A terceira temporada da série tcheca investiga assassinatos atuais que tem ligação com uma tragédia ocorrida no passado e que poderiam ser uma espécie de vingança tardia.
A chefe da equipe está apaixonada e envolvida com um político local para depois descobrir que seu amado estava envolvido em corrupção e no acobertamento dos culpados pelo acidente do passado, que havia resultado na morte de crianças e no suicídio de uma professora.
A série tcheca tem uma narrativa mais lenta e intimista, o que pode não agradar ao público brasileira acostumado ao ritmo acelerado das séries policiais americanas.
É revelado que um dos membros da equipe esteve envolvido com a repressão violenta dos que eram contra o comunismo, então vigente no país e ele é obrigado a afastar-se da polícia. Uma das investigadoras também está envolvida com um dos suspeitos, o que vai prejudicar sua carreira, até descobrir que o amante que defendia é um agressor de mulheres.
Mais um bom exemplo de série investigativa vinda de fora do eixo EUA-Reino Unido. Está é uma produção da República Tcheca.
Nesta primeira temporada, a equipe investiga a morte de uma mulher cujo corpo é encontrado no altar de uma igreja católica com indícios de rituais profanos. Além disso, há ainda uma discussão do celibato envolvendo o sacerdócio.
Os atores, todos desconhecidos para nós, tem boas atuações.
A segunda temporada abandonou o estilo documental da primeira, mas não achei ruim como a maioria dos comentários, que a consideram inferior à primeira. O design de produção retratando diferentes épocas continuou ótimo, até melhor que na primeira temporada, como no quarto episódio com a bela representação de um relógio na torre de uma igreja na Idade Média, e o elenco também é acima da média.
1 - "Burke e Hare, em nome da ciência" - A história real dos dois assassinos irlandeses que matavam pessoas para vender seus corpos. Toda a miséria humana, material e de caráter retratada de forma crua. 2 - "Elizabeth Bathory, espelho, espelho meu - o episódio mais fantasioso da temporada, baseado na Condessa que matava jovens virgens para manter-se jovem com o sangue das vítimas. 3 - "Hinterkaifeck, fantasmas no sótão" - A narrativa é lenta, mostra o cotidiano de uma família no interior da Alemanha. Todos vão sendo assassinados um a um por alguém que estava escondido no celeiro da fazenda. Baseado em crime real, até hoje não solucionado. 4 - "O relógio de Praga, a maldição de Orlof" - O relógio na torre de uma igreja em Praga que amaldiçoa aqueles que tentam consertá-lo. Cenografia exuberante mostrando as engrenagens do enorme relógio durante o período em que a peste assolava a Europa. 5 - "Mary Webster, a bruxa de Hadley - Uma mulher é perseguida e assassinada em uma aldeia por que os aldeões acreditam que ela era bruxa. O fanatismo religioso que permeava em épocas passadas (e ainda hoje em dia) foi responsável por várias atrocidades. 6 - A vida do engenheiro de foguetes americano Jack Parsons, seu envolvimento com o ocultismo, a paixão pela segunda mulher Marjorie até sua morte em uma explosão em seu laboratório. Algumas passagens oníricas e delirantes, principalmente seu final.
Ótima série que adota o estilo documental para a partir de eventos reais que são dramatizados, "explicar" a origem de certas crenças e lendas que atravessam gerações.
Apesar de não ser uma super produção, a série tem um belo design de produção e capricha na ambientação e em seus figurinos para contar episódios de diversas épocas.
Nesta primeira temporada são seis segmentos independentes
1- "Eles fizeram um tônico", fala de uma época em que a medicina falhava em assegurar que uma pessoa estava morta, dando início às lendas sobre vampirismo e à expressão "salvo pelo gongo", já que em alguns casos se instalava um sino no túmulo para que caso o defunto não estivesse realmente morto, ele pudesse dar o alarme e ser salvo de morrer enterrado vivo. 2- "Ecos", fala sobre o criador da terrível prática da lobotomia, que em certa época foi usada como cura para transtornos psicológicos. O episódio que foge mais da proposta da série. 3- "Meias pretas" - No século 19, um homem acredita que sua esposa foi substituída por uma fada que roubou sua alma. Um recorte do machismo exacerbado, do medo da independência feminina, da mulher empoderada comparada a um demônio. 4- "Mandando bilhetes", no auge do movimento espiritualista, um homem acredita que pode se comunicar com os mortos. 5- "A fera interior" fala de uma época em que as pessoas acreditavam na existência de lobisomens e não só era uma figura vista no cinema. 6- Um garoto solitário fica obcecado pelo boneco que ganhou. Diz ser baseado em pessoas reais, histórias semelhantes são retratadas há anos pelo cinema como em "Chuck" e mais recentemente "Anabelle".
