"Desfilando num eterno baile de fantasias, como diz meu amigo Nelson Silva, Tim Burton e Johnny Depp parecem ser feitos um para o outro: este adora papéis excêntricos, e aquele adora criá-los. Duma parceria de oito filmes (contando com Sombras da Noite), sendo “Ed Wood” o maior mérito da dupla, é óbvio que alguns frutos podres são produzidos e usados pelos detratores da dupla como argumento mor para acabar com a mesma. Claro, “Alice no País das Maravilhas” é extremamente insosso (e até vergonhoso), mas não anula a qualidade de “Edward, Mãos de Tesoura”, por exemplo. Dito isso, há de se observar duas coisas: a dobradinha Burton-Depp é um tanto quanto criativa, e “Sombras da Noite” é um tanto quanto decepcionante - e cafona."
"Enquanto a Marvel dispara na indústria cinematográfica no campo do live-action, realizando, inclusive, o filme-evento d’Os Vingadores, é inegável que a DC Comics produz animações muito mais interessantes e bem cuidadas que o estúdio “rival”. Só recentemente, lançaram obras que agradam não só ao exigente público nerd como ao leigo (convenhamos, é um feito e tanto), como “A Morte do Superman”, “Lanterna Verde: Primeiro Vôo” e “Batman: O Cavaleiro de Gotham”. Esta animação não foge ao padrão de qualidade estabelecido pelo estúdio, presenteando o público com uma desmitificação da imagem do Robin almofadinha criada no Cinema por Batman e Robin, por exemplo."
"Consequência do sucesso de "Batman Begins" e "Batman – O Cavaleiro das Trevas", Batman – O Cavaleiro de Gotham se passa entre esses longas-metragens dirigidos por Christopher Nolan. Embora a proposta soe fajuta e forçada demais, o resultado final desta animação divida em vários segmentos e com uma estética das animações japonesas (famosos animes) é tão gratificante quanto surpreendentemente original."
Leia o texto completo no especial Batman no Cinema, do Lumi7:
"Edgar Allan Poe foi um gênio. Desnudando seus personagens e expondo os desejos e características mais obscuras da psique humana, o escritor americano continua a aterrorizar seus leitores. O Corvo, dirigido por James McTeigue, não contém um décimo do terror dos contos e poemas do autor, nem da profundidade psicológica de seus textos. É, portanto, tão desrespeitoso quanto a atitude dos contemporâneos de Allan Poe retratados no filme, e tão vergonhoso quanto os escritores criticados por este."
"No Brasil, em 1968, foi lançado “O Bandido da Luz Vermelha”. Um marco no cinema brasileiro, se consagrando como o maior representante do cinema marginal, o filme de Rogério Sganzerla contava com Helena Ignez no elenco, a musa de tal movimento cinematográfico. Anos depois, Rogério escreveu o roteiro de uma continuação de seu clássico, mas faleceu sem poder finalizar o projeto. Helena, sua esposa há anos,decidiu continuar o projeto de seu marido, pegando seu roteiro e assumindo a direção do mesmo. A continuação, intitulada Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, é feita com um visível carinho, por ter sido realizada por uma equipe com enorme apreço pela obra e pessoa de Rogério Sganzerla. Isso, porém, não basta."
"Extremamente banalizada pela geração iPod, Marilyn Monroe virou filósofa da internet e é pouco conhecida pelos seus supostos fãs, por aquilo que realmente foi: uma atriz, estrela de cinema e símbolo sexual. Não só isso, mas um ser humano complexo e de vida conturbada, que morreu jovem deixando material rico suficiente para uma cinebiografia. Sete Dias com Marilyn, ainda que travestido de romance, é, no fundo, uma biografia da atriz, que erra em não colocá-la como protagonista absoluta."
