Roteiro interessante, mas mal conduzido. Duas estrelas pela atuação da protagonista e pela fotografia fúnebre e plácida do leito do pseudo-coito dos senhores.
Pois afinal, acreditar no ônibus que passaria no ponto de parada inativo é uma súplica a acreditar na sua vida, mesmo que muitos já a tenham tida como inativa, também.
Esse filme é sensacional desde o título — Sunset Blvd, que traduzido para o português é "Rua do Pôr do Sol", metáfora para o fim da carreira da atriz decadente, onde o brilho de uma estrela maior é ofuscado aos poucos, culminando em uma escuridão completa — até a cena final, onde Norma Desmond se monta completamente louca pondo em prática toda a sua esquizofrenia aglutinada em sua personalidade desde o fim de sua era dourada, mostrando o quão cruel Hollywood podia, pode e poderá ser para quem tiver um grande sonho em sua bagagem.
Afinal, em qual família não existe segredos e problemáticas passadistas mal resolvidas? Almodóvar é um maestro e com sua maestria transcreve a vida, imageticamente, com suas cores, dores e quem sabe horrores. Porém, as palmas chegam no final, mostrando o quão feliz foi quem pode contemplar tal arte, visto que o sorriso não é postuladamente sinônimo de alegria e as lágrimas fator usual da tristeza.
A Onda é um bom filme, que trata classicamente de um assunto não tão passadista e (possivelmente) atual. O mote da história era o ensino do regime autocrático em cima do descontentamento de boa parte da comunidade escolar jovem, no que diz respeito a uma união entre os mesmos, visto que nada os ligava intrusivamente. Porém, tão questão, vista sob o meu olhar, repito, sob o meu olhar — e acrescento — crítico, é boba. Mas isso, por incrível que pareça, não é ruim no ponto de vista a ser estudado pela película, pois os adolescentes e pré-adolescentes são o grande alvo de qualquer regime totalitário (desde a adesão excessiva aos postulados modistas da estação vigente a uma verdadeira opção de vida através de escolhas políticas-sociais), já que é a através dessa idade que as idéias são plantadas no psiqué de cada um; logicamente, muitas irão morrer de primeira, outras de segunda e algumas, tristemente (como no caso de muitos personagens do filme) nunca irão. Porém, o que é mais "engraçado" é essa possibilidade de coerção através da reprodução ideológica (mesmo que boba ou idiota) para um grupo que tenha as mesmas necessidades e objetivos, que posteriormente conseguirá — ou não — atrair mais e mais pessoas para dentro de tal segregação. Este último trecho do meu comentário ("...atrair mais e mais pessoas para dentro de tal regime.") fica evidentemente claro na última cena do filme, quando o professor, preso, está dentro do carro e fica incrivelmente transtornado esbugalhando os seus olhos para algo que lhe chama a atenção que na minha humilde opinião perceptiva, é a adesão de um maior número de pessoas, os policiais no caso, fazendo que o fatídico discurso falso proferido por ele na cena mais Hollywoodiana (e chata) de todas as quase 2 horas de duração da obra (quando o mesmo diz que A Onda vai chegar em toda a Alemanha) seja verídico, nos mostrando o quão louco o mundo pode ser, caso nós não tenhamos um olhar crítico sobre tudo aquilo que nos é mostrado e tido como bom por alguma parcela de pessoas tidas como sociáveis.
Quão sofrida é a vida das mulheres que vivem no Oriente Médio? Tal questão nem precisa ser respondida, pois como sabemos, a realidade vigente é podre. Porém, o mais engraçado é que muitas mulheres que vivem neste regime machista (tanto por parte dos esposos, como por parte do próprio Estado) são apáticas a qualquer forma de libertação mediante uma revolução, passando por experiências obscuras, sofridas e demasiadamente desumanas, até que uma forasteira revolucionária consiga transformar toda a concepção arcaica da cultura do vilarejo através do único poder compartilhado pelas fêmeas para com os machos: o sexo. A forma como Mihaileanu leva a película ao longo de duas horas de duração é genial, para não dizer magistral, conseguindo com êxito a atuação e o máximo da expressão de todos os atores envolvidos no possível conto de fadas; sem falar nos grandes parenteses abertos no desenvolvimento do filme, como por exemplo: "o que é certo e errado no Corão?". Enfim, posso dizer, com certeza, que La source des femmes é uma grande obra contemporânea.
Estrada para Lugar Nenhum
3.8 97é um delícia nonsense. beverly hills e o cinema transpirando ácido.
A Vida dos Outros
4.3 645Elogios e palavras belas soam irrisórias ao adjetivar esse filme. Se a perfeição não existe, talvez agora, possa soar como existente.
A Flor do Meu Segredo
3.7 160Chus Lampreave é perfeita e inovadora em seu próprio estereótipo de matriarca solícita.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraJavier Barden, motherfucker!
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista AgoraRoteiro interessante, mas mal conduzido. Duas estrelas pela atuação da protagonista e pela fotografia fúnebre e plácida do leito do pseudo-coito dos senhores.
Albert Nobbs
3.6 576 Assista AgoraGlenn Close não mereceu um Oscar de melhor atriz, porque ela é um Oscar. E agora, também, Albert Nobbs. Atuação primorosa, tocante e simplista.
