Adoro algum filme que me passe alguma mensagem ou que eu sinta alguma conexão, no caso deste foi uma estória monótono que não me despertou nada, forçando um pouco consigo ver o que tanto estão vendo (ele se abrindo as conexões com outros). De fato tem umas cenas legais (gostei do jogo velha jogado entre ele e alguém desconhecido), mas não senti nenhum apego ou interesse maior no cara e como o filme é sobre o dia a dia dele, achei bem esquecível e chatinho
Divertidinho porém datado. O personagem gay encubado poderia ser mais interessante, preguiça dele "fingindo" ser hétero e não convencendo ninguém, pelo menos no fim ele se libertou. Além do mais, uma adolescente de 17 anos transar com um who qualquer ia chocar tanto assim? (ok que depois foi além disso, mas logo ali a polêmica já aconteceu). Boa parte das adolescentes do Ensino Médio até mais novas nem são virgens mais quando não tem uma vida sexual bem ativa... Sei que a proposta do filme é gerar humor e usar dos exageros para criticar a sociedade moralista americana (principalmente os outros jovens crentes), mas ainda assim, não envelheceu tão bem.
Adorei, não achei nada previsível ao contrário do que disseram, é a estória do amor incondicional de uma mãe e de como acontecimentos do passado se refletem e impactam o futuro (elemento chave do filme, desde a nostalgia da Laura em voltar a morar no lugar onde viveu parte da sua infância, toda a explicação do mistério, até mesmo o farol que não funciona mais passa o sentimento de um lugar que era cheio de vida mas foi abandonado/esquecido).
Talvez muitos se incomodem com a pegada sobrenatural, porém o filme dá ares aos mais céticos de interpretarem tudo como uma mente de uma pessoa em situação de extremo estresse e trauma e que tem uma larga estória naquele lugar (apesar de algumas cenas já não darem tanta margem a serem dúbias). Eu pessoalmente gosto de interpretar tanto de um ponto de vista como de outro.
Enfim, apesar de ser um thriller tem uma carga dramática grande e umas cenas muito lindas, como esse final. Um filme que me despertou sentimentos de angústia, medo e tensão mas também curiosidade, compaixão e paz só pode ser um filme 5 estrelas. E sem falar na ótima referência a Peter Pan, que se encaixa tão bem no enredo.
Alguns acharam ruim o fato do filme ser parado, mas foi por isso mesmo que gostei, a solidão das personagens é quase palpável e isso muito graças ao ritmo do filme.
Pra mim o único defeito do filme é o exagero em estereótipos (se fosse atual certamente esse ponto seria bem criticado), óbvio que é uma cultura diferente, mas não é para tanto e nem precisava disso, já ficou bastante claro em muitos momentos o quanto Bob e Charlotte estavam se sentindo solitários e deslocados naquele lugar. Os diálogos entre eles são maravilhosos e apesar de existir tensão sexual entre eles, vejo que eles construíram muito mais uma amizade do que um romance.
Filme lindo. Reassistindo tive mais certeza o quanto Göran é um ser humano incrível, e apesar das pessoas não gostarem do Sven (e eu também sou crítico a ele), eu consigo entender o ponto de vista dele, aliás tanto o Sven quanto o Patrick são mais parecidos do que parecem.
Afinal de contas, o Patrick era um garoto muito rebelde e homofóbico (o menino era homofóbico na própria casa do Sven, não é todo mundo que consegue lidar) e que somado com o preconceito pelo passado criminoso que o Patrick tinha, o Sven se sentiu afrontado e ameaçado, temeroso de sofrer alguma violência. O Sven tem a mesma personalidade agressiva que o Patrick e pessoas assim são mais chegadas a violência propriamente dita, para ele era inconcebível viver em paz com o Patrick. Até o Göran não gostou de Patrick inicialmente mas logo foi aprendendo a amá-lo como filho, mas isso por ter uma personalidade mais compreensiva e afetuosa.
Quem for se aventurar a ver isso valeria só porque tinha uma mensagem legal até um pouco mais do meio do filme e os atores são bonitinhos e as cenas deles são fofinhas, apesar da diretora megera e dos alunos babacas. Mas quando tiver chegando perto do final é ignorar ou pular umas cenas lixo para não lidar com a radiação de Chernobyl. O final é um desserviço completo, é inaceitável num filme de 2017 um final desses. Eu sei que é baseado em fatos reais mas isso não tira o cuidado que os diretores/roteiristas tem que ter com o que produzem.
Tirando o Lucas sendo preso pelo estupro da menina, única coisa que prestou, o resto é horroroso. Final triste já é o suprassumo do clichê em filme lgbt aí vem me botam suicídio, me poupem viu. Eu imagino um lgbt adolescente em crise assistindo um final desses, que pode estar se sentindo mal e prestes a fazer uma besteira. Será que não perceberam que pode ser um gatilho? "aihn mas é baseado em fatos reais".
Sempre imaginei que esse documentário fosse mais sobre o sofrimento animal do que sobre o meio ambiente (não sabia muito a respeito do documentário, apenas que defendia a causa vegana), e ainda que fale a respeito sobre as duas coisas, o doc. parte do princípio de que a criação de gado é a maior associada ao aquecimento global.
Fiquei chocado como os diretores das organizações gaguejavam e muitos não tinham nem uma resposta pronta para a questão do gado, o doc. induz a pensar que existe um "conluio" entre essas ONGs e grandes empresas produtoras de carne animal, ainda não sei se concordo totalmente (ou talvez me recuse a acreditar que supostos defensores de uma causa nobre aceitem ser corruptos a esse nível), mas fiquei sim com a pulga atrás da orelha.
Enfim, muito bom, tive mais certeza de que fiz a decisão correta ao me tornar vegano recentemente, não só para não contribuir mais com o sofrimento animal mas também para diminuir minha contribuição as mudanças climáticas
Me deu uma dor vendo aquele pato sendo morto, e isso porque era em uma criação "sustentável" e em pequena escala, imagina o que não acontece nas grandes indústrias
Obs: O Brasil desde essa época sendo retratado como mal exemplo (várias vezes inclusive) por causa do desmatamento e do agronegócio...
É bem interessante, a diversidade é um assunto "novo" na Europa (e mesmo nos países onde existe há séculos, caso do Brasil, temos problemas que nunca ou mal foram resolvidos), ponho novo entre aspas porque essa imigração existe há muito tempo, porém foi muito intensificado nos últimos anos e uma prova desse choque de culturas foi a polêmica da proibição do niqab (burca que só mostra os olhos da mulher) na França.
