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Um admirador da sétima arte.Nada mais.

Últimas opiniões enviadas

  • Rhuan Piauilino

    Em um momento chave do filme, um personagem diz “Não sei o que é pior, não conseguir realizar seus sonhos, ou realizar todos eles!”. É impressionante como um trecho tão simples, dito por um personagem que enxerga o mundo como um lugar apodrecido, consegue sintetizar o belíssimo Entre Nós. Não que seja um filme fácil de ser definido, ao contrário, os personagens são tão complexos e multidimensionais quanto os sonhos, que premeditam quando jovens, e frustrações, que compartilham quando mais “maduros”. Entre Nós, parte de uma ideia simples: um grupo de amigos adoráveis, que no ano de 1992, escrevem e enterram cartas para eles próprios lerem 10 anos depois. Nestas cartas, haveriam desejos e sonhos que os seus “eus” mais jovens gostariam que os seus “eus” mais velhos concretizassem. Ocorre que, logo após enterrarem as cartas, a morte inesperada e estúpida de um dos amigos marca para sempre aquele grupo. Dirigido de forma delicada e natural, por Paulo Moreli (e co-dirigido por seu filho Pedro Moreli), Entre Nós parece querer se entranhar no intimo de seus espectadores, através de seus personagens e da química existente entre eles, para falar de algo comum a todos: os sonhos, as frustrações, e, o tempo. Tempo esse, que é maravilhosamente bem explorado pelos atores, ao compor personagens que trazem consigo marcas do passado, que refletem ,de várias maneiras, no presente em que vivem. Se em determinado momento parecem estar mais amargos e descrentes, em outro momento podemos perceber lampejos dos jovens que outrora brincavam, sonhavam e discutiam Garcia Marquez. Porém, como diria Mário Quintana “O passado não reconhece o seu lugar: esta sempre presente.”, e ao desenterrarem as cartas escritas 10 anos antes, desenterram também desilusões e utopias de uma vida projetada com base naquilo que esperavam, e que era muito mais do que a vida tinha a oferecer. Entre Nós, também é eficaz em demonstrar o quanto a ferida da tragédia que compartilharam permanece exposta, e que se torna quase indissolúvel, pois ironicamente, se perpetuou em forma de arte (um livro), e se digo que isso é uma ironia, é por que o impulso artístico dos personagens era o elo que unia personalidades tão distintas. Entre Nós, é um filme cheio de metáforas visuais magníficas, como um carro sendo rebocado até o lugar desejado, um besouro virado para cima, uma árvore velha e cortada ao meio, um personagem tentando “enfeitar” uma carne queimada, etc, que só ressaltam a sensibilidade e a melancolia, que dão tom ao filme, que, ao oscilar com cenas de humor e descontração, dá ao espectador um sentimento esquisito de otimismo em relação ao mundo e às pessoas, sentimento este que só a efemeridade da vida pode trazer.

