, construído com uma trilha sonora com piano que coube como uma luva. Sem o humor, o filme poderia ser algo como "Álbum de família". Adam Sandler e Ben Stiller estão ótimos: eu não esperava tais atuações. O personagem do Dustin Hoffman é um canalha muito bem interpretado. A Jean, interpretada por Elizabeth Marvel, é minha favorita: muito engraçada, fria, irônica. Personagens muito bem construídos. Nota 5.
Quando o filme se concentra no Pedro Malasartes, no Zé Candinho e na Áurea, a história fica ótima. Jesuíta Barbosa, Augusto Madeira e Ísis Valverde estão perfeitos. Quando o filme muda para o mundo invertido... O personagem do Leandro Hassum nada mais é do que o que ele já faz no Zorra Total há tempos; a personagem da Vera Holtz não me convence; e algumas falas do Júlio Andrade são completamente dispensáveis.
Mas, no geral, o filme é bom. E grande parte disso é por responsabilidade da atuação do Jesuíta.
Fui assistir a esse filme como se fosse uma espécie de Onde os fracos não tem vez e encontrei um western moderno melancólico bem mais lento, mas que talvez tenha sido o único do gênero que me satisfez em suas críticas sobre questões sociais, econômicas e raciais.
A fotografia é muito inteligente em mostrar o Oeste do Texas em planos abertos, filmados com drones, e os outdoors oferecendo empréstimos ou negociações de hipoteca em planos rápidos, quase fora do quadro, mostrando que há um crise econômica impulsionando a ação dos personagens: motivações muito reais, que me deixaram naquela situação embaraçosa de não conseguir escolher um lado.
O filme fala também sobre um ressentimento dos índios com os homens brancos: diferente dos índios místicos e supersticiosos dos filmes clássicos, os de "Hell or High Water" são um policial católico, um jogador de pôquer, o dono de um cassino: todos conscientes do processo da colonização e violência racista contra comunidades indígenas. Esse filme vai além daquela decadência moral que acompanha os westerns desde os anos 1990, mostrando também uma crise econômica, a luta dos trabalhadores contra o capital e a ascenção dos banqueiros vilões (que décadas atrás, eram representantes da "civilização").
A trilha sonora é maravilhosa, bem apropriada ao filme, assim como as atuações e sotaque texano do Jeff Bridges (concorrendo ao Oscar de ator coadjuvante, parecendo seu personagem em "Bravura Indômita") e do Chris Pine. Fica a indicação.
principalmente no que se refere às dublagens da Sandy e da Wanessa.
Mas é um filme bom. Tem algumas cenas muito engraçadas: a dona Kiki é a melhor personagem de longe. E a Rosita, a porquinha, é uma ótima personagem feminina!
O filme foi um bom entretenimento, mas acho que tem ainda mais a ganhar se investir em episódios para a televisão.
Achei o filme angustiante, como eu esperava do Villeneuve. A sucessão de situações embaraçosas me lembrou Fargo, dos irmãos Cohen. Mas o final me decepcionou um pouco. Não pelo desfecho: o final de tudo me agradou bastante. Entretanto,
a vilã - a Holly Jones - foi fraca e a sequência em que ela rende Keller - o Hugh Jackman - me pareceu forçada. Como uma senhora tão frágil conseguiria render um homem alto, forte e violento? Ela estava calma enquanto rendia Keller. E ela ainda decide envenenar a menina - a Anna - assim que o detetive Loki aparece. POR QUE? Não me pareceu uma psicopata calculista.
Fora isso, amei as atuações do Hugh Jackman, Viola Davis, Paul Dano e Jake Gyllenhall. ♥
No início, eu pensava que o filme seria um novo Independence Day (o segundo do ano), mas, aos poucos, notei como A Chegada era um filme mais profundo e complexo. Sobre guerra, colonialismo, fronteiras linguísticas, ciência. Enquanto assistia ao filme, lembrei-me da direção do Villeneuve em Incêndios e O Homem Duplicado: frames desconexos como nossa memória. (E também do Interestelar).
Mas o que mais me agradou foi a maneira como o filme foi montado de maneira não-linear. Isso não é incomum no cinema, mas ele é importantíssimo pra narrativa desse filme
que é justamente contado fora de ordem, desconexo, de cabeça pra baixo, de trás pra frente, com repetições. Adoro quando o conteúdo do filme - nesse caso, uma nova percepção sobre o tempo - também faz parte da sua forma, da maneira como ele é construído, montado.
