É interessante por mostrar por uma visão de quem tá ali sempre, todo mundo VÊ, mas não ENXERGA ou para pra pensar. É o retrato da solidão das empregadas domésticas, o quanto elas não são 'vistas' por quase ninguém além do ciclo de amizade que elas constroem ligadas umas as outras pela profissão. Na passagem em que a Cida fala que teve um sonho em que ninguém enxergava ela e dizendo que os sonhos se formam através do nosso subconsciente, ou também quando ouvimos de uma delas: "Primeiro a gente arruma a coisa dos otro e depois a gente vê o que a gente pode fazer pra nóis memo.", ou ainda quando existem takes em que a cena se acelera e elas se sentem sozinhas no meio da multidão que passa pra lá e pra cá. O filme também mostra através de muitos diálogos que a gente - NÃO SÓ AS DOMÉSTICAS! - tenta, o tempo todo, fugir da nossa realidade buscando alguma crença, alguma fé - não apenas religiosa, mas simplesmente acreditar em algo mesmo. "Se bem que eu acredito no destino. As coisa do amor acontece mais através do destino, quando uma coisa é da gente, ela vem pra mão da gente. Só que também eu penso que a gente num vê o destino. Eu acho que o destino é igual um trem que passa, e se a gente chega atrasado, só vai vê a fumacinha." (Raimunda) Ou quando a Cida não sabe qual é o signo dela, ficando em dúvida entre dois e com o tempo a gente percebe que lendo cada horóscopo ela acredita no que quer pra se confortar com a tua vida, assim como todos nós. Isso faz com que a gente se aproxime delas e perceba que não existem essas divisões que a sociedade propõe. Somos todos seres humanos, antes de qualquer profissão, rótulo ou situação monetária.
E, por fim uma situação curiosa que rolou aqui na minha mente: se o filme fosse passado nos dias de hoje, o final seria COMPLETAMENTE diferente se o Gilvan mandasse uma mensagem no Whatsapp pra Raimunda dizendo que estava preso no elevador, hahahahahaha.
Sobre ir na contra mão, conhecer a contra mão, saber que dos riscos e mesmo assim ir, mesmo que saiba da insanidade da ideia de estar na direção oposta, mesmo que ninguém concorde, porque consegue enxergar o final da estrada e a ambição do triunfo é maior do que a dificuldade que tem pela frente.
Sobre aprender o que é gratidão, porque depois de ter conhecido as dificuldades da contra mão e ter olhado pro lado e visto pessoas ali, é porque elas também sabem dos mesmos riscos que você e ainda assim estiveram lá, porque queriam estar com você lá e não somente pelo triunfo final.
Sobre uma andorinha só não fazer verão, porque mesmo que queira fazer tudo sozinho, não existe uma alma completamente independente no mundo. Ou se aprende isso apanhando da vida tentando ser só ou se aprende vendo alguém tentando ser só.
de amor verdadeiro, amor homem e mulher e o empoderamento feminino,
vi logo no começo o retrato do uso abusivo e a agressão do ser humano com a natureza. Malévola representando a mãe natureza e o Stefan os seres humanos, dessa forma, vi a luta entre um reino e outro como se fosse a natureza se voltando contra o homem por conta da má utilização que fazemos dela, roubando, desmatando e utilizando muito do desnecessário sem pensar que um dia teremos consequências disso, apenas pensando no nosso próprio bem estar e visando o egoísmo, assim como
Incrível o modo como você se sente enclausurado naquela casa junto com as filhas pelo fato das imagens serem tão limitadas mostrando, muitas vezes, metade da cena/corpo/rosto ou só a voz com o cenário vazio por não querer que a gente veja o que já tá estampado na cara, sujeira que
o pai se esforça pra caber tudo debaixo do tapete e por querer que a gente se sinta sem a liberdade desejada o filme todo, fazendo a gente querer berrar a cada longo silêncio agonizante ou fugir a cada minuto que passava, mas não conseguir porque a sensação de impotência passou das filhas e da mulher pra mim, até que tudo se resolvesse logo e da forma como eu gostaria que fosse, porque a vontade de mulher, friamente, também passou a ser a minha. PS: Esse filme faz mera semelhança com o caso "O Monstro de Amstetten".
