A fotografia estourada não me pareceu funcional, apenas artificial. Há alguns movimentos de câmera interessantes, mas o que sustenta o filme é a história, que, por si só, vale ser vista.
"Em Ruby Sparks – A Namorada Perfeita, há um comentário sobre a síndrome do primeiro livro, ou algo do tipo. Ou seja, se a estreia de um escritor é muito aclamada, há uma chance grande daquilo que vier em seguida ficar meramente na sombra da obra anterior, ou nem ao menos ser lembrado. É uma verdade, em muitos casos. Pode ser que o mesmo esteja acontecendo com o segundo longa-metragem do casal de diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris, cuja estreia foi o belíssimo (e muito premiado!) Pequena Miss Sunshine. Pouco tem se falado de Ruby Sparks. E quando o fazem, comparam-no ao seu “irmão mais novo”, sempre diminuindo a obra. É um erro que deve ser evitado. São dois filmes absolutamente diferentes. E, diga-se de passagem, Ruby Sparks traz um ar fresco e agradável que o destaca como uma comédia romântica encantadora e, quando quer, um tanto sombria."
Não fosse os personagens jogados ao vento, que acrescentam alguns desnecessários minutos na trama, Nashville seria uma plena obra-prima. Mas, quer saber? Que se dane! Eu adorei.
"Existe a ideia de que, assim como o protagonista de Samurai Jack, a própria série está sozinha na Cartoon Network. Ou seja, seria o último desenho realmente impressionante do canal. Longe de beirar a realidade, podemos extrair disso que Samurai Jack é provavelmente o que a emissora lançou de mais genial, tendo se transformado em um marco absoluto da televisão mundial. O responsável por tamanha façanha é o brilhante Genndy Tartakovsky, também criador do hilário “O Laboratório de Dexter” e a inventiva “Star Wars: Clone Wars”, e envolvido em produções como a sensacional Billy e Mandy e as divertidíssimas Meninas Superpoderosas. Consolidado como um realizador extremamente criativo no meio televisivo, sua estreia na direção dum filme era uma das mais esperadas do ano. Hotel Transilvânia, porém, é muito mais de Adam Sandler e “seus amigos” do que de Tartakovsky – muito embora este tenha sua grande parcela de culpa no fracasso da obra. E não é aquele ator de “Embriagado de Amor”, mas o de “Zohan – Um Agente Bom de Corte”."
"Em uma conversa com uma amiga, durante o Festival Varilux, indagamos como seria o rock francês. Em uma língua que se vale de muitas palavras, o resultado não seria, digamos, um som poluído? No dia seguinte, assisti a My Way, O Mito da Música. Claude François, grande músico francês, com suas músicas de letras simplistas e ritmos contagiantes, respondeu minha pergunta. O rock francês não apenas é possível, mas também pode ser genial - embora não me agrade plenamente."
É interessante observar as várias facetas de Hitchcock, sobretudo no gênero suspense/mistério. Embora a sua característica principal seja utilizar a imaginação do espectador para provocar sensações – subjetivismo -, o que ficou conhecido como “suspense hitchcockiano” (e, quem faz isso, é anunciado como o novo mestre do terror!), se reinventa e provoca suspense de inúmeras maneiras. Pegando como comparação o último que vi dele, “O Homem Errado”, naquela obra-prima ele deixa o espectador absolutamente perdido, tanto quando o protagonista, enquanto aqui ele nos revela todo o mistério, mas coloca os protagonistas desnorteados – e por isso ficamos tão tensos. Pelo menos até certo ponto.
O humor de tão sutil é imperceptível e só enfraquece a trama. Soma-se a ele um romance tolo e obtemos uma mistura de gêneros que pouco funciona. Ou seja, é ao investir no mistério que a obra realmente ganha forças. Ademais, repete a falha de O Homem que Sabia Demais (1934), construindo um clímax caótico. Entretanto, a culpa reside justamente na baixa produção do filme.
Meu favorito da fase inglesa do diretor, certamente, é Chantagem e Confissão, mas se um dia pedirem indicação de um filme inglês dele, falarei sem pensar duas vezes: A Dama Oculta. Por ser genuinamente britânico!
"Provavelmente, todo mundo já se questionou - ou se questionará - o que faria caso o mundo fosse acabar. Matar? Roubar? Transar com todos que puder? Afinal, tudo se acabaria e não haveria futuro com o qual se preocupar. Procura-se um Amigo Para o Fim do Mundo não é, definitivamente, um filme que eu assistiria em tal situação. No entanto, já que não acredito em “2012”, permiti-me o prazer de adorar esta obra absolutamente encantadora."