E é aquela velha história, as culturas novas nem sempre são aceitas pelas culturas que existem há mais tempo em determinados lugares, até mesmo pessoas progressistas podem ter um discurso dominador e nem perceberem como comentado em uma cena pela Sofia. Gostei muito porque o humor utilizado foi bem posto, sem ofender, mas também o filme não é hipócrita, a relação do aluno branco de família ateia e secular em uma escola de estudantes árabes e negros religiosos é turbulenta, cheia de altos e baixos.
mas ainda assim, no fim, a mensagem de união e convivência com o diferente se sobrepõe, mostrando uma visão otimista/positiva. A cena que mais gostei foi a do jantar entre os casais. Ali vimos visões de mundo totalmente opostas e conflitantes, nessas horas é difícil o discurso intolerante não se fazer presente, apesar do início "amistoso". Mas essa cena é marcante em momentos posteriores, já que todos tem direito a sua opinião, o problema é quando tentam impor suas visões aos outros.
Enfim, um filme legal com reflexões interessantes, ainda assim nada muito marcante. Trata de muitos assuntos, toca algumas feridas por meio de comentários mas sem se aprofundar demais, cabe ao espectador parar pra pensar. #FestivalVariluxemcasa
Filme incrível, um tanto triste, mas é a realidade. Ser lgbt é sempre mais difícil em pequenas localidades, ainda mais convivendo com uma família ignorante e preconceituosa. Crescer nesse ambiente sempre é duro para um jovem e mesmo na idade adulta, as feridas do passado nunca saram totalmente.
Interessante a relação dele com o pai, as pessoas nem sempre são totalmente boas nem totalmente más, e apesar dele não ser um pai tão bom, em alguns momentos ele se redime. (agora o irmão sempre foi um escroto mesmo).
O enredo é bem legal, geralmente adoro filmes nessa temática do "e se fosse diferente, e se um evento específico não tivesse ocorrido". O Félix é muito engraçado hahah A parte do telefone é hilária
Eu achei que esse filme era mais sobre Raphaël do que Olívia, é mais a evolução do Raphaël em ser alguém melhor do que o romance em si, apesar dela ter sido a motivação para essa melhora. E sim, ter conhecido ele na adolescência fez mal a ela.(e ver como ele na vida "paralela" era podre, só me fez pensar o quanto ela merecia um parceiro melhor, que bom que ele evoluiu no final das contas). Mas mesmo assim, não me conformo que ela tinha abdicado de uma carreira brilhante por ele.
Gostei muito, nostalgia dos tempos de ENEM, aquela loucura de acertar o máximo possível, de ficar bem posicionado. Ainda que não diretamente, percebi uma crítica a essa concorrência desenfreada que faz com que bons alunos fiquem de fora, que gera amizades de estudo mas ao mesmo tempo inimizades, inveja, sentimentos de não ser capaz.
É um filme bem cotidiano, não acontece muita coisa, mas que prende a atenção pela amizade entre eles que é muito legal.
Ai, adorei. Gostei tanto que fiquei surpreso com a nota média dos usuários, só 3,2, este filme é muito melhor que muitos filmes com média 4 que tem por aqui, mas parece que a galera não curtiu tanto. Enfim, estou chocado com algumas semelhanças entre esse filme de 2011 e o momento atual de 2020. É literalmente a vida imitando a arte. E sim, filme pode servir como gatilho para quem está muito ansioso, principalmente porque a pandemia do Mev-1 do filme tem uma taxa de mortalidade de 25%-30%, ou seja, é mais severa que o atual coronavírus. É literalmente o caos tomando conta do mundo.
Muito triste ver pessoas claramente comprometidas em ajudar morrendo, como a Dra. Mears. Infelizmente o pessoal da saúde que lida diariamente com doentes está suscetível.
Gente, amei como tiveram a sacada de abordar pessoas oferecendo remédios que "curam", ganhando dinheiro com isso, sendo que tudo estava muito recente e existia zero provas concretas de sua eficácia. Mas mesmo assim, milhões acreditaram, ao invés de cumprirem a única medida eficaz naquele momento que era o distanciamento social, medida muito mais segura e comprovadamente eficaz. Alguma semelhança com o momento atual, claro ou com certeza?
Apesar de toda a catástrofe, no fim, iremos sair dessas. Não todos infelizmente, mas se a humanidade continuou depois de erradicar várias doenças, nós iremos continuar quando este mal passar.
Esses filmes anos 90 me dão uma nostalgia tão gostosa, mesmo que na época do filme eu nem existisse e mesmo com seus clichês adolescentes, é muito gostosinho assistir ahahaha. Ri muito com os tijolões da época kkkkk, hoje em dia na cena
em que o Elton larga a Cher na rua (escroto nojento), bastava ter pedido um Uber. Mesmo que ela fosse roubada depois era só esperar, a não ser que o bandido fosse babaca suficiente para cancelar. Aliás ela nem tinha pego carona com Elton, já que ela nem queria mesmo. Tinha chamado da festinha mesmo
Amo que este filme tem referências a Emma da Jane Austen, a Cher meio que sendo a Emma neste filme e por isso ela tem essa obsessão em ajudar os outros, mas lógico, se vangloriando consigo mesma por ter feito "uma boa ação".
Li a HQ e reassisti o filme, e olha, não tenho tanta bagagem cultural assim, não deveria me ousar assim, mas é um pecado esse filme (eu amo o filme, mas falo principalmente a HQ), não estar em alguma lista de 50 melhores estórias já produzidos pela Humanidade (provavelmente até nas 10 melhores, mas sei que já utilizei minha carga de ousadia por hoje).
Essa estória é muito, muito GENIAL. O título é perfeito já que resume a estória de forma fenomenal. A ideia da máscara de Guy Fawkes é maravilhosa(não sabemos seu rosto, seu gênero, seu nome "verdadeiro"). O próprio nome V é INCRÍVEL, tem uma simbologia muito forte, não só é uma letra do alfabeto mas também é o número 5 em algarismos romanos (que era o número do quarto quando elx era prisioneiro em Larkhill). Na HQ tem várias outras referências ao V, como as iniciais da Violet Rose(que não foi a rosa utilizada no filme) e de Valerie, e a própria Evey (que não é inicial, mas a única consoante). Alan Moore e David Lloyd dois gênios pela HQ, mas também vou parabenizar James Mcteigue e as irmãs Wachowski pelo trabalho bem decente (tiveram suas liberdades criativas e mudaram algumas coisas, adorei o final do filme que achei até mesmo melhor do que na Graphic Novel, mesmo esta última sendo melhor no geral).
A HQ tem maravilhosas referências que ficaram de fora ou apareceram pouco no filme (Shakespeare, citações em Latim, músicas, óperas; fora as que não me dei conta ou não lembro). Porque é isto, as ditaduras odeiam a cultura no geral, se não, odeiam a cultura subversiva, e sua antítese perfeita não poderia deixar de ser alguém altamente cultural defensor da liberdade e da justiça.