META DE RELACIONAMENTO: Gerda. Que mulher é essa que além de representar o que todos nós deveriamos ser (aceitar o outro como ele realmente é) não mede o que se chama de amor pra tentar entender o que se passa com Einar/Lili? Se é viagem minha ou não, sempre que o Einar/Lili tentava procurar resposta pro que tava acontecendo, aparecia umas cenas com fundo completamente simétrico e ele/ela posicionada no meio, como se passasse a sensação de estar dividido, em cima do muro naquela situação. Enfim... QUE FILME E QUE MULHERES!
Independente da idade, todos temos algo a ensinar ou aprender com alguém. Jack mostrou muita coisa pra sua mãe e vice versa, mas o que mais me chamou atenção foi
o modo como ele insistia sempre, depois de ter se libertado do quarto, pra voltar ao lugar de novo, mesmo quando aprendeu o quanto a imensidão do mundo pode ser boa e cheia de experiências novas, pelo tanto de segurança que ele tinha no Quarto e não sentia no mundo, pois "aqui fora às vezes dá um pouco de medo, mas tudo bem". Além disso, Jack mostrou a sua mãe, que o luto de uma despedida PRECISA ser vivido, era como se caso ele não se "despedisse" do quarto, ele jamais aceitaria que estaria fora dele.
Na vida é assim, a gente nega uma porrada de despedida, fica se batendo com coisas que vão embora e ficam na nossa memória, mas que, na verdade, elas PRECISAM ir embora e elas só se desgrudam de nós, se a gente mesmo aceita e sabe que precisa dar adeus àquilo. Só assim pra colocar coisas novas no lugar.
Só assim pra trocar o Quarto e se dar o luxo de conhecer Espaço Sideral. Tem gente que vive no Quarto por causa desse medo do Espaço Sideral, mas é preciso aprender a lidar com o medo pra que coisas boas, ruins e novas aconteçam. No fim, tudo é aprendizado.
"Sinceramente, não entendo as pessoas se matam. Tem que se ter coragem pra viver. Elas são covardes. Narcisistas, egoístas que pensam que todo o mundo gira em torno deles. Como você pode abrir mão do presente mais precioso que tem? Como pode fazer isso consigo mesmo e aos que o amam? Não entendo isso. E não quero. Você vive para dar aos outros o máximo que pode."
Depressão é um buraco sem fim e de parede lisa, quando você tenta subir, escorrega. É tão ruim que começa a ficar bom, você se acomoda ali e como tudo em companhia é melhor, quando tem alguém que te entende e tá na mesma situação que você, querendo te ajudar, a pessoa pode acabar te afundando mais ainda, sem que você perceba. No começo do filme, achei que Sylwia fosse uma representação lúdica da depressão na mente do Dominik, mas ela é tão real quanto ele só que mais na merda. O filme te faz entrar no buraco deles dois, com as cores sempre sombrias, te faz conhecer a depressão como a falta de atenção e carinho de alguém que ta sempre perto (os pais de Dominik), mas ao mesmo tempo tão longe, que alguém através de uma tela possa ser melhor do que seres humanos presentes. Dói porque ACONTECE MUITO HOJE EM DIA! É TUDO REAL!
A cena final é um tiro no peito por ele ter negado a 'ajuda' dos pais (por motivos óbvios), quando na verdade, era o que ele mais precisava o tempo todo, o que demonstra isso são pequenos segundos de cena, que parecem muito longos por doer tudo dentro da gente, como quando ele sai do quarto e abraça os pais e conta um pouco do que acontece na internet, você percebe que ele fica feliz em contar, em alguém ter PERGUNTADO dele e fica feliz em dizer que as pessoas na internet devem estar preocupadas com ele. Pequenos cuidados humanos, que fazem toda diferença.
Ninguém vive sozinho.
Enfim, esse filme acabou comigo. PS: APLAUSOS DE PÉ PRA INTERPRETAÇÃO DO JAKUB!
