Últimas opiniões enviadas
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Spielberg é um artista fantástico, e digo artista, porque só realmente um artista consegue captar e transcrever os contextos espaciais e geográficos de seu período.
The Post fala sobre os escândalos do governo norte-americano, mas para muito além disso, fala de assuntos de extrema importância para os dias de hoje: o perigo do autoritarismo contra os direitos e constituição, o que se reflete na liberdade de imprensa, e da posição da mulher na sociedade, principalmente no jogo do capitalismo.
Em tempos de juízes condenando sem provas factuais, vemos um filme que mostra que isso já ocorria nos Estados Unidos algumas décadas atrás, mas lá... pelo menos o slogam do filme de Spielberg carrega isso, a imprensa é livre e imparcial e serve aos governados e não governantes, muito diferentemente daqui.
Meryl Streep é maravilhosa, há muitos ela não tinha um uma personagem e roteiro tão poderosos em mãos. Ao contrário do seu Oscar completamente falho com A dama de ferro, em um roteiro péssimo que só serve pra enaltecer a monarquia britânica, aqui ela tem chances de trabalhar as ambiguidades e conflitos de sua personagem. Uma atuação maravilhosa que realmente merece e precisa estar no Oscar. Sua personagem, e sua atuação, fazendo frente aos discursos dos homens brancos e poderosos é o discurso ideal para os tempos atuais, o qual Spielberg foi magistral em perceber.
Spielberg por si tem uma direção quadradinha, que não vai além de tudo aquilo que ele já fez por Hollywood. O grade mérito é a percepção do tema e que, por si só, assim como nas escolhas, demostra que é um filme sobre a força de uma mulher, mas filmado por um homem, mas assumindo essa posição.
Hanks está bem, é o rosto típico dos americanos, do que os americanos querem e precisam acreditar e a cara dos filmes do diretor.
Só o que me incomoda é a trilha, querendo dar tons de aventura e vitória, quando a pegada é outra.
Enfim, não é o melhor filme do diretor, que sempre me incomoda em suas biografias louvando a democracia ianque. Mas lançá-lo agora, com seus contextos tão específicos, é de uma reflexão estupenda. Merece todo o reconhecimento e as indicações.
Inclusive o diretor poderia estar na vaga do Nolan, que não faz mais de um filminho pra agradar a virilidade dos machos.
Spielberg reconhece seu privilégio, querendo obviamente surfar na onda dos debates atuais, mas também os proporcionando!
Últimos recados
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Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
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Matheus
Cara tava procurando alguém que gostasse muito de Dougville pra me explicar como alguém pode ter gostado daquilo, sem zoeira, me diz o atrativo daquele filme?
alivia pro bróder Polanski, né?
passa um pano, deixando Pitt e DiCaprio salvarem no final do filme a moral do diretor pedófilo e estuprador.