V não é o ser humano "bonzinho" no seu sentido tradicional. Elx mata seus algozes, elx tortura Evey para saber sua lealdade. É um(a) "psicopata do bem", o que quero dizer, que para elx os fins justificam os meios. A vingança que gera os fins que são a liberdade, a justiça e anarquia. O que muitas vezes choca a ética, como chocou a Evey por exemplo.
Pior pensar na morte da Vênus, um anjo, que triste ter sido assassinada assim. Parar para pensar que ela falou que tinha fugido uma vez, pela janela, e depois ver que ela morreu assim.
Muito lindo, os minutos finais são de tirar o fôlego. Não é que seja ruim, é um filme bom, mas pelos prêmios que ganhou é superestimado. Ótima fotografia (afinal é um filme da própria Lalaland, leia-se Hollywood, leia-se teve uma boa grana investida). Tem um enredo, apesar de lindo, bem clichê:
Quantas vezes não vimos filmes de pessoas que só se dão mal a todo momento e ai no fim se dão bem? Parecem aquelas estórias do pobre lascado que sofreu o pão que o diabo amassou e depois ficou rico, muito mais uma exceção do que uma regra. Mesmo assim, é um tipo de estória que tende a encantar geral, afinal, quem não quer mudar de vida e ter seus sonhos realizados, seja eles quais forem? Porém, para não ser tão crítico, foi linda a cena que ele vai lá e convence a Mia a não desistir dos seus sonhos depois de tantas decepções (quem não pensa em desistir depois de tantos nãos?)
Gostei de como Tracy foi atingindo o sucesso, desde como a modelo Mahogany e depois com estilista, Tracy realmente viu o sucesso, toda uma equipe e um desfile com toda pompa, porém estava claro que ela não estava feliz em viver com o cara que a bancava.
O final eu até gostei, um certo clichê, mas entendo que deve desagradar a muitos.
Afinal querendo ou não ela abdicou de tudo pelo seu verdadeiro amor. Para algumas pessoas deve ser frustrante ver ela com tanta liberdade (apesar do fotógrafo louco que a atormentava) e realizando seus sonhos de repente desistir de tudo. Porém ai o filme acaba, nunca saberemos se ela desistiu do seu sonho para sempre, pode ser que ela quis na verdade dá um passo para trás para depois dar dois na frente, ele claramente não estava feliz com o velho rico que a bancava e sim com o seu político, quem ela realmente amou.
Incrível que reassistindo este filme depois de anos tenho uma nova imagem dele, antes só tinha guardado as boas lembranças de Joel e Clementine (acho que eles combinam demais, apesar de um relacionamento tão conturbado, eu amo a estória deles). Agora que me incomodou muito hoje ao reassistir e não me lembrava disso:
Que profissionais mais sem ética são esses? Todos agiram como a casa do Joel fosse a da mãe Joana. Ficarem de roupa íntima no apartamento enquanto o cara tá passando pelo procedimento? e ainda transar na casa dos outros, como se não bastasse era um procedimento que julgo muito complicado e perigoso, tanto é que durante o tempão de vacilo o Stan perdeu até mesmo o controle do processo. Além de ficarmos sabendo do outro carinha que deu em cima da Clementine, com todas as informações privilegiadas que ele tinha, roubar a calcinha dela, louco e nojento. Fora que odiei a cena da mulher do médico chegar na cena do beijo, uma cena corrida e mal feita e só para encaixar a Mary como uma ex-paciente.
Mas tirando isso, eu amo esse filme. Pode ser meio cliché o cara esquisito e a moça maluquinha, mas esse filme é lindo porque a paixão é linda e um dos sentimentos mais fortes que uma pessoa pode sentir, mas ela não dura para sempre, depois que tudo esfria ou nasce o companheirismo ou então azeda tudo de vez. E é ai que está o porém:
Joel e Clementine são cada um ao seu modo muito problemáticos, provavelmente por isso ambos se identifiquem tanto e se gostem tanto. Mas depois que os dias passam eles vão percebendo o quão são iguais mas também o quão são diferentes. Joel é o típico cara tímido caladão, ele é um porto seguro para Clementine enquanto ela que é muito comunicativa, maluquinha, mas que se entendia fácil e é inconstante, como bem representando pelas simbologia das cores dos seus cabelos, ela dá vida e cores para a vida de Joel (por isso foi tão fantástica a ideia de brincarem com a cor do cabelo dela).
Com o tempo eles parecem não se encaixarem nos papeis que estavam desempenhando, é muito triste o quão tóxico fica o relacionamento deles, não me espanta eles terem procurado a clínica, estavam muito apaixonados mas ao mesmo tempo muito críticos com o outro, e o principal, não queriam sofrer, seja com a separação, seja com a continuação de um namoro que estava se mostrando infeliz.
Não sei se esse recomeço foi uma boa ideia, o filme deixa ai o gancho para o espectador. Se eles reviveriam todos os altos e baixos novamente ou se entenderiam entre si melhor desta vez, depois de tudo que passaram, porque falta de amor não é o que falta entre eles. Torço pela segunda opção.
Abu Raed apesar de no início relutar, aceita fazer o papel do capitão, talvez um pouco por vaidade pessoal mas sobretudo porque estava permitindo as crianças sonharem, apesar do lugar pobre e violento que elas vivem. Obviamente não é uma tarefa fácil, quanto mais ele luta para ajudar mais os pais de algumas crianças mantém as mesmas no estado opressivo, uma aparente vitória muitas vezes era seguida por uma derrota no dia seguinte.
É desolador, é como se fosse um caminho sem volta e a miséria e a violência sempre se perpetuassem. Raed tenta então ao seu modo mostrar um mundo diferente para essas crianças, como o Tareq e em especial o Murad, o garoto mais rebelde das crianças mas provavelmente a que estava na pior situação em relação as outras.
Achei lindo o quanto no fim o Murad foi a criança que talvez estivesse na pior situação e como o Abu Raed percebeu que tinha de ajudar esta criança de um modo particular e no fim consegue libertar a criança da situação que estava, Nour é um anjo, fantástico como ela ajudou eles. Agora achei o final do Tareq incompleto, triste ver como o pai dele foi explorando mais e mais a criança, ao que parece, ele não voltou a escola :(
Este filme é cheio de personagens incríveis, as crianças estão muito bem caracterizadas, os atores são muito bons, quanto Abu Raed e Nour não preciso nem falar né, dois ícones maravilhosos.
Nada melhor do que assistir um filme de 1982 sobre um suposto futuro em novembro de 2019 justamente em novembro de 2019. Pena que não temos carros voadores, e bem, o "problema" dos replicantes não existe neste momento, afinal, robôs com aparência humana não são tão populares ainda e não é absurdo pensar que em algum momento haverá conflito entre humanos e máquinas.