"Um fenômeno de crítica e público na França e no mundo, Intocáveis é o filme francês mais badalado do ano. Suas sessões lotadas no Festival Varilux e uma distribuição impressionante para uma produção europeia não mentem. Isso todo mundo sabe, claro. O que me importa, neste caso, não são os fins, mas os meios. E não tem erro: Intocáveis é mesmo adorável."
"Muito do que se exporta do Cinema Francês hoje são os filmes do cineasta Christoph Honoré. Romântico por excelência, o cinema de Honoré vende uma imagem poética e idealizada da França, com um conteúdo que prima pelo desenvolvimento de relacionamentos e seus conflitos – ditando, inconscientemente, a identidade deste cinema. Não desmerecendo ninguém, tampouco engrandecendo, mas “Polissia” fala sobre amor, pedofilia, violência infantil, e mais."
"Considerado um dos maiores atores franceses vivos, Daniel Auteuil estreia na direção, além de atuar e escrever o roteiro, com A Filha do Pai. Adaptado do romance de Marcel Pagnol, o filme conta a história duma jovem cujo pai é um relativamente famoso poceiro da região (Auteuil). Criada em Paris e de volta às suas origens interioranas, Patricia Amoretti (Astrid Berges-Frisbey) se apaixona repentinamente por um jovem rico, Jacques Mazel (Nicolas Duvauchelle), e é correspondida. Entretanto, com o início da guerra, o rapaz tem que partir de imediato pela Força Aérea, sem saber que deixou a garota grávida. Numa sociedade moralista e conservadora, uma família rica jamais assumiria o filho duma pobre filha de poceiro, obviamente."
"A sequência provavelmente mais antológica de “Uma Mulher é Uma Mulher”, de Jean-Luc Godard, é aquela em que o casal conversa por meio de títulos de livros. Em Um Evento Feliz, o casal formado por Babs (Louise Bourgoin) e Nico (Pio Marmaï) se conhece duma maneira parecida: ele, funcionário de uma locadora e cinéfilo ávido, recebe indiretas dela através dos títulos dos filmes que aluga, fazendo diversas referências a clássicos, tais como: “Sonhos”, “Os Imperdoáveis”, “A Regra do Jogo” e outros. Além de divertida por suas citações, bela por sua homenagem, a cena antecipa um pouco do que veremos: muita referência pop e romance. É claro que, com o tempo, descobrimos que o filme é mais que isso."
Muito embora possua um belo desfecho, como salientou o amigo Márcio Sallem, "Uma Garrafa no Mar de Gaza" é uma obra absolutamente sem graça. Dentre discussões políticas dignas de adolescentes pseudo-engajados e reflexões infantis (agravadas pela péssima pronuncia do inglês dos atores), o que incomoda mesmo é acompanhar a trajetória duma adolescente de classe-média, mimada, insossa, dotada de dramas superficiais e com uma suposta superioridade francesa imperdoável.
"Imagino eu que crescer sem um pai deve ser uma das piores coisas do mundo. Apesar de todas as minhas brigas com o meu pai, sejam emocionais, ideológicas ou comportamentais, ainda assim não consigo me imaginar sem ele. Ou melhor: consigo. Mas seria uma realidade bem estranha, sinceramente. Para os que não sabem, ele é um dos maiores responsáveis pela minha formação em cinema. Ainda assim, lembro vagamente da minha infância e de sua ausência por conta do trabalho. Hoje entendo, mas na época doía. Talvez por isso À Beira do Caminho tenha me cortado tanto. Talvez por ser uma bela história contada de forma delicada – e nós, espectadores, precisamos disso, não?"
Cenas de um Casamento cansa. Acho, inclusive, que quem não se sentiu desgastado é porque saiu imune dos sentimentos expressos no filme. Não, isso não é um defeito. É proposital. Estamos diante, afinal, de um casal "perfeito" em pura decadência. Suas vidas pessoais, angústias, amores e medos são dissecados com paciência e genialidade por Ingmar Bergman. Cenas de um Casamento é um épico sobre o casamento e - por que não? - a vida!