É muito fofo, principalmente como ele descobre as dificuldades da vida quanto a relacionamentos amadurecendo com o tempo e como isso é representado pelo nome do filme. O título 'Submarine' está em tudo, o tempo inteiro. Oliver quer estar submerso da vida desde o começo do filme, quando se refere as "outras pessoas" que pensam em algum motivo pra viver. Isso me fez pensar em uma leve referência a depressão, mas quando as coisas vão acontecendo, você descobre que, na verdade, ele é um garoto que vive no mundo da fantasia dos filmes e livros feito por ele mesmo e só queria que tudo fosse perfeito como os filmes e livros que ele lê: esteticamente perfeito (como realmente o filme é), porém imperfeito quanto aos acontecimentos da vida. Tive a impressão de que ele estava sempre debaixo d'água realmente, por quase não ter movimentos físicos e só ter movimentos rápidos quando, de forma metafórica, "via a superfície". Dentro da água, onde ele vivia no mundo dele imerso no submarino perfeito, tudo estava bem, mas quando ele não estava mais imerso e via o mundo lá fora, tudo desmoronava e ele precisava correr pra água novamente... até ficar imerso novamente e tudo ficar bem. Por fim,
o amadurecimento é retratado pelo egoísmo que ele mesmo reconhece ter quando pede desculpas à Jordana, mas o que eu achei mais mágico foi que ele esteve imerso no mundo dele, só pensando nos problemas dele, quando a Jordana também precisava da ajuda dele, imersa no mundo dela, e no final, eles dois percebem que pra que um ajude o outro, é preciso os dois estarem imersos um no mundo do outro, pra conhecer e saber como se ajudarem, por isso vão pra dentro do mar juntos. <3
"A vida é assim mesmo, seu Lourenço, a gente vai deixando as coisas passarem e elas vão crescendo. No começo, a gente não quer muito brigar porque é coisa pouca, né? Mas aí vai crescendo, crescendo, é que nem panela de pressão: uma hora explode."
No começo do filme, eu quis enforcar o bonequinho da tristeza e amassar ele porque tava estragando todas as memórias alegres, até que teve o momento em que a tristeza mesmo achou que ela era inútil como eu achei até o meio do filme e até uma certa parte da vida, mas quando a inocência vai embora é o amadurecimento vem, assim como acontece
no final do filme, a gente percebe que a tristeza é tão importante quanto a alegria ou até mais importante, pra podermos andarmos com os dois sentimentos lado a lado e dar a cada um o seu valor.
Eles dois são tão a parte essencial da nossa vida, que eles ganham um destaque no filme e são separados dos outros sentimentos, que embora também sejam importantes, são efêmeros: nojo, raiva e medo. O destaque que eles ganham é justamente pra enxergarmos o quanto ninguém é alegre o tempo todo, embora a alegria seja muito importante e muitas vezes a 'luz no fim do túnel', tanto é que se ela não fosse o único sentimento iluminado,
o amigo imaginário da Riley jamais iria acha-la naquele fundo do poço escuro de lembranças esquecidas.
A alegria mostra que se não tivermos o pensamento de que as coisas podem dar certo, nada funciona, mas a tristeza mostra que embora a alegria una as pessoas, ela também pode unir, e a alegria fica chocada com isso,
quando percebe que os pais da Riley se aproximaram dela por perceber que ela ta triste, e ela também fica chocada quando a tristeza consola o amigo imaginário da Riley e ele fica melhor e a alegria pergunta pra tristeza como ela fez aquilo e ela responde que não sabe, que o amigo imaginário só precisava chorar um pouco... Que mágico.
Além do filme mostrar que a felicidade é importante, ele mostra que ninguém é e pode ser alegre o tempo todo, quando
O tanto que esse filme acabou comigo não tá escrito, é aquela passagem de duas pessoas uma na vida uma da outra com uma relevância que nunca cairá no esquecimento pela importância essencial para mudar a tua vida, que se pudesse você jamais deixaria aquela pessoa ir embora, mas se fizesse isso, jamais caminharia pra frente como deveria. PS: Cartola no final é a cereja do bolo do filme.
Tipo de filme que te da raiva, e é por isso mesmo que você gosta. Cinema nacional é bom SIM, uma pena que poucas pessoas valorizam e apreciam, é só saber aonde procurar. Vida longa ao cinema brasileiro. \o/
Impecável atuação do Jack Nicholson e direção do Kubrick.
Na minha opinião, o erro de muitas pessoas ao ver o filme e julgá-lo ruim é assisti-lo com visão de 2015 interpretando o processo de loucura do Jack como algo 'normal', talvez por conta desse mundo doido que a gente vive hoje ou mesmo esperando aqueles sustos baratos da maioria dos filmes de terror. Quem espera isso desse filme, com certeza se decepciona.
Apesar de ter uma carga pesada em questão de sonoplastia e loucuras psicológicas do ser humano, O Iluminado não é um filme de despertar esses sustos clichês, é um filme para apreciar e refletir o quanto a solidão pode te levar ao extremo da loucura e do mundo imaginário, como Jack cria o mundo próprio dele no filme, não deixando ninguém entrar, nem mesmo sua própria família.