Vemos uma Los Angeles cheia de neon, futurista e com prédios enormes, mas curiosamente muito escura. Talvez para representar um futuro sombrio, tirando os neons de algumas fachadas e o enjoy coca-cola nos letreiros, o filme usa e abusa de tons de preto e marrom. Os interiores dos edifícios possuem sempre móveis de cores sóbrias assim como uma iluminação fraca. O colorido se resume as ruas e mesmo assim, é um colorido triste, totalmente destoante do universo sombrio em que está inserido.
Mas além de tudo, acho muito interessante a personagem Rachael. Nós humanos gostamos de valorizar nossa capacidade de sentir sentimentos. Mas a partir do momento em que as máquinas e humanos sentem sentimentos, ao ponto de Rachael e Deckard sentirem amor um pelo outro, como será de fato a convivência entre humanos e máquinas?
E enfim, é óbvio que temos sempre lembrar que é um filme de 1982 e mesmo hoje em dia os efeitos são muito bons. Lógico que tem coisas que hoje seriam melhores ou poderiam ser mudadas, mas não devemos avaliar desta forma, pois com certeza em 2050 terá coisas que hoje achamos o máximo da inovação mas que não será visto da mesma forma. Tudo muda ao decorrer do tempo, afinal, estamos falando de um filme feito há 37 anos atrás..
Ainda assim acho que o filme envelheceu bem, e além disso, o filme é muito mais que isso. Ele trás em sim dilemas sobre o futuro bem pertinentes e provavelmente por isso é considerado um clássico da ficção científica e mesmo hoje em fins de 2019, as perguntas e os dilemas sobre o futuro não mudaram muito.
Eu gosto muito de filmes/séries adolescente então é muito difícil eu não gostar de um filme desta temática. O filme trata de temas que são tabus até hoje, ainda mais nos anos 80. Talvez por isso temas como aids e homo/bissexualidade são tratados de forma bastante subentendidas, estão presentes no filme mas nunca de forma diretamente tratada, é como se fossem segredos que todos soubessem, sabemos quem são os personagens, mas nunca vai além disso, neste sentido achei que o filme poderia ter ousado mais.
Pra mim está claro que a doença do tio era a aids, sua vinda tão repentina para o Brasil, a piora de um dia para o outro lembra muito a epidemia da aids dos anos 80 em que os medicamentos não eram eficazes. Teca parece entender isso. Achei interessante a associação da aids com os gays pela Teca porque na época realmente se achava que era uma espécie de "câncer gay", a fala soa muito mais preconceituosa em 2019 bem mais do que nos anos 80 (não no sentido de alertar o JM sobre proteção, mas no sentido de se penar a doença como exclusiva dos homossexuais) Esse enquadramento da Teca em saber se o JM é gay também revela bastante do enorme preconceito a época, tudo bem que ela tava afim do carinha, mas essa insistência para que ele assumisse a bissexualidade mostra que talvez ela se incomodasse um pouco com isso.
Achei o enredo excelente porque é meio que uma alfinetada nas editoras, já que as mesmas são muito receosas em publicar livros que temem não serem vendáveis. Porém querendo ou não, para um manuscrito virar um best-seller ou um futuro clássico é necessária uma aposta, é impossível prever como o público irá reagir a um novo lançamento, livros que se espera serem um sucesso podem acabar se revelando fracasso de vendas e vice-versa. Por causa disso Daphne foi esperta em atrelar todo a qualidade literária do livro encontrado na Biblioteca dos Livros não Publicados, assegurada por todos inclusive pelo crítico literário Jean Rouche e o marketing do cara comum do dia a dia se revelando um grande escritor
Tudo se baseia no fato de Jean Rouche não acreditar que o Henri Pick é o verdadeiro autor e investigar quem seria o verdadeiro autor (pela premissa de que para ser um bom escritor é necessário ser um bom leitor, o que Henri não era a não ser que ele escondesse muito bem mais este fato até da família conforme falado pelas esposa e filha, e no fundo talvez um certo elitismo intelectual por parte de Rouche, de que um pizzaiolo, um trabalhador comum de vida comum, não seria capaz de produzir uma obra complexa de alta literatura, esta sendo mais associada a escritores/leitores de alta escolaridade das classes média-alta e alta).
A dinâmica entre Josephine Pick e Jean Rouche é excelente e amei como humor, suspense e policial se misturam de forma muito boa por todo o longa, muitas reviravoltas acontecem.
ainda acho que seria mais legal que de fato no fim Jean descobrisse que o Pick era o autor verdadeiro, que sua caçada por desmascará-lo se mostraria pura inveja e preconceito com o cara, mas gostei da solução final, a explicação fez sentido, ainda que pareça um pouco óbvia depois de revelado, o enredo foi enveredando por um outro caminho que achei até surpreendente a revelação final.
Mesmo se tratando de uma releitura de uma drama/tragédia histórico, é um filme cheio de pitadas de humor, o que me surpreendeu. Filme lindo que magistralmente une teatro e cinema, poético, fotografia maravilhosa(Como não amar a recriação da Paris do Século XIX?).
Não está entre meus preferidos do Varilux deste ano (o que não significa ruim visto que o nível está altíssimo), mas sem dúvida é um dos mais belos.
Faz muito, muito tempo que não assistia um filme tão humano, tão real e que me causasse tanta revolta. Me senti como parte do roteiro, cada tiro disparado foi como se eu estivesse com um olho no gatilho ou como se eu tivesse sido atingido. Em nome de deus se justifica tamanha atrocidade? Não, em nome do fanatismo religioso se destrói todo uma região, que não consegue enfim viver a paz e a liberdade.
Pra mim, a cena da fuga juntamente com a cena dos créditos são as melhores. Na cena da fuga senti a tensão das personagens, como se fosse eu tentando escapar; a mulher dando a luz naquele momento difícil só aumentava minha angústia, meu medo delas serem descobertas, de serem mortas, de serem escravizadas novamente. Fora a angústia de Bahar de se ver separada do filho.
E a cena dos créditos, não tem nem o que falar, lavou minha alma na sessão do filme, perfeito, perfeito, perfeito, perfeito. Vida longa a Eva Husson, vida longa ao Festival Varilux e vida eterna para os Direitos Humanos, ainda tão desrespeitados na maior parte do mundo.
Dias Perfeitos
4.2 229 Assista AgoraAdoro algum filme que me passe alguma mensagem ou que eu sinta alguma conexão, no caso deste foi uma estória monótono que não me despertou nada, forçando um pouco consigo ver o que tanto estão vendo (ele se abrindo as conexões com outros). De fato tem umas cenas legais (gostei do jogo velha jogado entre ele e alguém desconhecido), mas não senti nenhum apego ou interesse maior no cara e como o filme é sobre o dia a dia dele, achei bem esquecível e chatinho
A Mentira
3.6 2,2K Assista AgoraDivertidinho porém datado. O personagem gay encubado poderia ser mais interessante, preguiça dele "fingindo" ser hétero e não convencendo ninguém, pelo menos no fim ele se libertou.