"O diretor Edgar Navarro, em seu discurso de apresentação de O Homem que Não Dormia, disse algo como “meus filmes transitam entre o estranho e o sublime”. Não posso julgar se a afirmação é completamente verdadeira, tendo em vista que nunca vi nada de sua filmografia, mas julgando por seu novo filme, é verdade. Os seus personagens são excêntricos e cativantes, são líricos e folclóricos. É provável, inclusive, que muitos não suportem toda a excentricidade de O Homem que Não Dormia, que garante cenas – para muitos – perturbadoras."
"Comumente alvo de um preconceito abominável por sua capa e premissa nada convidativas, somados a uma baixa divulgação, Bagdad Café é um dos filmes mais belos e, infelizmente, esquecidos pelos cinéfilos que seguem somente o cânone da 7ª arte. Realizado com muito (digo: muito) esmero, esta produção independente é uma verdadeira ode à amizade."
"Firmando-se como um dos diretores mais autorais e instigantes do atual cenário cinematográfico nacional, Heitor Dhalia realizou três longas-metragem no território brasileiro, sendo eles: "Nina", "O Cheiro do Ralo" e "À Deriva". Ainda que com uma carreira pequena, surpreendeu o mundo e foi convidado para sua estreia em terras ianques, com o suspense 12 Horas. Em entrevistas, revelou ter trabalhado sob pressão do estúdio, sem muita força de voz no projeto. O resultado é óbvio: uma produção integralmente Hollywoodiana – sem muito do Dhalia que conhecemos (no sentido autoral, não qualitativo). De forma alguma, no entanto, o resultado é negativo. Pelo contrário, abraçar Hollywood mostrou-se muito esperto e corajoso."
"Num mundo de aparências como o nosso, a busca pela beleza artificial é cada vez mais constante e presente na sociedade. Dessa forma, o roteiro de Diablo Cody soa mais oportuno e atual do que nunca."
"Alek Keshishian e Madonna, responsáveis pelo roteiro, desenvolvem bem os romances – Edward/Wally e Wallis/Evgeni -, tornando-os tragáveis (principalmente o segundo), embora se valham de antigas fórmulas do amor proibido para constituir um deles. O problema está nos coadjuvantes descartados - ou você não se pergunta o que aconteceu com o Ernest ou o marido de Wallis, em certo ponto da trama? Além disso, a dupla busca estabelecer semelhanças absurdas e inverossímeis entre as duas protagonistas do filme, sem antes nos apresentar uma justificativa plausível para tal. Chegam ao nonsense de incluir diálogos entre uma projeção de Wally, fruto da imaginação de Wallis, com esta, forçando ainda mais o paralelo entre as personagens, por mais que qualquer esforço seja em vão, pois não há elementos suficientes para que tracemos a relação entre as duas."
"Muita gente sonha em ter superpoderes. Provavelmente você já se imaginou pulando de prédio em prédio por Nova York, através de teias; voando com uma cueca vermelha sobre a calça; sendo um milionário pegador cheio de parafernálias úteis. Eu mesmo, ao ver o primeiro filme do Homem-Aranha no cinema (já assistindo pela quarta vez), tentei soltar teia de baixo da poltrona, durante a projeção. A questão é: como utilizar seus dotes sobre-humanos? Por mais que a frase proferida por Tio Ben soe genérica ao ser retirado de seu contexto original, faz muito sentido aqui: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. O que um jovem problemático faria com seus poderes? Eles poderiam ser utilizados de forma destrutiva se saíssem do controle?"