Além disso, amei a fotografia: planos não-óbvios que, combinados com a sonoplastia constantemente tensa, dava a sensação de medo, receio, de desconhecido. Além de que Amy Adams está ótima, como sempre.
Um dos melhores filmes sobre invasão alienígena que eu já vi. Um filme que só poderia ser dirigido pelo Villeneuve (ou pelo Christopher Nolan).
Acho a primeira parte do filme muito maçante e cansativa. Depois da reviravolta com Madeleine [sem spoilers], a historia fica mais interessante: as cores, os enquadramentos, os efeitos visuais com as cores. Entretanto, esperava mais. Ainda acho Psicose mais genial.
"Sixmith, eu subo a escadaria do Scott Monument toda manhã e tudo fica claro. Eu queria poder fazer você ver com essa clareza. Não se preocupe, está tudo bem. Tudo está perfeitamente bem! Eu entendo agora que os limites entre o ruído e o som são convenções. Todos os limites são convenções esperando para serem transgredidas. Uma pessoa pode transcender qualquer convenção se primeiro conceber tal ato. Em momentos como este, consigo sentir seu coração tão claramente quanto o meu e eu sei que a separação é uma ilusão. Minha vida se estende muito além dos limites do meu eu."
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraReassisti “O Menino e o Mundo” e posso afirmar que não só é uma das melhores animações que eu assisti como também é um dos melhores filmes da minha vida.
Essa animação é um ótimo exemplo de como a forma de um filme pode contribuir para a narrativa de uma história. Acompanhamos a história pelo ponto de vista de uma criança e os traços em giz de cera compõe esse mundo descoberto pelos olhos de um menino inocente.
Aos poucos, vamos nos deparando com os horrores da vida num mundo capitalista, tecnológico, com uma grande desigualdade social e que é comandado por um governo autoritário. O olhar do menino é curioso e ingênuo. O diretor – que também é o roteirista – aproveita-se disso para usar de metáforas, de poesia em desenho animado. As notas musicais tem formatos e cores, uma sinestesia. As notas coloridas são de alegria, festa, resistência; as notas pretas, são sujas e pesadas, do desfile militar, da repressão.
Sem explicar com todas as palavras, o filme mostra a violência da exploração do trabalhador. A indústria têxtil é alimentada por um trabalho exaustivo e mal-remunerado nas plantações de algodão; depois, na cadeia de produção, o tecido é fabricado por operários igualmente cansados. Uma sequência do jovem saindo da fábrica e indo para casa é incrível: ele sobe escadas e sobe sobe sobe sobe. Tudo isso depois de um dia de trabalho. Nos outdoors e telões, vê propagandas da indústria da moda que depende do seu trabalho. Passa em frente um puteiro, uma igreja, um bar. Num telão, uma partida de futebol. Chega em casa exaurido e dorme assistindo televisão – mais uma vez, cheia de publicidade.
Mais adiante no filme, quando o menino encontra o pai saindo do trem, ele se surpreende ao ver vários homens iguais ao seu pai saindo por aquela porta. O trabalhador é um homem comum, como milhões de outros, iguais, tratados como uma massa formada por corpos substituíveis.
No final, percebemos que todos os personagens são o menino. O menino não existiu fisicamente na cidade, na fábrica, nas plantações de algodão. O menino era uma metáfora da infância e da inocência que aquele personagem ainda preservava depois de sair da casa da mãe, ir para a cidade tentar a sorte e terminar numa plantação de algodão, onde posteriormente foi demitido. E termina a vida olhando para outras crianças, igualmente inocentes e esperançosas, brincando com suas notas musicais coloridas.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraEnumeração dos problemas de A Ascensão Skywalker, na minha opinião:
- volta do Palpatine mesmo que ele não tenha aparecido em nenhum momento da nova saga (fica parecendo que sempre precisa ter um fodão para liderar o Lado Negro da Força);
- a morte fajuta de vários personagens (começa com o Chewbacca e depois tem C3-PO, Kylo Ren, Rey);
- romance forçado entre Kylo Ren e Rey (algo que parece coisa de saga adolescente igual Crepúsculo e Jogos Vorazes ou aquele casalzinho idiota de Jon e Daenerys em Game of Thrones);
- medo em desenvolver o romance entre Poe e Finn (e ainda colocam um beijo lésbico no final como se falasse "tá aí o beijo gay que vocês queriam").
