Quando o filme começa você tem a sensação de estar dentro de uma propaganda de margarina dos anos 50. E me parece que é realmente esse tom que o filme quer passar: a família classe média branca perfeita, o “paraíso”. Para que, então, a partir daí, se mostre o lado obscuro da sociedade burguesa e da família de bem. Parece que nos indagam: às custas de que e/ou de quem, se constrói uma “vida perfeita”? As personagens me passaram a sensação de que estão interpretando sua própria vida o tempo todo. Os sorrisos não são de verdade, eles vem apenas para interpretar um papel, seja da esposa amável e compreensiva, da mulher dócil e bondosa, da mãe cuidadosa. Todos estão sempre contidos, meio mecanizados, e quando há expressão de algum desejo, esse vem acompanhado de culpa. Os olhares julgadores estão por toda parte. É a eterna busca por um “paraíso” mesmo que fake, mesmo que a base de sentimentos fabricados. O retrato de uma sociedade passada, mas que ainda faz parte do nosso modo de vida.
"Por não sabermos quando morremos, achamos que a vida é inacabável. Mas algumas coisas acontecem de vez em quando. Poucas, aliás. Quantas vezes vai se lembrar de uma certa tarde na infância, uma tarde que faz parte de você, tanto que não imagina sua vida sem ela? Mais 4 ou 5 vezes, talvez nem isso. Mais quantas vezes vai ver a lua cheia? Umas vinte, talvez. Ainda assim, tudo parece ilimitado."
Minha maior decepção com esse filme foi justamente esperar dele o que ele não é: uma biografia da vida de casanova. O filme é totalmente ficcional, com ares holydanos, como a cena que
eles fogem da forca e pulam no cavalo em movimento,
quase um james bond! Mas o mais decepcionante mesmo, foi enquadrar casanova, dentro desse amor romântico, que é único, fiel e inexistente, considerado o único e ideal por nossa sociedade. Destruíram nesse filme tudo que eu mais gostava nele: o fato de ser um aventureiro, libertino e debochado. Enfim, é uma comédia romântica, de casanova mesmo só o nome.
Realmente tem uma fotografia LINDA, atores lindos... Dá vontade de morar pra sempre naquele cenário deslumbrante... Mas... não sei, esperava que contasse um pouco mais sobre a vida do Renoir. O roteiro poderia ter sido melhor explorado. Saí do cinema com uma sensação de: é só isso?
Fui assistir sem pretensão nenhuma.... e o filme me ganhou. Leve, divertido, inteligente... Como resistir a um filme francês sobre jovens idealistas e revolucionários?
Ok, tudo bem que revolucionários a maneira deles, às vezes meio pelas avessas... mas isso só me trouxe uma identificação maior com o filme. Afinal, todos temos nossas revoluções e causas pela qual lutamos... mesmo que em discussão na cadeira de bar... E fico com a frase do final do filme: "Talvez não tenhamos mudado nada, mas pelo menos tentamos."
Saí do cinema me sentindo parte daquele grupo de amigos. Filme delícia! (:
Eu assisti a todos aqueles filmes que ganharam oscars e mais prêmios, recheados de efeitos especiais, com uma certa indiferença. E de repente vem um filme singelo como esse, e me ganha completamente! Achei tudo lindo, a forma lenta com que foi filmado, os silêncios que falavam, os figurinos fofos e personagens que me cativaram. Amei cada um deles. Amei tanto Lou quanto Daniel. Amei Margot, e não a julguei.
Mesmo vivendo em um bom casamento, com alguém que a amava, e tinham lá seus problemas, mas eram felizes. Não a julguei por ter largado tudo isso para viver uma paixão. Todos sabemos como as paixões são mais avassaladoras e interessantes que o amor. Como é bom sentir toda aquela excitação. O que sabemos também, e que Margot parace ter descoberto, ou já sabia, é que a paixão vira amor. E com o amor vem a rotina, o tédio, e os problemas... "O novo vira velho". Um filme muito real.
Cena preferida: Na lanchoonete, quando Daniel descreve o que "tinha feito" com ela.
