Não entendi muito bem o desânimo da galera com filme. O efeito Interstelar faz elas pensarem que todo filme de exploração espacial precisa ter uma jornada pseudo-épica com emoções idealizadas.
O filme mostra justamente uma exploração no curto prazo do nosso tempo, misturada com iniciativa privada e pública e com tecnologias que são um pouco mais avançadas que a nossa. E o melhor, não existe "aventura", já que ir para o espaço não é se aventurar, é correr um risco onde a probabilidade menor é estar vivo e não o inverso (morrer). Esse filme é uma ótima história pragmática de como devemos encarar o universo: sem idealizações, sem reivindicar os nossos próprios problemas humanos.
Lembrem-se que antes dos navegadores europeus acharem o Novo Mundo, fora mais de um milênio morrendo entre o Mediterraniano e o Atlântico. Se foi difícil assim explorar o nosso próprio globo, o que dizer do grandioso universo?
O filme é baseado na peça do Shakespeare sobre o rei medieval Henrique V e, por tal, não espere historicidade na trama; por outro lado você encontrará o roteiro clássico do Shakespare: idealização de uma persona "comum" para torná-la um herói nacional, tramas políticas lastreadas com um conflito interno - Barroco - e ainda uma traição inesperada.
É um bom filme, mas difícil dizer que memorável. Por mais que ele possua uma fotografia marcante e um estilo realista de mostrar a Idade Média, o que inclui suas batalhas, falta originalidade. O roteiro do Shakespeare foi transplantando sem muitas modificações que o tornasse mais concorrente ao cenário atual de filmes; os personagens são ruins, com exceção de dois ou três, sendo o auge da péssima qualidade o delfim interpretado pelo Robert Pattinson - que nada mais é que um vilão estereotipado -; o filme chega a ter uma cena idêntica à Batalha dos Bastardos de Game of Thrones.
Fica o destaque para a atuação, essencialmente do protagonista e a retratação fiel da época.
Falta uma cativação melhor pra pegar o espectador que já sabe o final de tudo. Não adianta criar tensão demasiada se o espectador sabe que no final o homem vai chegar na lua. Tudo bem, nem todos sabem como foi o processo exato, mas o filme também não é nenhum documentário sobre isso. Hora o filme quer ser um recorte na visão americana, hora quer passar o perigo soviético; hora quer ser patriótico, hora quer ser universal através dos sentimentos humanos. Dava pra mesclar todos de uma boa forma? Dava. Só não dava misturar isso em cena sim, cena não.
É um bom filme, mas que sinceramente não vai integrar um rol de películas inesquecíveis.
Os seus conceitos do que é um bom figurino serão atualizados neste filme. Também destaco a atuação das três atrizes principais. Excepcional vê-las (especialmente por tirar a Emma Stone daqueles filminhos xexelentos e a colocar em posição de ver seu brilho)
Confesso que não conhecia aprofundadamente a história da Rainha Ana, mas duvido muito que ela era aquele ser ingênuo politicamente.
O filme é bom e será melhor apreciado se você gosta de uma obra técnica com um roteiro suficiente e uma tensão inesquecível. O filme se expressa muito pela sua linguagem visual, possui uma crítica social por trás e a atuação é competente na maior parte das vezes (sim, são excelentes atores, mas não da pra engolir algumas reações forçadas).
Eu gostei muito, é o tipo de filme de horror que eu gosto, que se baseia no horror mental do espectador.
Mas acho que tudo isso é uma material de entretenimento, o filme tem uma crítica pra mostrar e ele faz isso muito bem. Perceba que no filme o elenco "importante" é negro, os figurantes e trabalhadores braçais são os brancos. A família branca que possui algum peso na história é um esteriótipo de casamento branco de classe média. Também vejo a fala da sombra no inicio do filme como uma analogia aos americanos negros, onde ela diz "nós somos americanos". Somos humanos como vocês (brancos); sentimos a dor como vocês, choramos como vocês e temos filhos assim como vocês também tem. Por que, então, somos deixados para ficar apenas com as migalhas do sistema liberal? Os piores empregos, as piores oportunidades e morando nos piores bairros. Por que as famílias brancas vão aos parques de diversão com seus filhos enquanto as nossas crianças ficam expostas lugares insanos, instáveis e perigosos (a primeira cena do filme e a cena final explicam melhor isso).
Se o sonho americano existe e é universal, ele deveria assim ser para todos os americanos, independente.