Terror infanto-juvenil na linha "Contos da Cripta". São 22 episódios de cerca de 20 minutos cada nesta primeira temporada. Como em toda série de antologia, alguns episódios são bons e outros mais fracos.
O primeiro segmento "Realmente você" é o melhor, seguido pelo sexto "Uma criatura estava se mexendo" e o décimo nono "Luzes apagadas".
Acerta em lançar suspeitas sobre vários personagens em relação ao assassinato de Nick, lançando suspeitas sobre o próprio caráter da vítima, mas apela para a solução fácil de culpar um personagem que mal havia aparecido durante a série.
Boas atuações, numa mistura envolvente de suspense e drama.
Todos devem saber a história do fenômeno "La casa de papel".
Foi feita uma temporada inicial pelo canal a cabo espanhol Antena 3. Netflix comprou, exibiu esta primeira temporada dividida em duas, sucesso imediato e mundial. Resolveu produzir mais temporadas, que foram até divertidas, porém desnecessárias. E como prolongar uma série que já havia sido encerrada com um final bem satisfatório? Inventando situações cada vez mais mirabolantes e absurdas.
Conseguiram soluções criativas, como trazer Berlim de volta a série em flashbacks, mas esta primeira parte da parte 5, definitivamente mostrou o esgotamento da série, e finalmente parece que teremos a despedida dos carismáticos ladrões em dezembro.
A parte mais espirituosa dessa temporada, foi o roubo do ouro idealizado por Berlim, que embora não tenha trazido grandes novidades, pelo menos foi divertido. De resto, foi um exagero de batalhas, tiros e bombas, sempre com o intuito de criar tensão, como na morte apoteótica de Tóquio. Mas tantas cenas de "guerra" ficaram cansativas e excessivas e a série sempre teve mais do que isso, mesmo em suas temporadas posteriores.
Esta foi a temporada (ou parte) mais fraca com certeza, esperemos que o final nos reserve algo mais criativo para uma série e personagens que nos conquistaram e divertiram durante anos.
Já vi vários filmes de Oriol Paulo e sabemos o que esperar, sempre vários e engenhosos plot twists.
Este por tratar-se de uma série teve maior tempo para desenvolvimento dos personagens, mas em relação ao enredo achei que se revelou um tanto cansativo, situações que poderiam ser resolvidas e que se prolongaram desnecessariamente.
As reviravoltas foram menos criativas do que estamos acostumados nos filmes do Oriol, mas a série vale pela tensão crescente e o elenco talentoso.
Para quem não conhece o trabalho de Oriol Paulo, vale mais começar pelos filmes como os ótimos "Um contratempo", "Sequestro" e "O corpo".
que acaba virando um suspense sobrenatural. O lance da troca de corpos cria um final surpreendente com dois plot twists, a trocas de corpo de Rob com Adele e depois com Louise.
O elenco está bem, mas achei o ritmo extremamente lento, praticamente nada acontece nos 4 primeiros episódios, ou seja, toda a trama caberia perfeitamente em um filme de 2 horas.
A série é baseada em livros de Julia Quinn, que eu não conhecia, mas tem o mesmo estilo daqueles livretos vendidos em bancas de jornais nos anos 70 e 80 da autoria de Barbara Cartland. Folhetins clichês, com romances que envolviam a nobreza britânica.
A produção da Netflix é caprichada, com belos cenários e figurinos, um casal central com bastante química, um protagonista masculino bonito e sedutor. O elenco secundário também é eficiente, com alguns personagens cativantes como as adoráveis Penelope, Eloise e Lady Danbury.
A série tem humor, romance e mistério na medida certa (a identidade da misteriosa Lady Whistledown, responsável pelo jornal que revela várias indiscrições da nobreza).
Para quem quer se distrair e não espera nenhuma obra sheakesperiana, é diversão garantida.
Fazendo analogias com conto de fadas, a série tem muitos aspectos daquelas para adolescentes, inclusive um dos plots é ambientado em um colégio. Apesar dos clichês e exageros, principalmente nas cenas de luta, nas quais a personagem Hannah é praticamente uma ninja indestrutível, a série consegue envolver.