Realmente não é um filme célebre. Mas foi um filme que, especialmente, me tocou muito. Por razões particulares. Eu tenho um tio com síndrome de down. E que delícia foi reconhecê-lo nas cenas. E que atuação fantástica e deliciosa desses três garotos. O filme todo já vale por eles! Realmente é um filme que escapa do real, que deixa cenas mal contadas, e também achei desnecessário os assaltos (apesar de terem sido amenizados pela arma ser de brinquedo). Mas acho realmente, que a intenção do filme não era ser real, e sim lúdico. E foi isso que ele foi. Quem convive ou conviveu com pessoas com síndrome de down sabe o quão lúdicos eles são. Eles vivem num mundo a parte de fantasia. Lembro bem do meu tio, havia épocas em que ele fantasiava que era um policial, e realmente acreditava nisso. Chegava até "atuar" em batidas de carro, apresentando sua carteirinha de policial (falsa é, claro, rs). Então o filme retrata o mundo deles, e não o nosso. Como ELES vêem o mundo. E vendo dessa forma não há cenas mal contadas ou explicadas. Tudo é um sonho lindo e possível.
Achei um pouco arrastado, é um filme bem didático... mas foi chocante descobrir que a experiência foi realizada na vida real, em uma escola na Califórnia. O discurso do professor na conclusão do filme é brilhante:
"Vocês deixaram a sua liberdade pela lúxuria de se sentirem superiores. (...) Facismo não é uma coisa que outras pessoas fizeram. É exatamente isso aqui. Em todos nós."
O filme se passa no ano de 68 e retrata uma época que gosto muito: a explosão do movimento hippie, a liberação sexual, e as contestações à banalidade da Guerra do Vietnã. O filme tem desde o começo um forte ar de sensualidade, o que gosto muito... mas as cenas de incesto (mesmo que apenas subentendidas) sempre me trazem desconforto... Porém, o filme consegue transformar tudo em poesia e liberdade... Os atores são belíssimos, a trilha sonora é ótima, e as referências a outros filmes, uma delícia.
A história trata-se de um grupo de jovens estudantes dos anos 60 que frequenta uma escola particular muito fechada e ensina a eles como se comportarem no futuro. Aos poucos vamos descobrindo que aquele lugar tem uma missão: ensinar o conformismo, aceitar o destino que inevitavelmente irão ter. Não há revolta, nem discussão política. É um pesadelo à moda de George Orwell, mas tratado com delicadeza. Terminei de assistir e parecia que o filme não saía mais de mim... Um filme angustiante e reflexivo... me fez pensar sobre a nossa sociedade, o avanço da ciência, e a educação conformista que recebemos desde cedo.
"Parece que o cinema italiano (e um pouco o argentino) tem hoje no mundo a primazia de conseguir fazer filmes humanos, sobre gente de verdade, sem pudores, sem maquiagem e sem exageros. O filme é basicamente isso: o louvor da amizade, a dura arte de aceitar a perda, de flertar com o suicídio, de se entender com os vivos, de aceitar, perdoar, esquecer. Raramente se viu um elenco tão homogêneo, personagens tão fáceis de gostar e amar (não que sejam adoráveis, mas por serem justamente tão frágeis e passíveis de erro quanto a gente)."
- Esse comentário do Rubens Ewald resumiu bem o que eu senti do filme.
Impressionante como filmes bons podem se perder assim...
Então vou fazer a minha parte: Recomendadíssimo! Assistam!
Um filme triste e extremamente tocante. A realidade jogada da forma mais feia e dura, e ainda assim, ou por causa disso, bonita e sensível. A atuação do Bardem nem é preciso comentar, extraordinária!
Longe do Paraíso
3.8 170 Assista AgoraQuando o filme começa você tem a sensação de estar dentro de uma propaganda de margarina dos anos 50. E me parece que é realmente esse tom que o filme quer passar: a família classe média branca perfeita, o “paraíso”. Para que, então, a partir daí, se mostre o lado obscuro da sociedade burguesa e da família de bem. Parece que nos indagam: às custas de que e/ou de quem, se constrói uma “vida perfeita”?