Uma pena a direção de arte, sonoplastia e a forma em si de como Kubrick construiu e representou tantas coisas subliminares que não se é possível notar quando se assiste uma única vez não seja muito valorizada pelos que dizem "o filme não tem nada de mais", aconselho dar uma segunda chance e ver tudo de um outro lado do prisma.
Destaque pro Jim Carrey, que consegue fazer papeis sensacionais em gêneros totalmente opostos, te colocando dentro das loucuras de Dick&Jane, das loucuras em esquecer um grande amor em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e também dentro das loucuras que vêm da cabeça do Walter Sparrow.
“É isso que eu quero em um relacionamento, o que meio que explica porque estou solteira agora. É difícil de explicar. É uma coisa quando você tá com alguém e você ama a pessoa e vocês sabem disso. Vocês estão juntos, mas é uma festa, sabe? Os dois estão conversando com pessoas diferentes. Você tá lá sorrindo e olha para o outro lado da sala e vocês trocam olhares. Mas não porque são possessivos ou que seja algo sexual, mas apenas porque aquela é a pessoa da sua vida. E isso é engraçado e triste, mas só porque esta vida vai terminar. E é esse mundo secreto que existe bem ali em público, mas imperceptível, que ninguém vai ficar sabendo. É tipo como dizem, uma outra dimensão que existe ao nosso redor, mas não temos a habilidade de notar. Sabe? É isso. É isso que quero de um relacionamento. Ou da vida, eu acho. Amor. Parece que tô viajando, mas não tô…” (Frances)
Domésticas - O Filme
3.7 182É interessante por mostrar por uma visão de quem tá ali sempre, todo mundo VÊ, mas não ENXERGA ou para pra pensar.
É o retrato da solidão das empregadas domésticas, o quanto elas não são 'vistas' por quase ninguém além do ciclo de amizade que elas constroem ligadas umas as outras pela profissão.
Na passagem em que a Cida fala que teve um sonho em que ninguém enxergava ela e dizendo que os sonhos se formam através do nosso subconsciente, ou também quando ouvimos de uma delas: "Primeiro a gente arruma a coisa dos otro e depois a gente vê o que a gente pode fazer pra nóis memo.", ou ainda quando existem takes em que a cena se acelera e elas se sentem sozinhas no meio da multidão que passa pra lá e pra cá.
O filme também mostra através de muitos diálogos que a gente - NÃO SÓ AS DOMÉSTICAS! - tenta, o tempo todo, fugir da nossa realidade buscando alguma crença, alguma fé - não apenas religiosa, mas simplesmente acreditar em algo mesmo.
"Se bem que eu acredito no destino. As coisa do amor acontece mais através do destino, quando uma coisa é da gente, ela vem pra mão da gente. Só que também eu penso que a gente num vê o destino. Eu acho que o destino é igual um trem que passa, e se a gente chega atrasado, só vai vê a fumacinha." (Raimunda)
Ou quando a Cida não sabe qual é o signo dela, ficando em dúvida entre dois e com o tempo a gente percebe que lendo cada horóscopo ela acredita no que quer pra se confortar com a tua vida, assim como todos nós. Isso faz com que a gente se aproxime delas e perceba que não existem essas divisões que a sociedade propõe. Somos todos seres humanos, antes de qualquer profissão, rótulo ou situação monetária.
E, por fim uma situação curiosa que rolou aqui na minha mente: se o filme fosse passado nos dias de hoje, o final seria COMPLETAMENTE diferente se o Gilvan mandasse uma mensagem no Whatsapp pra Raimunda dizendo que estava preso no elevador, hahahahahaha.
Vida longa ao cinema nacional! \o/
A Travessia
3.6 614 Assista AgoraSobre ir na contra mão, conhecer a contra mão, saber que dos riscos e mesmo assim ir, mesmo que saiba da insanidade da ideia de estar na direção oposta, mesmo que ninguém concorde, porque consegue enxergar o final da estrada e a ambição do triunfo é maior do que a dificuldade que tem pela frente.
Sobre aprender o que é gratidão, porque depois de ter conhecido as dificuldades da contra mão e ter olhado pro lado e visto pessoas ali, é porque elas também sabem dos mesmos riscos que você e ainda assim estiveram lá, porque queriam estar com você lá e não somente pelo triunfo final.