Além do mais, uma adolescente de 17 anos transar com um who qualquer ia chocar tanto assim? (ok que depois foi além disso, mas logo ali a polêmica já aconteceu). Boa parte das adolescentes do Ensino Médio até mais novas nem são virgens mais quando não tem uma vida sexual bem ativa... Sei que a proposta do filme é gerar humor e usar dos exageros para criticar a sociedade moralista americana (principalmente os outros jovens crentes), mas ainda assim, não envelheceu tão bem.
O Orfanato
3.7 1,3K Assista AgoraAdorei, não achei nada previsível ao contrário do que disseram, é a estória do amor incondicional de uma mãe e de como acontecimentos do passado se refletem e impactam o futuro (elemento chave do filme, desde a nostalgia da Laura em voltar a morar no lugar onde viveu parte da sua infância, toda a explicação do mistério, até mesmo o farol que não funciona mais passa o sentimento de um lugar que era cheio de vida mas foi abandonado/esquecido).
Talvez muitos se incomodem com a pegada sobrenatural, porém o filme dá ares aos mais céticos de interpretarem tudo como uma mente de uma pessoa em situação de extremo estresse e trauma e que tem uma larga estória naquele lugar (apesar de algumas cenas já não darem tanta margem a serem dúbias). Eu pessoalmente gosto de interpretar tanto de um ponto de vista como de outro.
Enfim, apesar de ser um thriller tem uma carga dramática grande e umas cenas muito lindas, como esse final. Um filme que me despertou sentimentos de angústia, medo e tensão mas também curiosidade, compaixão e paz só pode ser um filme 5 estrelas. E sem falar na ótima referência a Peter Pan, que se encaixa tão bem no enredo.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraAlguns acharam ruim o fato do filme ser parado, mas foi por isso mesmo que gostei, a solidão das personagens é quase palpável e isso muito graças ao ritmo do filme.
Pra mim o único defeito do filme é o exagero em estereótipos (se fosse atual certamente esse ponto seria bem criticado), óbvio que é uma cultura diferente, mas não é para tanto e nem precisava disso, já ficou bastante claro em muitos momentos o quanto Bob e Charlotte estavam se sentindo solitários e deslocados naquele lugar. Os diálogos entre eles são maravilhosos e apesar de existir tensão sexual entre eles, vejo que eles construíram muito mais uma amizade do que um romance.
Patrick, Idade 1,5
4.0 492Filme lindo. Reassistindo tive mais certeza o quanto Göran é um ser humano incrível, e apesar das pessoas não gostarem do Sven (e eu também sou crítico a ele), eu consigo entender o ponto de vista dele, aliás tanto o Sven quanto o Patrick são mais parecidos do que parecem.
Afinal de contas, o Patrick era um garoto muito rebelde e homofóbico (o menino era homofóbico na própria casa do Sven, não é todo mundo que consegue lidar) e que somado com o preconceito pelo passado criminoso que o Patrick tinha, o Sven se sentiu afrontado e ameaçado, temeroso de sofrer alguma violência. O Sven tem a mesma personalidade agressiva que o Patrick e pessoas assim são mais chegadas a violência propriamente dita, para ele era inconcebível viver em paz com o Patrick.
Até o Göran não gostou de Patrick inicialmente mas logo foi aprendendo a amá-lo como filho, mas isso por ter uma personalidade mais compreensiva e afetuosa.
Borboletas Verdes
2.2 52Quem for se aventurar a ver isso valeria só porque tinha uma mensagem legal até um pouco mais do meio do filme e os atores são bonitinhos e as cenas deles são fofinhas, apesar da diretora megera e dos alunos babacas. Mas quando tiver chegando perto do final é ignorar ou pular umas cenas lixo para não lidar com a radiação de Chernobyl. O final é um desserviço completo, é inaceitável num filme de 2017 um final desses. Eu sei que é baseado em fatos reais mas isso não tira o cuidado que os diretores/roteiristas tem que ter com o que produzem.
Tirando o Lucas sendo preso pelo estupro da menina, única coisa que prestou, o resto é horroroso. Final triste já é o suprassumo do clichê em filme lgbt aí vem me botam suicídio, me poupem viu.
Eu imagino um lgbt adolescente em crise assistindo um final desses, que pode estar se sentindo mal e prestes a fazer uma besteira. Será que não perceberam que pode ser um gatilho? "aihn mas é baseado em fatos reais".
A Conspiração da Vaca: O Segredo da Sustentabilidade
4.4 212 Assista AgoraSempre imaginei que esse documentário fosse mais sobre o sofrimento animal do que sobre o meio ambiente (não sabia muito a respeito do documentário, apenas que defendia a causa vegana), e ainda que fale a respeito sobre as duas coisas, o doc. parte do princípio de que a criação de gado é a maior associada ao aquecimento global.
Fiquei chocado como os diretores das organizações gaguejavam e muitos não tinham nem uma resposta pronta para a questão do gado, o doc. induz a pensar que existe um "conluio" entre essas ONGs e grandes empresas produtoras de carne animal, ainda não sei se concordo totalmente (ou talvez me recuse a acreditar que supostos defensores de uma causa nobre aceitem ser corruptos a esse nível), mas fiquei sim com a pulga atrás da orelha.
Enfim, muito bom, tive mais certeza de que fiz a decisão correta ao me tornar vegano recentemente, não só para não contribuir mais com o sofrimento animal mas também para diminuir minha contribuição as mudanças climáticas
Me deu uma dor vendo aquele pato sendo morto, e isso porque era em uma criação "sustentável" e em pequena escala, imagina o que não acontece nas grandes indústrias
Obs: O Brasil desde essa época sendo retratado como mal exemplo (várias vezes inclusive) por causa do desmatamento e do agronegócio...
Luta de Classes
3.6 11 Assista AgoraÉ bem interessante, a diversidade é um assunto "novo" na Europa (e mesmo nos países onde existe há séculos, caso do Brasil, temos problemas que nunca ou mal foram resolvidos), ponho novo entre aspas porque essa imigração existe há muito tempo, porém foi muito intensificado nos últimos anos e uma prova desse choque de culturas foi a polêmica da proibição do niqab (burca que só mostra os olhos da mulher) na França.
E é aquela velha história, as culturas novas nem sempre são aceitas pelas culturas que existem há mais tempo em determinados lugares, até mesmo pessoas progressistas podem ter um discurso dominador e nem perceberem como comentado em uma cena pela Sofia. Gostei muito porque o humor utilizado foi bem posto, sem ofender, mas também o filme não é hipócrita, a relação do aluno branco de família ateia e secular em uma escola de estudantes árabes e negros religiosos é turbulenta, cheia de altos e baixos.
mas ainda assim, no fim, a mensagem de união e convivência com o diferente se sobrepõe, mostrando uma visão otimista/positiva.
