Que curta fraco. Acompanho o canal da roteirista no YouTube e quando ela mencionou que havia feito o roteiro desse curta, achei que seria no mesmo nível dos vídeos que ela expõe a maneira de se elaborar um roteiro, mas foi decepcionante. A trama é fraquíssima, sem qualquer originalidade. Os atores, exceto pelo carisma da florista, são péssimos. O amigo do protagonista não deve ser ator. Bom, com um elenco bem fraco, inclusive o protagonista, que é bem inexpressivo e se segura tentando fazer "caras e bocas", certamente o roteiro teria dificuldade para salvar o curta. Aí que ocorreu a maior decepção, pois a roteirista é uma ótima professora de roteiro e mostra muito bem como deve fazer um bom texto, mas ela fez exatamente o contrário aqui. O roteiro parece primário, não dá para acreditar que seja de uma pessoa que conhece tão bem a arte do roteiro. A trama é totalmente infantil e sequer consegue envolver pelo sentimentalismo. A premissa é fraquíssima, não consegue fazer a trama avançar. As falas sequer cabem na boca dos personagens. A roteirista sempre critica essa deficiência dos roteirista brasileiros e aqui é uma aulas de como fazer "poesia" nas falas ao invés de transformá-las em algo real. Não há nada que faça a trama avançar, um show de clichês. Difícil assistir esses 25 minutos, parece uma eternidade. Não conheço mais nada desse diretor ou da roteirista, mas infelizmente, sua qualidade como professora de roteiro não foi suficiente para fazer um bom filme. Creio que ela precise assistir suas aulas!
Grande curta! Depois de assistir a animação Frankenweenie fica claro que o formato original era muito bom e que algumas opções do roteiro do longa serviram para prejudicá-lo. O longa é muito fiel ao curta, inclusive nos enquadramentos de câmera, ou seja, a estética já estava construída, bastava, apenas, ampliar o roteiro para se tornar um longa. Aqui, apesar de o cão ter grande importância na trama, temos grande ênfase na família de Viktor, o que amplia a caracterização do período histórico. Também, há mais humor no roteiro, mas um humor refinado, na própria situação, ou seja, refinamento do roteiro. E o mais interessante, uma trama que consegue se construir em meia hora! Belo!
Talvez seja necessário analisar esse documentário sob dois aspectos, duas perspectivas que são conflitantes entre si. Bom, quanto aos aspectos técnicos, sem dúvida que é uma produção de qualidade, não traz inovações técnicas, tampouco na narrativa, mas acaba servindo para sua finalidade. E aí que entram os aspectos complicados que mencionei. A proposta é louvável, juntar em uma escola crianças excluídas e proporcionar condições para serem "inseridas" na comunidade israelense. Bom, até que ponto, de fato, que essas crianças serão inseridas na sociedade? Será que tornar-se-ão cidadãos israelenses? Pouco provável. Então, qual a finalidade da escola se há uma restrição quanto à cidadania? Algumas pessoas mais críticas poderiam alegar que é melhor viver numa escola que lhe da educação do que em países que vivem em guerra ou sociedades miseráveis... Bom, de fato, os parâmetros para comparação não ajudam a justificar a exclusão por parte da sociedade israelense. Também, poderia ser questionada a proposta da escola de israelizar a todas os imigrantes, contudo, somente para reduzir o atrito interno, mas sem que eles se sintam cidadãos plenos. O que, por conseguinte, geraria um conflito identitário, uma vez que não mais pertencem ao país que vieram, mas também não são israelenses. Evidentemente que essas questões não são abordadas pelo documentário, seja pela proposta ser outra, ou mesmo porque isso colocaria em xeque o objetivo da escola. Talvez o mais complicado seja constatar que existem mulheres como as que trabalham na escola e veem os imigrantes como pessoas e um estado que nem sempre age da mesma maneira. Daí surge um terceiro conflito que diz respeito à interação entre povo e governo. Se propostas como a desta escola fizessem parte de um plano de governo, sem dúvida a tensão entre israelenses e palestinos reduziria, mas a escola se configura numa ilha solitária num oceano de tensão. Mas mesmo assim, é fundamental que o documentário seja assistido para que essa proposta entre para a agenda internacional.