- a Rey morrendo, sendo ressuscitada pelo Kylo Ren (????????????);
- a regeneração do Kylo Ren (que historinha moralista do caralho!);
- todo o melodrama fanservice de trazer o Luke e a Leia no final do filme pra Rey falar "ai, sou uma Skywalker", assim como tem que colocar o Han Solo só pra gritaria de fã que não superou a morte de um personagem (faltou só trazer o Yoda, porque, pqp, não consegue fazer um filme sem se escorar no sucesso da primeira trilogia?).
Rogue One maior e melhor.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraAchei A Ascensão Skywalker o filme mais fraco da trilogia atual. Um bom entretenimento, com efeitos especiais e trilha sonora perfeitos. Mas a história é um clichê entediante, previsível e bobo, com algumas cenas melodramáticas que não agregam em nada à história, além da tentativa de arrancar lágrimas de fãs. Está no mesmo nível da última temporada de Game of Thrones.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraEu, como fã de romances policiais da Agatha Christie, sou suspeito para avaliar uma história de detetive que claramente homenageia esse formato explorado pela escritora inglesa. Mesmo assim, acho que Entre facas e segredos vai além de uma história de detetives bem contada.
Além das várias reviravoltas que o enredo dá, típico dessas histórias de investigação, o filme tem um subtexto político que eleva o nível da história.
Um homem muito rico que morre e deixa sua herança para uma pessoa improvável é um clichê, mas que, pra mim, ganhou outras camadas com esse filme. O Harlan deixa sua herança para uma imigrante latina, enquanto sua família, claramente racista, xenofóbica e defensora do Donald Trump, não ganha nada. É como se a mansão fosse uma metáfora dos Estados Unidos: a família branca tentando expulsar a imigrante (que eles não sabem se é equatoriana, mexicana ou brasileira). No meio de uma família arrogante, existe Marta, uma jovem simpática e, acima de tudo, bondosa. A sua bondade, inclusive, a impede de cair nas armadilhas do Ranson.
Mais uma prova de que é possível fazer um bom entretenimento enquanto trata de questões políticas importantes da atualidade.
Madagascar
3.7 919 Assista AgoraAssisti ao Madagascar em 2005, na época da estreia, quando eu ainda tinha 13 anos. Reassisti agora, aos 27 anos, e achei algumas piadas um pouco infantis. O filme continua bom, mas não tanto quanto eu achava. (Além de ter achado o Alex - o centro da ação, o protagonista do arco narrativo principal que só ocorre por causa dos sonhos do Marty - um personagem insuportável). Rei Julien continua sendo o personagem mais interessante.
O Convite
3.3 1,1KDurante muito tempo, estive curioso por esse filme e, de maneira geral, tive uma boa impressão sobre ele. Achei um bom suspense, um bom entretenimento, mas, quem está mais treinado em filmes de suspense, consegue captar alguns elementos que são lugares-comuns no gênero:
Desde o início, mesmo antes de Will e Kira chegarem à casa de Eden, percebemos que há um clima tenso em torno do evento organizado para aquela noite. A morte do coiote no meio da estrada é um prólogo - não muito original - para o que está por vir. A cena não está ali a toa: Will precisará, de alguma maneira, lidar com a morte, com o sacrifício?
Reunidos na casa, o suspense permanece e, durante muito tempo, não temos certeza se confiamos na suspeita de Will ou desconfiamos de que ele esteja louco (igual acontece em outros filmes como Plano de Voo e A Ilha do Medo). A presença de Sadie e Pruitt deixam tudo mais suspeito. E a partir daí, o roteiro, na minha opinião, faz uso de alguns elementos um pouco previsíveis.
Num dos surtos, Will acusa Eden e David de terem feito algo com o Choi (depois que ele ouve uma mensagem de voz do Choi no celular). Will faz um escândalo que constrange todos os presentes. E, num anticlímax previsível, Choi aparece inocentemente, chegando atrasado na festa dos amigos, deixando todos incomodados com o comportamento do amigo desequilibrado. Essa cena era necessária para nos colocar numa situação de calma, tranquilidade. Como se precisássemos de um elemento óbvio de que Will realmente estivesse louco. Os outros elementos do filme não eram suficientes?
