A começar pela introdução dos personagens, que é totalmente irreal, passando pela trama boba, e previsível, e pelo roteiro furado, o filme é uma bomba. Mais um filme de assalto que usa todos os clichês do gênero, usando explicações de forma expositiva e manjadas, e piadas embaraçosas. Quando a trama parece engrenar, a história tem um corte abrupto, e muda o foco da coisa toda.
Will Smith está patético no papel, com mais uma atuação no piloto automático. Margot Robbie não tem muito com o que trabalhar, mas hipnotiza sempre que aparece em cena (assim como fazia em O Lobo de Wall Street), que espetáculo de mulher! Rodrigo Santoro nem vale ser citado.
Enfim, salvo por algumas boas cenas, e por Margot Robbie, o filme é um desastre! Passem longe!
Uma história poderosa, que poderia ter sido contada de uma maneira muito melhor.
O filme jamais se decide que história quer contar: a de Mandela, a do time de rugby Springboks, ou da união de um país por meio do esporte. Todos os núcleos do filme são tratados de forma muito superficial, exceto pelo personagem de Nelson Mandela. E mesmo assim, parece haver uma necessidade de sempre colocar Morgan Freeman (excelente no papel!) fazendo um discurso motivacional, ou soltando uma frase de efeito.
O filme que (supostamente) deveria contar como uma nação rachada pelas diferenças étnicas se uniu para torcer por um time, não conseguiu transmitir isso. Tirando algumas cenas entre os seguranças, essa quebra de paradigmas (de ambos os lados) não é mostrada durante o filme. Acaba que as sub-tramas atrapalham demais (mesmo as interessantes), e nenhum tema é aprofundado realmente. O núcleo da família do capitão do time (Matt Damon) poderia ser retirado do filme, pois em nada acrescenta.
Mas claro que Eastwood tem seus méritos. A cena inicial dos brancos jogando rugby ao lado de um campo de terra, onde crianças negras jogando futebol é muito simbólica, e há a rima visual com o final do filme. A cena do time indo treinar em um bairro pobre é muito boa, e os jogos em si também foram bem filmado e tiveram um excelente edição de som.
Faltou foco para esse filme de Cilnt Eastwood, que apesar de tudo, vale a pena ser visto.
Mais uma ótima obra de Paul Thomas Anderson. O grande forte do filme com certeza são as atuações do trio de protagonistas Phoenix, Seymour Hoffman e Amy Adams. Algumas cenas são tão bem dirigidas, e as atuações são tão fortes que fiquei muito tempo pensando a respeito. A cena em Lancaster Dodd faz as perguntas para Freddie Quell é hipnotizante! Os planos e contra-planos utilizados são perfeitos, e a opção de manter a câmera muito perto do rosto dos atores deixa a coisa toda muito mais dramática. Outro destaque para a cena onde todas as mulheres aparecem nuas. O olhar de Peggy demonstra que ela sabe o que se passa na cabeça de Freddie, e que ela não o quer ali, que ele é um perigo para tudo o que o casal Dodd está tentando construir. Tudo ali é perfeito.
Interessante também a sub-trama sobre como figuras de liderança (tanto religiosa quanto de outros setores da sociedade) exercem seu poder sobre os seguidores, e como se tornam dependentes desses, em contrapartida. Embora ache que o foco do filme seja a relação quase doentia de Lancaster e Freddie, é um mais um ponto interessante desse O Mestre.
PTA peca um pouco na hora de dar ritmo ao filme, que por vezes se torna arrastado e difícil de ser assistido, ao contrário do que acontecia com Sangue Negro.
Mais um ótimo filme sobre personagens, de uns dos melhores diretores dessa nova geração.
O nível continua ótimo, porém não alcança as outras temporadas, o que não seria fácil de qualquer jeito.
Elogios já teci aos borbotões às outras temporadas, e reitero nesta, com destaque para o núcleo da Muralha, que foi um show à parte neste ano. Durolar? Jon Snow x Outro?