Interessante como os vários enredos vão aos poucos se conectando e também
as citações aos contos de fadas são bem inseridas. Os três bandidos que usam máscaras de porcos (Os três porquinhos). O professor que a princípio parece bonzinho, mas na verdade é o lobo mau (Chapeuzinho vermelho). Hannah e Gabe, irmãos que voltam a casa materna e deixam migalhas para saber o caminho e recuperar o dinheiro, origem de todas as tragédias que ocorrem com eles (João e Maria).
A abertura é criativa e muito bonita, utilizando pinturas que "explicam" o desenvolvimento dos três plots que faz referência à contos de fadas.
quando se envereda por um mistério estilo "Agatha Christie", como sugere o título, e a maioria destes documentários sobre crimes famosos segue essa linha, é mais do que frustrante terminar sem nenhuma conclusão sobre os autores do assassinato.
Na contramão da maioria dos comentários que vão de "sensacional" a "maravilhosa", achei a minissérie boa, com ótimas atuações, figurinos, fotografia, direção de arte e trilha sonora impecáveis.
Os dois primeiros episódios, focados na infância da protagonista, são melhores que o resto da série. Sim, tem empoderamento feminino, machismo, vício em drogas, superação, mas as longas cenas de jogos, nomes de jogadas, discussões sobre lances, situações que se repetem nos torneios de xadrez e tomam grande parte da narrativa, deixam o desenvolvimento arrastado e cansativo, apesar de toda a simbologia entre o xadrez e a vida.
Para mim a cena mais emocionante é quando Beth vai ao porão onde começou a jogar xadrez e percebe que o Sr. Shaible acompanhou toda sua trajetória, caindo no choro ao reconhecer como tinha negligenciado o responsável por todo o sucesso que havia conquistado e o carinho e orgulho que aquele homem havia nutrido por ela em todos aqueles anos sozinho naquele porão.
Apesar de ser dos mesmos criadores de "Downton Abbey" não tem a qualidade dela.
A produção até é caprichada, belos cenários e figurinos, mas o casal protagonista tem química zero e o ritmo é bem arrastado.
Os muitos clichês seriam até perdoáveis se os personagens fossem mais cativantes.
Perde-se um tempo enorme com cenas absolutamente dispensáveis para depois fazer um último episódio bastante apressado, com as soluções acontecendo rapidamente demais.
Em "A maldição da residência Hill", temos um drama familiar com bastante foco no terror sobrenatural, já neste "A maldição da mansão Bly", temos pouco terror e mais drama/romance e espiritismo. Embora sejam enredos e propostas diferentes, ainda prefiro o horror que gelou a espinha em algumas cenas da primeira temporada.
No fundo é mesmo uma história de amor, com personagens e situações que já renderam a obra prima "Os inocentes" (1961), e outros personagens de outras obras de Henry James.
O elenco tem ótimas atuações, mas algumas cenas confusas e repetitivas, podem cansar um pouco.
Se Hannah já estava morta, porque todos os personagens a viam e ela tocava nas pessoas e objetos? Todos os outros personagens eram mediuns? Achei que o foco foi excessivo no espiritismo e no drama das almas aprisionadas na mansão.
A série tem o mérito de não ser maniqueísta, todos os personagens tem defeitos e qualidades, aliás mais defeitos.
É claro que tem clichês, coincidências de novela, dramas diversos, mas consegue abordar conflitos sociais, racismo velado, dramas familiares, maternidade, escolhas de vida, orientação sexual e outros temas, num caldeirão de emoções que vai ganhando intensidade com o desenrolar da trama.
Reese Whiterspoon faz um personagem bem semelhante ao que fez em "Big little lies" e tem uma performance segura. Já Kerry Washington está sempre puro "overacting" com caras e bocas exageradas que se repetem em todas as produções que atua. Pensava que era só eu que achava isso, já que a atriz ainda foi indicado ao Emmy, mas li vários comentários que dizem exatamente o que penso da atuação de Kerry.
E o fogo como metáfora é uma boa sacada, "os pequenos incêndios" vão se espalhando por toda parte, até o incêndio maior, real e metafórico, da desintegração total da família "perfeita".
A série tem méritos como ótimo elenco, trilha sonora, fotografia.
Não dá para escapar dos clichês, porque há milhões de séries e filmes estrangeiros com a mesma temática, então há muitas situações e cenas já vistas em outras produções.
Tainá Muller tem boa atuação, mas inferior aos excelentes Camila Morgado e Eduardo Moscovis.