Tem John Williams, Arthur Penn, Jack Nicholson e Marlon brando. O resultado? Nada de impressionante. Infelizmente, o desenvolvimento desleixado do romance, do embate entre o personagem de Nicholson e Brando (caricato até!), carência de atenção à gangue do filme, e uma ausência de ritmo melhor, tornam Duelo de Gigantes decepcionante. Ainda assim, a atuação de Nicholson rende ótimos momentos!
O que há de mais interessante pra observar na trilogia "Pusher" (na qual este último é o mais fraco) é sua sobriedade. Nicolas Widing Refn, conhecido pelo premiado "Drive", imprime uma marca estilizada e de violência plasticamente exacerbada em seus filmes. Por muitas vezes chega a ser um cinema demasiado fabricado - por dar a ideia de que tudo é planejado milimetricamente. Nesta trilogia, a direção do dinamarquês é crua e real: no fim dos três filmes, ficamos com uma sensação ruim. Tal sensação é causada pelos planos secos, ausência de trilha sonora, ambiente depressivo, e personagens entrando no fundo do poço. O final deste filme, em especial, é absolutamente perturbador. Enfim, ainda que não sejam obras-primas, anunciam o diretor que faria maravilhas como Drive e Bronson.
O Nascimento de uma Nação
3.0 230O que me incomoda são pessoas nesta página de comentários tentando justificar o óbvio racismo da obra com o papo de "liberdade artística". Poupem-me.
Lili Marlene
3.8 40A fotografia estourada não me pareceu funcional, apenas artificial. Há alguns movimentos de câmera interessantes, mas o que sustenta o filme é a história, que, por si só, vale ser vista.
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4K"Em Ruby Sparks – A Namorada Perfeita, há um comentário sobre a síndrome do primeiro livro, ou algo do tipo. Ou seja, se a estreia de um escritor é muito aclamada, há uma chance grande daquilo que vier em seguida ficar meramente na sombra da obra anterior, ou nem ao menos ser lembrado. É uma verdade, em muitos casos. Pode ser que o mesmo esteja acontecendo com o segundo longa-metragem do casal de diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris, cuja estreia foi o belíssimo (e muito premiado!) Pequena Miss Sunshine. Pouco tem se falado de Ruby Sparks. E quando o fazem, comparam-no ao seu “irmão mais novo”, sempre diminuindo a obra. É um erro que deve ser evitado. São dois filmes absolutamente diferentes. E, diga-se de passagem, Ruby Sparks traz um ar fresco e agradável que o destaca como uma comédia romântica encantadora e, quando quer, um tanto sombria."
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Nashville
3.9 63Não fosse os personagens jogados ao vento, que acrescentam alguns desnecessários minutos na trama, Nashville seria uma plena obra-prima. Mas, quer saber? Que se dane! Eu adorei.
Hotel Transilvânia
3.6 1,5K Assista Agora"Existe a ideia de que, assim como o protagonista de Samurai Jack, a própria série está sozinha na Cartoon Network. Ou seja, seria o último desenho realmente impressionante do canal. Longe de beirar a realidade, podemos extrair disso que Samurai Jack é provavelmente o que a emissora lançou de mais genial, tendo se transformado em um marco absoluto da televisão mundial. O responsável por tamanha façanha é o brilhante Genndy Tartakovsky, também criador do hilário “O Laboratório de Dexter” e a inventiva “Star Wars: Clone Wars”, e envolvido em produções como a sensacional Billy e Mandy e as divertidíssimas Meninas Superpoderosas. Consolidado como um realizador extremamente criativo no meio televisivo, sua estreia na direção dum filme era uma das mais esperadas do ano. Hotel Transilvânia, porém, é muito mais de Adam Sandler e “seus amigos” do que de Tartakovsky – muito embora este tenha sua grande parcela de culpa no fracasso da obra. E não é aquele ator de “Embriagado de Amor”, mas o de “Zohan – Um Agente Bom de Corte”."
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Uma Carta para Elia
4.1 16Impossível dar menos que nota máxima: pelo significado extremamente pessoal que Uma Carta para Elia tem pra mim.
My Way, O Mito da Música
3.5 16"Em uma conversa com uma amiga, durante o Festival Varilux, indagamos como seria o rock francês. Em uma língua que se vale de muitas palavras, o resultado não seria, digamos, um som poluído? No dia seguinte, assisti a My Way, O Mito da Música. Claude François, grande músico francês, com suas músicas de letras simplistas e ritmos contagiantes, respondeu minha pergunta. O rock francês não apenas é possível, mas também pode ser genial - embora não me agrade plenamente."
