Nos anos 70, pra se fazer um filme de terror, precisa ter criatividade e muito sangue nos olhos. Tá certo que vários filmes clássicos de terror, como Dracula e Frankenstein foram referências ao gênero. Mas isso tudo mudou.
Depois de assombrarem o mundo com A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, e de O Exorcista, de William Friedkin, outro diretor resolveu que era a hora de pegar mais pesado. E atende pelo nome de Tobe Hooper.
Ele escreveu, produziu e dirigiu O Massacre da Serra Elétrica, baseado na história real de Ed Gein, um serial killer famoso. E criou um dos monstros mais conhecidos e implacáveis de que se tem história: o Leatherface, com sua letal motosserra, que nunca desliga e fica sem gasolina.
O filme começa com a narração feita pelo então jovem John Larroquette, contando os fatos ocorridos no Texas, com o assassinato de 33 pessoas, por uma família de sádicos trabalhadores rurais.
É aí que cinco jovens ripongas resolvem seguir viagem para investigar um suposto vandalismo de um cemitério. Porém, o que não esperavam é que essa jornada se transformaria em um perigoso jogo de gato e rato mortal.
Um a um seriam mortos pelo Leatherface, deixando a pobre Sally sozinha e assustada. Um verdadeiro inferno, regado a um banquete canibal.
O resultado foi primoroso, para uma produção de orçamento ultrabaixo. O filme foi agraciado pela crítica e público, elegendo um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Marilyn Burns fez da Sally seu papel mais marcante, transformando-a em a Rainha do Grito.
Depois disso, o longa teve continuações e remakes. Mas isso não tira o brilho sádico e perturbador de O Massacre da Serra Elétrica.
Um nascer do sol e um novo rei inicia a mais clássica e marcante obra cinematográfica de todos os tempos: O Rei Leão. A Disney só apostou nesse desenho por acaso.
O estúdio estava apostando no Pocahontas, um outro filme que investiu milhões e uma equipe principal para realizá-lo. Porém, a Disney também estava fazendo um outro desenho, mas com uma equipe reserva.
Ao invés da Disney soltar o Pocahontas, que era a aposta do estúdio, um dos executivos decidiu que era para estrear nos cinemas o filme feito pela equipe reserva: O Rei Leão.
Inspirado no clássico Hamlet, de Sheakespeare, o filme conta a história de Simba, um pequeno leão que se torna o herdeiro do reino e do Ciclo da Vida. Mas o seu tio Scar quer porque quer ocupar o lugar do trono, com a ajuda das hienas.
Um dos momentos mais tocantes e emocionantes do filme é quando o Mufasa salva Simba e morre quando Scar joga-o no desfiladeiro. Quem nunca se emocionou, que atire a primeira pedra.
É quando Simba é encontrado por dois seres, Timão e Pumba, que mostra ao leãozinho, um novo conceito de viver a vida, sem regras.
O Rei Leão bateu todos os recordes de bilheteria, ganhou dois Oscars (Trilha sonora e melhor canção) e foi o vídeo mais vendido do mundo.
Por causa da fantástica trilha musical, composta por Hans Zimmer, Elton John e Tim Rice, o filme virou um musical da Broadway. E ganhou um live-action em 2019.
Brian De Palma sempre será marcado como o discípulo de Alfred Hitchcock. Seus filmes foram contestados por conterem resquícios do mestre do suspense, como Um Tiro na Noite, Vestida para Matar e Carrie A Estranha, essa última que foi inspirada na obra do outro mestre Stephen King.
Ele também é conhecido por adaptar clássicos para o cinema, como Os Intocáveis e Scarface, esse último um remake do filme de 1932, contando a ascensão e queda de Al Capone.
Nesse filme, De Palma ambienta a Cuba, em um momento de restauração do povo, que portam em Florida e entre um deles está Tony Montana (Al Pacino), um criminoso pé de chinelo que sonha em subir na vida. Mas, para isso, resolve virar traficante e entra no mundo do crime organizado.
O que se mostra é como a sorte pode transformar a vida de um homem. Antes, era um homem fudido e sem perspectiva de vida. Mais tarde, ele ganha o mundo. A célebre frase "O Mundo é Seu", conquistou Lemmy Kilmister, ao gravar o antepenúltimo disco do Motörhead.
Várias cenas ganharam destaque, como a cena da motosserra e quando ele se entope de cocaína e armado de metralhadora grita: "Diga alô para minha amiguinha!"
Scarface virou um marco na história do cinema e um marco na carreira do diretor. Outro mérito fica por conta do Oliver Stone, que criou um roteiro doentio e cheio de nuances.
Qualquer ser desse planeta já leu, viu e ouviu a história do arqueiro mais habilidoso da Inglaterra, roubando dos ricos para dar aos pobres, lutando contra a tirania de um príncipe ganancioso e de um xerife implacável.