Quando, nos últimos momentos, acompanhamos closes (outro lugar-comum) nas taças de licor no fim do jantar, nossa desconfiança reaviva. Observamos tudo pelo ponto de vista de Will. Então, outro ataque de Will. E nós, por causa da cena com Choi, não estamos mais certos da sanidade do protagonista. Ele tem razão? E, no meio da briga pelo licor, mais um acontecimento confortável pro roteiro: Sadie ataca Will e diz "você estragou tudo". É isso. Não nos restam dúvidas.
Acho que a história é muito boa, assim como a construção do suspense. Mas, no clímax, optaram por soluções não muito surpreendentes. Já veio mastigado. Fiquei com aquela impressão de já ter visto esse filme antes.
O final compensa tudo, quando Will observa várias luminárias vermelhas acesas pelo bairro, o som de tiros e sirenes de polícia. Aí eu arrepiei: uma ação simultânea de vários membros daquela seita. Muito bom o desfecho.
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraCompletamente apaixonado pelos plano-sequências desse filme. Cuarón sempre acaba comigo. Acho que, atualmente, ele é meu diretor favorito.
Assistindo hoje, em 2019, o filme me fez lembrar o tema de um episódio de Black Mirror (S03E05, Engenharia Reversa), os enquadramentos de mãe!, do Aronofsky, e a visão distópica de The Handmaid's Tale. Gostei muito.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraNum determinado momento, Cléo e as crianças vão ao cinema assistir Sem Rumo no Espaço. Como se eles estivessem assistindo uma versão antiga de Gravidade.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraMais um clássico está entre nós.
O cinema latino-americano conversa intimamente com nós, brasileiros. Em Roma, conseguimos enxergar pedaços do Brasil no México dos anos 70. A questão agrária - latifúndios e disputas de terras -, a ditadura militar, as questões raciais e, principalmente, o lugar da mulher nessa sociedade.
Há uma sobreposição de questão de classe, raça e gênero em torno dos conflitos do filme. A Sr. Sofia, mulher branca de classe média alta, enfrenta os desafios do casamento e da maternidade. Enquanto Cléo, pobre e indígena, é colocada num lugar subalterno (são possíveis algumas comparações com Que horas ela volta). Um filme de mulheres fortes e sozinhas.
E, assim como em Y tu mama tambien, os personagens vivem às margens dos acontecimentos políticos do país: protestos, passeatas, discursos, confrontos entre civis e militares são apenas um detalhe para a vida íntima dos personagens.
Isso sem falar na estética do filme. Cuarón é o mestre dos planos-sequência: desde a cena dos créditos iniciais do quintal sendo lavado e as caminhadas de Cléo pela casa até a cena do parto e da praia.
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraO prólogo do filme é um enigma. Desde o início, o roteiro te apresenta um desafio: você parece ter caído de paraquedas numa história que já está na metade.
Somos levados a acompanhar a história de John que, anos atrás, era Jane. Várias notícias de jornal sobre um terrorista, o Fizzle Bomber. Aquilo não está ali aleatoriamente. John/Jane é o Fizzle Bomber? O agente vai matar John no final da narrativa? Quantas vezes ele já ouviu aquela história?
Somos guiados por uma história não-linear. Mas, apesar das viagens temporais um pouco confusas, o roteiro dá algumas dicas sobre o que estamos assistindo.
Num determinado momento, o agente conta uma piada para John no bar: "O que veio antes: o ovo ou a galinha?". John responde: "O galo".
Mais tarde, o agente convida John para acompanhá-lo até o porão do bar. Quando tudo isso está para acontecer, há um close no botão de um jukebox: um cliente escolhe uma música. Um close quase sempre significa: preste atenção! Começa uma música, ouvimos alguns versos: "It sounds funny i know, but it really is so. I'm my own grandpa". Que pode ser traduzido como "Parece engraçado, eu sei, mas realmente é assim. Eu sou meu próprio avô". (A música se chama "I'm my own grandpa", cantada por Lonzo & Oscar. Encontrei nos créditos do filme). Tudo isso me intrigava.