O final com a morte forjada da protagonista, é bem clichê, assim como sua transformação em justiceira, mas é uma solução satisfatória. Matar a sofredora Janete, sem um desejado final feliz, foi corajoso, embora em momento algum pareceu que ela sairia ilesa daquele inferno, porque além de Verônica, ninguém mais se predispôs a ajudá-la. E a fala do delegado Carvana "isso é caso pra delegacia de mulher, vai ser da homicídios se o desgraçado matar a coitada", explicita uma triste realidade. Já pode mudar o título da série se houver uma segunda temporada para "Bom dia, Janete"
Tudo é deliciosamente exagerado, com seus personagens instáveis, seus cenários e figurinos fakes e absurdamente coloridos.
Acho que não existe preocupação com verossimilhança e desenvolvimento de personagens, como alguns comentários apontaram, é apenas Ryan Murphy na sua essência, irônico e bizarro.
A série continua ótima em sua segunda temporada, com aquela reconstituição de época fantástica, de uma Nova York que contrastava ambientes luxuosos e miseráveis.
O elenco é perfeito, com atuações seguras, só que o enredo não é tão bom quanto a primeira temporada, por este motivo podemos dizer que esta temporada é inferior.
O médico alienista, é meio que deixado de lado e as ações se concentram no personagem da jovem e destemida detetive Sara, o que não é ruim, só deixa de dar o foco à psiquiatria e ao personagem que dá título à serie.
A atuação da atriz que é a vilã da vez, não vou dar nomes para não dar spoiler, é excelente e nos surpreende e envolve em seus transtornos psicóticos.
Excelente reconstituição de época, atuação perfeita de Mathew Rhys acompanhado por um ótimo elenco.
Releitura de uma série bastante famosa nos anos 60, inspirada em um personagem protagonista de mais de 80 livros. A série da HBO opta por mostrar os primórdios do personagem, antes de ele se transformar no famoso advogado.
O enredo aborda um crime chocante, o sequestro de um bebê, que envolve desde a primeira cena e seus desdobramentos são cada vez mais bizarros.
Mais uma ótima série que vem de um país que nós brasileiros não estamos acostumados a ver, Rússia.
Produção caprichada, ótimas atuações (principalmente do protagonista), bela fotografia.
Muitos aqui a definiram como "Dr. House da psicologia" e é mais ou menos isso mesmo. Um personagem arrogante, intragável, que usa de métodos radicais para "ajudar" seus pacientes e ao mesmo tempo enfrenta diversos conflitos em sua vida pessoal.
A revelação de que o filho da esposa de Artem era de seu pai, foi meio que previsível, mas explicitou a competição que existia entre pai e filho e era responsável pela tensão constante no relacionamento deles. Os dois últimos episódios esclarecem os acontecimentos que haviam levado o excêntrico psicólogo para a prisão. A cena da conversa entre Artem e a mãe de seu paciente no telhado do edifício, culminando com o suicídio dela, é soberba.
A Anatomia de um Assassinato (3ª Temporada)
2.9 4A terceira temporada da série tcheca investiga assassinatos atuais que tem ligação com uma tragédia ocorrida no passado e que poderiam ser uma espécie de vingança tardia.
A chefe da equipe está apaixonada e envolvida com um político local para depois descobrir que seu amado estava envolvido em corrupção e no acobertamento dos culpados pelo acidente do passado, que havia resultado na morte de crianças e no suicídio de uma professora.
A série tcheca tem uma narrativa mais lenta e intimista, o que pode não agradar ao público brasileira acostumado ao ritmo acelerado das séries policiais americanas.
A Anatomia de um Assassinato (2ª Temporada)
3.6 2Na segunda temporada da série investigativa tcheca, a equipe se defronta com o assassinato de um professor universitário.
É revelado que um dos membros da equipe esteve envolvido com a repressão violenta dos que eram contra o comunismo, então vigente no país e ele é obrigado a afastar-se da polícia.
Uma das investigadoras também está envolvida com um dos suspeitos, o que vai prejudicar sua carreira, até descobrir que o amante que defendia é um agressor de mulheres.
Mantém o bom nível da primeira temporada.
A Anatomia de um Assassinato (1ª Temporada)
3.7 5Mais um bom exemplo de série investigativa vinda de fora do eixo EUA-Reino Unido. Está é uma produção da República Tcheca.
