a nova york do filme amanhece desolada duas vezes num intervalo de 24 horas. é terra de ninguém, um poço de memórias e sonhos que foi perfurado pelo tempo. dói perceber que uma vida inteira é pura suposição.
acho que a principal mensagem desse filme é que nada é definitivo. o amor do françois com a thérèse era como uma dádiva da natureza, um relacionamento idílico, de prazeres ao ar livre. com emilie, ele encontrou outro tipo de amor, mais programado, e por mais que ele achasse que era livre, sempre se encontrava com ela no apartamento ou na estação de correio. o que ele tem com ela só se liberta quando
quero comemorar uma ocasião especial tomando toddynho com quem eu gosto.
lukas moodysson e seus filmes com personagens adolescentes que vivem num mundo quase sem mediação de adultos. muito fácil reconhecer um quarto de jovem dos anos 90.
a iniciativa é mais do que válida, é acima de tudo bem executada. já tem muito documentário feito com o intuito de mostrar o que dá de errado na sociedade quando o assunto é discussão de gênero, então acho que não dá pra reclamar de "parcialidade" ou predileção por um tipo de narrativa, porque o filme se assume como um olhar de desconstrução de um problema, e não constatação. é no mínimo encorajador saber que existe um pastor por aí com uma visão tão aberta sobre os papeis do homem e da mulher na sociedade, colocando em cheque o que a Igreja diz sobre a relação homem-mulher. é encorajador também ver homens de todas as faixas etárias, de diferentes raças e partes do país, querendo ter contato físico com outros homens, com seus pais e seus amigos, querendo abraçar sem dar tapinha nas costas e beijar no rosto com vontade. eu sempre achei uma privação emocional muito grande essa distância física, essa barreira que colocamos em nossas relações. não tem nada mais gostoso que dar um longo e caloroso abraço num velho amigo. são imagens que deveriam ser mais vistas, deveriam ser normais. mas não são. então que bom que se fale sobre isso.
"eu vos saúdo maria, cheia de merda, o fruto de vossas entranhas é podre"
acho que esse filme é um trabalho de entrega. entrega de todo mundo envolvido na produção, e também do espectador, que tem que estar disposto a abrir a cabeça. mesmo pros dias de hoje, o discurso do filme é muito progressista para uma sociedade que ainda vive uma onda conservadora que se revela em discussões retrógradas de pessoas que se posicionam desfavoráveis ao aborto.
conforme o fim se aproxima, o olhar da isabelle huppert se intensifica, seu corpo adoece, seu rosto empalidece. os close-ups de sua expressão me lembraram os do filme "o martírio de joana d'arc", personagem também guilhotinada.
o curioso é notar que marie, sua personagem, é praticamente "imparável": seu marido não consegue domá-la, ninguém consegue detê-la. só o estado.
nada como encostar a cabeça na janela de uma cafeteria e observar todo mundo conversando e fazendo planos enquanto você está em silêncio, e sem saber pra onde ir depois
amor romântico não é necessariamente aquele bonitinho, plastificado. é um amor verdadeiro, mas não necessariamente ordenado, regrado. quando seymour carrega minnie, não existe uma "segurança masculina". ele quase não aguenta fazer força, é tão fragilizado quanto ela. seus gestos não são grandiosos, como de um protetor, um guardião, alguém que se empenha pra conseguir algo, mas impulsivos, frenéticos, explosivos. por isso até assusta. seymour esquece de ir ao banheiro por minnie. tem algo mais intenso e verdadeiro a se dizer do que isso?
eu pagaria facilmente um ingresso só pra ver o al pacino gritando todo corcunda, com um queixo do tamanho de uma tábua, atribuindo a nietschze a frase "um homem sem um plano não é um homem".