A cena que mais gostei foi a do jantar entre os casais. Ali vimos visões de mundo totalmente opostas e conflitantes, nessas horas é difícil o discurso intolerante não se fazer presente, apesar do início "amistoso". Mas essa cena é marcante em momentos posteriores, já que todos tem direito a sua opinião, o problema é quando tentam impor suas visões aos outros.
Enfim, um filme legal com reflexões interessantes, ainda assim nada muito marcante. Trata de muitos assuntos, toca algumas feridas por meio de comentários mas sem se aprofundar demais, cabe ao espectador parar pra pensar.
#FestivalVariluxemcasa
Marvin
3.7 71 Assista AgoraFilme incrível, um tanto triste, mas é a realidade. Ser lgbt é sempre mais difícil em pequenas localidades, ainda mais convivendo com uma família ignorante e preconceituosa. Crescer nesse ambiente sempre é duro para um jovem e mesmo na idade adulta, as feridas do passado nunca saram totalmente.
Interessante a relação dele com o pai, as pessoas nem sempre são totalmente boas nem totalmente más, e apesar dele não ser um pai tão bom, em alguns momentos ele se redime. (agora o irmão sempre foi um escroto mesmo).
FestivalValiruxemcasa
Amor à Segunda Vista
3.8 83O enredo é bem legal, geralmente adoro filmes nessa temática do "e se fosse diferente, e se um evento específico não tivesse ocorrido".
O Félix é muito engraçado hahah A parte do telefone é hilária
Eu achei que esse filme era mais sobre Raphaël do que Olívia, é mais a evolução do Raphaël em ser alguém melhor do que o romance em si, apesar dela ter sido a motivação para essa melhora.
E sim, ter conhecido ele na adolescência fez mal a ela.(e ver como ele na vida "paralela" era podre, só me fez pensar o quanto ela merecia um parceiro melhor, que bom que ele evoluiu no final das contas). Mas mesmo assim, não me conformo que ela tinha abdicado de uma carreira brilhante por ele.
FestivalVariluxemcasa
Primeiro Ano
3.5 34 Assista AgoraGostei muito, nostalgia dos tempos de ENEM, aquela loucura de acertar o máximo possível, de ficar bem posicionado. Ainda que não diretamente, percebi uma crítica a essa concorrência desenfreada que faz com que bons alunos fiquem de fora, que gera amizades de estudo mas ao mesmo tempo inimizades, inveja, sentimentos de não ser capaz.
É um filme bem cotidiano, não acontece muita coisa, mas que prende a atenção pela amizade entre eles que é muito legal.
#FestivalVariluxemcasa
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraAi, adorei. Gostei tanto que fiquei surpreso com a nota média dos usuários, só 3,2, este filme é muito melhor que muitos filmes com média 4 que tem por aqui, mas parece que a galera não curtiu tanto.
Enfim, estou chocado com algumas semelhanças entre esse filme de 2011 e o momento atual de 2020. É literalmente a vida imitando a arte. E sim, filme pode servir como gatilho para quem está muito ansioso, principalmente porque a pandemia do Mev-1 do filme tem uma taxa de mortalidade de 25%-30%, ou seja, é mais severa que o atual coronavírus. É literalmente o caos tomando conta do mundo.
Muito triste ver pessoas claramente comprometidas em ajudar morrendo, como a Dra. Mears. Infelizmente o pessoal da saúde que lida diariamente com doentes está suscetível.
Gente, amei como tiveram a sacada de abordar pessoas oferecendo remédios que "curam", ganhando dinheiro com isso, sendo que tudo estava muito recente e existia zero provas concretas de sua eficácia. Mas mesmo assim, milhões acreditaram, ao invés de cumprirem a única medida eficaz naquele momento que era o distanciamento social, medida muito mais segura e comprovadamente eficaz. Alguma semelhança com o momento atual, claro ou com certeza?
Ai, amei o final.
Apesar de toda a catástrofe, no fim, iremos sair dessas. Não todos infelizmente, mas se a humanidade continuou depois de erradicar várias doenças, nós iremos continuar quando este mal passar.
As Patricinhas de Beverly Hills
3.4 1,0K Assista AgoraEsses filmes anos 90 me dão uma nostalgia tão gostosa, mesmo que na época do filme eu nem existisse e mesmo com seus clichês adolescentes, é muito gostosinho assistir ahahaha. Ri muito com os tijolões da época kkkkk, hoje em dia na cena
em que o Elton larga a Cher na rua (escroto nojento), bastava ter pedido um Uber. Mesmo que ela fosse roubada depois era só esperar, a não ser que o bandido fosse babaca suficiente para cancelar. Aliás ela nem tinha pego carona com Elton, já que ela nem queria mesmo. Tinha chamado da festinha mesmo
Amo que este filme tem referências a Emma da Jane Austen, a Cher meio que sendo a Emma neste filme e por isso ela tem essa obsessão em ajudar os outros, mas lógico, se vangloriando consigo mesma por ter feito "uma boa ação".
V de Vingança
4.3 3,0K Assista AgoraLi a HQ e reassisti o filme, e olha, não tenho tanta bagagem cultural assim, não deveria me ousar assim, mas é um pecado esse filme (eu amo o filme, mas falo principalmente a HQ), não estar em alguma lista de 50 melhores estórias já produzidos pela Humanidade (provavelmente até nas 10 melhores, mas sei que já utilizei minha carga de ousadia por hoje).
Essa estória é muito, muito GENIAL. O título é perfeito já que resume a estória de forma fenomenal. A ideia da máscara de Guy Fawkes é maravilhosa(não sabemos seu rosto, seu gênero, seu nome "verdadeiro"). O próprio nome V é INCRÍVEL, tem uma simbologia muito forte, não só é uma letra do alfabeto mas também é o número 5 em algarismos romanos (que era o número do quarto quando elx era prisioneiro em Larkhill). Na HQ tem várias outras referências ao V, como as iniciais da Violet Rose(que não foi a rosa utilizada no filme) e de Valerie, e a própria Evey (que não é inicial, mas a única consoante). Alan Moore e David Lloyd dois gênios pela HQ, mas também vou parabenizar James Mcteigue e as irmãs Wachowski pelo trabalho bem decente (tiveram suas liberdades criativas e mudaram algumas coisas, adorei o final do filme que achei até mesmo melhor do que na Graphic Novel, mesmo esta última sendo melhor no geral).
A HQ tem maravilhosas referências que ficaram de fora ou apareceram pouco no filme (Shakespeare, citações em Latim, músicas, óperas; fora as que não me dei conta ou não lembro). Porque é isto, as ditaduras odeiam a cultura no geral, se não, odeiam a cultura subversiva, e sua antítese perfeita não poderia deixar de ser alguém altamente cultural defensor da liberdade e da justiça.