"Durante toda minha infância eu sempre fui grande fã de quadrinhos. Desde moleque já era aficionado pelo Homem-Aranha, que eu aprendi a colecionar em qualquer mídia até os dias de hoje, nos quais infelizmente, os quadrinhos continuam mordendo ferozmente meu saldo mensal. Posto isto, não poderia ser mais contraditório ao dizer que nunca li absolutamente nada de Tintim. Minha infância foi povoada pela inocência e maniqueísmo dos gibis norte-americanos, temo dizer. Óbvio que me é familiar toda a esfera que engloba as obras de Hergé, não apenas pelo fato de viver nesse ambiente, mas principalmente porque é talvez uma das maiores obras européias do século 20 de gigante influência. Se você possuir um mínimo de conhecimento sobre essa bolha pop que foi o último século, você sabe quem é Tintim."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "AS AVENTURAS DE TINTIM":
"Apresentado ao mundo no ano de 2004, em “Shrek 2”, o ilustre gato de botas, na voz de Antonio Banderas, era, realmente, uma das maiores qualidades da franquia. Com estilo galante, de botas e chapéu, sotaque hispânico e dominando a luta com uma espada, o felino é inevitavelmente encantador. Agora ele ganha um filme próprio. Surgindo claramente como mais um dos vários caça-níqueis – o 3D nitidamente sem propósito narrativo reforça a ideia - da Dream Works, O Gato de Botas consegue pelo menos divertir."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "O GATO DE BOTAS":
"Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids, no original) tem uma ideia simples mas interessante. É, basicamente, uma versão povoada por mulheres daquelas “comédias de constrangimento” comumente associadas a homens. E apenas isso já permite aos roteiristas sacarem agradáveis surpresas para a criação de gags e situações cômicas que carreguam os traços femininos como parte essencial de seu humor. Mas Missão Madrinha de Casamento não seria tão engraçado se simplesmente seguisse o caminho da inversão de gênero, já que o que as “comédias masculinas” (uma distinção estúpida, é verdade) de qualidade têm como mérito não é o fato de voltarem suas tramas para personagens homens, e sim por simplesmente conterem piadas boas e um humor que é desenvolvido de forma astuta e/ou inteligente."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "MISSÃO MADRINHA DE CASAMENTO":
"Margin Call - O Dia Antes do Fim, assim como o subtítulo nacional já anuncia, desenvolve sua narrativa a 24 horas da crise econômica de 2008 explodir para todo o mundo. O longa nos situa dentro de um banco de investimentos financeiros claramente inspirado no Lehman Brothers, uma das principais empresas bancárias a ser afetada pela crise na época. Assim sendo, o filme não nos oferece a explosão; retém-se a um dia dela e nos confidencia a implosão, aquela que se deu primeiro e que afetou internamente os responsáveis por causá-la."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "MARGIN CALL - O DIA ANTES DO FIM":
"Os últimos dez anos de carreira de George Clooney foram marcados por bom entretenimento, produções maduras envolvendo questões políticas, sociais dentre outras de grande relevância para sociedade americana. Nesta última década, o ator do seriado Plantão Médico tornou-se um dos nomes mais respeitados de Hollywood, não por sua boa aparência, mas por suas escolhas sensatas, como fetiche de Steven Soderberg e dos irmãos Coen, além de iniciar uma carreira de diretor promissor e competente que muito aprendeu durante o convívio com seus amigos por trás das câmeras. Em seu quarto trabalho no posto de diretor, juntou um time de peso pra realizar este drama político firme, empolgante, ágil e eficiente."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "TUDO PELO PODER":
"O filme iraniano do diretor Asghar Farhadi é realmente um petardo. Tem conquistado premiações ao longo do ano passado e do corrente, e na bagagem já traz o Urso de Ouro em Berlim 2011, dois de prata pelo conjunto das interpretações masculina e feminina e o Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira, com grandes chances de abocanhar também o Oscar na mesma categoria. O sucesso da obra contrasta com o sombrio momento pelo qual atravessa o prolífico cinema do Irã, cujo governo ditatorial tem sido conhecido por sua rigidez com cineastas locais, condenando e prendendo diretores como Jafar Panahi (“O Balão Branco”) e Mojtaba Mirtahmasb (“Isto Não É Um Filme”). Por mais indigesto que isso possa parecer, o contexto político e principalmente social do país é um dos grandes trunfos que fazem com que essa obra venha conquistando platéias ao redor de todo o mundo."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "A SEPARAÇÃO":