Bonito... texto agradável... fotografia interessante... mas uma pergunta que acaba comprometendo a trama: não havia celular? O filme é de 2005! Evidentemente que poderiam ser criadas justificativas para isso, mas talvez o melhor tivesse sido ambientá-lo em outra época! Ainda no final, aparece um stand da TIM! Os desencontros são muito interessantes e belos, os atores estão muito bem... e São Paulo estão muito bem fotografada... mas e o celular??? Trilha sonora também muito bela...
Muito legal, principalmente o clima noir que foi construído. Bela iluminação, boa trilha sonora e boas interpretações dos atores, exceto os atores mirins que deixaram um pouco a desejar, pois a direção não conseguiu tirar deles o aspecto de "fala decorada". Mas o roteiro é interessante e, como nos filmes noir, trabalha com o suspense de modo muito pontual e seguindo o ritmo da trilha sonora (ou o inverso!). Também, tem um aspecto nostálgico que embala o filme e provoca o espectador. Um belo exercício de se fazer cinema.
Uma análise política e sociológica a partir da metáfora entre as relações que são construídas pelas crianças num parque. Um filme primoroso, pois sua simplicidade se contrapõe à profundidade da crítica nele inserida. Tecnicamente também a direção consegue expressar as situações de poder pela linguagem visual. E tudo isso em 3 minutos. Um belo exercício do poder de síntese do cinema... e sem emitir uma palavras! E, quem quiser assisti-lo, está disponível em
Um documentário muito bonito, esteticamente, com tomadas bem enquadradas e com forte valor dramático. Em apenas 20 minutos, muito mais do que fazer uma crítica ao esquecimento de parte da população brasileira pelo governo, é apontada uma das razões para que essa política permaneça. O analfabetismo é tratado como barreira para que a população seja mantida na ignorância, seja tolido seu direito de cidadania (voto) e de qualificação profissional. Por outro lado, mesmo que em poucos minutos, o contraponto é feito a parir da sociedade letrada. Esta, é convidada a falar sobre os miseráveis abandonados pelo país. Duro retrato do modelo de segregação que na década de 1960 era mais generalizador, no entanto, nos dias de hoje, utiliza essa prática e outras mais elaboradas para segregar grande parte da população brasileira. Um filme didático, no sentido de que as pessoas devem saber como ocorre o processo de segregação social.
Um documentário que procura explicitar as ferramentas que mercantilizam o futebol e, segundo a perspectiva proposta, somente alguns poucos obtém vantagens. Primeiramente a crítica ao "circo futebolístico" é feita quanto à promessa de que qualquer pessoa possa ser um Pelé, para tanto, busca as peladas de periferias para ratificar que não passa de um sonho. Consequência deste sonho, ou mesmo de cultura popular, o futebol se torna objeto de adoração dos torcedores, que, num momento de catarse, vão aos estádios (mesmo que isso implique em problemas econômicos) para extravasarem. O ópio do povo, como já dizia Nelson Rodrigues. Também, a crítica do documentário se volta à maneira com que os atletas são tratados, ou seja, devido a sua vida profissional curta (15 anos) e a forte cobrança física. Interessante notar que em determinada cena, na qual os atletas entram em campo, a música de fundo é um hino militar, reforçando o sentimento de enfrentamento, de guerra. Sentimento este que muitas vezes extravasa para o público nas arquibancadas. Enfim, um documentário que critica o futebol como instituição, não como esporte popular.