Nesta primeira temporada, a equipe investiga a morte de uma mulher cujo corpo é encontrado no altar de uma igreja católica com indícios de rituais profanos. Além disso, há ainda uma discussão do celibato envolvendo o sacerdócio.
Os atores, todos desconhecidos para nós, tem boas atuações.
Crenças - Histórias de Horror (2ª Temporada)
2.9 41 Assista AgoraA segunda temporada abandonou o estilo documental da primeira, mas não achei ruim como a maioria dos comentários, que a consideram inferior à primeira.
O design de produção retratando diferentes épocas continuou ótimo, até melhor que na primeira temporada, como no quarto episódio com a bela representação de um relógio na torre de uma igreja na Idade Média, e o elenco também é acima da média.
1 - "Burke e Hare, em nome da ciência" - A história real dos dois assassinos irlandeses que matavam pessoas para vender seus corpos. Toda a miséria humana, material e de caráter retratada de forma crua.
2 - "Elizabeth Bathory, espelho, espelho meu - o episódio mais fantasioso da temporada, baseado na Condessa que matava jovens virgens para manter-se jovem com o sangue das vítimas.
3 - "Hinterkaifeck, fantasmas no sótão" - A narrativa é lenta, mostra o cotidiano de uma família no interior da Alemanha. Todos vão sendo assassinados um a um por alguém que estava escondido no celeiro da fazenda. Baseado em crime real, até hoje não solucionado.
4 - "O relógio de Praga, a maldição de Orlof" - O relógio na torre de uma igreja em Praga que amaldiçoa aqueles que tentam consertá-lo. Cenografia exuberante mostrando as engrenagens do enorme relógio durante o período em que a peste assolava a Europa.
5 - "Mary Webster, a bruxa de Hadley - Uma mulher é perseguida e assassinada em uma aldeia por que os aldeões acreditam que ela era bruxa. O fanatismo religioso que permeava em épocas passadas (e ainda hoje em dia) foi responsável por várias atrocidades.
6 - A vida do engenheiro de foguetes americano Jack Parsons, seu envolvimento com o ocultismo, a paixão pela segunda mulher Marjorie até sua morte em uma explosão em seu laboratório. Algumas passagens oníricas e delirantes, principalmente seu final.
Crenças - Histórias de Horror (1ª Temporada)
3.8 69 Assista AgoraÓtima série que adota o estilo documental para a partir de eventos reais que são dramatizados, "explicar" a origem de certas crenças e lendas que atravessam gerações.
Apesar de não ser uma super produção, a série tem um belo design de produção e capricha na ambientação e em seus figurinos para contar episódios de diversas épocas.
Nesta primeira temporada são seis segmentos independentes
1- "Eles fizeram um tônico", fala de uma época em que a medicina falhava em assegurar que uma pessoa estava morta, dando início às lendas sobre vampirismo e à expressão "salvo pelo gongo", já que em alguns casos se instalava um sino no túmulo para que caso o defunto não estivesse realmente morto, ele pudesse dar o alarme e ser salvo de morrer enterrado vivo.
2- "Ecos", fala sobre o criador da terrível prática da lobotomia, que em certa época foi usada como cura para transtornos psicológicos. O episódio que foge mais da proposta da série.
3- "Meias pretas" - No século 19, um homem acredita que sua esposa foi substituída por uma fada que roubou sua alma. Um recorte do machismo exacerbado, do medo da independência feminina, da mulher empoderada comparada a um demônio.
4- "Mandando bilhetes", no auge do movimento espiritualista, um homem acredita que pode se comunicar com os mortos.
5- "A fera interior" fala de uma época em que as pessoas acreditavam na existência de lobisomens e não só era uma figura vista no cinema.
6- Um garoto solitário fica obcecado pelo boneco que ganhou. Diz ser baseado em pessoas reais, histórias semelhantes são retratadas há anos pelo cinema como em "Chuck" e mais recentemente "Anabelle".
A Hora do Arrepio (1ª Temporada)
3.6 17Terror infanto-juvenil na linha "Contos da Cripta". São 22 episódios de cerca de 20 minutos cada nesta primeira temporada. Como em toda série de antologia, alguns episódios são bons e outros mais fracos.
O primeiro segmento "Realmente você" é o melhor, seguido pelo sexto "Uma criatura estava se mexendo" e o décimo nono "Luzes apagadas".
Clickbait (1ª Temporada)
3.6 203 Assista AgoraSérie que instiga e nos leva a acompanhar com tensão crescente concentrando a narrativa em diferentes personagens a cada episódio.