"O cenário atual do cinema norte-americano se encontra com pastiches, adaptações e remakes ao exagero. O terceiro citado acontece por mera preguiça de ler legendas dos estadunidenses, gerando na maioria das vezes filmes vazios e puras cópias picaretas. Eis que surge David Fincher e sua proposta de refilmar o já cultuado filme sueco, Os Homens que Não Amavam Mulheres, adaptação da série de livros Millennium de Stieg Larsson. Com uma equipe beirando a perfeição técnica, desde o roteirista até os montadores, belo “dream team” escolhido a dedo, Fincher não só prova o quão é possível um remake superar o longa original (tarefa não tão árdua devido à certa precariedade cinematográfica da adaptação dos suecos), como também demonstra o porquê de ser um dos melhores cineastas da atualidade com muito dinamismo, inteligência e detalhismo narrativo impecável."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "MILLENIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES":
"Interpretada pela própria Close – carregando o filme nas costas -, Nobbs é uma personagem muito complexa. Ela se passa por homem não por conveniência, mas por pura necessidade. Vítima da sociedade machista do século XIX (ela narrando seu passando resulta em um dos momentos mais impactantes e sensíveis da obra, aliás), esse é o meio que ela encontra para se adaptar à época em que vive. Porém, o modo de vida pelo qual opta torna-se um paradoxo: ao mesmo tempo em que a liberta, a aprisiona. Albert não gosta de ser homem, embora reafirme seu “sexo masculino” em vários momentos (quando questionada sobre seu verdadeiro nome, frisa e repete que é Albert Nobbs), o que a torna extremamente melancólica. Por exemplo, é visível que ela se sente muito mais à vontade na presença de duas pessoas que conhecem seu segredo ou, num momento de liberdade suprema, quando veste, depois de anos, um vestido."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "ALBERT NOBBS":
"Dirigido por Phyllida Lloyd, o filme “A Dama de Ferro” procura sem sucesso estudar aquela que um dia foi a primeira mulher a se tornar primeira ministra do Reino Unido. Abordando um presente no qual Margaret Thatcher (Streep) se encontra com idade já avançada e trancafiada num local que é até mesmo vigiado por guardas armados, o filme tem como foco não sua vida política, mas suas dificuldades em não aceitar que suas glórias ficaram pra trás e que, agora, não passa de uma senhora que toma chá todas as tardes e conta ao seu marido - uma alucinação que é fruto de sua demência - quais são suas opiniões acerca de tudo que enfrentou numa época já distante."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "A DAMA DE FERRO":
"Por um bom tempo, eu costumava a acreditar que espionagem se baseava em canetas explosivas, relógios com mais funcionalidades do que um canivete suíço e feixes de lasers a guardar algo muitíssimo importante, além dum bom martini no meio de tudo isso. Em O Espião Que Sabia Demais de Tomas Alfredson, nada é fantasioso ou extravagante. O mundo cínico, frio e paranoico tirado dos livros de Le Carré – criado a partir de suas próprias experiências no serviço secreto britânico - no que tange todas as possibilidades, enfim, entrega um exemplar perfeito do que rege o intricado campo da espionagem."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS":
Fausto
3.4 220 Assista AgoraQual é o problema com a capa, afinal?
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista Agora"Desfilando num eterno baile de fantasias, como diz meu amigo Nelson Silva, Tim Burton e Johnny Depp parecem ser feitos um para o outro: este adora papéis excêntricos, e aquele adora criá-los. Duma parceria de oito filmes (contando com Sombras da Noite), sendo “Ed Wood” o maior mérito da dupla, é óbvio que alguns frutos podres são produzidos e usados pelos detratores da dupla como argumento mor para acabar com a mesma. Claro, “Alice no País das Maravilhas” é extremamente insosso (e até vergonhoso), mas não anula a qualidade de “Edward, Mãos de Tesoura”, por exemplo. Dito isso, há de se observar duas coisas: a dobradinha Burton-Depp é um tanto quanto criativa, e “Sombras da Noite” é um tanto quanto decepcionante - e cafona."