Uma linguagem de câmera que alterna momentos em que ela está fixa e outras na mão, com entrevistas espontâneas e outras que parecem ensaiadas, Sarno tenta construir o processo que faz com que os nordestinos deixem suas cidades e migrem para São Paulo. Nesse sentido e as imagens tentam nos mostrar a grandiosidade de São Paulo e como funciona como uma grande promessa de sucesso. Em contrapartida, temos a pobreza e o despreparo das pessoas que chegam à metrópole e, não conseguindo sequer sobreviver, se refugiam na religião. Boa parte do documentário se destina a expor o significado da religião para as pessoas, um refúgio, um local onde podem tentar encontrar uma "saída mágica" para continuarem vivendo em São Paulo. Por fim, a trajetória cíclica volta à estação de trem onde tudo começou. Talvez, a grande metrópole que promete sucesso (e um dos relatos mostra isso), também dispensa sem qualquer culpa. Não é um documentário que prime pela beleza das imagens, mas pelo impacto que causa a desilusão de um povo que somente tem valor se puder proporcionar "o desenvolvimento".
Roteiro humorado e técnica refinada resultam num curta muito bem feito e divertido. Começa esboçando algo muito melancólico, com fotografia promorosa, mas logo se transforma e fica ainda mais interessante. Bom divertimento e, para aqueles que quiserem aprofundar em discussões existencialistas, também é possível!
Bem fraco! Uma história piegas, mas que com o auxílio da trilha sonora poderia ter se sustentado melhor, no entanto, quando os atores começam a falar!!! Uma lástima! São muito ruins e os diálogos são péssimos... com isso, o resultado acaba sendo um curta amadorístico, bem pobre.
Nem a personagem que entra na igreja para ajudar o senhor caído se salva, é tão falsa a maneira de ela grita socorro que gera riso.
Se fosse um filme mudo talvez tivesse agradado mais, pois a direção tenta construir uma trama a partir de algum lirismo visual... infelizmente não deu!
Uma boa síntese, tão boa que serve como um convite para ser mais explorada. Muito boa a montagem, fazendo a alternância entre as imagens da entrevistada e da cidade. Reforça a narrativa de Nicinha. A entrevistada tem uma presença muito forte, intensa, por isso o impacto de sua história. Um bom documentário, ainda mais reforçada pela qualidade da direção de trabalhar uma temática como essa em apenas três minutos!
Simples, mas sem graça. Também, a utilização contínua de trilhas sonoras famosas acabou não sendo muito interessante. Muitas vezes essa técnica acaba sendo utilizada para suprir alguma deficiência do roteiro, pois como já há uma relação do espectador com o filme original da trilha sonora, facilita fazer as relações emocionais, mas aqui, não surte muito efeito. Os diálogos são fracos e Maria Gladys faz um personagem muito carregado, ao passo que as falas na boca de Raymundo de Souza pararecem com ditados, ele não consegue interpretar. A melhor interpretação é de Andréa Beltrão, mas sem qualquer brilho. Em parte, porque o roteiro talvez tente criar uma expectativa que não se concretiza no final. Um curta sem atrativos!
Envolvente e tecnicamente impecável. Fotografia belíssima e narrativa que gera cumplicidade com o espectador, como se ele tivesse contando "um causo"... a opção pela narrativa em off também gera maior empatia. Enfim, uma história simples e com forte carga nostálgica. Parte da história de Pelé que ninguém conhece!
Bom pra caramba!!! Belo, duro, denso... cinema da melhor qualidade! A beleza está em tudo, desde os enquadramentos perfeitos à interpretação do menino. É um filme que não precisa de palavras, olhares e câmera fazem tudo. Tudo que é mostrado sem qualquer tipo de abordagem moralista, cabe ao espectador pensar o que bem entender... inclusive sobre a própria escolha do menino! Quinze minutos de uma câmera "latentemente falando". Mérito para a direção que conseguiu captar esse clima e fazer a atuação do menino ser singular! Maravilhosamente desolador!
Um filme com uma fotografia muito bonita, o roteiro também foi muito bem construído, pois consegue transpor a linguagem de um determinado grupo (adolescente) sem ficar falso. Nesse sentido, mérito à direção também. Na verdade, o curta é nitidamente uma obra de direção. Não exige muito dos atores porque a linguagem da câmera cumpre muito bem essa função. É uma filme sobre relacionamento entre adolescentes, mas que apenas sugere possibilidades e deixa que o espectador incumba-se de pensar o que "vem a seguir". Muito bem feito e com direção segura. Um bom curta!