"nada morre para sempre, alguma coisa sempre fica"
enquanto eu via esse filme, a angústia que sempre me atormenta durante as noites foi embora. quando você começa a encarar a vida como um ciclo que nunca se completa, sempre se recicla, se torna menos doloroso conviver com o que restou e o que foi embora, ambos se tornam um só. ele não só trata da morte sem demagogia, sem moralismo, mas também é muito honesto quanto à como se apresenta: é um filme dirigido por uma mulher onde as mulheres têm força individual, cada uma vive em seu espaço com características próprias, e assim se colocam para o mundo. não são um bando de pessoas à serviço do sexo oposto. esses são os homens, talvez com exceção da personagem do dedo torto, mas ele se materializa pra morte, e não pra vida.
o final desse filme mascara a patologia da ingrid e opta pela sátira ao culto das celebridades, mas acaba tornando a questão da doença algo muito mais simplório do que é: com um clique, tudo se resolve. o filme não pede pra ser levado a sério, mas o tópico exigia mais responsabilidade por parte do diretor.
"eu prefiro ser um hipócrita do que permanecer sempre na mesma"
não me agrada muito o formato de "doc stage", parece mais um show de stand-up, mas é muito legal acompanhar a trajetória da banda. eles foram de moleques interessados em curtir o estilo de vida que a fama proporcionava a um grupo eclético, preocupado com o conteúdo. a amizade dos três é muito bonita também, dá pra ver que é verdadeira. saudades do adam yauch, vendo o doc o admirei ainda mais. um ser humano especial.
eu gosto muito mais do começo, do aprofundamento psicológico. quando o filme brinca de virar "a mosca", do cronenberg, acaba não mostrando o potencial do segundo. é difícil não comparar, mas, ao mesmo tempo, não sinto que a personagem da emily em "viagens alucinantes" tenha a mesma individualidade e o mesmo que espaço que a verônica em "a mosca". no filme de ken russell, a personagem feminina é muito mais um suporte para os estudos do protagonista, alguém de quem ele usa quando precisa, e alguém que precisa dele mais do que ele dela.
em "a mosca", aquele fim é o rompimento de um laço. deixar o grande amor ir é um ato de sobrevivência quando a pessoa envelhece e seu corpo apodrece. nesse filme acontece o contrário, o estado primitivo é o que une as personagens, uma conexão que reacende tudo e faz as coisas voltarem ao princípio: dois amantes, nus, como se fossem recém-chegados ao mundo.
ok, eu gosto oficialmente de baz luhrmann. ele conseguiu transformar romeu em julieta em um caleidoscópio dos anos 90, com toda a pompa de uma série adolescente, e o grande gatsby em um caleidoscópio dos anos 2010, com todos os excessos e os exageros da década. só não quero ver austrália pra não estragar o encanto.
no começo me senti folheando um livro surrealista, cada descrição me levava a um universo diferente, um mundo munido de subjetividade e imaginação. conforme o filme vai passando, o papo vai se convertendo em uma busca por verdades e certezas, ao mesmo tempo em que se preserva o mistério da vida. filosofia para leigos. adorei.
não tem a frieza do primeiro, mas é muito bom, especialmente durante a meia hora final, quando bill e beatrix põem as cartas na mesa e discutem sob um ponto de vista moral e ético o que foi feito até então. a citação do super-homem é muito boa: seriam todos heróis assassinos por natureza? kill bill: vol. 1 é a prática, kill bill: vol. 2 é a teoria.
conforme as temporadas passam, fica cada vez mais claro que a rory vive num mundo, da faculdade e dos avós, e a lorelai vive num outro, da pousada e de stars hollow. eu gosto muito mais do segundo, porque com ele vem junto todos os personagens engraçados e cativantes que moram lá. eu não imagino a série sem luke, kirk, jackson, sookie, michel, babette, sra. patty, taylor, lane e os parceiros de banda, sra. kim e gipsy. a série simplesmente não teria o mesmo apelo pra mim.
samuel l. jackson deu um tiro no de niro e logo depois soltou "your ass used to be beautiful".
não lembrava o quão gostoso de assistir esse filme era. vou ficar com "didn't i blow your mind this time?" na cabeça e lembrar do robert foster (r.i.p.) e da pam grier. deu até vontade de ter um carro pra ficar ouvindo músicas dos anos 70 por aí com a janela aberta.
a ideia realmente é muito boa, mas a execução é uma decepção pra quem gosta de beatles e um desperdício pra quem quer conhecer melhor. às vezes parece um filme do ed sheeran patrocinado pela banda, e não o contrário. as melhores partes são quando o filme não se leva a sério, quando faz piada com os fatos que não aconteceram ou não existiram na realidade da narrativa, como as pesquisas no google sobre coca-cola, oasis e harry potter.