As personagens me passaram a sensação de que estão interpretando sua própria vida o tempo todo. Os sorrisos não são de verdade, eles vem apenas para interpretar um papel, seja da esposa amável e compreensiva, da mulher dócil e bondosa, da mãe cuidadosa. Todos estão sempre contidos, meio mecanizados, e quando há expressão de algum desejo, esse vem acompanhado de culpa. Os olhares julgadores estão por toda parte.
É a eterna busca por um “paraíso” mesmo que fake, mesmo que a base de sentimentos fabricados. O retrato de uma sociedade passada, mas que ainda faz parte do nosso modo de vida.
P.S.: Triste que não rolou o final clichezão com Cathy e Raymond ficando juntos :(
O Céu Que Nos Protege
3.7 85Que citação final linda:
"Por não sabermos quando morremos, achamos que a vida é inacabável. Mas algumas coisas acontecem de vez em quando. Poucas, aliás. Quantas vezes vai se lembrar de uma certa tarde na infância, uma tarde que faz parte de você, tanto que não imagina sua vida sem ela? Mais 4 ou 5 vezes, talvez nem isso. Mais quantas vezes vai ver a lua cheia? Umas vinte, talvez. Ainda assim, tudo parece ilimitado."
Casanova
3.5 286 Assista AgoraMinha maior decepção com esse filme foi justamente esperar dele o que ele não é: uma biografia da vida de casanova. O filme é totalmente ficcional, com ares holydanos, como a cena que
eles fogem da forca e pulam no cavalo em movimento,
Enfim, é uma comédia romântica, de casanova mesmo só o nome.
Abril Despedaçado
4.2 673Que filme! Dói na alma.
Renoir
3.5 208 Assista AgoraRealmente tem uma fotografia LINDA, atores lindos... Dá vontade de morar pra sempre naquele cenário deslumbrante...
Mas... não sei, esperava que contasse um pouco mais sobre a vida do Renoir. O roteiro poderia ter sido melhor explorado.
Saí do cinema com uma sensação de: é só isso?
Anos Incríveis
3.5 18 Assista AgoraFui assistir sem pretensão nenhuma.... e o filme me ganhou. Leve, divertido, inteligente... Como resistir a um filme francês sobre jovens idealistas e revolucionários?
Ok, tudo bem que revolucionários a maneira deles, às vezes meio pelas avessas... mas isso só me trouxe uma identificação maior com o filme. Afinal, todos temos nossas revoluções e causas pela qual lutamos... mesmo que em discussão na cadeira de bar...
E fico com a frase do final do filme: "Talvez não tenhamos mudado nada, mas pelo menos tentamos."
Saí do cinema me sentindo parte daquele grupo de amigos. Filme delícia! (:
Entre o Amor e a Paixão
3.6 427Eu assisti a todos aqueles filmes que ganharam oscars e mais prêmios, recheados de efeitos especiais, com uma certa indiferença. E de repente vem um filme singelo como esse, e me ganha completamente!
Achei tudo lindo, a forma lenta com que foi filmado, os silêncios que falavam, os figurinos fofos e personagens que me cativaram. Amei cada um deles. Amei tanto Lou quanto Daniel. Amei Margot, e não a julguei.
Mesmo vivendo em um bom casamento, com alguém que a amava, e tinham lá seus problemas, mas eram felizes. Não a julguei por ter largado tudo isso para viver uma paixão. Todos sabemos como as paixões são mais avassaladoras e interessantes que o amor. Como é bom sentir toda aquela excitação. O que sabemos também, e que Margot parace ter descoberto, ou já sabia, é que a paixão vira amor. E com o amor vem a rotina, o tédio, e os problemas... "O novo vira velho".
Um filme muito real.
Cena preferida: Na lanchoonete, quando Daniel descreve o que "tinha feito" com ela.