Sobre uma andorinha só não fazer verão, porque mesmo que queira fazer tudo sozinho, não existe uma alma completamente independente no mundo. Ou se aprende isso apanhando da vida tentando ser só ou se aprende vendo alguém tentando ser só.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraAlém de todos os conceitos que a Disney vem quebrando
de amor verdadeiro, amor homem e mulher e o empoderamento feminino,
Malévola representando a mãe natureza e o Stefan os seres humanos, dessa forma, vi a luta entre um reino e outro como se fosse a natureza se voltando contra o homem por conta da má utilização que fazemos dela, roubando, desmatando e utilizando muito do desnecessário sem pensar que um dia teremos consequências disso, apenas pensando no nosso próprio bem estar e visando o egoísmo, assim como
é retratado quando Stefan precisa cortar as asas da Malévola pra poder se dar bem e ele não mede esforços pra isso.
Enfim, entrei nessa brisa e achei pesado.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraIncrível o modo como você se sente enclausurado naquela casa junto com as filhas pelo fato das imagens serem tão limitadas mostrando, muitas vezes, metade da cena/corpo/rosto ou só a voz com o cenário vazio por não querer que a gente veja o que já tá estampado na cara, sujeira que
o pai se esforça pra caber tudo debaixo do tapete e por querer que a gente se sinta sem a liberdade desejada o filme todo, fazendo a gente querer berrar a cada longo silêncio agonizante ou fugir a cada minuto que passava, mas não conseguir porque a sensação de impotência passou das filhas e da mulher pra mim, até que tudo se resolvesse logo e da forma como eu gostaria que fosse, porque a vontade de mulher, friamente, também passou a ser a minha.
PS: Esse filme faz mera semelhança com o caso "O Monstro de Amstetten".
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraMETA DE RELACIONAMENTO: Gerda.
Que mulher é essa que além de representar o que todos nós deveriamos ser (aceitar o outro como ele realmente é) não mede o que se chama de amor pra tentar entender o que se passa com Einar/Lili?
Se é viagem minha ou não, sempre que o Einar/Lili tentava procurar resposta pro que tava acontecendo, aparecia umas cenas com fundo completamente simétrico e ele/ela posicionada no meio, como se passasse a sensação de estar dividido, em cima do muro naquela situação.
Enfim... QUE FILME E QUE MULHERES!
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraIndependente da idade, todos temos algo a ensinar ou aprender com alguém.
Jack mostrou muita coisa pra sua mãe e vice versa, mas o que mais me chamou atenção foi
o modo como ele insistia sempre, depois de ter se libertado do quarto, pra voltar ao lugar de novo, mesmo quando aprendeu o quanto a imensidão do mundo pode ser boa e cheia de experiências novas, pelo tanto de segurança que ele tinha no Quarto e não sentia no mundo, pois "aqui fora às vezes dá um pouco de medo, mas tudo bem".
Além disso, Jack mostrou a sua mãe, que o luto de uma despedida PRECISA ser vivido, era como se caso ele não se "despedisse" do quarto, ele jamais aceitaria que estaria fora dele.
Na vida é assim, a gente nega uma porrada de despedida, fica se batendo com coisas que vão embora e ficam na nossa memória, mas que, na verdade, elas PRECISAM ir embora e elas só se desgrudam de nós, se a gente mesmo aceita e sabe que precisa dar adeus àquilo.
Só assim pra colocar coisas novas no lugar.
Só assim pra trocar o Quarto e se dar o luxo de conhecer Espaço Sideral.
Tem gente que vive no Quarto por causa desse medo do Espaço Sideral, mas é preciso aprender a lidar com o medo pra que coisas boas, ruins e novas aconteçam. No fim, tudo é aprendizado.
Sala do Suicídio
3.8 275"Sinceramente, não entendo as pessoas se matam.
Tem que se ter coragem pra viver. Elas são covardes. Narcisistas, egoístas que pensam que todo o mundo gira em torno deles.
Como você pode abrir mão do presente mais precioso que tem? Como pode fazer isso consigo mesmo e aos que o amam?
Não entendo isso. E não quero.
Você vive para dar aos outros o máximo que pode."
Depressão é um buraco sem fim e de parede lisa, quando você tenta subir, escorrega.
É tão ruim que começa a ficar bom, você se acomoda ali e como tudo em companhia é melhor, quando tem alguém que te entende e tá na mesma situação que você, querendo te ajudar, a pessoa pode acabar te afundando mais ainda, sem que você perceba.