Além disso, existia o fato de que nem o rosto do namorado de Jane que a tinha engravidado nem o rosto do homem que sequestrara seu bebê posteriormente tinham sido revelados.
Jane tinha sido abandonada num orfanato. Envolve-se com um rapaz que a engravida. Ela tem uma filha. Os médicos descobrem que ela tem órgãos internos masculinos. Jane se transforma em John. Sua filha é sequestrada. John desacredita da bondade da humanidade e transforma-se no terrorista Fizzle Bomber. Posteriormente, John torna-se um agente da SpaceCorp e faz várias viagens ao passado para tentar deter o terrorista. (Talvez exista outra linha temporal, mas ainda estou refletindo sobre isso. Mas não dá pra saber quem veio antes: o ovo ou a galinha).
Mas todos esses fatos dependem dele mesmo. O abandono no orfanato, a gravidez, o sequestro, o terrorista, as viagens ao passado. Ele é todos. "Eu sou meu próprio avô". É um ciclo sem fim. Esse ciclo não pode ser quebrado. O agente precisa deixar John vivo; Jane precisa ser abandonada; o bebê precisa ser sequestrado; os ataques terroristas precisam ocorrer. Se nada disso acontece, sua existência chega ao fim.
Em dois ou três momentos, o agente fala sobre a cobra que morde o próprio rabo. O título também ajuda na interpretação: Predestination (ou O Predestinado, em português). Ou seja, o destino já está pré-definido, não há como escapar.
Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe (Histórias Novas e Selecionadas)
3.4 257 Assista AgoraPra mim, esse filme foi uma ótima surpresa. Já tinha lido elogios direcionados ao Adam Sandler e pude comprovar que são merecidos.
O filme é um drama familiar com um humor sarcástico, construído com uma trilha sonora com piano que coube como uma luva. Sem o humor, o filme poderia ser algo como "Álbum de família". Adam Sandler e Ben Stiller estão ótimos: eu não esperava tais atuações. O personagem do Dustin Hoffman é um canalha muito bem interpretado. A Jean, interpretada por Elizabeth Marvel, é minha favorita: muito engraçada, fria, irônica. Personagens muito bem construídos. Nota 5.
Meus 15 Anos
2.7 185Pra mim, esse filme não perde em nada para filmes adolescentes da Disney. A Larissa Manoela e o Daniel Botelho formaram uma ótima dupla.
Malasartes e o Duelo com a Morte
3.2 103Quando o filme se concentra no Pedro Malasartes, no Zé Candinho e na Áurea, a história fica ótima. Jesuíta Barbosa, Augusto Madeira e Ísis Valverde estão perfeitos. Quando o filme muda para o mundo invertido... O personagem do Leandro Hassum nada mais é do que o que ele já faz no Zorra Total há tempos; a personagem da Vera Holtz não me convence; e algumas falas do Júlio Andrade são completamente dispensáveis.
Mas, no geral, o filme é bom. E grande parte disso é por responsabilidade da atuação do Jesuíta.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraNenhum diálogo interessante, nenhuma cena marcante. A única coisa boa é a personagem da Anna Faris. O resto: tedioso.
Curtindo a Vida Adoidado
4.2 2,3K Assista AgoraO Ferris Bueller é o tipo de pessoa que eu odeio. Prefiro o Cameron.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraFui assistir a esse filme como se fosse uma espécie de Onde os fracos não tem vez e encontrei um western moderno melancólico bem mais lento, mas que talvez tenha sido o único do gênero que me satisfez em suas críticas sobre questões sociais, econômicas e raciais.
A fotografia é muito inteligente em mostrar o Oeste do Texas em planos abertos, filmados com drones, e os outdoors oferecendo empréstimos ou negociações de hipoteca em planos rápidos, quase fora do quadro, mostrando que há um crise econômica impulsionando a ação dos personagens: motivações muito reais, que me deixaram naquela situação embaraçosa de não conseguir escolher um lado.
O filme fala também sobre um ressentimento dos índios com os homens brancos: diferente dos índios místicos e supersticiosos dos filmes clássicos, os de "Hell or High Water" são um policial católico, um jogador de pôquer, o dono de um cassino: todos conscientes do processo da colonização e violência racista contra comunidades indígenas. Esse filme vai além daquela decadência moral que acompanha os westerns desde os anos 1990, mostrando também uma crise econômica, a luta dos trabalhadores contra o capital e a ascenção dos banqueiros vilões (que décadas atrás, eram representantes da "civilização").