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A Dama Oculta
4.0 142 Assista AgoraÉ interessante observar as várias facetas de Hitchcock, sobretudo no gênero suspense/mistério. Embora a sua característica principal seja utilizar a imaginação do espectador para provocar sensações – subjetivismo -, o que ficou conhecido como “suspense hitchcockiano” (e, quem faz isso, é anunciado como o novo mestre do terror!), se reinventa e provoca suspense de inúmeras maneiras. Pegando como comparação o último que vi dele, “O Homem Errado”, naquela obra-prima ele deixa o espectador absolutamente perdido, tanto quando o protagonista, enquanto aqui ele nos revela todo o mistério, mas coloca os protagonistas desnorteados – e por isso ficamos tão tensos. Pelo menos até certo ponto.
O humor de tão sutil é imperceptível e só enfraquece a trama. Soma-se a ele um romance tolo e obtemos uma mistura de gêneros que pouco funciona. Ou seja, é ao investir no mistério que a obra realmente ganha forças. Ademais, repete a falha de O Homem que Sabia Demais (1934), construindo um clímax caótico. Entretanto, a culpa reside justamente na baixa produção do filme.
Meu favorito da fase inglesa do diretor, certamente, é Chantagem e Confissão, mas se um dia pedirem indicação de um filme inglês dele, falarei sem pensar duas vezes: A Dama Oculta. Por ser genuinamente britânico!
Lumi7: www.lumi7.com.br
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista Agora"Provavelmente, todo mundo já se questionou - ou se questionará - o que faria caso o mundo fosse acabar. Matar? Roubar? Transar com todos que puder? Afinal, tudo se acabaria e não haveria futuro com o qual se preocupar. Procura-se um Amigo Para o Fim do Mundo não é, definitivamente, um filme que eu assistiria em tal situação. No entanto, já que não acredito em “2012”, permiti-me o prazer de adorar esta obra absolutamente encantadora."
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Intocáveis
4.4 4,1K Assista Agora"Um fenômeno de crítica e público na França e no mundo, Intocáveis é o filme francês mais badalado do ano. Suas sessões lotadas no Festival Varilux e uma distribuição impressionante para uma produção europeia não mentem. Isso todo mundo sabe, claro. O que me importa, neste caso, não são os fins, mas os meios. E não tem erro: Intocáveis é mesmo adorável."
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Políssia
4.0 273"Muito do que se exporta do Cinema Francês hoje são os filmes do cineasta Christoph Honoré. Romântico por excelência, o cinema de Honoré vende uma imagem poética e idealizada da França, com um conteúdo que prima pelo desenvolvimento de relacionamentos e seus conflitos – ditando, inconscientemente, a identidade deste cinema. Não desmerecendo ninguém, tampouco engrandecendo, mas “Polissia” fala sobre amor, pedofilia, violência infantil, e mais."
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A Filha do Pai
3.6 39"Considerado um dos maiores atores franceses vivos, Daniel Auteuil estreia na direção, além de atuar e escrever o roteiro, com A Filha do Pai. Adaptado do romance de Marcel Pagnol, o filme conta a história duma jovem cujo pai é um relativamente famoso poceiro da região (Auteuil). Criada em Paris e de volta às suas origens interioranas, Patricia Amoretti (Astrid Berges-Frisbey) se apaixona repentinamente por um jovem rico, Jacques Mazel (Nicolas Duvauchelle), e é correspondida. Entretanto, com o início da guerra, o rapaz tem que partir de imediato pela Força Aérea, sem saber que deixou a garota grávida. Numa sociedade moralista e conservadora, uma família rica jamais assumiria o filho duma pobre filha de poceiro, obviamente."
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Um Evento Feliz
4.0 70"A sequência provavelmente mais antológica de “Uma Mulher é Uma Mulher”, de Jean-Luc Godard, é aquela em que o casal conversa por meio de títulos de livros. Em Um Evento Feliz, o casal formado por Babs (Louise Bourgoin) e Nico (Pio Marmaï) se conhece duma maneira parecida: ele, funcionário de uma locadora e cinéfilo ávido, recebe indiretas dela através dos títulos dos filmes que aluga, fazendo diversas referências a clássicos, tais como: “Sonhos”, “Os Imperdoáveis”, “A Regra do Jogo” e outros. Além de divertida por suas citações, bela por sua homenagem, a cena antecipa um pouco do que veremos: muita referência pop e romance. É claro que, com o tempo, descobrimos que o filme é mais que isso."