V não é o ser humano "bonzinho" no seu sentido tradicional. Elx mata seus algozes, elx tortura Evey para saber sua lealdade. É um(a) "psicopata do bem", o que quero dizer, que para elx os fins justificam os meios. A vingança que gera os fins que são a liberdade, a justiça e anarquia. O que muitas vezes choca a ética, como chocou a Evey por exemplo.
Paris is Burning
4.5 242Uma hora e vinte de luxo, poses, glamour, línguas ácidas. Divinas, triste pensar que elxs não estão mais vivxs hoje em dia.
Pior pensar na morte da Vênus, um anjo, que triste ter sido assassinada assim. Parar para pensar que ela falou que tinha fugido uma vez, pela janela, e depois ver que ela morreu assim.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraMuito lindo, os minutos finais são de tirar o fôlego.
Não é que seja ruim, é um filme bom, mas pelos prêmios que ganhou é superestimado.
Ótima fotografia (afinal é um filme da própria Lalaland, leia-se Hollywood, leia-se teve uma boa grana investida). Tem um enredo, apesar de lindo, bem clichê:
Quantas vezes não vimos filmes de pessoas que só se dão mal a todo momento e ai no fim se dão bem? Parecem aquelas estórias do pobre lascado que sofreu o pão que o diabo amassou e depois ficou rico, muito mais uma exceção do que uma regra. Mesmo assim, é um tipo de estória que tende a encantar geral, afinal, quem não quer mudar de vida e ter seus sonhos realizados, seja eles quais forem?
Porém, para não ser tão crítico, foi linda a cena que ele vai lá e convence a Mia a não desistir dos seus sonhos depois de tantas decepções (quem não pensa em desistir depois de tantos nãos?)
Mahogany
3.4 10Amei que as roupas do filme são criações da própria Diana Ross, vida e arte se misturando.
Gostei de como Tracy foi atingindo o sucesso, desde como a modelo Mahogany e depois com estilista, Tracy realmente viu o sucesso, toda uma equipe e um desfile com toda pompa, porém estava claro que ela não estava feliz em viver com o cara que a bancava.
O final eu até gostei, um certo clichê, mas entendo que deve desagradar a muitos.
Afinal querendo ou não ela abdicou de tudo pelo seu verdadeiro amor. Para algumas pessoas deve ser frustrante ver ela com tanta liberdade (apesar do fotógrafo louco que a atormentava) e realizando seus sonhos de repente desistir de tudo. Porém ai o filme acaba, nunca saberemos se ela desistiu do seu sonho para sempre, pode ser que ela quis na verdade dá um passo para trás para depois dar dois na frente, ele claramente não estava feliz com o velho rico que a bancava e sim com o seu político, quem ela realmente amou.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraIncrível que reassistindo este filme depois de anos tenho uma nova imagem dele, antes só tinha guardado as boas lembranças de Joel e Clementine (acho que eles combinam demais, apesar de um relacionamento tão conturbado, eu amo a estória deles).
Agora que me incomodou muito hoje ao reassistir e não me lembrava disso:
Que profissionais mais sem ética são esses? Todos agiram como a casa do Joel fosse a da mãe Joana. Ficarem de roupa íntima no apartamento enquanto o cara tá passando pelo procedimento? e ainda transar na casa dos outros, como se não bastasse era um procedimento que julgo muito complicado e perigoso, tanto é que durante o tempão de vacilo o Stan perdeu até mesmo o controle do processo.
Além de ficarmos sabendo do outro carinha que deu em cima da Clementine, com todas as informações privilegiadas que ele tinha, roubar a calcinha dela, louco e nojento.
Fora que odiei a cena da mulher do médico chegar na cena do beijo, uma cena corrida e mal feita e só para encaixar a Mary como uma ex-paciente.
Mas tirando isso, eu amo esse filme. Pode ser meio cliché o cara esquisito e a moça maluquinha, mas esse filme é lindo porque a paixão é linda e um dos sentimentos mais fortes que uma pessoa pode sentir, mas ela não dura para sempre, depois que tudo esfria ou nasce o companheirismo ou então azeda tudo de vez. E é ai que está o porém:
Joel e Clementine são cada um ao seu modo muito problemáticos, provavelmente por isso ambos se identifiquem tanto e se gostem tanto. Mas depois que os dias passam eles vão percebendo o quão são iguais mas também o quão são diferentes. Joel é o típico cara tímido caladão, ele é um porto seguro para Clementine enquanto ela que é muito comunicativa, maluquinha, mas que se entendia fácil e é inconstante, como bem representando pelas simbologia das cores dos seus cabelos, ela dá vida e cores para a vida de Joel (por isso foi tão fantástica a ideia de brincarem com a cor do cabelo dela).
Com o tempo eles parecem não se encaixarem nos papeis que estavam desempenhando, é muito triste o quão tóxico fica o relacionamento deles, não me espanta eles terem procurado a clínica, estavam muito apaixonados mas ao mesmo tempo muito críticos com o outro, e o principal, não queriam sofrer, seja com a separação, seja com a continuação de um namoro que estava se mostrando infeliz.
Não sei se esse recomeço foi uma boa ideia, o filme deixa ai o gancho para o espectador. Se eles reviveriam todos os altos e baixos novamente ou se entenderiam entre si melhor desta vez, depois de tudo que passaram, porque falta de amor não é o que falta entre eles. Torço pela segunda opção.
Capitão Abu Raed
4.0 13Abu Raed apesar de no início relutar, aceita fazer o papel do capitão, talvez um pouco por vaidade pessoal mas sobretudo porque estava permitindo as crianças sonharem, apesar do lugar pobre e violento que elas vivem. Obviamente não é uma tarefa fácil, quanto mais ele luta para ajudar mais os pais de algumas crianças mantém as mesmas no estado opressivo, uma aparente vitória muitas vezes era seguida por uma derrota no dia seguinte.
É desolador, é como se fosse um caminho sem volta e a miséria e a violência sempre se perpetuassem. Raed tenta então ao seu modo mostrar um mundo diferente para essas crianças, como o Tareq e em especial o Murad, o garoto mais rebelde das crianças mas provavelmente a que estava na pior situação em relação as outras.
Achei lindo o quanto no fim o Murad foi a criança que talvez estivesse na pior situação e como o Abu Raed percebeu que tinha de ajudar esta criança de um modo particular e no fim consegue libertar a criança da situação que estava, Nour é um anjo, fantástico como ela ajudou eles.
Agora achei o final do Tareq incompleto, triste ver como o pai dele foi explorando mais e mais a criança, ao que parece, ele não voltou a escola :(
Este filme é cheio de personagens incríveis, as crianças estão muito bem caracterizadas, os atores são muito bons, quanto Abu Raed e Nour não preciso nem falar né, dois ícones maravilhosos.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraNada melhor do que assistir um filme de 1982 sobre um suposto futuro em novembro de 2019 justamente em novembro de 2019. Pena que não temos carros voadores, e bem, o "problema" dos replicantes não existe neste momento, afinal, robôs com aparência humana não são tão populares ainda e não é absurdo pensar que em algum momento haverá conflito entre humanos e máquinas.