Leia a crítica completa no Lumi7:
Batman Contra o Capuz Vermelho
4.0 341 Assista Agora"Enquanto a Marvel dispara na indústria cinematográfica no campo do live-action, realizando, inclusive, o filme-evento d’Os Vingadores, é inegável que a DC Comics produz animações muito mais interessantes e bem cuidadas que o estúdio “rival”. Só recentemente, lançaram obras que agradam não só ao exigente público nerd como ao leigo (convenhamos, é um feito e tanto), como “A Morte do Superman”, “Lanterna Verde: Primeiro Vôo” e “Batman: O Cavaleiro de Gotham”. Esta animação não foge ao padrão de qualidade estabelecido pelo estúdio, presenteando o público com uma desmitificação da imagem do Robin almofadinha criada no Cinema por Batman e Robin, por exemplo."
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Separados Pelo Sangue
3.8 29Que título nacional porco é esse?
Batman: O Cavaleiro de Gotham
3.7 101 Assista Agora"Consequência do sucesso de "Batman Begins" e "Batman – O Cavaleiro das Trevas", Batman – O Cavaleiro de Gotham se passa entre esses longas-metragens dirigidos por Christopher Nolan. Embora a proposta soe fajuta e forçada demais, o resultado final desta animação divida em vários segmentos e com uma estética das animações japonesas (famosos animes) é tão gratificante quanto surpreendentemente original."
Leia o texto completo no especial Batman no Cinema, do Lumi7:
O Corvo
3.5 998"Edgar Allan Poe foi um gênio. Desnudando seus personagens e expondo os desejos e características mais obscuras da psique humana, o escritor americano continua a aterrorizar seus leitores. O Corvo, dirigido por James McTeigue, não contém um décimo do terror dos contos e poemas do autor, nem da profundidade psicológica de seus textos. É, portanto, tão desrespeitoso quanto a atitude dos contemporâneos de Allan Poe retratados no filme, e tão vergonhoso quanto os escritores criticados por este."
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Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha
3.1 31"No Brasil, em 1968, foi lançado “O Bandido da Luz Vermelha”. Um marco no cinema brasileiro, se consagrando como o maior representante do cinema marginal, o filme de Rogério Sganzerla contava com Helena Ignez no elenco, a musa de tal movimento cinematográfico. Anos depois, Rogério escreveu o roteiro de uma continuação de seu clássico, mas faleceu sem poder finalizar o projeto. Helena, sua esposa há anos,decidiu continuar o projeto de seu marido, pegando seu roteiro e assumindo a direção do mesmo. A continuação, intitulada Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, é feita com um visível carinho, por ter sido realizada por uma equipe com enorme apreço pela obra e pessoa de Rogério Sganzerla. Isso, porém, não basta."
Leia o texto completo no Lumi7:
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista Agora"Extremamente banalizada pela geração iPod, Marilyn Monroe virou filósofa da internet e é pouco conhecida pelos seus supostos fãs, por aquilo que realmente foi: uma atriz, estrela de cinema e símbolo sexual. Não só isso, mas um ser humano complexo e de vida conturbada, que morreu jovem deixando material rico suficiente para uma cinebiografia. Sete Dias com Marilyn, ainda que travestido de romance, é, no fundo, uma biografia da atriz, que erra em não colocá-la como protagonista absoluta."
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O Homem Que Não Dormia
2.6 57"O diretor Edgar Navarro, em seu discurso de apresentação de O Homem que Não Dormia, disse algo como “meus filmes transitam entre o estranho e o sublime”. Não posso julgar se a afirmação é completamente verdadeira, tendo em vista que nunca vi nada de sua filmografia, mas julgando por seu novo filme, é verdade. Os seus personagens são excêntricos e cativantes, são líricos e folclóricos. É provável, inclusive, que muitos não suportem toda a excentricidade de O Homem que Não Dormia, que garante cenas – para muitos – perturbadoras."
