Mariana

Há tempos que eu não via um final que eu gostasse. <3

A personagem é bem fechada e fria no início, o filme não possui muita clareza, é necessário muita sensibilidade, pois esse filme é completamente feito de sensações humanas. A sensibilidade está na fotografia, no cenário, no olhar, mesmo nas cenas em que a personagem é completamente fria ao mergulhar no mundo de sensações se afunda no vazio e inquietude.
Geralmente diálogos me fascinam, mas apesar dos diálogos não serem ricos (pois acredito que a falta de clareza do filme seja proposital, e achando genial o jeito que o filme se utilizou dessa falta), a atuação da Scarlett compensa muito, o jeito que a personagem se expressa (que cresce de modo progressivo conforme ela vai mergulhando no desconhecido) nos guia até onde o filme quer chegar. Um filme tão metafórico, nos colocando em uma sessão de hipinose em algumas cenas, com a trilha sonora maravilhosa que dá o toque de elegância nas cenas "hipinóticas"

. que soam como um poema somada à fotografia lindíssima!
A poesia desse filme não é feito de palavras, deixa à livre interpretação.
Sensível e poéticamente genial.

Ainda estou me recuperando.... Eu não sabia que a Björk era tão boa atriz, passou toda a doçura e sensibilidade da personagem de modo perfeito, o desespero e o medo, logo toda a angústia e inquietude pelo silêncio não suportado por ela... As cenas finais, tudo que nós tínhamos era ela,

me sinto sugada por essa cena, fazia tempo que eu não chorava tanto por um filme, apaixonada pelo filme. Estava apreensiva por ser mais um filme superestimado, mas totalmente ao contrário disso, na verdade é surpreendente.
A mente de Lars me intriga cada vez mais!