As minhas críticas vão para Dorne, que eles CAGARAM completamente. Transformaram Doran em um bunda-mole, os Jardins da Água foram reduzidos à uma varanda, e não comentarei sobre as Serpentes da Areia por motivos óbvios. Também não concordei com a cena de estupro por ter sido mal construída, e mal inserida na história, quebrando a construção de personagem que estava sendo feita. A cena do sacrifício se provou bastante inútil no último episódio, mas não considero uma falha tão grande. Eles podiam ter trabalhado melhor o personagem da Daenerys, mas atriz e roteiristas deixaram um pouco a desejar, e ela quase alcançou o nível Sansa de chatice nesse ano.
Houve aqueles que reclamaram da falta de ação da temporada, e sinceramente não sei se essa galera achou que estava vendo The Walking Dead, pois ação nunca foi o forte de Game of Thrones (nem na série, nem nos livros). Alguns acharam a história arrastada, e foi mesmo, o material original assim o é. Os dois últimos livros vão fundo nos personagens, e quase não há grandes reviravoltas, em comparação com o terceiro livro (base para a 3ª e 4ª temporadas), que é o melhor e o mais alucinante até aqui.
Ainda assim a série teve seus momentos "Game of Thrones raiz", com uma cena de batalha espetacular, diálogos ótimos (mais Tyrion por favor!!!), cenas catárticas, e lógico, mortes inesperadas e de personagens queridos. Agora é esperar mais 12 tristes meses para retornar a Westeros, e para esse mundo que nunca vou cansar de visitar.
Filme muito bom, uma ação enlouquecida que vai tirar o fôlego de muita gente.
Foi com desconfiança que sentei na sala de cinema para assistir a esse Jurassic World. Assisti o primeiro longa dois dias atrás, e estava pronto pra odiar essa sequência/reboot de 2015. Mas dei com os burros n'água. O filme é muito legal! Ele todo é uma grande homenagem ao original de 1993, pegando a mesma história e atualizando o ritmo e a tecnologia. E nas referências à Jurassic Park é onde está a força desse novo filme (quem não abriu um sorriso ao ver o óculos de visão noturna?), tratando com muito respeito e carinho a memória daqueles que cresceram maravilhados pelo mundo que Spielberg criou, e introduzindo muito bem essa Disney Jurássica para a nova geração. Claro que está tudo mais corrido, com menos discussões importantes, os personagens são mais rasos, e o clima de tensão nem se compara à obra de Steven. Muito natural nos filmes atuais.
O elenco é competente, com Chris Pratt solto em mais um personagem ao estilo Indiana Jones, onde não muito exigido. Um Ty Simpkins excepcional, como esse garoto é bom! No pouco espaço que teve, conseguiu criar uma ótima empatia com o público, eu realmente senti pena do garoto em alguns momentos. Lembro que eu odiava a dupla de irmãos do filme de 93, como eram irritantes!. Gostei também do papel de Bryce Dallas Howard (meu deus, que mulher maravilhosa!), e ela o cumpre com eficiência, impondo dramaticidade quando é necessário, e carisma em todo o filme.
Algumas forçadas de barra no roteiro, e algumas cenas em específico, me incomodaram. O 8 º homem mais rico do mundo se meter numa situação daquelas? Sério? Bryce Dallas Howard fugindo de T-Rex de salto alto?! Não precisava disso. O excesso de piadas, e o modo como foram encaixadas me tirou por vários momentos do filme. Isso é uma coisa que os diretores de hoje tem que ponderar mais, esse excesso de comicidade tira toda a tensão do espectador! Sem falar no timing pro beijo dos protagonistas, deus me livre! Chega de Superman e Louis!
Exceto por algumas falhas, é um bom filme de ação, e com uma bem vinda violência estética nas lutas envolvendo os dinos, e mais uma dose de nostalgia para alguns.
PS: Reclamar de sexismo em um filme como esse é o cúmulo da bitolação! PS2: NÃO VEJAM EM 3D! Escuro, tremido, não se enxerga coisa alguma. Fuja dessa praga que assolou as salas de cinema!