Vemos uma Los Angeles cheia de neon, futurista e com prédios enormes, mas curiosamente muito escura. Talvez para representar um futuro sombrio, tirando os neons de algumas fachadas e o enjoy coca-cola nos letreiros, o filme usa e abusa de tons de preto e marrom. Os interiores dos edifícios possuem sempre móveis de cores sóbrias assim como uma iluminação fraca. O colorido se resume as ruas e mesmo assim, é um colorido triste, totalmente destoante do universo sombrio em que está inserido.
Mas além de tudo, acho muito interessante a personagem Rachael. Nós humanos gostamos de valorizar nossa capacidade de sentir sentimentos. Mas a partir do momento em que as máquinas e humanos sentem sentimentos, ao ponto de Rachael e Deckard sentirem amor um pelo outro, como será de fato a convivência entre humanos e máquinas?
E enfim, é óbvio que temos sempre lembrar que é um filme de 1982 e mesmo hoje em dia os efeitos são muito bons. Lógico que tem coisas que hoje seriam melhores ou poderiam ser mudadas, mas não devemos avaliar desta forma, pois com certeza em 2050 terá coisas que hoje achamos o máximo da inovação mas que não será visto da mesma forma. Tudo muda ao decorrer do tempo, afinal, estamos falando de um filme feito há 37 anos atrás..
Ainda assim acho que o filme envelheceu bem, e além disso, o filme é muito mais que isso. Ele trás em sim dilemas sobre o futuro bem pertinentes e provavelmente por isso é considerado um clássico da ficção científica e mesmo hoje em fins de 2019, as perguntas e os dilemas sobre o futuro não mudaram muito.
Califórnia
3.5 302Eu gosto muito de filmes/séries adolescente então é muito difícil eu não gostar de um filme desta temática.
O filme trata de temas que são tabus até hoje, ainda mais nos anos 80. Talvez por isso temas como aids e homo/bissexualidade são tratados de forma bastante subentendidas, estão presentes no filme mas nunca de forma diretamente tratada, é como se fossem segredos que todos soubessem, sabemos quem são os personagens, mas nunca vai além disso, neste sentido achei que o filme poderia ter ousado mais.
Pra mim está claro que a doença do tio era a aids, sua vinda tão repentina para o Brasil, a piora de um dia para o outro lembra muito a epidemia da aids dos anos 80 em que os medicamentos não eram eficazes. Teca parece entender isso.
Achei interessante a associação da aids com os gays pela Teca porque na época realmente se achava que era uma espécie de "câncer gay", a fala soa muito mais preconceituosa em 2019 bem mais do que nos anos 80 (não no sentido de alertar o JM sobre proteção, mas no sentido de se penar a doença como exclusiva dos homossexuais)
Esse enquadramento da Teca em saber se o JM é gay também revela bastante do enorme preconceito a época, tudo bem que ela tava afim do carinha, mas essa insistência para que ele assumisse a bissexualidade mostra que talvez ela se incomodasse um pouco com isso.
O Mistério de Henri Pick
3.7 29 Assista AgoraAchei o enredo excelente porque é meio que uma alfinetada nas editoras, já que as mesmas são muito receosas em publicar livros que temem não serem vendáveis.
Porém querendo ou não, para um manuscrito virar um best-seller ou um futuro clássico é necessária uma aposta, é impossível prever como o público irá reagir a um novo lançamento, livros que se espera serem um sucesso podem acabar se revelando fracasso de vendas e vice-versa. Por causa disso Daphne foi esperta em atrelar todo a qualidade literária do livro encontrado na Biblioteca dos Livros não Publicados, assegurada por todos inclusive pelo crítico literário Jean Rouche e o marketing do cara comum do dia a dia se revelando um grande escritor
Tudo se baseia no fato de Jean Rouche não acreditar que o Henri Pick é o verdadeiro autor e investigar quem seria o verdadeiro autor (pela premissa de que para ser um bom escritor é necessário ser um bom leitor, o que Henri não era a não ser que ele escondesse muito bem mais este fato até da família conforme falado pelas esposa e filha, e no fundo talvez um certo elitismo intelectual por parte de Rouche, de que um pizzaiolo, um trabalhador comum de vida comum, não seria capaz de produzir uma obra complexa de alta literatura, esta sendo mais associada a escritores/leitores de alta escolaridade das classes média-alta e alta).
A dinâmica entre Josephine Pick e Jean Rouche é excelente e amei como humor, suspense e policial se misturam de forma muito boa por todo o longa, muitas reviravoltas acontecem.
ainda acho que seria mais legal que de fato no fim Jean descobrisse que o Pick era o autor verdadeiro, que sua caçada por desmascará-lo se mostraria pura inveja e preconceito com o cara, mas gostei da solução final, a explicação fez sentido, ainda que pareça um pouco óbvia depois de revelado, o enredo foi enveredando por um outro caminho que achei até surpreendente a revelação final.
#FestivalVarilux2019
Cyrano Mon Amour
3.9 31 Assista AgoraMesmo se tratando de uma releitura de uma drama/tragédia histórico, é um filme cheio de pitadas de humor, o que me surpreendeu. Filme lindo que magistralmente une teatro e cinema, poético, fotografia maravilhosa(Como não amar a recriação da Paris do Século XIX?).
Não está entre meus preferidos do Varilux deste ano (o que não significa ruim visto que o nível está altíssimo), mas sem dúvida é um dos mais belos.
#FestivalVarilux2019
Filhas do Sol
4.1 79Faz muito, muito tempo que não assistia um filme tão humano, tão real e que me causasse tanta revolta. Me senti como parte do roteiro, cada tiro disparado foi como se eu estivesse com um olho no gatilho ou como se eu tivesse sido atingido. Em nome de deus se justifica tamanha atrocidade? Não, em nome do fanatismo religioso se destrói todo uma região, que não consegue enfim viver a paz e a liberdade.
Pra mim, a cena da fuga juntamente com a cena dos créditos são as melhores.
Na cena da fuga senti a tensão das personagens, como se fosse eu tentando escapar; a mulher dando a luz naquele momento difícil só aumentava minha angústia, meu medo delas serem descobertas, de serem mortas, de serem escravizadas novamente.
Fora a angústia de Bahar de se ver separada do filho.
E a cena dos créditos, não tem nem o que falar, lavou minha alma na sessão do filme, perfeito, perfeito, perfeito, perfeito.
Vida longa a Eva Husson, vida longa ao Festival Varilux e vida eterna para os Direitos Humanos, ainda tão desrespeitados na maior parte do mundo.
#FestivalVarilux2019