Ghost World: Aprendendo a Viver
3.7 540Pois afinal, acreditar no ônibus que passaria no ponto de parada inativo é uma súplica a acreditar na sua vida, mesmo que muitos já a tenham tida como inativa, também.
Poucas e Boas
3.6 130 Assista AgoraHattie é a persona mais carismática de todo o filme.
Abraços Partidos
3.9 661Esse filme até hoje não saiu da minha cabeça.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraEsse filme é sensacional desde o título — Sunset Blvd, que traduzido para o português é "Rua do Pôr do Sol", metáfora para o fim da carreira da atriz decadente, onde o brilho de uma estrela maior é ofuscado aos poucos, culminando em uma escuridão completa — até a cena final, onde Norma Desmond se monta completamente louca pondo em prática toda a sua esquizofrenia aglutinada em sua personalidade desde o fim de sua era dourada, mostrando o quão cruel Hollywood podia, pode e poderá ser para quem tiver um grande sonho em sua bagagem.
Abraços Partidos
3.9 661O pior filme de Almodóvar é melhor que o melhor filme de qualquer outro diretor. Ah, Almodóvar.
Volver
4.1 1,1K Assista AgoraAfinal, em qual família não existe segredos e problemáticas passadistas mal resolvidas? Almodóvar é um maestro e com sua maestria transcreve a vida, imageticamente, com suas cores, dores e quem sabe horrores. Porém, as palmas chegam no final, mostrando o quão feliz foi quem pode contemplar tal arte, visto que o sorriso não é postuladamente sinônimo de alegria e as lágrimas fator usual da tristeza.
Barton Fink, Delírios de Hollywood
4.0 174 Assista AgoraAchei que o estilo das vestes do Barton Fink se assemelhavam aos do diretor Jean-Luc Godard. Whateaver.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraAdorei a atuação de Marilyn Monroe como Michelle Williams. Foi sensacional.
A Onda
4.2 1,9KA Onda é um bom filme, que trata classicamente de um assunto não tão passadista e (possivelmente) atual. O mote da história era o ensino do regime autocrático em cima do descontentamento de boa parte da comunidade escolar jovem, no que diz respeito a uma união entre os mesmos, visto que nada os ligava intrusivamente. Porém, tão questão, vista sob o meu olhar, repito, sob o meu olhar — e acrescento — crítico, é boba. Mas isso, por incrível que pareça, não é ruim no ponto de vista a ser estudado pela película, pois os adolescentes e pré-adolescentes são o grande alvo de qualquer regime totalitário (desde a adesão excessiva aos postulados modistas da estação vigente a uma verdadeira opção de vida através de escolhas políticas-sociais), já que é a através dessa idade que as idéias são plantadas no psiqué de cada um; logicamente, muitas irão morrer de primeira, outras de segunda e algumas, tristemente (como no caso de muitos personagens do filme) nunca irão. Porém, o que é mais "engraçado" é essa possibilidade de coerção através da reprodução ideológica (mesmo que boba ou idiota) para um grupo que tenha as mesmas necessidades e objetivos, que posteriormente conseguirá — ou não — atrair mais e mais pessoas para dentro de tal segregação. Este último trecho do meu comentário ("...atrair mais e mais pessoas para dentro de tal regime.") fica evidentemente claro na última cena do filme, quando o professor, preso, está dentro do carro e fica incrivelmente transtornado esbugalhando os seus olhos para algo que lhe chama a atenção que na minha humilde opinião perceptiva, é a adesão de um maior número de pessoas, os policiais no caso, fazendo que o fatídico discurso falso proferido por ele na cena mais Hollywoodiana (e chata) de todas as quase 2 horas de duração da obra (quando o mesmo diz que A Onda vai chegar em toda a Alemanha) seja verídico, nos mostrando o quão louco o mundo pode ser, caso nós não tenhamos um olhar crítico sobre tudo aquilo que nos é mostrado e tido como bom por alguma parcela de pessoas tidas como sociáveis.
A Fonte das Mulheres
4.2 128Quão sofrida é a vida das mulheres que vivem no Oriente Médio? Tal questão nem precisa ser respondida, pois como sabemos, a realidade vigente é podre. Porém, o mais engraçado é que muitas mulheres que vivem neste regime machista (tanto por parte dos esposos, como por parte do próprio Estado) são apáticas a qualquer forma de libertação mediante uma revolução, passando por experiências obscuras, sofridas e demasiadamente desumanas, até que uma forasteira revolucionária consiga transformar toda a concepção arcaica da cultura do vilarejo através do único poder compartilhado pelas fêmeas para com os machos: o sexo. A forma como Mihaileanu leva a película ao longo de duas horas de duração é genial, para não dizer magistral, conseguindo com êxito a atuação e o máximo da expressão de todos os atores envolvidos no possível conto de fadas; sem falar nos grandes parenteses abertos no desenvolvimento do filme, como por exemplo: "o que é certo e errado no Corão?". Enfim, posso dizer, com certeza, que La source des femmes é uma grande obra contemporânea.
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraPassei 3 horas em silêncio depois que o assisti. É incrível de tão assustador e intimista.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraÉ o tipo de filme que escondemos o nosso cérebro, dando espaço para um espectador que muitas vezes é escondido no caótico dia-a-dia, o coração.
Edukators: Os Educadores
4.1 663Ao menos é uma película intensamente inspiradora.