História muito simples, mas que cativa ao mostrar uma linda história de amizade, e faz pensar, com toda a discussão sobre as diferenças de raças. A arte está espetacular, com as cores no estilo aquarela, que dão uma beleza toda especial para a obra.
Destaque para uma das personagens mais fofas que vi ultimamente, a ratinha Célestine (ótima também na versão dublada), que me fez lembrar algumas obras do mestre Miyazaki. Uma ótima pedida para crianças e adultos, e pra sair um pouco da mesmice criativa das animações de Hollywood.
Passados 22 anos do seu lançamento, o filme continua espetacular. Como não ficar arrepiado ao ouvir a trilha sonora de John Williams? Saudades dessa época, em que blockbusters desse calibre eram filmados. Spielberg mestre!
PS: O VHS tinha uns efeitos fósseis na capa, e eu sempre achava foda essas capas especias.
Impressionante como é parecido em muitos aspectos com vários outros filmes de Scorsese. O cara que começa de baixo (nem tão de baixo nesse caso) conhece o amor da vida, se casa, e vai escalando até chegar ao ápice, e depois declina com tudo. E o mestre sabe como ninguém contar esse tipo de história; os enquadramentos, os planos-sequência, tudo perfeito. A opção pelo branco e preto foi excelente, mostrando como o mundo era pra Jake La Motta, um cara paranoico e obsessivo, que dentro do ringue colocava isso pra fora e era bem sucedido, mas fora dele vivia uma vida conturbada, por não saber conviver com outras pessoas (principalmente com a mulher que amava), exceto seu fiel irmão Joey. E até isso ele consegue estragar.
A família é (aqui de um modo diferente) tema importante da trama. A direção das cenas em família é espetacular, mostrando todo o machismo italiano, a relação de amor (um tanto esquisita pra nós) entre os irmãos, e explicitando todo o ciúme e obsessão de Jake.
Aplausos à parte para Robert De Niro que, na minha opinião, interpreta o melhor papel de sua vida. Em certos momentos eu tive dificuldade de reconhecê-lo ali, pra mim era o Jake La Motta mesmo.
Enfim, é uma obra-prima obrigatória pra todos os amantes da sétima arte.
Uma pena, eu lembrava desse filme como um dos meus preferidos quando era criança.
Até a luta na cúpula é um filme Mad Max, trilha sonora, ambientação, o clima, tudo excelente. Depois da cena do deserto, o George Miller parece trocar o sobrenome pra Lucas, e enfia aquele núcleo bobo (nível Cinema em Casa) ignorando completamente a linguagem da franquia, e estragando o filme. No final ainda há um respiro com a ótima cena de perseguição.
Apesar de estragar um pouco a minha lembrança com relação ao filme, valeu re-assistir pela primeira metade muito boa, e pela sequência final. Vou conferir o 4 º filme amanhã, e a expectativa está alta.
O filme começa muito bem, a ideia de mostrar o que as pessoas sentem lá no íntimo, sem as convenções e hipocrisias do dia-a-dia é muito bem sacada. Também a influência que o Ig Perrish tem sobre os outros (ele não tem controle mental, só desperta as vontades reprimidas que já existem). E o modo como o filme apresentou esse conceito, sem precisar explicar nada, ou escrever para o espectador (alô Nolan, um abraço) foi bem executada. E até Daniel Radcliffe se saiu bem, com seu sotaque britânico quase imperceptível.
Mas algumas forçadas de barra do roteiro, e as sequências finais comprometem demais o filme. Um pouco mais de cuidado em apresentar certos aspectos da trama, e se não tivessem feito aquele estrago com o "vilão" e com a cena final, seria um excelente filme.
Mas apesar dessas escorregadas, com certeza vale a pena ser visto.
Atuações impecáveis, trilha sonora excelente, e direção inspiradíssima conseguem colocar o espectador na pele de um viciado e até compreendê-lo em muitos aspectos. As inúmeras referências dentro do filme (de Laranja Mecânica à Beatles) só agregam à obra.
Destaque para Ewan McGregor que está perfeito no papel. A cena da ressaca/detox no quarto do Rent já vale o filme.