Esse curta lembra a estética futurista dos anos 6o, com toques de expressionismo... mas não cheguei a gostar muito do resultado final. É bastante interessante a construção e o simbolismo das imagens, mas não consegui gostar muito. Acredito que seja apenas LEGAL... nada mais!
Não consegui gostar desse curta. Tinha a impressão de que seria uma grande sacada, mas a verdade é que o estilo de linguagem utilizada não me empolgou! Mas para quem dirigiu outros longas que são obras-primas, valeu como um início.
Trash mesmo! Bom, é um estilo de humor que lembra a finada "TV Pirata"! Tem de entrar na brincadeira que fica cada vez mais divertido... nonsense puro!!!
Simples e tocantes. A dranaticidade dos fatos já é tão intensa que apenas acompanhamos Lisa com o passar dos dias, horas... O mundo dos sonhos que Lisa vive acaba sendo a válvula de escape para o pesadelo que é a realidade de suas vida. Muito bom mesmo... e triste!
Tecnicamente é impecável, inclusive nos detalhes faciais. Também, sua fotografia agrega o clima mórbido que a própria trama propõe. A insamidade levada ao extremo, fato que comumente ocorre em guerras, mas nesse curta acaba sendo expressado pelo fascínio estético provocado pela queda e morte. Bom curta!
Divertido. Aquela sacada que as pessoas têm e conseguem transformar em arte! Simples, mas que transmite exatamente o que pretende. De fato, nostálgico!
Quem matou? Quem mandou matar? Política e polícia no assassinato …
4.2 1O diretor disponibilizou o documentário em seu canal:
https://www.youtube.com/watch?v=Re3BDRDktSw&ab_channel=BobFernandes
Só Olhando
3.0 3Que curta fraco. Acompanho o canal da roteirista no YouTube e quando ela mencionou que havia feito o roteiro desse curta, achei que seria no mesmo nível dos vídeos que ela expõe a maneira de se elaborar um roteiro, mas foi decepcionante. A trama é fraquíssima, sem qualquer originalidade. Os atores, exceto pelo carisma da florista, são péssimos. O amigo do protagonista não deve ser ator. Bom, com um elenco bem fraco, inclusive o protagonista, que é bem inexpressivo e se segura tentando fazer "caras e bocas", certamente o roteiro teria dificuldade para salvar o curta. Aí que ocorreu a maior decepção, pois a roteirista é uma ótima professora de roteiro e mostra muito bem como deve fazer um bom texto, mas ela fez exatamente o contrário aqui. O roteiro parece primário, não dá para acreditar que seja de uma pessoa que conhece tão bem a arte do roteiro. A trama é totalmente infantil e sequer consegue envolver pelo sentimentalismo. A premissa é fraquíssima, não consegue fazer a trama avançar. As falas sequer cabem na boca dos personagens. A roteirista sempre critica essa deficiência dos roteirista brasileiros e aqui é uma aulas de como fazer "poesia" nas falas ao invés de transformá-las em algo real. Não há nada que faça a trama avançar, um show de clichês. Difícil assistir esses 25 minutos, parece uma eternidade. Não conheço mais nada desse diretor ou da roteirista, mas infelizmente, sua qualidade como professora de roteiro não foi suficiente para fazer um bom filme. Creio que ela precise assistir suas aulas!
Frankenweenie
4.0 190 Assista AgoraGrande curta! Depois de assistir a animação Frankenweenie fica claro que o formato original era muito bom e que algumas opções do roteiro do longa serviram para prejudicá-lo. O longa é muito fiel ao curta, inclusive nos enquadramentos de câmera, ou seja, a estética já estava construída, bastava, apenas, ampliar o roteiro para se tornar um longa. Aqui, apesar de o cão ter grande importância na trama, temos grande ênfase na família de Viktor, o que amplia a caracterização do período histórico. Também, há mais humor no roteiro, mas um humor refinado, na própria situação, ou seja, refinamento do roteiro. E o mais interessante, uma trama que consegue se construir em meia hora! Belo!