Como em várias outras produções, mostra os benefícios que o mundo digital nos trouxe e alerta também para os perigos nele contidos.
Acerta em lançar suspeitas sobre vários personagens em relação ao assassinato de Nick, lançando suspeitas sobre o próprio caráter da vítima, mas apela para a solução fácil de culpar um personagem que mal havia aparecido durante a série.
Boas atuações, numa mistura envolvente de suspense e drama.
La Casa de Papel (Parte 5)
3.7 527 Assista AgoraTodos devem saber a história do fenômeno "La casa de papel".
Foi feita uma temporada inicial pelo canal a cabo espanhol Antena 3. Netflix comprou, exibiu esta primeira temporada dividida em duas, sucesso imediato e mundial. Resolveu produzir mais temporadas, que foram até divertidas, porém desnecessárias. E como prolongar uma série que já havia sido encerrada com um final bem satisfatório? Inventando situações cada vez mais mirabolantes e absurdas.
Conseguiram soluções criativas, como trazer Berlim de volta a série em flashbacks, mas esta primeira parte da parte 5, definitivamente mostrou o esgotamento da série, e finalmente parece que teremos a despedida dos carismáticos ladrões em dezembro.
A parte mais espirituosa dessa temporada, foi o roubo do ouro idealizado por Berlim, que embora não tenha trazido grandes novidades, pelo menos foi divertido.
De resto, foi um exagero de batalhas, tiros e bombas, sempre com o intuito de criar tensão, como na morte apoteótica de Tóquio.
Mas tantas cenas de "guerra" ficaram cansativas e excessivas e a série sempre teve mais do que isso, mesmo em suas temporadas posteriores.
Esta foi a temporada (ou parte) mais fraca com certeza, esperemos que o final nos reserve algo mais criativo para uma série e personagens que nos conquistaram e divertiram durante anos.
O Inocente
4.0 305 Assista AgoraJá vi vários filmes de Oriol Paulo e sabemos o que esperar, sempre vários e engenhosos plot twists.
Este por tratar-se de uma série teve maior tempo para desenvolvimento dos personagens, mas em relação ao enredo achei que se revelou um tanto cansativo, situações que poderiam ser resolvidas e que se prolongaram desnecessariamente.
As reviravoltas foram menos criativas do que estamos acostumados nos filmes do Oriol, mas a série vale pela tensão crescente e o elenco talentoso.
Para quem não conhece o trabalho de Oriol Paulo, vale mais começar pelos filmes como os ótimos "Um contratempo", "Sequestro" e "O corpo".
Por Trás de Seus Olhos
3.7 574 Assista AgoraA série é um drama psicológico
que acaba virando um suspense sobrenatural. O lance da troca de corpos cria um final surpreendente com dois plot twists, a trocas de corpo de Rob com Adele e depois com Louise.
O elenco está bem, mas achei o ritmo extremamente lento, praticamente nada acontece nos 4 primeiros episódios, ou seja, toda a trama caberia perfeitamente em um filme de 2 horas.
Bridgerton (1ª Temporada)
3.8 483 Assista AgoraA série é baseada em livros de Julia Quinn, que eu não conhecia, mas tem o mesmo estilo daqueles livretos vendidos em bancas de jornais nos anos 70 e 80 da autoria de Barbara Cartland. Folhetins clichês, com romances que envolviam a nobreza britânica.
A produção da Netflix é caprichada, com belos cenários e figurinos, um casal central com bastante química, um protagonista masculino bonito e sedutor. O elenco secundário também é eficiente, com alguns personagens cativantes como as adoráveis Penelope, Eloise e Lady Danbury.
A série tem humor, romance e mistério na medida certa (a identidade da misteriosa Lady Whistledown, responsável pelo jornal que revela várias indiscrições da nobreza).
Para quem quer se distrair e não espera nenhuma obra sheakesperiana, é diversão garantida.
Tell Me a Story (2ª Temporada)
3.1 46Inferior a primeira temporada.
Ashley e Beau, mistura de "A bela e a fera" com toques de "O fantasma da ópera" virou um dramalhão típico de novela mexicana.
Os núcleos da "Cinderela" e "A bela adormecida" também tem situações repetitivas e que tornam a série cansativa.
Nem as referências aos contos de fada, desta vez mais sutis que na primeira, salvam esta segunda temporada.
A abertura, a exemplo da temporada anterior, continua muito bonita fazendo referências aos outros contos de fadas agora abordados.