A trilha sonora é maravilhosa, bem apropriada ao filme, assim como as atuações e sotaque texano do Jeff Bridges (concorrendo ao Oscar de ator coadjuvante, parecendo seu personagem em "Bravura Indômita") e do Chris Pine. Fica a indicação.
Xuxa e os Duendes
1.8 419 Assista AgoraFoi o primeiro filme que eu vi no cinema.
Semana passada revi no YouTube e: cara, o elenco desse filme (Ana Maria Braga, Xuxa, Guilherme Karam, Luciana Gimenez) tava MUITO chapado de drogas.
Sing: Quem Canta Seus Males Espanta
3.8 569Esperava algo diferente
principalmente no que se refere às dublagens da Sandy e da Wanessa.
O filme foi um bom entretenimento, mas acho que tem ainda mais a ganhar se investir em episódios para a televisão.
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraAchei o filme angustiante, como eu esperava do Villeneuve. A sucessão de situações embaraçosas me lembrou Fargo, dos irmãos Cohen. Mas o final me decepcionou um pouco. Não pelo desfecho: o final de tudo me agradou bastante. Entretanto,
a vilã - a Holly Jones - foi fraca e a sequência em que ela rende Keller - o Hugh Jackman - me pareceu forçada. Como uma senhora tão frágil conseguiria render um homem alto, forte e violento? Ela estava calma enquanto rendia Keller. E ela ainda decide envenenar a menina - a Anna - assim que o detetive Loki aparece. POR QUE? Não me pareceu uma psicopata calculista.
Fora isso, amei as atuações do Hugh Jackman, Viola Davis, Paul Dano e Jake Gyllenhall. ♥
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraNo início, eu pensava que o filme seria um novo Independence Day (o segundo do ano), mas, aos poucos, notei como A Chegada era um filme mais profundo e complexo. Sobre guerra, colonialismo, fronteiras linguísticas, ciência. Enquanto assistia ao filme, lembrei-me da direção do Villeneuve em Incêndios e O Homem Duplicado: frames desconexos como nossa memória. (E também do Interestelar).
Mas o que mais me agradou foi a maneira como o filme foi montado de maneira não-linear. Isso não é incomum no cinema, mas ele é importantíssimo pra narrativa desse filme
que é justamente contado fora de ordem, desconexo, de cabeça pra baixo, de trás pra frente, com repetições. Adoro quando o conteúdo do filme - nesse caso, uma nova percepção sobre o tempo - também faz parte da sua forma, da maneira como ele é construído, montado.
Além disso, amei a fotografia: planos não-óbvios que, combinados com a sonoplastia constantemente tensa, dava a sensação de medo, receio, de desconhecido. Além de que Amy Adams está ótima, como sempre.
Um dos melhores filmes sobre invasão alienígena que eu já vi. Um filme que só poderia ser dirigido pelo Villeneuve (ou pelo Christopher Nolan).
Voando para o Rio
3.2 17E, no fim, confirma-se minha teoria: Julio era apaixonado por Rog. E abre mão da sua noiva para agradar seu grande amor.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraAcho a primeira parte do filme muito maçante e cansativa. Depois da reviravolta com Madeleine [sem spoilers], a historia fica mais interessante: as cores, os enquadramentos, os efeitos visuais com as cores. Entretanto, esperava mais. Ainda acho Psicose mais genial.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraEu não acredito que acabou. Quero mais Andrew e Fletcher!!!
A Viagem
3.7 2,5K Assista Agora"Sixmith, eu subo a escadaria do Scott Monument toda manhã e tudo fica claro. Eu queria poder fazer você ver com essa clareza. Não se preocupe, está tudo bem. Tudo está perfeitamente bem! Eu entendo agora que os limites entre o ruído e o som são convenções. Todos os limites são convenções esperando para serem transgredidas. Uma pessoa pode transcender qualquer convenção se primeiro conceber tal ato. Em momentos como este, consigo sentir seu coração tão claramente quanto o meu e eu sei que a separação é uma ilusão. Minha vida se estende muito além dos limites do meu eu."