Várias versões de Robin Hood foram parar nos cinemas, em diversas épocas. Mas a mais divertida é a versão da Disney, de 1973, produzido e dirigido por Wolfgang Reitherman, conhecido por títulos, como Mogli - O Menino Lobo, 101 Dálmatas e Aristogatas.
Só que, ao invés de humanos, são os animais que fazem os papéis dos personagens, para os padrões da Disney. Robin Hood é a raposa, João Pequeno é o urso, remetendo ao famoso Balu, de Mogli; Príncipe João é um leão, Shio é a cobra (também remetendo a Kaa, de Mogli), Xerife de Nottingham como o Lobo.
A história se passa na antiga Inglaterra, quando o Rei Ricardo parte para uma cruzada, e o Príncipe João o usurpou no trono, tornando-se ganancioso e cobrando enormes impostos.
Robin Hood e João Pequeno saem da Floresta de Sherwood e surrupiam o mimado príncipe. Na cidade de Nottingham, o xerife pega todos os impostos do povo, que luta por justiça. O arqueiro também encontra um tempo de conquistar o coração da bela Marian. Mas o destaque fica por conta da narração do Galo Trovador, e sua música inicial.
Outras musicas se destacam no decorrer do filme, mas isso é só para quem quer conferir Robin Hood.
Cansado de fazer Western, o cultuado diretor Sam Peckinpah se aprofundou na Segunda Guerra Mundial e fez um dos melhores filmes de guerra: A Cruz de Ferro.
Em 1943, no front de guerra do extremo leste soviético, está no auge o conflito entre os russos e alemães nazistas. Entre esses alemães, está o sargento Steiner (James Coburn), um experiente combatente.
Do outro, está o coronel Brandy (James Mason), que quer possuir a Cruz de Ferro, a mais alta comenda para um militar alemão.
Outro que quer possuir a medalha é o comandante Stransky (Maximilian Schel), nem que para isso tenha que enviar seus soldados diretamente à Morte.
Os destaques são a fotografia, o roteiro e as belas atuações de Coburn e Mason.
No início do século 21, o Metallica estava iniciando as gravações do seu disco. Porém, o baixista Jason Newsted sai da banda, após 14 anos e três contribuições de músicas, alegando falta de espaço para suas novas ideias e de se dedicar a sua então nova banda, o Echobrain.
Com isso, os Três remanescentes resolvem contratar um psiquiatra para que eles lidem com alguns de seus fantasmas. Mas o que ninguém imaginava é que esses fantasmas atormentassem todos os envolvidos.
Esse é o foco do documentário Some Kind of Monster, dirigido pela dupla Bruce Sinofsky e Joe Berlinger (Da trilogia Paraíso Perdido), que conta como a banda mais bem-sucedida do Metal passou por um drama hollywoodiano.
James Hetfield teve que se internar em uma clínica de reabilitação, para se tratar do alcoolismo. Sobrou pro Lars Ulrich e Kirk Hammett tomarem as rédeas da situação.
O que se vê é uma disputa de egos, entre o baterista e o vocalista, as intervenções do produtor Bob Rock e do psiquiatra, a insegurança do guitarrista de se manter na paz na banda. Tudo isso regado a muito Rock.
O momento mais emocionante é quando o ex-guitarrista Dave Mustaine (Megadeth), fica cara-à-cara com Lars Ulrich e comenta sobre sua demissão do Metallica, por conta do alcoolismo.
Outros destaques são o encontro com fãs, imagens dos filhos, além da famosa audição para baixista da banda.
O motivo do documentário é para mostrar que, mesmo com os problemas internos, sempre temos que superar tudo. Até mesmo os diretores tiveram suas diferenças, mas com o decorrer do filme, eles ficaram de bem.
Some Kind of Monster é muito além de ser um DVD do Metallica.
Considerado como o último filme de Sam Peckinpah, O Casal Osterman foi produzido quando a Guerra Fria estava mais próxima do fim. O filme é uma adaptação do livro de Robert Ludlum, o criador do personagem Jason Bourne.
Desde os tempos da faculdade, o crítico de TV John Tanner (Rutger Hauer) tem como tradição chamar seus três amigos para um fim de semana no campo.
Porém, antes do início do evento, o agente da CIA Lawrence Fassett (John Hurt) procura Tanner para lhe contar que seus amigos são, na verdade, espiões da KGB.
Confuso, Tanner passa a ajudar o agente, apesar de conhecer muito bem os seus companheiros, e por ser um grande democrata americano.
Mas os planos não saem como planejados e o fim de semana terá um clima diferente.
Pode não ser tão violento como nos seus filmes que o fizeram ficar famoso, mas Sam Peckinpah se aprofundou no tema da Guerra Fria e fez um trabalho excelente.
Indo na contramão do famoso Western Spaghetti, o diretor Sam Peckinpah resolve fazer o que mais queria no cinema americano: encher de sangue e tiros, sem se preocupar de nada.