É triste saber que isso aconteceu e ainda ocorre muito no Leste Europeu. A sociedade russa (grosso da URSS) é totalmente conservadora (maior prova que as pautas sociais da URSS não tem nada a ver com as pautas progressistas da esquerda europeia/latina). A situação Lilya acabou sendo um extrato de duas coisas: 1) Falta de estrutura familiar; 2) Falta de base econômica-social em seu país. O primeiro também é consequência do segundo. Sua mãe saiu do país e a abandonou porque não havia o que crescer neste lugar. Quis tanto sair dali que saiu e jogou a filha no lixo na primeira oportunidade. Lilya era filha de mãe solteira, que já frequentava pouco a escola, que já vivia em um bairro perigoso e na margem da sociedade. No auge do seu sofrimento o próprio Estado sabia que ela estava abandonada e o que fizeram? Deixaram pra lá. A própria quer acreditar que Andrei não é uma pessoa ruim, que dará um futuro pra ela. Ela vê Andrei como o seu principe do Cavalo Branco, que finalmente a vida irá compensá-la por toda amargura que teve. Não, Lilya, Andrei não é o homem que todos os espectadores queriam que fosse.
Ela tentou lutar até o fim e é dificil criticar a sua escolha final. Quantos de nós não teriamos decido o que ela decidiu muito antes? Quem somos nós sem o que nos faz "nós". Quem é você sem sua familia, seu lar, seus entes mais queridos; sem um pingo de estrutura?
O filme é um espetáculo de animação no nível Pixar que vocês conhecem. Não esperem nada genial como o primeiro filme, mas de fato é bom (talvez um pouco previsível na trama, mas ainda bom).
De um modo geral foi um filme neutro pra mim. Ele de fato não tem nenhum ar de novidade ou algo surpreendente, mas cumpre bem o seu papel na expectativa.
Em meio há tantos filmes de terror repetidos ou que se baseiam o click-susto, esse conseguiu se destacar ao menos em abordar um tema mais psicológico e de aterrorizante dentro do seu próprio tema, sem depender de sustinhos like a clichê.
É um filme espetacular. Eu diria que é o melhor trabalho do Shinkai, onde ele sai do romantismo baseado na realidade que me deixava em alguns filmes dele (Jardim das Palavras cof cof) e procura balancear o fantástico com o idealismo.
Esse filme é uma linda história, não por ela em sim mas pela narrativa/direção/trilha sonora/visual da obra, pegando um teor simples e elevando para um emocionante e comovente filme.
Gostei do filme, me fez repensar até como eu consumo o que está em minha volta. Só achei a engrenagem do filme um pouco fraca, a morte da mãe deles parece ser meio sem emoção, só com sentimento simulado... Sei lá, achei estranho.
Funciona muito bem como um curta. Começo com uma introdução à mensagem e uma conclusão dela no final, com ar de quero mais e o entendimento do tema da obra.
O filme é excepcional, não teve um minuto que desloquei a minha atenção da obra. Tensa, estilosa e com um certo tom romancista, a trama segue uma pseudo jornada do herói que se apaixona por algo fora do seu mundinho que na realidade o trai todos os dias (e no filme). Cheio de ironias com o a linguagem corporal e de figurino dos personagens, o roteiro pega um conceito genérico de romance que vai e vem, mas estando com o pé no seu próprio chão e casando com um ambiente de violência único que acaba tornando a obra algo novo, não mais um dentro do meio.
Ainda sim o que me chamou atenção no filme é atuação do elenco e como todos tem seus sentimentos interligados através do jogo de iluminação que o filme faz. E por falar em iluminação, essa estava incrível... Casada com os momentos "mudos" do filme, ela faz o ambiente de tensão acontecer.
No final, o "herói" decide continuar no seu mundo, isolado mas seguro de si mesmo e dos outros. Egocêntrico e desleixado com o ramo social, ele decide que sim, ele é mais importante, mesmo que ainda ame ela.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 853 Assista AgoraNão entendi muito bem o desânimo da galera com filme. O efeito Interstelar faz elas pensarem que todo filme de exploração espacial precisa ter uma jornada pseudo-épica com emoções idealizadas.
O filme mostra justamente uma exploração no curto prazo do nosso tempo, misturada com iniciativa privada e pública e com tecnologias que são um pouco mais avançadas que a nossa. E o melhor, não existe "aventura", já que ir para o espaço não é se aventurar, é correr um risco onde a probabilidade menor é estar vivo e não o inverso (morrer). Esse filme é uma ótima história pragmática de como devemos encarar o universo: sem idealizações, sem reivindicar os nossos próprios problemas humanos.