Mais um filme norte-americano sobre esporte, e mais um desse tipo na carreira de Miller.
Em geral temos mais do mesmo aqui, nada de muito novo nem original no roteiro, mas a direção e a edição cumprem bem o papel de focar no personagem de Billy Beane, e não necessariamente na trajetória do time. Alguns diálogos expositivos demais, e algumas situações inverossímeis empobrecem um pouco a obra.
Filme com um ritmo bom (acho que quem acompanha o baseball terá mais facilidade de entender certos diálogos), e algumas cenas realmente belas, principalmente as que envolvem Beane e a filha. Atuações sóbrias (que saudade Philip Seymour Hoffman!) que conseguem dar personalidade aos seus personagens.
Aos amantes de esportes será legal ver como o baseball se tornou o que é hoje, um esporte que, acima de tudo, dá valor as estatísticas do jogo.
Com certeza um dos melhores produtos feitos para a televisão nos últimos tempos!
Esse material espetacular deveria ser obrigatório nas escolas. Os efeitos visuais são primorosos, e usados em momentos pontuais, assim como as animações simples e didáticas. Sem contar as tomadas em cidades em lugares históricos. Neil deGrasse Tyson tem uma forma muito particular de passar a informação, demonstrando a paixão que ele tem pela ciência. Destaque para o primeiro episódio e para o último, com textos maravilhosos e que chegam a emocionar em certos momentos.
Não assisti a série original da década de 80, mas tenho certeza que Carl Sagan ficaria orgulhoso dessa nova versão, que consegue despertar a paixão pelo conhecimento e pela ciência no espectador.
Uma pena a história desse grande personagem ter uma adaptação tão medíocre.
Roteiro escrito de maneira bem porca, jogando informações quando convinha, pra logo em seguida ignorá-las. Isso sem falar nas piadas óbvias, e no amplo abuso que fizeram dos clichês, melodrama e das frases de efeito que deixariam Manoel Carlos orgulhoso.
Nisso tudo o que se salva são as atuações. Embora caricatas em alguns momentos, conseguem carregar bem o filme. Destaque para Cumberbatch, Knightley e Strong, sempre ótimos.
Filme bom, muito mais pela história do personagem, do que pela direção e roteiro, que puxam o filme pra baixo a todo momento. Alan Turing merecia um filme melhor.
E temos mais uma parceria bem sucedida: Marvel e Netflix. Série excelente, e uma das melhores adaptações de um personagem dos quadrinhos (incluo TV e cinema nisso) para outra mídia. Um banquete de referências para os fãs mais hard core, mas tudo sem exagero, colocado de uma forma muito sutil, sem atrapalhar o andamento da trama principal (diferente de Agents of Shield, ou Homem de Ferro 2, por exemplo). Mas também uma história ótima, empolgante e fácil de acompanhar pra quem nunca ouviu falar do Diabo da Cozinha do Inferno. A Marvel acerta a mão novamente. E claro os parabéns à Netflix, responsável pela série, e que coloca o seu toque pessoal no personagem de Wilson Fisk (já sabemos da aptidão da empresa em trabalhar com vilões/anti-heróis). Sinceramente, nunca imaginei que um dia fosse chegar a torcer pelo Rei do Crime. Destaque para Vincent D'Onofrio que encarna o careca magistralmente, nos fazendo sentir compaixão e empatia pelo personagem, para logo em seguida nos deixar com medo e repulsa deste, que já entrou para minha galeria de vilões favoritos. Esperemos que a qualidade continue.
Golpe Duplo
3.3 733 Assista AgoraBobo, previsível, fraco.
A começar pela introdução dos personagens, que é totalmente irreal, passando pela trama boba, e previsível, e pelo roteiro furado, o filme é uma bomba. Mais um filme de assalto que usa todos os clichês do gênero, usando explicações de forma expositiva e manjadas, e piadas embaraçosas. Quando a trama parece engrenar, a história tem um corte abrupto, e muda o foco da coisa toda.