Tell Me a Story (1ª Temporada)
3.6 111Fazendo analogias com conto de fadas, a série tem muitos aspectos daquelas para adolescentes, inclusive um dos plots é ambientado em um colégio.
Apesar dos clichês e exageros, principalmente nas cenas de luta, nas quais a personagem Hannah é praticamente uma ninja indestrutível, a série consegue envolver.
Interessante como os vários enredos vão aos poucos se conectando e também
as citações aos contos de fadas são bem inseridas.
Os três bandidos que usam máscaras de porcos (Os três porquinhos).
O professor que a princípio parece bonzinho, mas na verdade é o lobo mau (Chapeuzinho vermelho).
Hannah e Gabe, irmãos que voltam a casa materna e deixam migalhas para saber o caminho e recuperar o dinheiro, origem de todas as tragédias que ocorrem com eles (João e Maria).
A abertura é criativa e muito bonita, utilizando pinturas que "explicam" o desenvolvimento dos três plots que faz referência à contos de fadas.
Quem Matou María Marta?
3.4 44 Assista AgoraLongo, arrastado, repetitivo, tudo poderia ter sido contado em um ou dois episódios no máximo.
Envereda pelo mistério do assassinato, mostrando as gritantes falhas da investigação mas
quando se envereda por um mistério estilo "Agatha Christie", como sugere o título, e a maioria destes documentários sobre crimes famosos segue essa linha, é mais do que frustrante terminar sem nenhuma conclusão sobre os autores do assassinato.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraNa contramão da maioria dos comentários que vão de "sensacional" a "maravilhosa", achei a minissérie boa, com ótimas atuações, figurinos, fotografia, direção de arte e trilha sonora impecáveis.
Os dois primeiros episódios, focados na infância da protagonista, são melhores que o resto da série. Sim, tem empoderamento feminino, machismo, vício em drogas, superação, mas as longas cenas de jogos, nomes de jogadas, discussões sobre lances, situações que se repetem nos torneios de xadrez e tomam grande parte da narrativa, deixam o desenvolvimento arrastado e cansativo, apesar de toda a simbologia entre o xadrez e a vida.
Para mim a cena mais emocionante é quando Beth vai ao porão onde começou a jogar xadrez e percebe que o Sr. Shaible acompanhou toda sua trajetória, caindo no choro ao reconhecer como tinha negligenciado o responsável por todo o sucesso que havia conquistado e o carinho e orgulho que aquele homem havia nutrido por ela em todos aqueles anos sozinho naquele porão.
Boa, mas não para esse "hype" todo.
Belgravia
3.6 11Apesar de ser dos mesmos criadores de "Downton Abbey" não tem a qualidade dela.
A produção até é caprichada, belos cenários e figurinos, mas o casal protagonista tem química zero e o ritmo é bem arrastado.
Os muitos clichês seriam até perdoáveis se os personagens fossem mais cativantes.
Perde-se um tempo enorme com cenas absolutamente dispensáveis para depois fazer um último episódio bastante apressado, com as soluções acontecendo rapidamente demais.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 924 Assista AgoraEm "A maldição da residência Hill", temos um drama familiar com bastante foco no terror sobrenatural, já neste "A maldição da mansão Bly", temos pouco terror e mais drama/romance e espiritismo. Embora sejam enredos e propostas diferentes, ainda prefiro o horror que gelou a espinha em algumas cenas da primeira temporada.
No fundo é mesmo uma história de amor, com personagens e situações que já renderam a obra prima "Os inocentes" (1961), e outros personagens de outras obras de Henry James.
O elenco tem ótimas atuações, mas algumas cenas confusas e repetitivas, podem cansar um pouco.
Alguém entendeu
Se Hannah já estava morta, porque todos os personagens a viam e ela tocava nas pessoas e objetos? Todos os outros personagens eram mediuns?
Achei que o foco foi excessivo no espiritismo e no drama das almas aprisionadas na mansão.
Pequenos Incêndios Por Toda Parte
4.3 528 Assista AgoraA série tem o mérito de não ser maniqueísta, todos os personagens tem defeitos e qualidades, aliás mais defeitos.
É claro que tem clichês, coincidências de novela, dramas diversos, mas consegue abordar conflitos sociais, racismo velado, dramas familiares, maternidade, escolhas de vida, orientação sexual e outros temas, num caldeirão de emoções que vai ganhando intensidade com o desenrolar da trama.