Leia o texto completo no Lumi7:
Bagdad Café
4.0 242 Assista Agora"Comumente alvo de um preconceito abominável por sua capa e premissa nada convidativas, somados a uma baixa divulgação, Bagdad Café é um dos filmes mais belos e, infelizmente, esquecidos pelos cinéfilos que seguem somente o cânone da 7ª arte. Realizado com muito (digo: muito) esmero, esta produção independente é uma verdadeira ode à amizade."
Leia o texto completo no Lumi7:
12 Horas
3.2 997 Assista Agora"Firmando-se como um dos diretores mais autorais e instigantes do atual cenário cinematográfico nacional, Heitor Dhalia realizou três longas-metragem no território brasileiro, sendo eles: "Nina", "O Cheiro do Ralo" e "À Deriva". Ainda que com uma carreira pequena, surpreendeu o mundo e foi convidado para sua estreia em terras ianques, com o suspense 12 Horas. Em entrevistas, revelou ter trabalhado sob pressão do estúdio, sem muita força de voz no projeto. O resultado é óbvio: uma produção integralmente Hollywoodiana – sem muito do Dhalia que conhecemos (no sentido autoral, não qualitativo). De forma alguma, no entanto, o resultado é negativo. Pelo contrário, abraçar Hollywood mostrou-se muito esperto e corajoso."
Leia o texto completo no Lumi7:
Jovens Adultos
3.0 874 Assista Agora"Num mundo de aparências como o nosso, a busca pela beleza artificial é cada vez mais constante e presente na sociedade. Dessa forma, o roteiro de Diablo Cody soa mais oportuno e atual do que nunca."
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W.E.: O Romance do Século
3.5 378 Assista Agora"Alek Keshishian e Madonna, responsáveis pelo roteiro, desenvolvem bem os romances – Edward/Wally e Wallis/Evgeni -, tornando-os tragáveis (principalmente o segundo), embora se valham de antigas fórmulas do amor proibido para constituir um deles. O problema está nos coadjuvantes descartados - ou você não se pergunta o que aconteceu com o Ernest ou o marido de Wallis, em certo ponto da trama? Além disso, a dupla busca estabelecer semelhanças absurdas e inverossímeis entre as duas protagonistas do filme, sem antes nos apresentar uma justificativa plausível para tal. Chegam ao nonsense de incluir diálogos entre uma projeção de Wally, fruto da imaginação de Wallis, com esta, forçando ainda mais o paralelo entre as personagens, por mais que qualquer esforço seja em vão, pois não há elementos suficientes para que tracemos a relação entre as duas."
Leia o comentário completo no Lumi7:
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista Agora"Muita gente sonha em ter superpoderes. Provavelmente você já se imaginou pulando de prédio em prédio por Nova York, através de teias; voando com uma cueca vermelha sobre a calça; sendo um milionário pegador cheio de parafernálias úteis. Eu mesmo, ao ver o primeiro filme do Homem-Aranha no cinema (já assistindo pela quarta vez), tentei soltar teia de baixo da poltrona, durante a projeção. A questão é: como utilizar seus dotes sobre-humanos? Por mais que a frase proferida por Tio Ben soe genérica ao ser retirado de seu contexto original, faz muito sentido aqui: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. O que um jovem problemático faria com seus poderes? Eles poderiam ser utilizados de forma destrutiva se saíssem do controle?"