Strangers No More
3.9 2Talvez seja necessário analisar esse documentário sob dois aspectos, duas perspectivas que são conflitantes entre si. Bom, quanto aos aspectos técnicos, sem dúvida que é uma produção de qualidade, não traz inovações técnicas, tampouco na narrativa, mas acaba servindo para sua finalidade. E aí que entram os aspectos complicados que mencionei. A proposta é louvável, juntar em uma escola crianças excluídas e proporcionar condições para serem "inseridas" na comunidade israelense. Bom, até que ponto, de fato, que essas crianças serão inseridas na sociedade? Será que tornar-se-ão cidadãos israelenses? Pouco provável. Então, qual a finalidade da escola se há uma restrição quanto à cidadania? Algumas pessoas mais críticas poderiam alegar que é melhor viver numa escola que lhe da educação do que em países que vivem em guerra ou sociedades miseráveis... Bom, de fato, os parâmetros para comparação não ajudam a justificar a exclusão por parte da sociedade israelense. Também, poderia ser questionada a proposta da escola de israelizar a todas os imigrantes, contudo, somente para reduzir o atrito interno, mas sem que eles se sintam cidadãos plenos. O que, por conseguinte, geraria um conflito identitário, uma vez que não mais pertencem ao país que vieram, mas também não são israelenses. Evidentemente que essas questões não são abordadas pelo documentário, seja pela proposta ser outra, ou mesmo porque isso colocaria em xeque o objetivo da escola. Talvez o mais complicado seja constatar que existem mulheres como as que trabalham na escola e veem os imigrantes como pessoas e um estado que nem sempre age da mesma maneira. Daí surge um terceiro conflito que diz respeito à interação entre povo e governo. Se propostas como a desta escola fizessem parte de um plano de governo, sem dúvida a tensão entre israelenses e palestinos reduziria, mas a escola se configura numa ilha solitária num oceano de tensão. Mas mesmo assim, é fundamental que o documentário seja assistido para que essa proposta entre para a agenda internacional.
Alice
3.8 214Bonito... texto agradável... fotografia interessante... mas uma pergunta que acaba comprometendo a trama: não havia celular? O filme é de 2005! Evidentemente que poderiam ser criadas justificativas para isso, mas talvez o melhor tivesse sido ambientá-lo em outra época! Ainda no final, aparece um stand da TIM! Os desencontros são muito interessantes e belos, os atores estão muito bem... e São Paulo estão muito bem fotografada... mas e o celular??? Trilha sonora também muito bela...
Traz Outro Amigo Também
4.3 32Muito legal, principalmente o clima noir que foi construído. Bela iluminação, boa trilha sonora e boas interpretações dos atores, exceto os atores mirins que deixaram um pouco a desejar, pois a direção não conseguiu tirar deles o aspecto de "fala decorada". Mas o roteiro é interessante e, como nos filmes noir, trabalha com o suspense de modo muito pontual e seguindo o ritmo da trilha sonora (ou o inverso!). Também, tem um aspecto nostálgico que embala o filme e provoca o espectador. Um belo exercício de se fazer cinema.
Crossing the Line
3.4 1Uma análise política e sociológica a partir da metáfora entre as relações que são construídas pelas crianças num parque. Um filme primoroso, pois sua simplicidade se contrapõe à profundidade da crítica nele inserida. Tecnicamente também a direção consegue expressar as situações de poder pela linguagem visual. E tudo isso em 3 minutos. Um belo exercício do poder de síntese do cinema... e sem emitir uma palavras! E, quem quiser assisti-lo, está disponível em
Maioria Absoluta
4.4 29 Assista AgoraUm documentário muito bonito, esteticamente, com tomadas bem enquadradas e com forte valor dramático. Em apenas 20 minutos, muito mais do que fazer uma crítica ao esquecimento de parte da população brasileira pelo governo, é apontada uma das razões para que essa política permaneça. O analfabetismo é tratado como barreira para que a população seja mantida na ignorância, seja tolido seu direito de cidadania (voto) e de qualificação profissional. Por outro lado, mesmo que em poucos minutos, o contraponto é feito a parir da sociedade letrada. Esta, é convidada a falar sobre os miseráveis abandonados pelo país. Duro retrato do modelo de segregação que na década de 1960 era mais generalizador, no entanto, nos dias de hoje, utiliza essa prática e outras mais elaboradas para segregar grande parte da população brasileira. Um filme didático, no sentido de que as pessoas devem saber como ocorre o processo de segregação social.