Reese Whiterspoon faz um personagem bem semelhante ao que fez em "Big little lies" e tem uma performance segura. Já Kerry Washington está sempre puro "overacting" com caras e bocas exageradas que se repetem em todas as produções que atua. Pensava que era só eu que achava isso, já que a atriz ainda foi indicado ao Emmy, mas li vários comentários que dizem exatamente o que penso da atuação de Kerry.
E o fogo como metáfora é uma boa sacada, "os pequenos incêndios" vão se espalhando por toda parte, até o incêndio maior, real e metafórico, da desintegração total da família "perfeita".
Bom Dia, Verônica (1ª Temporada)
4.2 762 Assista AgoraA série tem méritos como ótimo elenco, trilha sonora, fotografia.
Não dá para escapar dos clichês, porque há milhões de séries e filmes estrangeiros com a mesma temática, então há muitas situações e cenas já vistas em outras produções.
Tainá Muller tem boa atuação, mas inferior aos excelentes Camila Morgado e Eduardo Moscovis.
O final com a morte forjada da protagonista, é bem clichê, assim como sua transformação em justiceira, mas é uma solução satisfatória.
Matar a sofredora Janete, sem um desejado final feliz, foi corajoso, embora em momento algum pareceu que ela sairia ilesa daquele inferno, porque além de Verônica, ninguém mais se predispôs a ajudá-la. E a fala do delegado Carvana "isso é caso pra delegacia de mulher, vai ser da homicídios se o desgraçado matar a coitada", explicita uma triste realidade.
Já pode mudar o título da série se houver uma segunda temporada para "Bom dia, Janete"
Ratched (1ª Temporada)
3.8 393 Assista AgoraTudo é deliciosamente exagerado, com seus personagens instáveis, seus cenários e figurinos fakes e absurdamente coloridos.
Acho que não existe preocupação com verossimilhança e desenvolvimento de personagens, como alguns comentários apontaram, é apenas Ryan Murphy na sua essência, irônico e bizarro.
O Alienista: O Anjo das Trevas (2ª Temporada)
4.1 98 Assista AgoraA série continua ótima em sua segunda temporada, com aquela reconstituição de época fantástica, de uma Nova York que contrastava ambientes luxuosos e miseráveis.
O elenco é perfeito, com atuações seguras, só que o enredo não é tão bom quanto a primeira temporada, por este motivo podemos dizer que esta temporada é inferior.
O médico alienista, é meio que deixado de lado e as ações se concentram no personagem da jovem e destemida detetive Sara, o que não é ruim, só deixa de dar o foco à psiquiatria e ao personagem que dá título à serie.
A atuação da atriz que é a vilã da vez, não vou dar nomes para não dar spoiler, é excelente e nos surpreende e envolve em seus transtornos psicóticos.
Perry Mason (1ª Temporada)
3.8 34 Assista AgoraExcelente reconstituição de época, atuação perfeita de Mathew Rhys acompanhado por um ótimo elenco.
Releitura de uma série bastante famosa nos anos 60, inspirada em um personagem protagonista de mais de 80 livros. A série da HBO opta por mostrar os primórdios do personagem, antes de ele se transformar no famoso advogado.
O enredo aborda um crime chocante, o sequestro de um bebê, que envolve desde a primeira cena e seus desdobramentos são cada vez mais bizarros.
Nas Montanhas da Coruja (1ª Temporada)
3.3 18 Assista AgoraSérie com ritmo pra lá de lento, muito cheia de mistérios e confusa.
Já foi difícil chegar até o final dessa, dureza aguentar outra temporada para saber como vão responder às muitas perguntas que ficaram em aberto.
Trigger: Gatilho Mental
4.4 17Mais uma ótima série que vem de um país que nós brasileiros não estamos acostumados a ver, Rússia.
Produção caprichada, ótimas atuações (principalmente do protagonista), bela fotografia.
Muitos aqui a definiram como "Dr. House da psicologia" e é mais ou menos isso mesmo. Um personagem arrogante, intragável, que usa de métodos radicais para "ajudar" seus pacientes e ao mesmo tempo enfrenta diversos conflitos em sua vida pessoal.
A revelação de que o filho da esposa de Artem era de seu pai, foi meio que previsível, mas explicitou a competição que existia entre pai e filho e era responsável pela tensão constante no relacionamento deles.
Os dois últimos episódios esclarecem os acontecimentos que haviam levado o excêntrico psicólogo para a prisão. A cena da conversa entre Artem e a mãe de seu paciente no telhado do edifício, culminando com o suicídio dela, é soberba.