No começo do filme, achei que Sylwia fosse uma representação lúdica da depressão na mente do Dominik, mas ela é tão real quanto ele só que mais na merda.
O filme te faz entrar no buraco deles dois, com as cores sempre sombrias, te faz conhecer a depressão como a falta de atenção e carinho de alguém que ta sempre perto (os pais de Dominik), mas ao mesmo tempo tão longe, que alguém através de uma tela possa ser melhor do que seres humanos presentes. Dói porque ACONTECE MUITO HOJE EM DIA! É TUDO REAL!
A cena final é um tiro no peito por ele ter negado a 'ajuda' dos pais (por motivos óbvios), quando na verdade, era o que ele mais precisava o tempo todo, o que demonstra isso são pequenos segundos de cena, que parecem muito longos por doer tudo dentro da gente, como quando ele sai do quarto e abraça os pais e conta um pouco do que acontece na internet, você percebe que ele fica feliz em contar, em alguém ter PERGUNTADO dele e fica feliz em dizer que as pessoas na internet devem estar preocupadas com ele. Pequenos cuidados humanos, que fazem toda diferença.
Ninguém vive sozinho.
Enfim, esse filme acabou comigo.
PS: APLAUSOS DE PÉ PRA INTERPRETAÇÃO DO JAKUB!
Submarine
4.0 1,6KÉ muito fofo, principalmente como ele descobre as dificuldades da vida quanto a relacionamentos amadurecendo com o tempo e como isso é representado pelo nome do filme.
O título 'Submarine' está em tudo, o tempo inteiro.
Oliver quer estar submerso da vida desde o começo do filme, quando se refere as "outras pessoas" que pensam em algum motivo pra viver. Isso me fez pensar em uma leve referência a depressão, mas quando as coisas vão acontecendo, você descobre que, na verdade, ele é um garoto que vive no mundo da fantasia dos filmes e livros feito por ele mesmo e só queria que tudo fosse perfeito como os filmes e livros que ele lê: esteticamente perfeito (como realmente o filme é), porém imperfeito quanto aos acontecimentos da vida.
Tive a impressão de que ele estava sempre debaixo d'água realmente, por quase não ter movimentos físicos e só ter movimentos rápidos quando, de forma metafórica, "via a superfície". Dentro da água, onde ele vivia no mundo dele imerso no submarino perfeito, tudo estava bem, mas quando ele não estava mais imerso e via o mundo lá fora, tudo desmoronava e ele precisava correr pra água novamente... até ficar imerso novamente e tudo ficar bem.
Por fim,
o amadurecimento é retratado pelo egoísmo que ele mesmo reconhece ter quando pede desculpas à Jordana, mas o que eu achei mais mágico foi que ele esteve imerso no mundo dele, só pensando nos problemas dele, quando a Jordana também precisava da ajuda dele, imersa no mundo dela, e no final, eles dois percebem que pra que um ajude o outro, é preciso os dois estarem imersos um no mundo do outro, pra conhecer e saber como se ajudarem, por isso vão pra dentro do mar juntos. <3
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista Agora"A vida é assim mesmo, seu Lourenço, a gente vai deixando as coisas passarem e elas vão crescendo. No começo, a gente não quer muito brigar porque é coisa pouca, né? Mas aí vai crescendo, crescendo, é que nem panela de pressão: uma hora explode."
Apenas o Fim
3.7 1,1K Assista AgoraÉ um filme do Richard Linklater brasileiro: preserva a simplicidade e a realidade, sem deixar de ser bonito.
Tô apaixonada. <3
Estômago
4.2 1,6K Assista Agoraa arte do paralelismo. <3
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraNo começo do filme, eu quis enforcar o bonequinho da tristeza e amassar ele porque tava estragando todas as memórias alegres, até que teve o momento em que a tristeza mesmo achou que ela era inútil como eu achei até o meio do filme e até uma certa parte da vida, mas quando a inocência vai embora é o amadurecimento vem, assim como acontece
no final do filme, a gente percebe que a tristeza é tão importante quanto a alegria ou até mais importante, pra podermos andarmos com os dois sentimentos lado a lado e dar a cada um o seu valor.
Eles dois são tão a parte essencial da nossa vida, que eles ganham um destaque no filme e são separados dos outros sentimentos, que embora também sejam importantes, são efêmeros: nojo, raiva e medo.