Will Smith está patético no papel, com mais uma atuação no piloto automático. Margot Robbie não tem muito com o que trabalhar, mas hipnotiza sempre que aparece em cena (assim como fazia em O Lobo de Wall Street), que espetáculo de mulher! Rodrigo Santoro nem vale ser citado.
Enfim, salvo por algumas boas cenas, e por Margot Robbie, o filme é um desastre! Passem longe!
Invictus
3.8 805 Assista AgoraUma história poderosa, que poderia ter sido contada de uma maneira muito melhor.
O filme jamais se decide que história quer contar: a de Mandela, a do time de rugby Springboks, ou da união de um país por meio do esporte. Todos os núcleos do filme são tratados de forma muito superficial, exceto pelo personagem de Nelson Mandela. E mesmo assim, parece haver uma necessidade de sempre colocar Morgan Freeman (excelente no papel!) fazendo um discurso motivacional, ou soltando uma frase de efeito.
O filme que (supostamente) deveria contar como uma nação rachada pelas diferenças étnicas se uniu para torcer por um time, não conseguiu transmitir isso. Tirando algumas cenas entre os seguranças, essa quebra de paradigmas (de ambos os lados) não é mostrada durante o filme. Acaba que as sub-tramas atrapalham demais (mesmo as interessantes), e nenhum tema é aprofundado realmente. O núcleo da família do capitão do time (Matt Damon) poderia ser retirado do filme, pois em nada acrescenta.
Mas claro que Eastwood tem seus méritos. A cena inicial dos brancos jogando rugby ao lado de um campo de terra, onde crianças negras jogando futebol é muito simbólica, e há a rima visual com o final do filme. A cena do time indo treinar em um bairro pobre é muito boa, e os jogos em si também foram bem filmado e tiveram um excelente edição de som.
Faltou foco para esse filme de Cilnt Eastwood, que apesar de tudo, vale a pena ser visto.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraFilme denso, pesado, e difícil de ser digerido.
Mais uma ótima obra de Paul Thomas Anderson. O grande forte do filme com certeza são as atuações do trio de protagonistas Phoenix, Seymour Hoffman e Amy Adams. Algumas cenas são tão bem dirigidas, e as atuações são tão fortes que fiquei muito tempo pensando a respeito. A cena em Lancaster Dodd faz as perguntas para Freddie Quell é hipnotizante! Os planos e contra-planos utilizados são perfeitos, e a opção de manter a câmera muito perto do rosto dos atores deixa a coisa toda muito mais dramática.
Outro destaque para a cena onde todas as mulheres aparecem nuas. O olhar de Peggy demonstra que ela sabe o que se passa na cabeça de Freddie, e que ela não o quer ali, que ele é um perigo para tudo o que o casal Dodd está tentando construir. Tudo ali é perfeito.
Interessante também a sub-trama sobre como figuras de liderança (tanto religiosa quanto de outros setores da sociedade) exercem seu poder sobre os seguidores, e como se tornam dependentes desses, em contrapartida. Embora ache que o foco do filme seja a relação quase doentia de Lancaster e Freddie, é um mais um ponto interessante desse O Mestre.
PTA peca um pouco na hora de dar ritmo ao filme, que por vezes se torna arrastado e difícil de ser assistido, ao contrário do que acontecia com Sangue Negro.
Mais um ótimo filme sobre personagens, de uns dos melhores diretores dessa nova geração.
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KO nível continua ótimo, porém não alcança as outras temporadas, o que não seria fácil de qualquer jeito.
Elogios já teci aos borbotões às outras temporadas, e reitero nesta, com destaque para o núcleo da Muralha, que foi um show à parte neste ano. Durolar? Jon Snow x Outro?
As minhas críticas vão para Dorne, que eles CAGARAM completamente. Transformaram Doran em um bunda-mole, os Jardins da Água foram reduzidos à uma varanda, e não comentarei sobre as Serpentes da Areia por motivos óbvios. Também não concordei com a cena de estupro por ter sido mal construída, e mal inserida na história, quebrando a construção de personagem que estava sendo feita. A cena do sacrifício se provou bastante inútil no último episódio, mas não considero uma falha tão grande. Eles podiam ter trabalhado melhor o personagem da Daenerys, mas atriz e roteiristas deixaram um pouco a desejar, e ela quase alcançou o nível Sansa de chatice nesse ano.