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  • Rhuan Piauilino

    Martin Scorsese é um cineasta que não precisa mais provar nada pra ninguém. Um gênio da sétima arte, que nos entregou obras magnificas como Touro Indomável, Taxi Driver, Os Bons Companheiros, Cassino, entre outros. Dessa forma, poderia ele começar a se repetir e se auto-referenciar exageradamente como muitos de sua geração (cof cof Spielberg cof cof). Mas, Scorsese é diferenciado, e prova isso em seu mais novo excelente filme O Lobo de Wall Street. Um filme cheio de energia e vitalidade que mais parece um “Scorsese a lá Tarantino”, usando e abusando dos diálogos afiados para conduzir a trama. Seria um filme cheio de excessos? Claro que sim. A vida do protagonista, e dos personagens que o rodeiam, é cheia de excessos, e Scorsese utiliza isso como instrumento narrativo, criando uma atmosfera “porralôka total” absolutamente condizente com as atitudes dos sujeitos. Nesse sentido, não se pode esquecer das atuações: Jonah Hill encontrou o personagem da sua vida, sendo dele os momentos mais hilários do filme. Kyle Chandler surpreende compondo um agente do FBI competente, mas calejado por saber que nunca alcançará de fato seu objetivo. A estonteante Margot Robbie exala beleza e sensualidade na medida certa. Matthew McConaughey tem uma participação, que , apesar de pequena, rouba a cena. Mas, senhoras e senhores, aplausos para a melhor atuação da carreirra de Leonardo Fucking DiCaprio. O individuo segura o filme por três horas de forma sensacional, causando uma empatia por seu personagem, mas sempre deixando claro o quão ridículo este é, chegando até a demonstrar um certo grau de psicopatia. Aliás, o grande trunfo de Scorsese nesse filme, é mostrar de forma clara o quanto aqueles indivíduos são imbecis sem autocontrole (e por vezes até cruéis), fazendo com que possamos rir deles, e não com eles. Além disso, a critica à ostentação e à enganação do mundo de Wall Street, é bem estabelecida, deixando bem claro, que são os causadores dos colapsos financeiros mundiais. Enfim. essa lenda viva chamada Martin Scorsese, aos seus 71 anos de idade, consegue fazer um filme jovem, inteligente e critico, sem deixar-se cair em clichês bobos. Só me resta aplaudir!

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  • Rhuan Piauilino

    Quando surgiu a noticia de que Joseph Gordon-Levitt (um dos melhores atores de sua geração) iria dirigir seu primeiro longa, fiquei com o pé atrás, pois essa transição ator/diretor não é fácil, e costuma gerar grandes embaraços. Porém, Gordon-Levitt demonstrou-se seguro e eficaz em seu primeiro trabalho por trás das câmeras. Intitulado Don Jon (porque me recuso a dizer o pavoroso título em português), o filme busca fazer uma tradução moderna do clássico Don Juan, onde o personagem principal (interpretado pelo próprio diretor) atrai todas as mulheres, mas só consegue sentir verdadeira satisfação sexual com vídeos pornôs. De inicio, o filme parece ser tão superficial como os personagens que povoam a história, mas Gordon-Levitt se mostra inteligente ao fugir das armadilhas e clichês de comédia romântica, humanizando o seu personagem fazendo com que tenhamos certo carisma pelo sujeito. Mas, acima de tudo o grande mérito do filme, é expor a hipocrisia dos relacionamentos, e como nós ficamos presos a convenções sociais, nos importando apenas em ir ao cinema de mãos dadas com a namorada, assistir filmes românticos em casa, ou mesmo modificar o status do facebook e compartilhar fotos com os seus “seguidores”. Não que isso seja ruim, mas a busca pela essência nos relacionamentos é cada vez mais escassa. Os “eu te amo” soam como termos prontos e acabados apenas para emoldurar um relacionamento vazio e sem satisfação pessoal. Assim, a fixação do protagonista por pornôs, nada mais é do que uma tentativa inútil deste de fugir da superficialidade que suas relações lhe trazem, e quando a personagem da sempre linda Julianne Moore o indaga: “porque você vê isso, se você pode ter de verdade?”, o protagonista afirma, que só consegue “se perder” de verdade, nos vídeos pornôs. E é aí que a personagem de Julianne Moore dispara a frase mais importante no filme: “Se quer se perder, precisa se perder em outra pessoa. E ela tem que se perder em você”. Dessa forma, o longa de Gordon-Levitt, demonstra que a cumplicidade é vital em qualquer relacionamento, e que se deve mergulhar de peito aberto, mesmo que por ventura isso possa causar grandes decepções (e é natural que causem), e fugir das fúteis convenções sociais. Enfim, talvez Don Jon peque por uma falta de sensibilidade aqui e ali, mas é um filme que utiliza o sexo como ponto de partida para falar das relações, e nesse contexto Joseph Gordon-Levitt acerta em cheio na sua estreia na direção.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Edberto
    Edberto

    Valeu por me aceitar Rhuan

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