Leia o comentário completo no Lumi7:
As Aventuras de Tintim
3.7 1,8K Assista Agora"Durante toda minha infância eu sempre fui grande fã de quadrinhos. Desde moleque já era aficionado pelo Homem-Aranha, que eu aprendi a colecionar em qualquer mídia até os dias de hoje, nos quais infelizmente, os quadrinhos continuam mordendo ferozmente meu saldo mensal. Posto isto, não poderia ser mais contraditório ao dizer que nunca li absolutamente nada de Tintim. Minha infância foi povoada pela inocência e maniqueísmo dos gibis norte-americanos, temo dizer. Óbvio que me é familiar toda a esfera que engloba as obras de Hergé, não apenas pelo fato de viver nesse ambiente, mas principalmente porque é talvez uma das maiores obras européias do século 20 de gigante influência. Se você possuir um mínimo de conhecimento sobre essa bolha pop que foi o último século, você sabe quem é Tintim."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "AS AVENTURAS DE TINTIM":
Gato de Botas
3.4 1,7K Assista Agora"Apresentado ao mundo no ano de 2004, em “Shrek 2”, o ilustre gato de botas, na voz de Antonio Banderas, era, realmente, uma das maiores qualidades da franquia. Com estilo galante, de botas e chapéu, sotaque hispânico e dominando a luta com uma espada, o felino é inevitavelmente encantador. Agora ele ganha um filme próprio. Surgindo claramente como mais um dos vários caça-níqueis – o 3D nitidamente sem propósito narrativo reforça a ideia - da Dream Works, O Gato de Botas consegue pelo menos divertir."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "O GATO DE BOTAS":
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista Agora"Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids, no original) tem uma ideia simples mas interessante. É, basicamente, uma versão povoada por mulheres daquelas “comédias de constrangimento” comumente associadas a homens. E apenas isso já permite aos roteiristas sacarem agradáveis surpresas para a criação de gags e situações cômicas que carreguam os traços femininos como parte essencial de seu humor. Mas Missão Madrinha de Casamento não seria tão engraçado se simplesmente seguisse o caminho da inversão de gênero, já que o que as “comédias masculinas” (uma distinção estúpida, é verdade) de qualidade têm como mérito não é o fato de voltarem suas tramas para personagens homens, e sim por simplesmente conterem piadas boas e um humor que é desenvolvido de forma astuta e/ou inteligente."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "MISSÃO MADRINHA DE CASAMENTO":
Margin Call: O Dia Antes do Fim
3.4 223 Assista Agora"Margin Call - O Dia Antes do Fim, assim como o subtítulo nacional já anuncia, desenvolve sua narrativa a 24 horas da crise econômica de 2008 explodir para todo o mundo. O longa nos situa dentro de um banco de investimentos financeiros claramente inspirado no Lehman Brothers, uma das principais empresas bancárias a ser afetada pela crise na época. Assim sendo, o filme não nos oferece a explosão; retém-se a um dia dela e nos confidencia a implosão, aquela que se deu primeiro e que afetou internamente os responsáveis por causá-la."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "MARGIN CALL - O DIA ANTES DO FIM":
Tudo pelo Poder
3.8 764 Assista Agora"Os últimos dez anos de carreira de George Clooney foram marcados por bom entretenimento, produções maduras envolvendo questões políticas, sociais dentre outras de grande relevância para sociedade americana. Nesta última década, o ator do seriado Plantão Médico tornou-se um dos nomes mais respeitados de Hollywood, não por sua boa aparência, mas por suas escolhas sensatas, como fetiche de Steven Soderberg e dos irmãos Coen, além de iniciar uma carreira de diretor promissor e competente que muito aprendeu durante o convívio com seus amigos por trás das câmeras. Em seu quarto trabalho no posto de diretor, juntou um time de peso pra realizar este drama político firme, empolgante, ágil e eficiente."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "TUDO PELO PODER":
A Separação
4.2 725 Assista Agora"O filme iraniano do diretor Asghar Farhadi é realmente um petardo. Tem conquistado premiações ao longo do ano passado e do corrente, e na bagagem já traz o Urso de Ouro em Berlim 2011, dois de prata pelo conjunto das interpretações masculina e feminina e o Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira, com grandes chances de abocanhar também o Oscar na mesma categoria. O sucesso da obra contrasta com o sombrio momento pelo qual atravessa o prolífico cinema do Irã, cujo governo ditatorial tem sido conhecido por sua rigidez com cineastas locais, condenando e prendendo diretores como Jafar Panahi (“O Balão Branco”) e Mojtaba Mirtahmasb (“Isto Não É Um Filme”). Por mais indigesto que isso possa parecer, o contexto político e principalmente social do país é um dos grandes trunfos que fazem com que essa obra venha conquistando platéias ao redor de todo o mundo."