a partir do momento em que o john aparece, tudo se torna piegas e quase intragável. mais um filme de hollywood que vende a ideia de amor inabalável quando na verdade todo mundo sabe que seria bem arriscado se declarar dessa forma e a chance de receber um não seria bem maior. o foco da história nem deveria ser esse, afinal o romance não é sólido o suficiente, mesmo que fosse uma obrigação ser retratado. não tem nada que me faça comprar esse enredo, achei super forçado. e também não vi muita evolução emocional do personagem, ele não parece ter aprendido tanta coisa.
queria ter visto mais do começo, achei a transformação muito acelerada. mas, como diversão, vale por cenas isoladas.
esse filme é uma grande piada que não tem fim. na verdade, parece que alguém tá contando uma história cheia de detalhes que você imagina que vai terminar de um jeito mas que segue um caminho muito particular porque a pessoa não sabe contar. a diferença é que hitchcock sabe, mas ele sabe mais ainda como manipular. a rima visual do garotinho com o corpo do morto é um exemplo disso. quem morreu? quem matou? pouco importa. o importante é o garotinho achar o corpo de novo pro filme recomeçar, como a piada que não termina. agora eu sei de onde danny boyle achou a inspiração pra cova rasa.
Smiley Face: Louca de Dar Nó
3.3 216moral do filme: o cotidiano é um pesadelo e o comunismo vai se espalhar pelo mundo
A Última Noite
3.8 219 Assista Agora"essa vida chegou perto de nunca acontecer"
a nova york do filme amanhece desolada duas vezes num intervalo de 24 horas. é terra de ninguém, um poço de memórias e sonhos que foi perfurado pelo tempo. dói perceber que uma vida inteira é pura suposição.
As Duas Faces Da Felicidade
4.0 120 Assista Agoraacho que a principal mensagem desse filme é que nada é definitivo. o amor do françois com a thérèse era como uma dádiva da natureza, um relacionamento idílico, de prazeres ao ar livre. com emilie, ele encontrou outro tipo de amor, mais programado, e por mais que ele achasse que era livre, sempre se encontrava com ela no apartamento ou na estação de correio. o que ele tem com ela só se liberta quando
thérèse morre, sem sabermos se ela se afogou ou se matou.
e passa a sentir saudades pela falecida esposa.
Amigas de Colégio
3.4 216quero comemorar uma ocasião especial tomando toddynho com quem eu gosto.
lukas moodysson e seus filmes com personagens adolescentes que vivem num mundo quase sem mediação de adultos. muito fácil reconhecer um quarto de jovem dos anos 90.
O Silêncio dos Homens
4.2 35a iniciativa é mais do que válida, é acima de tudo bem executada. já tem muito documentário feito com o intuito de mostrar o que dá de errado na sociedade quando o assunto é discussão de gênero, então acho que não dá pra reclamar de "parcialidade" ou predileção por um tipo de narrativa, porque o filme se assume como um olhar de desconstrução de um problema, e não constatação. é no mínimo encorajador saber que existe um pastor por aí com uma visão tão aberta sobre os papeis do homem e da mulher na sociedade, colocando em cheque o que a Igreja diz sobre a relação homem-mulher. é encorajador também ver homens de todas as faixas etárias, de diferentes raças e partes do país, querendo ter contato físico com outros homens, com seus pais e seus amigos, querendo abraçar sem dar tapinha nas costas e beijar no rosto com vontade. eu sempre achei uma privação emocional muito grande essa distância física, essa barreira que colocamos em nossas relações. não tem nada mais gostoso que dar um longo e caloroso abraço num velho amigo. são imagens que deveriam ser mais vistas, deveriam ser normais. mas não são. então que bom que se fale sobre isso.