Leia a crítica completa em:
Uma Garrafa no Mar de Gaza
4.1 136Muito embora possua um belo desfecho, como salientou o amigo Márcio Sallem, "Uma Garrafa no Mar de Gaza" é uma obra absolutamente sem graça. Dentre discussões políticas dignas de adolescentes pseudo-engajados e reflexões infantis (agravadas pela péssima pronuncia do inglês dos atores), o que incomoda mesmo é acompanhar a trajetória duma adolescente de classe-média, mimada, insossa, dotada de dramas superficiais e com uma suposta superioridade francesa imperdoável.
Lumi7: www.lumi7.com.br
À Beira do Caminho
3.8 310"Imagino eu que crescer sem um pai deve ser uma das piores coisas do mundo. Apesar de todas as minhas brigas com o meu pai, sejam emocionais, ideológicas ou comportamentais, ainda assim não consigo me imaginar sem ele. Ou melhor: consigo. Mas seria uma realidade bem estranha, sinceramente. Para os que não sabem, ele é um dos maiores responsáveis pela minha formação em cinema. Ainda assim, lembro vagamente da minha infância e de sua ausência por conta do trabalho. Hoje entendo, mas na época doía. Talvez por isso À Beira do Caminho tenha me cortado tanto. Talvez por ser uma bela história contada de forma delicada – e nós, espectadores, precisamos disso, não?"
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Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros
3.0 2,2K Assista AgoraEm defesa (antecipada) do filme: eu gosto muito de O Procurado. Portanto, boto fé neste filme. =)
Cenas de um Casamento
4.4 232Cenas de um Casamento cansa. Acho, inclusive, que quem não se sentiu desgastado é porque saiu imune dos sentimentos expressos no filme. Não, isso não é um defeito. É proposital. Estamos diante, afinal, de um casal "perfeito" em pura decadência. Suas vidas pessoais, angústias, amores e medos são dissecados com paciência e genialidade por Ingmar Bergman. Cenas de um Casamento é um épico sobre o casamento e - por que não? - a vida!
Cassino
4.2 649 Assista AgoraScorsese é meu pastor e nada me faltará - inclusive obras-primas como "Cassino".
O Sacrifício
4.3 146Um dos planos-sequência de O Sacrifício está no TOP 10 - Melhores Planos-Sequência realizado pela equipe do Lumi7. Confira a lista completa:
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraFestim Diabólico está no TOP 10 - Melhores Planos-Sequência realizado pela equipe do Lumi7. Confira a lista completa:
Arca Russa
4.0 182Arca Russa está no TOP 10 - Melhores Planos-Sequência realizado pela equipe do Lumi7. Confira a lista completa:
Eu Sou Cuba
4.5 62 Assista AgoraUm dos planos-sequência de Sou Cuba está no TOP 10 - Melhores Planos-Sequência realizado pela equipe do Lumi7. Confira a lista completa:
Duelo de Gigantes
3.3 45 Assista AgoraTem John Williams, Arthur Penn, Jack Nicholson e Marlon brando. O resultado? Nada de impressionante. Infelizmente, o desenvolvimento desleixado do romance, do embate entre o personagem de Nicholson e Brando (caricato até!), carência de atenção à gangue do filme, e uma ausência de ritmo melhor, tornam Duelo de Gigantes decepcionante. Ainda assim, a atuação de Nicholson rende ótimos momentos!
Lumi7: www.lumi7.com.br
Pusher III: O Anjo da Morte
3.8 37O que há de mais interessante pra observar na trilogia "Pusher" (na qual este último é o mais fraco) é sua sobriedade. Nicolas Widing Refn, conhecido pelo premiado "Drive", imprime uma marca estilizada e de violência plasticamente exacerbada em seus filmes. Por muitas vezes chega a ser um cinema demasiado fabricado - por dar a ideia de que tudo é planejado milimetricamente. Nesta trilogia, a direção do dinamarquês é crua e real: no fim dos três filmes, ficamos com uma sensação ruim. Tal sensação é causada pelos planos secos, ausência de trilha sonora, ambiente depressivo, e personagens entrando no fundo do poço. O final deste filme, em especial, é absolutamente perturbador. Enfim, ainda que não sejam obras-primas, anunciam o diretor que faria maravilhas como Drive e Bronson.
Lumi7: www.lumi7.com.br