Subterrâneos do Futebol
3.8 9Um documentário que procura explicitar as ferramentas que mercantilizam o futebol e, segundo a perspectiva proposta, somente alguns poucos obtém vantagens. Primeiramente a crítica ao "circo futebolístico" é feita quanto à promessa de que qualquer pessoa possa ser um Pelé, para tanto, busca as peladas de periferias para ratificar que não passa de um sonho. Consequência deste sonho, ou mesmo de cultura popular, o futebol se torna objeto de adoração dos torcedores, que, num momento de catarse, vão aos estádios (mesmo que isso implique em problemas econômicos) para extravasarem. O ópio do povo, como já dizia Nelson Rodrigues. Também, a crítica do documentário se volta à maneira com que os atletas são tratados, ou seja, devido a sua vida profissional curta (15 anos) e a forte cobrança física. Interessante notar que em determinada cena, na qual os atletas entram em campo, a música de fundo é um hino militar, reforçando o sentimento de enfrentamento, de guerra. Sentimento este que muitas vezes extravasa para o público nas arquibancadas. Enfim, um documentário que critica o futebol como instituição, não como esporte popular.
Viramundo
3.7 16Uma linguagem de câmera que alterna momentos em que ela está fixa e outras na mão, com entrevistas espontâneas e outras que parecem ensaiadas, Sarno tenta construir o processo que faz com que os nordestinos deixem suas cidades e migrem para São Paulo. Nesse sentido e as imagens tentam nos mostrar a grandiosidade de São Paulo e como funciona como uma grande promessa de sucesso. Em contrapartida, temos a pobreza e o despreparo das pessoas que chegam à metrópole e, não conseguindo sequer sobreviver, se refugiam na religião. Boa parte do documentário se destina a expor o significado da religião para as pessoas, um refúgio, um local onde podem tentar encontrar uma "saída mágica" para continuarem vivendo em São Paulo. Por fim, a trajetória cíclica volta à estação de trem onde tudo começou. Talvez, a grande metrópole que promete sucesso (e um dos relatos mostra isso), também dispensa sem qualquer culpa. Não é um documentário que prime pela beleza das imagens, mas pelo impacto que causa a desilusão de um povo que somente tem valor se puder proporcionar "o desenvolvimento".
A Senhora e a Morte
4.0 370Roteiro humorado e técnica refinada resultam num curta muito bem feito e divertido. Começa esboçando algo muito melancólico, com fotografia promorosa, mas logo se transforma e fica ainda mais interessante. Bom divertimento e, para aqueles que quiserem aprofundar em discussões existencialistas, também é possível!
Enquanto Você Não Vem
1.8 31Bem fraco! Uma história piegas, mas que com o auxílio da trilha sonora poderia ter se sustentado melhor, no entanto, quando os atores começam a falar!!! Uma lástima! São muito ruins e os diálogos são péssimos... com isso, o resultado acaba sendo um curta amadorístico, bem pobre.
Nem a personagem que entra na igreja para ajudar o senhor caído se salva, é tão falsa a maneira de ela grita socorro que gera riso.
Nicinha, um Transe Amazônico
3.2 1Uma boa síntese, tão boa que serve como um convite para ser mais explorada. Muito boa a montagem, fazendo a alternância entre as imagens da entrevistada e da cidade. Reforça a narrativa de Nicinha. A entrevistada tem uma presença muito forte, intensa, por isso o impacto de sua história. Um bom documentário, ainda mais reforçada pela qualidade da direção de trabalhar uma temática como essa em apenas três minutos!