O destaque que eles ganham é justamente pra enxergarmos o quanto ninguém é alegre o tempo todo, embora a alegria seja muito importante e muitas vezes a 'luz no fim do túnel', tanto é que se ela não fosse o único sentimento iluminado,
o amigo imaginário da Riley jamais iria acha-la naquele fundo do poço escuro de lembranças esquecidas.
A alegria mostra que se não tivermos o pensamento de que as coisas podem dar certo, nada funciona, mas a tristeza mostra que embora a alegria una as pessoas, ela também pode unir, e a alegria fica chocada com isso,
quando percebe que os pais da Riley se aproximaram dela por perceber que ela ta triste, e ela também fica chocada quando a tristeza consola o amigo imaginário da Riley e ele fica melhor e a alegria pergunta pra tristeza como ela fez aquilo e ela responde que não sabe, que o amigo imaginário só precisava chorar um pouco... Que mágico.
Além do filme mostrar que a felicidade é importante, ele mostra que ninguém é e pode ser alegre o tempo todo, quando
ATÉ A ALEGRIA CHORA DE TRISTEZA. Irônico, mas muito real.
O filme fala o tempo todo de coisas que não podemos ver e que nós vemos materializadas e atuando em cada cena por cada personagem.
SENSACIONAL!
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraO tanto que esse filme acabou comigo não tá escrito, é aquela passagem de duas pessoas uma na vida uma da outra com uma relevância que nunca cairá no esquecimento pela importância essencial para mudar a tua vida, que se pudesse você jamais deixaria aquela pessoa ir embora, mas se fizesse isso, jamais caminharia pra frente como deveria.
PS: Cartola no final é a cereja do bolo do filme.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraTipo de filme que te da raiva, e é por isso mesmo que você gosta.
Cinema nacional é bom SIM, uma pena que poucas pessoas valorizam e apreciam, é só saber aonde procurar.
Vida longa ao cinema brasileiro. \o/
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraImpecável atuação do Jack Nicholson e direção do Kubrick.
Na minha opinião, o erro de muitas pessoas ao ver o filme e julgá-lo ruim é assisti-lo com visão de 2015 interpretando o processo de loucura do Jack como algo 'normal', talvez por conta desse mundo doido que a gente vive hoje ou mesmo esperando aqueles sustos baratos da maioria dos filmes de terror. Quem espera isso desse filme, com certeza se decepciona.
Apesar de ter uma carga pesada em questão de sonoplastia e loucuras psicológicas do ser humano, O Iluminado não é um filme de despertar esses sustos clichês, é um filme para apreciar e refletir o quanto a solidão pode te levar ao extremo da loucura e do mundo imaginário, como Jack cria o mundo próprio dele no filme, não deixando ninguém entrar, nem mesmo sua própria família.
Uma pena a direção de arte, sonoplastia e a forma em si de como Kubrick construiu e representou tantas coisas subliminares que não se é possível notar quando se assiste uma única vez não seja muito valorizada pelos que dizem "o filme não tem nada de mais", aconselho dar uma segunda chance e ver tudo de um outro lado do prisma.
Número 23
3.4 1,7K Assista AgoraDestaque pro Jim Carrey, que consegue fazer papeis sensacionais em gêneros totalmente opostos, te colocando dentro das loucuras de Dick&Jane, das loucuras em esquecer um grande amor em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e também dentro das loucuras que vêm da cabeça do Walter Sparrow.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista Agora“É isso que eu quero em um relacionamento, o que meio que explica porque estou solteira agora. É difícil de explicar. É uma coisa quando você tá com alguém e você ama a pessoa e vocês sabem disso. Vocês estão juntos, mas é uma festa, sabe? Os dois estão conversando com pessoas diferentes. Você tá lá sorrindo e olha para o outro lado da sala e vocês trocam olhares. Mas não porque são possessivos ou que seja algo sexual, mas apenas porque aquela é a pessoa da sua vida. E isso é engraçado e triste, mas só porque esta vida vai terminar. E é esse mundo secreto que existe bem ali em público, mas imperceptível, que ninguém vai ficar sabendo. É tipo como dizem, uma outra dimensão que existe ao nosso redor, mas não temos a habilidade de notar. Sabe? É isso. É isso que quero de um relacionamento. Ou da vida, eu acho. Amor. Parece que tô viajando, mas não tô…” (Frances)