Um Assunto de Mulheres
4.2 78"eu vos saúdo maria, cheia de merda, o fruto de vossas entranhas é podre"
acho que esse filme é um trabalho de entrega. entrega de todo mundo envolvido na produção, e também do espectador, que tem que estar disposto a abrir a cabeça. mesmo pros dias de hoje, o discurso do filme é muito progressista para uma sociedade que ainda vive uma onda conservadora que se revela em discussões retrógradas de pessoas que se posicionam desfavoráveis ao aborto.
conforme o fim se aproxima, o olhar da isabelle huppert se intensifica, seu corpo adoece, seu rosto empalidece. os close-ups de sua expressão me lembraram os do filme "o martírio de joana d'arc", personagem também guilhotinada.
Oslo, 31 de Agosto
3.9 194nada como encostar a cabeça na janela de uma cafeteria e observar todo mundo conversando e fazendo planos enquanto você está em silêncio, e sem saber pra onde ir depois
Assim Falou o Amor
4.1 24amor romântico não é necessariamente aquele bonitinho, plastificado. é um amor verdadeiro, mas não necessariamente ordenado, regrado. quando seymour carrega minnie, não existe uma "segurança masculina". ele quase não aguenta fazer força, é tão fragilizado quanto ela. seus gestos não são grandiosos, como de um protetor, um guardião, alguém que se empenha pra conseguir algo, mas impulsivos, frenéticos, explosivos. por isso até assusta. seymour esquece de ir ao banheiro por minnie. tem algo mais intenso e verdadeiro a se dizer do que isso?
Dick Tracy
3.2 141eu pagaria facilmente um ingresso só pra ver o al pacino gritando todo corcunda, com um queixo do tamanho de uma tábua, atribuindo a nietschze a frase "um homem sem um plano não é um homem".
A Excêntrica Família de Antonia
4.3 361"nada morre para sempre, alguma coisa sempre fica"
enquanto eu via esse filme, a angústia que sempre me atormenta durante as noites foi embora. quando você começa a encarar a vida como um ciclo que nunca se completa, sempre se recicla, se torna menos doloroso conviver com o que restou e o que foi embora, ambos se tornam um só. ele não só trata da morte sem demagogia, sem moralismo, mas também é muito honesto quanto à como se apresenta: é um filme dirigido por uma mulher onde as mulheres têm força individual, cada uma vive em seu espaço com características próprias, e assim se colocam para o mundo. não são um bando de pessoas à serviço do sexo oposto. esses são os homens, talvez com exceção da personagem do dedo torto, mas ele se materializa pra morte, e não pra vida.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista Agorao mais legal desse filme é que o louis viveu pra acompanhar a invenção do cinema e ver o nascer do sol quantas vezes ele quis numa tela
Pura Adrenalina
3.4 90adultos brincando de criança
Ingrid Vai Para o Oeste
3.3 234 Assista Agorao final desse filme mascara a patologia da ingrid e opta pela sátira ao culto das celebridades, mas acaba tornando a questão da doença algo muito mais simplório do que é: com um clique, tudo se resolve. o filme não pede pra ser levado a sério, mas o tópico exigia mais responsabilidade por parte do diretor.
Beastie Boys Story
4.3 19 Assista Agora"eu prefiro ser um hipócrita do que permanecer sempre na mesma"
não me agrada muito o formato de "doc stage", parece mais um show de stand-up, mas é muito legal acompanhar a trajetória da banda. eles foram de moleques interessados em curtir o estilo de vida que a fama proporcionava a um grupo eclético, preocupado com o conteúdo. a amizade dos três é muito bonita também, dá pra ver que é verdadeira. saudades do adam yauch, vendo o doc o admirei ainda mais. um ser humano especial.
Viagens Alucinantes
3.7 186eu gosto muito mais do começo, do aprofundamento psicológico. quando o filme brinca de virar "a mosca", do cronenberg, acaba não mostrando o potencial do segundo. é difícil não comparar, mas, ao mesmo tempo, não sinto que a personagem da emily em "viagens alucinantes" tenha a mesma individualidade e o mesmo que espaço que a verônica em "a mosca". no filme de ken russell, a personagem feminina é muito mais um suporte para os estudos do protagonista, alguém de quem ele usa quando precisa, e alguém que precisa dele mais do que ele dela.
em "a mosca", aquele fim é o rompimento de um laço. deixar o grande amor ir é um ato de sobrevivência quando a pessoa envelhece e seu corpo apodrece. nesse filme acontece o contrário, o estado primitivo é o que une as personagens, uma conexão que reacende tudo e faz as coisas voltarem ao princípio: dois amantes, nus, como se fossem recém-chegados ao mundo.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista Agoraok, eu gosto oficialmente de baz luhrmann. ele conseguiu transformar romeu em julieta em um caleidoscópio dos anos 90, com toda a pompa de uma série adolescente, e o grande gatsby em um caleidoscópio dos anos 2010, com todos os excessos e os exageros da década. só não quero ver austrália pra não estragar o encanto.