O Bebê
3.3 4Simples, mas sem graça. Também, a utilização contínua de trilhas sonoras famosas acabou não sendo muito interessante. Muitas vezes essa técnica acaba sendo utilizada para suprir alguma deficiência do roteiro, pois como já há uma relação do espectador com o filme original da trilha sonora, facilita fazer as relações emocionais, mas aqui, não surte muito efeito. Os diálogos são fracos e Maria Gladys faz um personagem muito carregado, ao passo que as falas na boca de Raymundo de Souza pararecem com ditados, ele não consegue interpretar. A melhor interpretação é de Andréa Beltrão, mas sem qualquer brilho. Em parte, porque o roteiro talvez tente criar uma expectativa que não se concretiza no final. Um curta sem atrativos!
Uma História de Futebol
3.8 15Envolvente e tecnicamente impecável. Fotografia belíssima e narrativa que gera cumplicidade com o espectador, como se ele tivesse contando "um causo"... a opção pela narrativa em off também gera maior empatia. Enfim, uma história simples e com forte carga nostálgica. Parte da história de Pelé que ninguém conhece!
Dois Pássaros
3.9 36Bom pra caramba!!! Belo, duro, denso... cinema da melhor qualidade! A beleza está em tudo, desde os enquadramentos perfeitos à interpretação do menino. É um filme que não precisa de palavras, olhares e câmera fazem tudo. Tudo que é mostrado sem qualquer tipo de abordagem moralista, cabe ao espectador pensar o que bem entender... inclusive sobre a própria escolha do menino! Quinze minutos de uma câmera "latentemente falando". Mérito para a direção que conseguiu captar esse clima e fazer a atuação do menino ser singular! Maravilhosamente desolador!
DOIS
3.3 6Um filme com uma fotografia muito bonita, o roteiro também foi muito bem construído, pois consegue transpor a linguagem de um determinado grupo (adolescente) sem ficar falso. Nesse sentido, mérito à direção também. Na verdade, o curta é nitidamente uma obra de direção. Não exige muito dos atores porque a linguagem da câmera cumpre muito bem essa função. É uma filme sobre relacionamento entre adolescentes, mas que apenas sugere possibilidades e deixa que o espectador incumba-se de pensar o que "vem a seguir". Muito bem feito e com direção segura. Um bom curta!
Alicia
3.2 38Esse curta lembra a estética futurista dos anos 6o, com toques de expressionismo... mas não cheguei a gostar muito do resultado final. É bastante interessante a construção e o simbolismo das imagens, mas não consegui gostar muito. Acredito que seja apenas LEGAL... nada mais!
Jó
2.6 4Não consegui gostar desse curta. Tinha a impressão de que seria uma grande sacada, mas a verdade é que o estilo de linguagem utilizada não me empolgou! Mas para quem dirigiu outros longas que são obras-primas, valeu como um início.
O Assassino Terrívelmente Lento Com a Arma Extremamente Ineficiente
4.0 486Trash mesmo! Bom, é um estilo de humor que lembra a finada "TV Pirata"! Tem de entrar na brincadeira que fica cada vez mais divertido... nonsense puro!!!
Meu Nome é Lisa
3.9 65Simples e tocantes. A dranaticidade dos fatos já é tão intensa que apenas acompanhamos Lisa com o passar dos dias, horas... O mundo dos sonhos que Lisa vive acaba sendo a válvula de escape para o pesadelo que é a realidade de suas vida. Muito bom mesmo... e triste!
Fallen Art
3.7 5Tecnicamente é impecável, inclusive nos detalhes faciais. Também, sua fotografia agrega o clima mórbido que a própria trama propõe. A insamidade levada ao extremo, fato que comumente ocorre em guerras, mas nesse curta acaba sendo expressado pelo fascínio estético provocado pela queda e morte. Bom curta!
Game Over
4.1 51Divertido. Aquela sacada que as pessoas têm e conseguem transformar em arte! Simples, mas que transmite exatamente o que pretende. De fato, nostálgico!
Inside
4.4 120Perfeito em todos os aspectos, inclusive no tempo. Preciso e envolvente!