Houve aqueles que reclamaram da falta de ação da temporada, e sinceramente não sei se essa galera achou que estava vendo The Walking Dead, pois ação nunca foi o forte de Game of Thrones (nem na série, nem nos livros). Alguns acharam a história arrastada, e foi mesmo, o material original assim o é. Os dois últimos livros vão fundo nos personagens, e quase não há grandes reviravoltas, em comparação com o terceiro livro (base para a 3ª e 4ª temporadas), que é o melhor e o mais alucinante até aqui.
Ainda assim a série teve seus momentos "Game of Thrones raiz", com uma cena de batalha espetacular, diálogos ótimos (mais Tyrion por favor!!!), cenas catárticas, e lógico, mortes inesperadas e de personagens queridos. Agora é esperar mais 12 tristes meses para retornar a Westeros, e para esse mundo que nunca vou cansar de visitar.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraFilme muito bom, uma ação enlouquecida que vai tirar o fôlego de muita gente.
Foi com desconfiança que sentei na sala de cinema para assistir a esse Jurassic World. Assisti o primeiro longa dois dias atrás, e estava pronto pra odiar essa sequência/reboot de 2015. Mas dei com os burros n'água. O filme é muito legal! Ele todo é uma grande homenagem ao original de 1993, pegando a mesma história e atualizando o ritmo e a tecnologia. E nas referências à Jurassic Park é onde está a força desse novo filme (quem não abriu um sorriso ao ver o óculos de visão noturna?), tratando com muito respeito e carinho a memória daqueles que cresceram maravilhados pelo mundo que Spielberg criou, e introduzindo muito bem essa Disney Jurássica para a nova geração. Claro que está tudo mais corrido, com menos discussões importantes, os personagens são mais rasos, e o clima de tensão nem se compara à obra de Steven. Muito natural nos filmes atuais.
O elenco é competente, com Chris Pratt solto em mais um personagem ao estilo Indiana Jones, onde não muito exigido. Um Ty Simpkins excepcional, como esse garoto é bom! No pouco espaço que teve, conseguiu criar uma ótima empatia com o público, eu realmente senti pena do garoto em alguns momentos. Lembro que eu odiava a dupla de irmãos do filme de 93, como eram irritantes!. Gostei também do papel de Bryce Dallas Howard (meu deus, que mulher maravilhosa!), e ela o cumpre com eficiência, impondo dramaticidade quando é necessário, e carisma em todo o filme.
Algumas forçadas de barra no roteiro, e algumas cenas em específico, me incomodaram. O 8 º homem mais rico do mundo se meter numa situação daquelas? Sério? Bryce Dallas Howard fugindo de T-Rex de salto alto?! Não precisava disso. O excesso de piadas, e o modo como foram encaixadas me tirou por vários momentos do filme. Isso é uma coisa que os diretores de hoje tem que ponderar mais, esse excesso de comicidade tira toda a tensão do espectador! Sem falar no timing pro beijo dos protagonistas, deus me livre! Chega de Superman e Louis!
Exceto por algumas falhas, é um bom filme de ação, e com uma bem vinda violência estética nas lutas envolvendo os dinos, e mais uma dose de nostalgia para alguns.
PS: Reclamar de sexismo em um filme como esse é o cúmulo da bitolação!
PS2: NÃO VEJAM EM 3D! Escuro, tremido, não se enxerga coisa alguma. Fuja dessa praga que assolou as salas de cinema!
Ernest e Célestine
4.4 319Excelente!
História muito simples, mas que cativa ao mostrar uma linda história de amizade, e faz pensar, com toda a discussão sobre as diferenças de raças. A arte está espetacular, com as cores no estilo aquarela, que dão uma beleza toda especial para a obra.
Destaque para uma das personagens mais fofas que vi ultimamente, a ratinha Célestine (ótima também na versão dublada), que me fez lembrar algumas obras do mestre Miyazaki. Uma ótima pedida para crianças e adultos, e pra sair um pouco da mesmice criativa das animações de Hollywood.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraPassados 22 anos do seu lançamento, o filme continua espetacular. Como não ficar arrepiado ao ouvir a trilha sonora de John Williams? Saudades dessa época, em que blockbusters desse calibre eram filmados. Spielberg mestre!
PS: O VHS tinha uns efeitos fósseis na capa, e eu sempre achava foda essas capas especias.
Liga da Justiça: Trono de Atlantis
3.5 160 Assista AgoraCenas de lutas legais e só. História, roteiro e diálogos bem fracos, muito abaixo de outras animações recentes da DC.
E prefiro muito mais a versão do Aquaman que tem um gancho no lugar da mão direita, muito mais "badass".
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraObra-prima do meu diretor de cinema preferido!
Impressionante como é parecido em muitos aspectos com vários outros filmes de Scorsese. O cara que começa de baixo (nem tão de baixo nesse caso) conhece o amor da vida, se casa, e vai escalando até chegar ao ápice, e depois declina com tudo. E o mestre sabe como ninguém contar esse tipo de história; os enquadramentos, os planos-sequência, tudo perfeito. A opção pelo branco e preto foi excelente, mostrando como o mundo era pra Jake La Motta, um cara paranoico e obsessivo, que dentro do ringue colocava isso pra fora e era bem sucedido, mas fora dele vivia uma vida conturbada, por não saber conviver com outras pessoas (principalmente com a mulher que amava), exceto seu fiel irmão Joey. E até isso ele consegue estragar.
A família é (aqui de um modo diferente) tema importante da trama. A direção das cenas em família é espetacular, mostrando todo o machismo italiano, a relação de amor (um tanto esquisita pra nós) entre os irmãos, e explicitando todo o ciúme e obsessão de Jake.
Aplausos à parte para Robert De Niro que, na minha opinião, interpreta o melhor papel de sua vida. Em certos momentos eu tive dificuldade de reconhecê-lo ali, pra mim era o Jake La Motta mesmo.
Enfim, é uma obra-prima obrigatória pra todos os amantes da sétima arte.
Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão
3.4 485 Assista AgoraUma pena, eu lembrava desse filme como um dos meus preferidos quando era criança.
Até a luta na cúpula é um filme Mad Max, trilha sonora, ambientação, o clima, tudo excelente. Depois da cena do deserto, o George Miller parece trocar o sobrenome pra Lucas, e enfia aquele núcleo bobo (nível Cinema em Casa) ignorando completamente a linguagem da franquia, e estragando o filme. No final ainda há um respiro com a ótima cena de perseguição.
Apesar de estragar um pouco a minha lembrança com relação ao filme, valeu re-assistir pela primeira metade muito boa, e pela sequência final. Vou conferir o 4 º filme amanhã, e a expectativa está alta.
Amaldiçoado
3.0 1,2K Assista AgoraUma excelente ideia que foi mal realizada.
O filme começa muito bem, a ideia de mostrar o que as pessoas sentem lá no íntimo, sem as convenções e hipocrisias do dia-a-dia é muito bem sacada. Também a influência que o Ig Perrish tem sobre os outros (ele não tem controle mental, só desperta as vontades reprimidas que já existem). E o modo como o filme apresentou esse conceito, sem precisar explicar nada, ou escrever para o espectador (alô Nolan, um abraço) foi bem executada. E até Daniel Radcliffe se saiu bem, com seu sotaque britânico quase imperceptível.
Mas algumas forçadas de barra do roteiro, e as sequências finais comprometem demais o filme. Um pouco mais de cuidado em apresentar certos aspectos da trama, e se não tivessem feito aquele estrago com o "vilão" e com a cena final, seria um excelente filme.
Mas apesar dessas escorregadas, com certeza vale a pena ser visto.
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista AgoraNa batalha entre ambientação perfeita/atuações impecáveis vs trama confusa em excesso, o resultado é um ótimo filme de espionagem.
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraQue filme alucinante!