Meu Jantar com André
4.1 77no começo me senti folheando um livro surrealista, cada descrição me levava a um universo diferente, um mundo munido de subjetividade e imaginação. conforme o filme vai passando, o papo vai se convertendo em uma busca por verdades e certezas, ao mesmo tempo em que se preserva o mistério da vida. filosofia para leigos. adorei.
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista Agoranão tem a frieza do primeiro, mas é muito bom, especialmente durante a meia hora final, quando bill e beatrix põem as cartas na mesa e discutem sob um ponto de vista moral e ético o que foi feito até então. a citação do super-homem é muito boa: seriam todos heróis assassinos por natureza? kill bill: vol. 1 é a prática, kill bill: vol. 2 é a teoria.
Gilmore Girls: Tal Mãe, Tal Filha (5ª Temporada)
4.4 179 Assista Agoraconforme as temporadas passam, fica cada vez mais claro que a rory vive num mundo, da faculdade e dos avós, e a lorelai vive num outro, da pousada e de stars hollow. eu gosto muito mais do segundo, porque com ele vem junto todos os personagens engraçados e cativantes que moram lá. eu não imagino a série sem luke, kirk, jackson, sookie, michel, babette, sra. patty, taylor, lane e os parceiros de banda, sra. kim e gipsy. a série simplesmente não teria o mesmo apelo pra mim.
O Enigma de Outro Mundo
4.0 983 Assista Agorao sorriso do kurt russell na cena final é assustador
Jackie Brown
3.8 739 Assista Agoraeu ri muito quando o
samuel l. jackson deu um tiro no de niro e logo depois soltou "your ass used to be beautiful".
não lembrava o quão gostoso de assistir esse filme era. vou ficar com "didn't i blow your mind this time?" na cabeça e lembrar do robert foster (r.i.p.) e da pam grier. deu até vontade de ter um carro pra ficar ouvindo músicas dos anos 70 por aí com a janela aberta.
Yesterday: A Trilha do Sucesso
3.4 1,0Ka ideia realmente é muito boa, mas a execução é uma decepção pra quem gosta de beatles e um desperdício pra quem quer conhecer melhor. às vezes parece um filme do ed sheeran patrocinado pela banda, e não o contrário. as melhores partes são quando o filme não se leva a sério, quando faz piada com os fatos que não aconteceram ou não existiram na realidade da narrativa, como as pesquisas no google sobre coca-cola, oasis e harry potter.
a partir do momento em que o john aparece, tudo se torna piegas e quase intragável. mais um filme de hollywood que vende a ideia de amor inabalável quando na verdade todo mundo sabe que seria bem arriscado se declarar dessa forma e a chance de receber um não seria bem maior. o foco da história nem deveria ser esse, afinal o romance não é sólido o suficiente, mesmo que fosse uma obrigação ser retratado. não tem nada que me faça comprar esse enredo, achei super forçado. e também não vi muita evolução emocional do personagem, ele não parece ter aprendido tanta coisa.
O Terceiro Tiro
3.7 145 Assista Agoraesse filme é uma grande piada que não tem fim. na verdade, parece que alguém tá contando uma história cheia de detalhes que você imagina que vai terminar de um jeito mas que segue um caminho muito particular porque a pessoa não sabe contar. a diferença é que hitchcock sabe, mas ele sabe mais ainda como manipular. a rima visual do garotinho com o corpo do morto é um exemplo disso. quem morreu? quem matou? pouco importa. o importante é o garotinho achar o corpo de novo pro filme recomeçar, como a piada que não termina. agora eu sei de onde danny boyle achou a inspiração pra cova rasa.