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Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista Agora"O cenário atual do cinema norte-americano se encontra com pastiches, adaptações e remakes ao exagero. O terceiro citado acontece por mera preguiça de ler legendas dos estadunidenses, gerando na maioria das vezes filmes vazios e puras cópias picaretas. Eis que surge David Fincher e sua proposta de refilmar o já cultuado filme sueco, Os Homens que Não Amavam Mulheres, adaptação da série de livros Millennium de Stieg Larsson. Com uma equipe beirando a perfeição técnica, desde o roteirista até os montadores, belo “dream team” escolhido a dedo, Fincher não só prova o quão é possível um remake superar o longa original (tarefa não tão árdua devido à certa precariedade cinematográfica da adaptação dos suecos), como também demonstra o porquê de ser um dos melhores cineastas da atualidade com muito dinamismo, inteligência e detalhismo narrativo impecável."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "MILLENIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES":
Albert Nobbs
3.6 576 Assista Agora"Interpretada pela própria Close – carregando o filme nas costas -, Nobbs é uma personagem muito complexa. Ela se passa por homem não por conveniência, mas por pura necessidade. Vítima da sociedade machista do século XIX (ela narrando seu passando resulta em um dos momentos mais impactantes e sensíveis da obra, aliás), esse é o meio que ela encontra para se adaptar à época em que vive. Porém, o modo de vida pelo qual opta torna-se um paradoxo: ao mesmo tempo em que a liberta, a aprisiona. Albert não gosta de ser homem, embora reafirme seu “sexo masculino” em vários momentos (quando questionada sobre seu verdadeiro nome, frisa e repete que é Albert Nobbs), o que a torna extremamente melancólica. Por exemplo, é visível que ela se sente muito mais à vontade na presença de duas pessoas que conhecem seu segredo ou, num momento de liberdade suprema, quando veste, depois de anos, um vestido."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "ALBERT NOBBS":
A Dama de Ferro
3.6 1,7K"Dirigido por Phyllida Lloyd, o filme “A Dama de Ferro” procura sem sucesso estudar aquela que um dia foi a primeira mulher a se tornar primeira ministra do Reino Unido. Abordando um presente no qual Margaret Thatcher (Streep) se encontra com idade já avançada e trancafiada num local que é até mesmo vigiado por guardas armados, o filme tem como foco não sua vida política, mas suas dificuldades em não aceitar que suas glórias ficaram pra trás e que, agora, não passa de uma senhora que toma chá todas as tardes e conta ao seu marido - uma alucinação que é fruto de sua demência - quais são suas opiniões acerca de tudo que enfrentou numa época já distante."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "A DAMA DE FERRO":
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista Agora"Por um bom tempo, eu costumava a acreditar que espionagem se baseava em canetas explosivas, relógios com mais funcionalidades do que um canivete suíço e feixes de lasers a guardar algo muitíssimo importante, além dum bom martini no meio de tudo isso. Em O Espião Que Sabia Demais de Tomas Alfredson, nada é fantasioso ou extravagante. O mundo cínico, frio e paranoico tirado dos livros de Le Carré – criado a partir de suas próprias experiências no serviço secreto britânico - no que tange todas as possibilidades, enfim, entrega um exemplar perfeito do que rege o intricado campo da espionagem."
ANTES DO OSCAR, LEIA O QUE O LUMI7 ACHOU DE "O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS":