Não sei dizer se realmente dá para falar que o filme foi baseado no livro de Ernest Hemingway. Primeiro porque inventaram uma personagem que não aparece no livro apenas para Ava Gardner interpretar alguma mulher. Segundo porque cenas como a briga ao lado de fora do bar, o qual Harry sai praticamente de colete, porque as mangas de seu sobretudo foram rasgadas durante uma briga não ocorre e eu fiquei esperando muito essa cena após ler o livro. E terceiro: Mudar totalmente o plot twist do final do livro é algo que me desagrada demais. A fotografia é bonita, mas tem que usar muita licença poética e forçar a barra pra dizer que foi baseado no livro.
O filme é da década de trinta, anti-guerra. e mesmo assim, ocorre a Segunda Guerra Mundial, poucos anos depois, onde os espectadores parecem não terem aprendido absolutamente nada com a realidade dos soldados. Muita fome, poucos recursos bélicos, hospitais precários, pernas sendo amputadas como se fossem um mero fio de cabelo. É impressionante como a obra continua atual. Vale lembrar que as falas das flores de cerejeiras aparecem em "1917", quando é dito que as flores brancas parecem fazer nevar. Uma referência quase gritante. Homens jovens morrendo pela guerra de homens velhos.
Nunca pensei que daria cinco estrelas para um filme com personagens de animação. Mas aconteceu. Christopher Robin consegue ser cativante do começo ao fim. O cenário dos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial junto da crise de desemprego nos leva a entender a crise de um Robin adulto, trabalhando como escravo por medo de perder o emprego e não conseguir dar o futuro que ele sonha para a esposa e filha. (Esposa que, convenhamos, foi um pouco difícil não enxergá-la como a nossa adorável Peggy Carter, por ser interpretada pela mesma atriz). É curioso o momento em que a filha teme ser mandada para um colégio interno, revivendo exatamente a angústia do pai quando criança. Na fase adulta Robin parece abominar o ato de brincar, como se quisesse privar a filha de se divertir e encontrar algo mágico como ele um dia havia vivenciado. Os diálogos são emocionantes, e sim, nos levam a algumas lágrimas com a rispidez de um gigante para com o ursinho que todos nós amamos. E mesmo quando há momentos de ternura e não rispidez, lá vamos nós, de novo, chorar mais um pouquinho porque surge uma identificação onde paramos para refletir se nós não nos tornamos Christopher Robin na fase adulta, nunca brincando, nunca nos divertindo e só trabalhando e estudando para impressionar chefes, professores e superiores que, sinceramente, não importam. Esse filme tem um lugar especial em meu coração já que tomei a liberdade de ir ao cinema todos os dias dessa semana do meu aniversário. A Disney conseguiu me dar um presente maravilhoso. Uma pena que não havia mais balões para comprar na saída do cinema, pois eles me fariam feliz, mesmo que eu não precisasse de um.
Demorei um pouco para assistir esse filme por conta do hype do Oscar, que diga-se de passagem, foi muito merecido pela atuação do Gary Oldman. Entretanto, ao terminar de vê-lo, não senti que houve algo de espetacular. Veja bem, esse é o problema de fazer filmes históricos do qual já se sabe o fim. O segredo é surpreender ao público no meio dos acontecimentos e não enrolá-lo por uma hora e meia para no fim, não termos a menor surpresa. O roteiro fica massante, travado no conflito dos que querem um acordo de paz versus quem quer continuar com a guerra. Nós, o público, e principalmente amantes de histórias acreditamos que esse impasse realmente tenha ocorrido, mas no filme foi mal adaptado. Nos arrastamos nos últimos vinte e oito minutos porque já vimos muito e só nos resta ver o final esperado e certeiro. Particularmente, prefiro Churchill de 2017, onde a primeira cena vale o filme inteiro, algo absurdamente impactante. Para um Oscar de melhor ator, o filme infelizmente, peca por ser monótono. Esperava mais. Muito mais. E creio que não sou a única que teve essa sensação de ser deixada de lado como se os roteiristas não se importassem se ficássemos entediados ou não. Acho que a intenção deles era somente contar uma história já conhecida, se o público quer vê-la, que fique. Se não, que caia desapontado antes dos créditos subirem.
Que experiência maravilhosa foi ter visto esse filme em julho de 2017. Se eu tivesse o assistido antes, próximo ou mesmo no ano de lançamento, eu não estaria encarando as paredes do meu quarto por tanto tempo. É uma confissão sincera.
Talvez as pessoas que comentaram aqui sobre o filme ser chato não carregam o mesmo desejo que o personagem principal, vocês não imaginam como são sortudos por pertencerem exatamente à época em que nasceram, pois uma das coisas mais frustrantes de nossas vidas é ter a plena certeza que nascemos em um tempo errôneo. Eu sou uma dessas pessoas frustradas e é exatamente por isso que eu invejo vocês, no mais pleno e sincero sentido.
Em minha jornada para o passado, primeiro eu voltaria para os anos cinquenta. E lá encontraria minha atriz favorita, Audrey Hepburn. Ela me apresentaria para seus amigos de cast em filmes maravilhosos. E em alguma festa eu iria me deparar com o homem mais selvagem, bonito e apaixonante de todos os tempos: Meu rebelde James Dean. E eu tenho certeza que eu ficaria tão petrificada com aquilo que provavelmente desmaiaria no meio de todo mundo porque eu amo um drama. E quando acordasse, e se ainda estivesse lá, eu iria fazer o que não devo. Ficaria por lá e evitaria que ele andasse tão rápido em seu porsche de codinome "Little Bastard". Nós vimos com Gil que era possível alterar o passado, eu cometeria esse crime e deixaria Dean vivo para que ele pudesse ver Giant nos cinemas.
E depois que eu conhecesse Elvis, Sinatra e tantas outras pessoas maravilhosas, seria hora de voltar mais um pouco para o passado. O ano é 1941, em plena Segunda Guerra Mundial. Meu convite para meus amigos da década Golden Age dos cinemas seria uma única proposta:
Acredito que a crítica para esse filme foi gratuita, mesmo. Muitos esperavam uma cinebiografia, mas o filme não é isso. Muito longe de ser algo assim. Essa obra relata um período conturbado na vida de Grace. Que para seus fãs, mostra os sacrifícios que ela escolheu. Ser princesa ou ser atriz? Hollywood ou Mônaco? O cinema ou o palácio? E nós sabemos qual escolha ela fez. Junto dela, causas humanitárias. Grace e Audrey Hepburn tiveram muito em comum. Uma virou princesa de verdade, a outra possuía a realeza em sua alma.
Little boy... tantas coisas eu ainda tenho que aprender com você. A primeira é que por mais que as coisas estejam dando errado, não podemos perder a fé, a esperança. Mesmo que ela nos decepcione algumas vezes. Em um certo momento do filme nos perguntamos o que será daí por diante, porque parece não ter mais roteiro. Mas os roteiristas nos surpreendem. Não sei se gostei ou não da surpresa, para muitos pode ter sido maravilhosa, mas para alguns, como eu, que não tiveram a sorte de little boy ou a fé necessária fica a reflexão. Será que deixamos de acreditar o suficiente? Nota 4,5 porque ele merece.
A atuação de Barbara Stanwyck neste filme foi belíssima. Ela conseguiu retratar muito bem o desespero de alguém que está falando a verdade, mas que ninguém acredita. Como gritar em um quarto sem ser ouvida. Em nenhum momento duvidei da sanidade dela durante o filme. Um dos motivos por ninguém ter acreditado nela, claro, foi por ela ser mulher. Naquela época podemos observar que era muito fácil transformar a verdade e um relato de uma mulher plenamente sã em delírio. Jogá-las em um hospital para que admitam a mentira que os homens querem. Não preciso mencionar o fato que "A troca" com Angelina Jolie retratou muito bem isso. Quando uma mulher escancara a verdade e a falta de comprometimento da polícia em algum caso, ela é jogada em um hospital por estar louca. Em 1954 isso já era retratado, pena que ainda acontece hoje.
Quatro estrelas muito bem escolhidas pelo suspense do filme.
Tocante é a palavra certa para esse filme. Nós conseguimos acompanhar a evolução pessoal e espiritual de Heinrich durante sua estadia no Tibet. Como aquele mesmo homem que recusou uma foto do grande Dalai Lama, tornou-se seu amigo e professor. Há algumas cenas que podem ser consideradas muito especiais neste filme. Permito-me citar algumas.
A cena do relógio onde ele devolve para Peter finalmente colocou a amizade deles num patamar eterno, a inveja por Peter ter conseguido se casar com a mulher que Heinrich estava interessado passou e ele finalmente desejou a felicidade de ambos.
Temos também a cena bonita e tocante do começo da amizade entre Heinrich e Dalai, a construção do cinema foi um gesto de amizade.
E por último, quando o filho de Heinrich sai de seu armário para escutar a música da caixinha que era de Dalai, tudo faz pleno sentido. Sabemos que Dalai gostava muito daquele objeto, mas ele a cedeu para o filho de seu amigo como um recomeço do relacionamento entre eles.
Dou quatro estrelas sorrindo. Bela fotografia, não senti uma trilha sonora impactante, mas não podemos ter tudo, não é?
Uma história que poucos conhecem. Eu que sempre fui apaixonada pelo tema de Segunda Guerra Mundial não sabia desse fato, da tentativa de assassinato contra Hitler em 1939. Minha cabeça ficou pensando diversas vezes o que poderia ter acontecido se o ataque tivesse sido bem sucedido. Achei a fotografia normal, nada muito belo como sempre tenho expectativa em filmes de época. Acho válido pela história, o roteiro é simples, mas para relatar os fatos e trazer a história a tona, vale a pena assistir.
Que fotografia esplendida! Não consegui desgrudar os olhos de casa detalhe. Me surpreende muito ainda como o cinema consegue "fazer o filtro" do passado nas cenas. Sem dúvida, uma das fotografias mais belas do cinema com esse tema. O roteiro é magnífico, porém, previsível. A partir do momento que a amizade das crianças cresce eu já previa o que iria acontecer. Não foi muita surpresa e é por isso que eu não me emocionei como a maioria das pessoas aqui. Acho que por já esperar os fatos, isso diminuiu um pouco a expectativa. Claro, o filme retrata um belo karma para o pai. O que é feito por você, retorna. Seja coisa boa ou ruim. Algo que eu fiquei um pouco tocada foi a inocência. Confundir os uniformes com pijamas realmente foi algo muito bem sacado do autor do livro já que é uma adaptação. Algo que me comoveu bastante também foi a fase da irmã, onde ela passava por uma mudança drástica, se apegando cada vez mais ao nazismo. E isso nos mostra como cada pessoa é diferente. Bruno não concordava com o que o professor particular ensinava, já Gretel ouvia e transformava tudo na mais pura verdade para ela. Sem dúvida, Bruno puxou a avó. Comovente também a cena em que o cartão é posto e a mãe acha aquilo um insulto. Algo que achei pouco explorado foi o campo de concentração. Não deu para ver muitos detalhes, ficou muito superficial. Dou uma nota alta por tantos motivos que me abstenho até mesmo de citá-los ou ficarei aqui para sempre.
A cena da chegada dos soldados ingleses no campo com esse assovio tão característico me deu grandes expectativas. Infelizmente o filme não as superou, não chegou nem perto. Não acho que o motivo seja por ser longo ou por achar o roteiro pobre. Pelo contrário, o roteiro é muito bom, porém, mal trabalhado. Especialmente nas cenas finais onde fiquei esperando quebrarem a ponte durante o filme todo, praticamente. Algumas mortes ocorreram de um jeito tão bobo que eu nem acreditei, tive vontade de rir. Uma pena. Me falaram tão bem do filme e eu não senti toda essa magia. Não posso negar que é um clássico, mas um clássico nem sempre transborda perfeição.
A suavidade que esse filme clássico traz é uma das mais puras e bonitas que eu já senti. Por alguns momentos eu me esqueci que era um filme tão antigo que os atores principais já estavam mortos. Quando me dei conta, meu coração sentiu uma tristeza. Quantos talentos deixaram este mundo! Mas o cinema é tão maravilhoso que consegue imortalizar e ainda mais, consegue captar todo o talento nas cenas que vi neste filme. Atuações maravilhosas. Me atentei muito na cena do revólver. Magnífica.
Que obra prima. A primeira cena já nos faz pensar em quantas vidas foram perdidas nesta guerra. Uma das mais emocionantes, sem dúvida. A da praia me fez refletir em como os efeitos foram absurdos. Tinha hora que parecia que havia um cast de figurantes contratados para morrer de verdade de tão real que as explosões e os corpos mutilados pareciam. Surreal. Outra cena que me divertiu foi onde um dos soldados conta sobre uma cliente na loja da mãe dele, um belo momento de descontração no meio daquilo tudo. E claro, a cena das medalhas onde Ryan era procurado foi pura agonia. Um filme muito além dos horrores da guerra. Mereceu cinco estrelas.
Sem dúvida o melhor filme da trilogia. Tanta coisa inesperada acontece que eu já não sabia mais como o filme poderia me surpreender na metade. Dava a impressão que tudo o que tinha para acontecer já tinha sido mostrado, mas não. Ele vai além. Ultrapassa os limites e eu fiquei de boca aberta. A atuação do Heath Ledger é algo que não consigo descrever. Que coisa mais absurda. A cabeça dele se transformou em uma mente psicótica e criminosa. E foi uma das mais brilhantes. Eu via as cenas e ao mesmo tempo ficava com raiva. Como uma morte tão repentina pôde ocorrer com um talento desse? Épico.
Eu costumo me encantar com filmes cujo cenário é a Segunda Guerra Mundial. Talvez porque durante as aulas de história, ao ouvir o que meus professores diziam, sempre uma ideia surgia em minha cabeça: Mas como que o mundo assistiu tantas mortes, tanto sofrimento e não fez nada? Como que alguns países ficaram omissos com aquele desastre? Mas será mesmo que tudo aquilo aconteceu? (Nunca duvidei da segunda guerra em sua plena existência, que fique claro. Só que na minha cabeça de criança aquilo não fazia sentido. Por que tinha acontecido?) Como ainda não inventaram a máquina do tempo para que eu possa viajar e ver com meus próprios olhos o pedaço da história que me é contado através de livros e de apaixonados pelo assunto como eu, passei a mergulhar num mundo chamado cinema. Nessa arte tão maravilhosa que consegue me dar um gostinho do passado. Uma pitadinha daqueles dias gloriosos cujas fotografias e museus conservam uma memória. Com Unbroken não foi diferente. Em diversas cenas eu me deparava com um homem de uma coragem sem fim, de tanta sede pela sobrevivência que entendo perfeitamente o motivo da Angelina Jolie ter se apaixonado pelo roteiro. Eu também me apaixonei. Cenário, figurino, atuações. Às vezes, em algumas situações, a coisa fica um pouco apelativa, (não vou contar para não perder a graça) porém a história de Louis Zamperini me inspira a acordar de manhã, em dias quentes (que eu não gosto tanto assim) e continuar. Sempre terão obstáculos para nos derrubar, mas a chave para toda a sua existência ter valido a pena é se levantar e gritar para um mundo como o nosso que podemos ser invencíveis.
Praticamente um a day to remember, porém com uma fotografia muito mais bonita. Atuações impecáveis, figurino, trilha sonora, etc. Filmes assim me fazem refletir sobre como o maior tesouro do ser humano é o tempo.
"Não dói, Ollie. Não mesmo. É como cair de um penhasco em câmera lenta. Só que dá vontade de chegar logo no chão, sabe?" "Sim." "Bobagem. Você nunca caiu de um penhasco." "Caí sim. Quando a conheci."
Vi ao filme em 3D e achei muito bom os efeitos, a mensagem é conhecida, é claro. Todos conhecem a história da Arca de Noé, mas uma coisa importante é ressaltar que Noé não era uma pessoa má por ter salvado todos os animais e deixado a espécie humana morrer, quem se pode culpar por isso, é a figura do criador que ele tanto seguia a risca. Às vezes parece que ele foi um mero fantoche para fazer todas as vontades de um Deus que nunca respondeu à ele.
Algo que me preocupa foi a parte em que foi dito que os animais devem servir aos seres humanos. E isso é terrível, um pensamento tão antropocentrista que caminha em nosso mundo, sem dúvida, é um mito do qual eu jamais irei acreditar e me submeter. Os animais são seres sencientes ( que sentem dor, frio, calor igual aos seres humanos) cuja vida deve ser preservada. A exploração de seres tão inocentes não deve ser justificada em hipótese alguma porque não há uma justificativa. Quantas espécies já entraram em extinção por conta da ganancia do homem? Somos seres com uma consciência que nem sempre é usada quando ela é necessária, isso deve mudar. Deixe-os viverem livres e então nosso mundo não será mais egoísta e sim ecológico onde todos poderão viver, nascendo e morrendo como deve ser. Mas que a matança deles não seja por nossas mãos, mãos que não possuem vontade própria, mas que são comandadas por uma racionalidade que deve ser usada. Ame-os, preserve-os, deixe-os viver em paz.
Sabe quando uma sensação te invade por inteiro e transborda aos poucos de uma maneira arrebatadora? Quando as linhas de uma folha te imploram por uma carícia? Pela arte que te suplica para uma mera existência? Arte... não me atrevo a dizer que tal obra revela arte. Não revela, a arte está tão intrínseca nessa obra que é desnecessário dizer o quanto ela é real a cada cena que nos é revelada. Um filme que mostra todo o rigor de um colégio onde os adultos sugam a sanidade e o psicológico de seus alunos, que exige não só conhecimento, mas também um comportamento e uma postura totalmente forçada. Alunos não, fantoches! Fantoches que são comandados por seus pais, por seus mestres, por todos que se acham no direito de comandar. Mas quem disse que todos podem ser comandados? Quem aqui se atreveria a comandar a Sociedade dos Poetas Mortos? Eu não seria capaz, nunca! Poetas não podem ser comandados, poetas são livres por natureza em sua essência e personalidade. Ah... poetas não precisam desenhar asas para se sentirem voando, as palavras os levam para as colinas mais distantes desse mundo, para outros universos, para jornadas de estrelas que ninguém tem um mapa para buscá-los. Oh, poetas! Meus poetas! Como eu gostaria que vocês fossem eternos, que a imensidão de vocês pudesse alcançar o inalcançável... E que as cordas que vos prendem de volta para a realidade se arrebente de modo intenso semelhante ao êxtase de suas poesias.
Eu estou tentando assimilar esse filme ainda. Nos primeiros vinte minutos junto da sinopse, parecia que seria uma história de um lunático que estava sofrendo de alucinações. Até pensei que em algum momento do filme ele iria se drogar. Mas o Calvin não fez isso, pelo contrário. Ele queria estar sano, queria saber que sua consciência não havia projetado algo tão real assim só por aparência. Há muitas partes cômicas como quando ele encontra a Ruby pela primeira vez, mas no geral... O que eu mais gostei foi no final. Vocês sentiram toda a poesia que transbordou dessa tela? Porque eu senti. Senti até o final dos créditos, fiquei pensando até que ponto tudo isso poderia ser real... E se todas as pessoas fossem criações de alguém? E se todas as pessoas que se apaixonam fossem esse vínculo? Criador e criação? Talvez eu seja personagem de alguém que está me esperando dobrar a esquina para enfim me mostrar uma página.
As Neves do Kilimanjaro
3.4 20 Assista AgoraNão sei dizer se realmente dá para falar que o filme foi baseado no livro de Ernest Hemingway. Primeiro porque inventaram uma personagem que não aparece no livro apenas para Ava Gardner interpretar alguma mulher. Segundo porque cenas como a briga ao lado de fora do bar, o qual Harry sai praticamente de colete, porque as mangas de seu sobretudo foram rasgadas durante uma briga não ocorre e eu fiquei esperando muito essa cena após ler o livro. E terceiro: Mudar totalmente o plot twist do final do livro é algo que me desagrada demais. A fotografia é bonita, mas tem que usar muita licença poética e forçar a barra pra dizer que foi baseado no livro.
Sem Novidade no Front
4.3 139 Assista AgoraO filme é da década de trinta, anti-guerra. e mesmo assim, ocorre a Segunda Guerra Mundial, poucos anos depois, onde os espectadores parecem não terem aprendido absolutamente nada com a realidade dos soldados. Muita fome, poucos recursos bélicos, hospitais precários, pernas sendo amputadas como se fossem um mero fio de cabelo. É impressionante como a obra continua atual. Vale lembrar que as falas das flores de cerejeiras aparecem em "1917", quando é dito que as flores brancas parecem fazer nevar. Uma referência quase gritante. Homens jovens morrendo pela guerra de homens velhos.
You never lived to see
What you gave to me
One shining dream of hope and love
Life and liberty
With a host of brave unknown soldiers
For your company, you will live forever
Here in our memory
In fields of sacrifice
Heroes paid the price
Young men who died for old men's wars
Gone to paradise
We are all one great band of brothers
And one day you'll see we can live together
When all the world is free
Vingança a Sangue Frio
2.7 217 Assista AgoraGostei bastante do filme. Fui só eu que achei que nesse papel o ator que faz o viking está a cara do Marlon Brando? Fiquei abismada.
Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
3.9 456 Assista AgoraNunca pensei que daria cinco estrelas para um filme com personagens de animação. Mas aconteceu. Christopher Robin consegue ser cativante do começo ao fim. O cenário dos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial junto da crise de desemprego nos leva a entender a crise de um Robin adulto, trabalhando como escravo por medo de perder o emprego e não conseguir dar o futuro que ele sonha para a esposa e filha. (Esposa que, convenhamos, foi um pouco difícil não enxergá-la como a nossa adorável Peggy Carter, por ser interpretada pela mesma atriz). É curioso o momento em que a filha teme ser mandada para um colégio interno, revivendo exatamente a angústia do pai quando criança. Na fase adulta Robin parece abominar o ato de brincar, como se quisesse privar a filha de se divertir e encontrar algo mágico como ele um dia havia vivenciado. Os diálogos são emocionantes, e sim, nos levam a algumas lágrimas com a rispidez de um gigante para com o ursinho que todos nós amamos. E mesmo quando há momentos de ternura e não rispidez, lá vamos nós, de novo, chorar mais um pouquinho porque surge uma identificação onde paramos para refletir se nós não nos tornamos Christopher Robin na fase adulta, nunca brincando, nunca nos divertindo e só trabalhando e estudando para impressionar chefes, professores e superiores que, sinceramente, não importam. Esse filme tem um lugar especial em meu coração já que tomei a liberdade de ir ao cinema todos os dias dessa semana do meu aniversário. A Disney conseguiu me dar um presente maravilhoso. Uma pena que não havia mais balões para comprar na saída do cinema, pois eles me fariam feliz, mesmo que eu não precisasse de um.
Megatubarão
2.8 841Fui assistir com a expectativa de ter alguma referência ou frase irônica da obra de 1975, não teve. O máximo que a gente consegue absorver de Jaws é
A cena em que o tubarão errado é capturado. Repetiu exatamente no filme anterior.
No mais, apenas entretenimento.
O Destino de Uma Nação
3.7 722 Assista AgoraDemorei um pouco para assistir esse filme por conta do hype do Oscar, que diga-se de passagem, foi muito merecido pela atuação do Gary Oldman. Entretanto, ao terminar de vê-lo, não senti que houve algo de espetacular. Veja bem, esse é o problema de fazer filmes históricos do qual já se sabe o fim. O segredo é surpreender ao público no meio dos acontecimentos e não enrolá-lo por uma hora e meia para no fim, não termos a menor surpresa. O roteiro fica massante, travado no conflito dos que querem um acordo de paz versus quem quer continuar com a guerra. Nós, o público, e principalmente amantes de histórias acreditamos que esse impasse realmente tenha ocorrido, mas no filme foi mal adaptado. Nos arrastamos nos últimos vinte e oito minutos porque já vimos muito e só nos resta ver o final esperado e certeiro. Particularmente, prefiro Churchill de 2017, onde a primeira cena vale o filme inteiro, algo absurdamente impactante. Para um Oscar de melhor ator, o filme infelizmente, peca por ser monótono. Esperava mais. Muito mais. E creio que não sou a única que teve essa sensação de ser deixada de lado como se os roteiristas não se importassem se ficássemos entediados ou não. Acho que a intenção deles era somente contar uma história já conhecida, se o público quer vê-la, que fique. Se não, que caia desapontado antes dos créditos subirem.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraQue experiência maravilhosa foi ter visto esse filme em julho de 2017. Se eu tivesse o assistido antes, próximo ou mesmo no ano de lançamento, eu não estaria encarando as paredes do meu quarto por tanto tempo. É uma confissão sincera.
Talvez as pessoas que comentaram aqui sobre o filme ser chato não carregam o mesmo desejo que o personagem principal, vocês não imaginam como são sortudos por pertencerem exatamente à época em que nasceram, pois uma das coisas mais frustrantes de nossas vidas é ter a plena certeza que nascemos em um tempo errôneo. Eu sou uma dessas pessoas frustradas e é exatamente por isso que eu invejo vocês, no mais pleno e sincero sentido.
Em minha jornada para o passado, primeiro eu voltaria para os anos cinquenta. E lá encontraria minha atriz favorita, Audrey Hepburn. Ela me apresentaria para seus amigos de cast em filmes maravilhosos. E em alguma festa eu iria me deparar com o homem mais selvagem, bonito e apaixonante de todos os tempos: Meu rebelde James Dean. E eu tenho certeza que eu ficaria tão petrificada com aquilo que provavelmente desmaiaria no meio de todo mundo porque eu amo um drama. E quando acordasse, e se ainda estivesse lá, eu iria fazer o que não devo. Ficaria por lá e evitaria que ele andasse tão rápido em seu porsche de codinome "Little Bastard". Nós vimos com Gil que era possível alterar o passado, eu cometeria esse crime e deixaria Dean vivo para que ele pudesse ver Giant nos cinemas.
E depois que eu conhecesse Elvis, Sinatra e tantas outras pessoas maravilhosas, seria hora de voltar mais um pouco para o passado. O ano é 1941, em plena Segunda Guerra Mundial. Meu convite para meus amigos da década Golden Age dos cinemas seria uma única proposta:
Who want's to kill Adolf Hitler, my friends?
Grace de Mônaco
3.0 240 Assista AgoraAcredito que a crítica para esse filme foi gratuita, mesmo. Muitos esperavam uma cinebiografia, mas o filme não é isso. Muito longe de ser algo assim. Essa obra relata um período conturbado na vida de Grace. Que para seus fãs, mostra os sacrifícios que ela escolheu. Ser princesa ou ser atriz? Hollywood ou Mônaco? O cinema ou o palácio? E nós sabemos qual escolha ela fez. Junto dela, causas humanitárias. Grace e Audrey Hepburn tiveram muito em comum. Uma virou princesa de verdade, a outra possuía a realeza em sua alma.
Little Boy: Além do Impossível
4.3 375Little boy... tantas coisas eu ainda tenho que aprender com você. A primeira é que por mais que as coisas estejam dando errado, não podemos perder a fé, a esperança. Mesmo que ela nos decepcione algumas vezes. Em um certo momento do filme nos perguntamos o que será daí por diante, porque parece não ter mais roteiro. Mas os roteiristas nos surpreendem. Não sei se gostei ou não da surpresa, para muitos pode ter sido maravilhosa, mas para alguns, como eu, que não tiveram a sorte de little boy ou a fé necessária fica a reflexão. Será que deixamos de acreditar o suficiente? Nota 4,5 porque ele merece.
Testemunha do Crime
3.5 22A atuação de Barbara Stanwyck neste filme foi belíssima. Ela conseguiu retratar muito bem o desespero de alguém que está falando a verdade, mas que ninguém acredita. Como gritar em um quarto sem ser ouvida. Em nenhum momento duvidei da sanidade dela durante o filme. Um dos motivos por ninguém ter acreditado nela, claro, foi por ela ser mulher. Naquela época podemos observar que era muito fácil transformar a verdade e um relato de uma mulher plenamente sã em delírio. Jogá-las em um hospital para que admitam a mentira que os homens querem. Não preciso mencionar o fato que "A troca" com Angelina Jolie retratou muito bem isso. Quando uma mulher escancara a verdade e a falta de comprometimento da polícia em algum caso, ela é jogada em um hospital por estar louca. Em 1954 isso já era retratado, pena que ainda acontece hoje.
Quatro estrelas muito bem escolhidas pelo suspense do filme.
Sete Anos no Tibet
3.8 397 Assista AgoraTocante é a palavra certa para esse filme. Nós conseguimos acompanhar a evolução pessoal e espiritual de Heinrich durante sua estadia no Tibet. Como aquele mesmo homem que recusou uma foto do grande Dalai Lama, tornou-se seu amigo e professor. Há algumas cenas que podem ser consideradas muito especiais neste filme. Permito-me citar algumas.
A cena do relógio onde ele devolve para Peter finalmente colocou a amizade deles num patamar eterno, a inveja por Peter ter conseguido se casar com a mulher que Heinrich estava interessado passou e ele finalmente desejou a felicidade de ambos.
Temos também a cena bonita e tocante do começo da amizade entre Heinrich e Dalai, a construção do cinema foi um gesto de amizade.
E por último, quando o filho de Heinrich sai de seu armário para escutar a música da caixinha que era de Dalai, tudo faz pleno sentido. Sabemos que Dalai gostava muito daquele objeto, mas ele a cedeu para o filho de seu amigo como um recomeço do relacionamento entre eles.
Dou quatro estrelas sorrindo. Bela fotografia, não senti uma trilha sonora impactante, mas não podemos ter tudo, não é?
13 Minutos
3.6 50 Assista AgoraUma história que poucos conhecem. Eu que sempre fui apaixonada pelo tema de Segunda Guerra Mundial não sabia desse fato, da tentativa de assassinato contra Hitler em 1939. Minha cabeça ficou pensando diversas vezes o que poderia ter acontecido se o ataque tivesse sido bem sucedido. Achei a fotografia normal, nada muito belo como sempre tenho expectativa em filmes de época. Acho válido pela história, o roteiro é simples, mas para relatar os fatos e trazer a história a tona, vale a pena assistir.
O Menino do Pijama Listrado
4.2 3,7K Assista AgoraQue fotografia esplendida! Não consegui desgrudar os olhos de casa detalhe. Me surpreende muito ainda como o cinema consegue "fazer o filtro" do passado nas cenas. Sem dúvida, uma das fotografias mais belas do cinema com esse tema. O roteiro é magnífico, porém, previsível. A partir do momento que a amizade das crianças cresce eu já previa o que iria acontecer. Não foi muita surpresa e é por isso que eu não me emocionei como a maioria das pessoas aqui. Acho que por já esperar os fatos, isso diminuiu um pouco a expectativa. Claro, o filme retrata um belo karma para o pai. O que é feito por você, retorna. Seja coisa boa ou ruim. Algo que eu fiquei um pouco tocada foi a inocência. Confundir os uniformes com pijamas realmente foi algo muito bem sacado do autor do livro já que é uma adaptação. Algo que me comoveu bastante também foi a fase da irmã, onde ela passava por uma mudança drástica, se apegando cada vez mais ao nazismo. E isso nos mostra como cada pessoa é diferente. Bruno não concordava com o que o professor particular ensinava, já Gretel ouvia e transformava tudo na mais pura verdade para ela. Sem dúvida, Bruno puxou a avó. Comovente também a cena em que o cartão é posto e a mãe acha aquilo um insulto. Algo que achei pouco explorado foi o campo de concentração. Não deu para ver muitos detalhes, ficou muito superficial. Dou uma nota alta por tantos motivos que me abstenho até mesmo de citá-los ou ficarei aqui para sempre.
A Ponte do Rio Kwai
4.1 197 Assista AgoraA cena da chegada dos soldados ingleses no campo com esse assovio tão característico me deu grandes expectativas. Infelizmente o filme não as superou, não chegou nem perto. Não acho que o motivo seja por ser longo ou por achar o roteiro pobre. Pelo contrário, o roteiro é muito bom, porém, mal trabalhado. Especialmente nas cenas finais onde fiquei esperando quebrarem a ponte durante o filme todo, praticamente. Algumas mortes ocorreram de um jeito tão bobo que eu nem acreditei, tive vontade de rir. Uma pena. Me falaram tão bem do filme e eu não senti toda essa magia. Não posso negar que é um clássico, mas um clássico nem sempre transborda perfeição.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraA suavidade que esse filme clássico traz é uma das mais puras e bonitas que eu já senti. Por alguns momentos eu me esqueci que era um filme tão antigo que os atores principais já estavam mortos. Quando me dei conta, meu coração sentiu uma tristeza. Quantos talentos deixaram este mundo! Mas o cinema é tão maravilhoso que consegue imortalizar e ainda mais, consegue captar todo o talento nas cenas que vi neste filme. Atuações maravilhosas. Me atentei muito na cena do revólver. Magnífica.
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,6K Assista AgoraQue obra prima. A primeira cena já nos faz pensar em quantas vidas foram perdidas nesta guerra. Uma das mais emocionantes, sem dúvida. A da praia me fez refletir em como os efeitos foram absurdos. Tinha hora que parecia que havia um cast de figurantes contratados para morrer de verdade de tão real que as explosões e os corpos mutilados pareciam. Surreal. Outra cena que me divertiu foi onde um dos soldados conta sobre uma cliente na loja da mãe dele, um belo momento de descontração no meio daquilo tudo. E claro, a cena das medalhas onde Ryan era procurado foi pura agonia. Um filme muito além dos horrores da guerra. Mereceu cinco estrelas.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraSem dúvida o melhor filme da trilogia. Tanta coisa inesperada acontece que eu já não sabia mais como o filme poderia me surpreender na metade. Dava a impressão que tudo o que tinha para acontecer já tinha sido mostrado, mas não. Ele vai além. Ultrapassa os limites e eu fiquei de boca aberta. A atuação do Heath Ledger é algo que não consigo descrever. Que coisa mais absurda. A cabeça dele se transformou em uma mente psicótica e criminosa. E foi uma das mais brilhantes. Eu via as cenas e ao mesmo tempo ficava com raiva. Como uma morte tão repentina pôde ocorrer com um talento desse? Épico.
Invencível
3.9 924 Assista AgoraEu costumo me encantar com filmes cujo cenário é a Segunda Guerra Mundial. Talvez porque durante as aulas de história, ao ouvir o que meus professores diziam, sempre uma ideia surgia em minha cabeça: Mas como que o mundo assistiu tantas mortes, tanto sofrimento e não fez nada? Como que alguns países ficaram omissos com aquele desastre? Mas será mesmo que tudo aquilo aconteceu? (Nunca duvidei da segunda guerra em sua plena existência, que fique claro. Só que na minha cabeça de criança aquilo não fazia sentido. Por que tinha acontecido?) Como ainda não inventaram a máquina do tempo para que eu possa viajar e ver com meus próprios olhos o pedaço da história que me é contado através de livros e de apaixonados pelo assunto como eu, passei a mergulhar num mundo chamado cinema. Nessa arte tão maravilhosa que consegue me dar um gostinho do passado. Uma pitadinha daqueles dias gloriosos cujas fotografias e museus conservam uma memória. Com Unbroken não foi diferente. Em diversas cenas eu me deparava com um homem de uma coragem sem fim, de tanta sede pela sobrevivência que entendo perfeitamente o motivo da Angelina Jolie ter se apaixonado pelo roteiro. Eu também me apaixonei. Cenário, figurino, atuações. Às vezes, em algumas situações, a coisa fica um pouco apelativa, (não vou contar para não perder a graça) porém a história de Louis Zamperini me inspira a acordar de manhã, em dias quentes (que eu não gosto tanto assim) e continuar. Sempre terão obstáculos para nos derrubar, mas a chave para toda a sua existência ter valido a pena é se levantar e gritar para um mundo como o nosso que podemos ser invencíveis.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraAre you, are you coming to the tree?
Love Story: Uma História de Amor
3.4 207 Assista AgoraPraticamente um a day to remember, porém com uma fotografia muito mais bonita. Atuações impecáveis, figurino, trilha sonora, etc. Filmes assim me fazem refletir sobre como o maior tesouro do ser humano é o tempo.
"Não dói, Ollie. Não mesmo. É como cair de um penhasco em câmera lenta. Só que dá vontade de chegar logo no chão, sabe?"
"Sim."
"Bobagem. Você nunca caiu de um penhasco."
"Caí sim. Quando a conheci."
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KAchei maravilhoso. As cenas de humor me lembraram muito uma bela pitada de Woody Allen.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraVi ao filme em 3D e achei muito bom os efeitos, a mensagem é conhecida, é claro. Todos conhecem a história da Arca de Noé, mas uma coisa importante é ressaltar que Noé não era uma pessoa má por ter salvado todos os animais e deixado a espécie humana morrer, quem se pode culpar por isso, é a figura do criador que ele tanto seguia a risca. Às vezes parece que ele foi um mero fantoche para fazer todas as vontades de um Deus que nunca respondeu à ele.
Algo que me preocupa foi a parte em que foi dito que os animais devem servir aos seres humanos. E isso é terrível, um pensamento tão antropocentrista que caminha em nosso mundo, sem dúvida, é um mito do qual eu jamais irei acreditar e me submeter. Os animais são seres sencientes ( que sentem dor, frio, calor igual aos seres humanos) cuja vida deve ser preservada. A exploração de seres tão inocentes não deve ser justificada em hipótese alguma porque não há uma justificativa. Quantas espécies já entraram em extinção por conta da ganancia do homem? Somos seres com uma consciência que nem sempre é usada quando ela é necessária, isso deve mudar. Deixe-os viverem livres e então nosso mundo não será mais egoísta e sim ecológico onde todos poderão viver, nascendo e morrendo como deve ser. Mas que a matança deles não seja por nossas mãos, mãos que não possuem vontade própria, mas que são comandadas por uma racionalidade que deve ser usada. Ame-os, preserve-os, deixe-os viver em paz.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraSabe quando uma sensação te invade por inteiro e transborda aos poucos de uma maneira arrebatadora? Quando as linhas de uma folha te imploram por uma carícia? Pela arte que te suplica para uma mera existência?
Arte... não me atrevo a dizer que tal obra revela arte. Não revela, a arte está tão intrínseca nessa obra que é desnecessário dizer o quanto ela é real a cada cena que nos é revelada.
Um filme que mostra todo o rigor de um colégio onde os adultos sugam a sanidade e o psicológico de seus alunos, que exige não só conhecimento, mas também um comportamento e uma postura totalmente forçada.
Alunos não, fantoches! Fantoches que são comandados por seus pais, por seus mestres, por todos que se acham no direito de comandar.
Mas quem disse que todos podem ser comandados? Quem aqui se atreveria a comandar a Sociedade dos Poetas Mortos? Eu não seria capaz, nunca!
Poetas não podem ser comandados, poetas são livres por natureza em sua essência e personalidade. Ah... poetas não precisam desenhar asas para se sentirem voando, as palavras os levam para as colinas mais distantes desse mundo, para outros universos, para jornadas de estrelas que ninguém tem um mapa para buscá-los.
Oh, poetas! Meus poetas! Como eu gostaria que vocês fossem eternos, que a imensidão de vocês pudesse alcançar o inalcançável... E que as cordas que vos prendem de volta para a realidade se arrebente de modo intenso semelhante ao êxtase de suas poesias.
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4KEu estou tentando assimilar esse filme ainda. Nos primeiros vinte minutos junto da sinopse, parecia que seria uma história de um lunático que estava sofrendo de alucinações. Até pensei que em algum momento do filme ele iria se drogar. Mas o Calvin não fez isso, pelo contrário. Ele queria estar sano, queria saber que sua consciência não havia projetado algo tão real assim só por aparência. Há muitas partes cômicas como quando ele encontra a Ruby pela primeira vez, mas no geral... O que eu mais gostei foi no final. Vocês sentiram toda a poesia que transbordou dessa tela? Porque eu senti. Senti até o final dos créditos, fiquei pensando até que ponto tudo isso poderia ser real... E se todas as pessoas fossem criações de alguém? E se todas as pessoas que se apaixonam fossem esse vínculo? Criador e criação? Talvez eu seja personagem de alguém que está me esperando dobrar a esquina para enfim me mostrar uma página.