Lembrem-se que antes dos navegadores europeus acharem o Novo Mundo, fora mais de um milênio morrendo entre o Mediterraniano e o Atlântico. Se foi difícil assim explorar o nosso próprio globo, o que dizer do grandioso universo?
O Rei
3.6 406O filme é baseado na peça do Shakespeare sobre o rei medieval Henrique V e, por tal, não espere historicidade na trama; por outro lado você encontrará o roteiro clássico do Shakespare: idealização de uma persona "comum" para torná-la um herói nacional, tramas políticas lastreadas com um conflito interno - Barroco - e ainda uma traição inesperada.
É um bom filme, mas difícil dizer que memorável. Por mais que ele possua uma fotografia marcante e um estilo realista de mostrar a Idade Média, o que inclui suas batalhas, falta originalidade. O roteiro do Shakespeare foi transplantando sem muitas modificações que o tornasse mais concorrente ao cenário atual de filmes; os personagens são ruins, com exceção de dois ou três, sendo o auge da péssima qualidade o delfim interpretado pelo Robert Pattinson - que nada mais é que um vilão estereotipado -; o filme chega a ter uma cena idêntica à Batalha dos Bastardos de Game of Thrones.
Fica o destaque para a atuação, essencialmente do protagonista e a retratação fiel da época.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraA História Social é marcada pela derrota dos movimentos populares; haverá um dia diferente?
O Caso de Hana e Alice
3.8 20Um raríssimo caso de filmes slice of life que te prendem apenas mostrando o cotidiano
O Primeiro Homem
3.6 649 Assista AgoraFalta uma cativação melhor pra pegar o espectador que já sabe o final de tudo. Não adianta criar tensão demasiada se o espectador sabe que no final o homem vai chegar na lua. Tudo bem, nem todos sabem como foi o processo exato, mas o filme também não é nenhum documentário sobre isso. Hora o filme quer ser um recorte na visão americana, hora quer passar o perigo soviético; hora quer ser patriótico, hora quer ser universal através dos sentimentos humanos. Dava pra mesclar todos de uma boa forma? Dava. Só não dava misturar isso em cena sim, cena não.
É um bom filme, mas que sinceramente não vai integrar um rol de películas inesquecíveis.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraOs seus conceitos do que é um bom figurino serão atualizados neste filme. Também destaco a atuação das três atrizes principais. Excepcional vê-las (especialmente por tirar a Emma Stone daqueles filminhos xexelentos e a colocar em posição de ver seu brilho)
Confesso que não conhecia aprofundadamente a história da Rainha Ana, mas duvido muito que ela era aquele ser ingênuo politicamente.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraAh, tem uma fotografia boa, vai.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraO filme é bom e será melhor apreciado se você gosta de uma obra técnica com um roteiro suficiente e uma tensão inesquecível. O filme se expressa muito pela sua linguagem visual, possui uma crítica social por trás e a atuação é competente na maior parte das vezes (sim, são excelentes atores, mas não da pra engolir algumas reações forçadas).
Eu gostei muito, é o tipo de filme de horror que eu gosto, que se baseia no horror mental do espectador.
Mas acho que tudo isso é uma material de entretenimento, o filme tem uma crítica pra mostrar e ele faz isso muito bem. Perceba que no filme o elenco "importante" é negro, os figurantes e trabalhadores braçais são os brancos. A família branca que possui algum peso na história é um esteriótipo de casamento branco de classe média. Também vejo a fala da sombra no inicio do filme como uma analogia aos americanos negros, onde ela diz "nós somos americanos". Somos humanos como vocês (brancos); sentimos a dor como vocês, choramos como vocês e temos filhos assim como vocês também tem. Por que, então, somos deixados para ficar apenas com as migalhas do sistema liberal? Os piores empregos, as piores oportunidades e morando nos piores bairros. Por que as famílias brancas vão aos parques de diversão com seus filhos enquanto as nossas crianças ficam expostas lugares insanos, instáveis e perigosos (a primeira cena do filme e a cena final explicam melhor isso).
Se o sonho americano existe e é universal, ele deveria assim ser para todos os americanos, independente.