Colegas
3.4 606Realmente não é um filme célebre. Mas foi um filme que, especialmente, me tocou muito. Por razões particulares. Eu tenho um tio com síndrome de down. E que delícia foi reconhecê-lo nas cenas. E que atuação fantástica e deliciosa desses três garotos. O filme todo já vale por eles! Realmente é um filme que escapa do real, que deixa cenas mal contadas, e também achei desnecessário os assaltos (apesar de terem sido amenizados pela arma ser de brinquedo). Mas acho realmente, que a intenção do filme não era ser real, e sim lúdico. E foi isso que ele foi. Quem convive ou conviveu com pessoas com síndrome de down sabe o quão lúdicos eles são. Eles vivem num mundo a parte de fantasia. Lembro bem do meu tio, havia épocas em que ele fantasiava que era um policial, e realmente acreditava nisso. Chegava até "atuar" em batidas de carro, apresentando sua carteirinha de policial (falsa é, claro, rs). Então o filme retrata o mundo deles, e não o nosso. Como ELES vêem o mundo. E vendo dessa forma não há cenas mal contadas ou explicadas. Tudo é um sonho lindo e possível.
A Onda
4.0 120Achei um pouco arrastado, é um filme bem didático... mas foi chocante descobrir que a experiência foi realizada na vida real, em uma escola na Califórnia.
O discurso do professor na conclusão do filme é brilhante:
"Vocês deixaram a sua liberdade pela lúxuria de se sentirem superiores. (...) Facismo não é uma coisa que outras pessoas fizeram. É exatamente isso aqui. Em todos nós."
Um soco no estomâgo!
Os Sonhadores
4.1 1,9K Assista AgoraO filme se passa no ano de 68 e retrata uma época que gosto muito: a explosão do movimento hippie, a liberação sexual, e as contestações à banalidade da Guerra do Vietnã.
O filme tem desde o começo um forte ar de sensualidade, o que gosto muito... mas as cenas de incesto (mesmo que apenas subentendidas) sempre me trazem desconforto...
Porém, o filme consegue transformar tudo em poesia e liberdade... Os atores são belíssimos, a trilha sonora é ótima, e as referências a outros filmes, uma delícia.
Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista AgoraA história trata-se de um grupo de jovens estudantes dos anos 60 que frequenta uma escola particular muito fechada e ensina a eles como se comportarem no futuro.
Aos poucos vamos descobrindo que aquele lugar tem uma missão: ensinar o conformismo, aceitar o destino que inevitavelmente irão ter. Não há revolta, nem discussão política. É um pesadelo à moda de George Orwell, mas tratado com delicadeza.
Terminei de assistir e parecia que o filme não saía mais de mim...
Um filme angustiante e reflexivo... me fez pensar sobre a nossa sociedade, o avanço da ciência, e a educação conformista que recebemos desde cedo.
Saturno em Oposição
3.5 36"Parece que o cinema italiano (e um pouco o argentino) tem hoje no mundo a primazia de conseguir fazer filmes humanos, sobre gente de verdade, sem pudores, sem maquiagem e sem exageros.
O filme é basicamente isso: o louvor da amizade, a dura arte de aceitar a perda, de flertar com o suicídio, de se entender com os vivos, de aceitar, perdoar, esquecer.
Raramente se viu um elenco tão homogêneo, personagens tão fáceis de gostar e amar (não que sejam adoráveis, mas por serem justamente tão frágeis e passíveis de erro quanto a gente)."
- Esse comentário do Rubens Ewald resumiu bem o que eu senti do filme.
Impressionante como filmes bons podem se perder assim...
Então vou fazer a minha parte: Recomendadíssimo! Assistam!
Biutiful
4.0 1,1KUm filme triste e extremamente tocante. A realidade jogada da forma mais feia e dura, e ainda assim, ou por causa disso, bonita e sensível. A atuação do Bardem nem é preciso comentar, extraordinária!
Meu Malvado Favorito
4.0 2,8K Assista AgoraAaaahhh é uma delícia!
"Esse é barulho é irritante? blu, blu, blu" rsrs
Comer Rezar Amar
3.3 2,3K Assista AgoraUm tanto quanto cansativo... só é salvo pela parte da Itália!