Marcella Zamith

Sempre me identifiquei com o trabalho da Billie e do Finneas, levando em conta apenas as letras e a sonoridade de suas músicas. No documentário, me senti parte da família. O emocional de uma adolescente classe média que se transformou em um ícone da música pop e eletrônica (happier than ever é disparadamente um dos melhores álbuns - e mais coerente - que eu já ouvi na vida, mesmo já viciada no álbum solo) é abordado de uma forma honesta e saudável.

Muito importante ressaltar que a narrativa mostra o relacionamento abusivo que acontece em muitas fases da vida de uma pessoa (principalmente mulheres mais novas) e faz uma ótima introdução para o segundo álbum, que fala basicamente sobre esse relacionamento e sobre como a fama pode parecer apenas um sonho, quando na realidade pode ser, muitas vezes, uma prisão para uma pessoa que tem um trabalho como outro qualquer, se retirarmos esse fator.

A forma sem cortes como mostra as sensibilidades emocionais e psicológicas da Billie foi o que mais me marcou. Ela é uma menina que fala sobre suicídio, depressão, ansiedade (portadora de Tourette, as cenas em que mostram os surtos de TIC's são de despedaçar o coração) de forma muito delicada e merece o mundo.

Ótima montagem, ótimo roteiro e excelente direção.

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MUITO FOFO HISTÓRIA DA MINHA VIDA

melhor filme da pixar disparado.