Para Sempre Lilya
4.2 868É triste saber que isso aconteceu e ainda ocorre muito no Leste Europeu. A sociedade russa (grosso da URSS) é totalmente conservadora (maior prova que as pautas sociais da URSS não tem nada a ver com as pautas progressistas da esquerda europeia/latina). A situação Lilya acabou sendo um extrato de duas coisas: 1) Falta de estrutura familiar; 2) Falta de base econômica-social em seu país. O primeiro também é consequência do segundo. Sua mãe saiu do país e a abandonou porque não havia o que crescer neste lugar. Quis tanto sair dali que saiu e jogou a filha no lixo na primeira oportunidade. Lilya era filha de mãe solteira, que já frequentava pouco a escola, que já vivia em um bairro perigoso e na margem da sociedade. No auge do seu sofrimento o próprio Estado sabia que ela estava abandonada e o que fizeram? Deixaram pra lá. A própria quer acreditar que Andrei não é uma pessoa ruim, que dará um futuro pra ela. Ela vê Andrei como o seu principe do Cavalo Branco, que finalmente a vida irá compensá-la por toda amargura que teve. Não, Lilya, Andrei não é o homem que todos os espectadores queriam que fosse.
Ela tentou lutar até o fim e é dificil criticar a sua escolha final. Quantos de nós não teriamos decido o que ela decidiu muito antes? Quem somos nós sem o que nos faz "nós". Quem é você sem sua familia, seu lar, seus entes mais queridos; sem um pingo de estrutura?
Youth
4.0 6A Juventude é uma expressão de uma idade; a arte é a expressão de seu tempo.
Se os Gatos Desaparecessem do Mundo
3.9 28Um filme que responde dentro dele mesmo a importância dos filmes :) goxtei
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraFilmaço. Puxa atenção do começo ao fim.
Os Incríveis 2
4.1 1,4K Assista AgoraO filme é um espetáculo de animação no nível Pixar que vocês conhecem. Não esperem nada genial como o primeiro filme, mas de fato é bom (talvez um pouco previsível na trama, mas ainda bom).
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraPela primeira vez em muito tempo dou nota máxima pra um filme sem medo aqui no Filmow
Vozes da Escuridão
3.2 244De um modo geral foi um filme neutro pra mim. Ele de fato não tem nenhum ar de novidade ou algo surpreendente, mas cumpre bem o seu papel na expectativa.
Em meio há tantos filmes de terror repetidos ou que se baseiam o click-susto, esse conseguiu se destacar ao menos em abordar um tema mais psicológico e de aterrorizante dentro do seu próprio tema, sem depender de sustinhos like a clichê.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraÉ um filme espetacular. Eu diria que é o melhor trabalho do Shinkai, onde ele sai do romantismo baseado na realidade que me deixava em alguns filmes dele (Jardim das Palavras cof cof) e procura balancear o fantástico com o idealismo.
Esse filme é uma linda história, não por ela em sim mas pela narrativa/direção/trilha sonora/visual da obra, pegando um teor simples e elevando para um emocionante e comovente filme.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUm belo exemplo de drama que não gira em torno do fato dramático, mas da dor e casualidades sofrida no pós.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraGostei do filme, me fez repensar até como eu consumo o que está em minha volta. Só achei a engrenagem do filme um pouco fraca, a morte da mãe deles parece ser meio sem emoção, só com sentimento simulado... Sei lá, achei estranho.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraSó achei que os vilões foram ruins demais. De resto é um bom filme, vá ao cinema assistir pensando em algo redondo sem muitas apostas.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraQue filme amigos! Isso aqui é uma obra de arte que deixa o coração humano nu!
Westworld (1ª Temporada)
4.5 1,3KTô ansioso pra segunda temporada, afinal o plano é substituir Game of Thrones na grade da HBO.
Shelter
4.1 5Funciona muito bem como um curta. Começo com uma introdução à mensagem e uma conclusão dela no final, com ar de quero mais e o entendimento do tema da obra.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraO filme é excepcional, não teve um minuto que desloquei a minha atenção da obra. Tensa, estilosa e com um certo tom romancista, a trama segue uma pseudo jornada do herói que se apaixona por algo fora do seu mundinho que na realidade o trai todos os dias (e no filme). Cheio de ironias com o a linguagem corporal e de figurino dos personagens, o roteiro pega um conceito genérico de romance que vai e vem, mas estando com o pé no seu próprio chão e casando com um ambiente de violência único que acaba tornando a obra algo novo, não mais um dentro do meio.
Ainda sim o que me chamou atenção no filme é atuação do elenco e como todos tem seus sentimentos interligados através do jogo de iluminação que o filme faz. E por falar em iluminação, essa estava incrível... Casada com os momentos "mudos" do filme, ela faz o ambiente de tensão acontecer.
No final, o "herói" decide continuar no seu mundo, isolado mas seguro de si mesmo e dos outros. Egocêntrico e desleixado com o ramo social, ele decide que sim, ele é mais importante, mesmo que ainda ame ela.
O Rapaz e o Monstro
4.2 141 Assista AgoraUm filme redondo, emocionante e bem produzido! Recomendo.