Atuações impecáveis, trilha sonora excelente, e direção inspiradíssima conseguem colocar o espectador na pele de um viciado e até compreendê-lo em muitos aspectos. As inúmeras referências dentro do filme (de Laranja Mecânica à Beatles) só agregam à obra.
Destaque para Ewan McGregor que está perfeito no papel. A cena da ressaca/detox no quarto do Rent já vale o filme.
O Homem que Mudou o Jogo
3.7 931 Assista AgoraMais um filme norte-americano sobre esporte, e mais um desse tipo na carreira de Miller.
Em geral temos mais do mesmo aqui, nada de muito novo nem original no roteiro, mas a direção e a edição cumprem bem o papel de focar no personagem de Billy Beane, e não necessariamente na trajetória do time. Alguns diálogos expositivos demais, e algumas situações inverossímeis empobrecem um pouco a obra.
Filme com um ritmo bom (acho que quem acompanha o baseball terá mais facilidade de entender certos diálogos), e algumas cenas realmente belas, principalmente as que envolvem Beane e a filha. Atuações sóbrias (que saudade Philip Seymour Hoffman!) que conseguem dar personalidade aos seus personagens.
Aos amantes de esportes será legal ver como o baseball se tornou o que é hoje, um esporte que, acima de tudo, dá valor as estatísticas do jogo.
Cosmos: Uma Odisséia No Espaço Tempo
4.8 344Com certeza um dos melhores produtos feitos para a televisão nos últimos tempos!
Esse material espetacular deveria ser obrigatório nas escolas. Os efeitos visuais são primorosos, e usados em momentos pontuais, assim como as animações simples e didáticas. Sem contar as tomadas em cidades em lugares históricos. Neil deGrasse Tyson tem uma forma muito particular de passar a informação, demonstrando a paixão que ele tem pela ciência. Destaque para o primeiro episódio e para o último, com textos maravilhosos e que chegam a emocionar em certos momentos.
Não assisti a série original da década de 80, mas tenho certeza que Carl Sagan ficaria orgulhoso dessa nova versão, que consegue despertar a paixão pelo conhecimento e pela ciência no espectador.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraUma pena a história desse grande personagem ter uma adaptação tão medíocre.
Roteiro escrito de maneira bem porca, jogando informações quando convinha, pra logo em seguida ignorá-las. Isso sem falar nas piadas óbvias, e no amplo abuso que fizeram dos clichês, melodrama e das frases de efeito que deixariam Manoel Carlos orgulhoso.
Nisso tudo o que se salva são as atuações. Embora caricatas em alguns momentos, conseguem carregar bem o filme. Destaque para Cumberbatch, Knightley e Strong, sempre ótimos.
Filme bom, muito mais pela história do personagem, do que pela direção e roteiro, que puxam o filme pra baixo a todo momento. Alan Turing merecia um filme melhor.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraE temos mais uma parceria bem sucedida: Marvel e Netflix.
Série excelente, e uma das melhores adaptações de um personagem dos quadrinhos (incluo TV e cinema nisso) para outra mídia. Um banquete de referências para os fãs mais hard core, mas tudo sem exagero, colocado de uma forma muito sutil, sem atrapalhar o andamento da trama principal (diferente de Agents of Shield, ou Homem de Ferro 2, por exemplo). Mas também uma história ótima, empolgante e fácil de acompanhar pra quem nunca ouviu falar do Diabo da Cozinha do Inferno. A Marvel acerta a mão novamente.
E claro os parabéns à Netflix, responsável pela série, e que coloca o seu toque pessoal no personagem de Wilson Fisk (já sabemos da aptidão da empresa em trabalhar com vilões/anti-heróis). Sinceramente, nunca imaginei que um dia fosse chegar a torcer pelo Rei do Crime. Destaque para Vincent D'Onofrio que encarna o careca magistralmente, nos fazendo sentir compaixão e empatia pelo personagem, para logo em seguida nos deixar com medo e repulsa deste, que já entrou para minha galeria de vilões favoritos.
Esperemos que a qualidade continue.