Meu Ódio Será Sua Herança começa com um grupo de militares galopando pela cidade, enquanto vejam um grupo de crianças brincando com um escorpião, num meio de famintas formigas.
Enquanto a cidade dançava conforme a música, um grande tiroteio se explode e muitas pessoas inocentes são mortas. Pike Bishop quer se aposentar, mas resolve fazer seu último golpe: dar dez mil dólares para quem roubar um carregamento de armas, transportadas por um general mexicano.
Um grupo de foras da lei quer porque quer toda essa fortuna, tudo em nome da lealdade e honra. O que não imaginavam é que um banho de sangue irá acontecer.
Com um elenco de peso, incluindo Ernest Borgnine, Warren Oates, William Holden e Emílio Fernandez, o filme é tão sangrento, que digladiava com outro clássico do Peckinpah, o Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia.
E, ainda por cima, chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Pode não ter ganhado, mas se tornou um épico.
Considerado como um gênio da animação, Walt Disney, mais uma vez, adaptou um dos contos de fada mais famosos, depois dos bem-sucedidos Branca de Neve e os Sete Anões e Fantasia.
Pinóquio conta a história de Gepeto, um artesão que constrói bonecos e relógios de madeira, quando resolve fazer um boneco de madeira especial, e dá o nome de Pinóquio. Ao ver uma estrela cadente, deseja que o boneco se torne um menino de verdade.
Eis que aparece uma fada azul, que transforma o sonho de Gepeto em realidade. Só por uma condição: se mentir, o seu nariz cresce. E conta com a ajuda do Grilo Falante, que torna sua consciência.
Gepeto não acredita e leva Pinóquio para a escola. Mas aí, o boneco se mete em confusões, como ser levado por um malvado dono de circo.
É aí que a vida de Pinóquio vira de cabeça para baixo. Como quando se torna um burro e é engolido por uma baleia-azul.
Pinóquio ganhou dois Oscars, de trilha sonora e canção original.
O cinema sempre busca algo para revolucionar o imaginário das pessoas. E Walt Disney foi além do seu tempo ao adaptar uma obra dos contos de Fadas para as telas.
Baseado no conto dos irmãos Grimm, Branca de Neve e os Sete Anões se tornou um marco ao virar a primeira animação em longa-metragem da história.
Uma madrasta pergunta para o seu espelho quem é a mais bela de todas. E ele responde que é a princesa Branca de Neve. Então, a rainha malvada manda o caçador levar a pobre moça para a floresta e, depois, matar ela.
Porém, o caçador não consegue e diz pra ela fugir pra longe. Desde então, Branca de Neve encontra uma casa pequena e resolve ajeita-la.
Mas o que ela não sabia é que essa casa moram os mineiros, conhecidos como os Sete Anões. Quando eles voltam para casa, se assustam com a presença da Branca de Neve e, então, convidam ela para morar junto.
O que não imaginavam é que a rainha malvada descobriu que a princesa ainda vive. E resolve fazer uma armadilha mortal pra ela.
Várias cenas causavam medo (e ainda causam) nos espectadores. Mas isso não tirou o brilho desse, que recebeu um Oscar honorário e mais sete mini-estatuetas.
Branca dez Neve e os Sete Anões ainda emociona várias gerações e transformou Walt Disney em gênio da animação.
Ainda se mantendo em evidência na indústria da animação, a Walt Disney Productions resolve produzir um longa, ambientado em Paris e protagonizado por gatos. Eis que surge Aristogatas.
A madame Adelaide resolve deixar toda sua fortuna para Duquesa e seus três filhotes Toullouse, Berlioz e Marie. Mas o que ela não sabia é que seu mordomo Edgar foi deixado de lado e ouviu toda a conversa.
Daí, ele planeja um golpe para ficar toda a fortuna da senhora. Ele abandona os gatos em um riacho e some. Ao acordarem, percebem que estão longe de Paris.
Foi assim que Duquesa conhece Thomás O'Marlley, um gato vira-lata e boa praça, que a conquista com seu charme. Disposto a ajudar ela e seus filhos, O'Marlley percorre até Paris e mostra para eles a vida simples e pacata (ou não) da cidade.
No decorrer do desenho, há vários animais roubando-me a cena, como os cachorros Lafayette e Napoleão, as gansas Amélia e Abigail Garbo e seu tio Waldo, além da turma de gatos vira-latas, comandado por Gato Pilantra.
O que não falta é boa música e farra na vida desses gatos. Porém, eles precisam enfrentar o Edgar.
Aristogatas é indicado para quem ama gatos e outros animais.
Muita gente sabe da história do Rei Arthur, mas, na época, o Walt Disney resolveu adaptar um romance inglês para contar a origem do enigmático monarca britânico em A Espada Era a Lei.
Houve uma época em que um rei foi morto e um milagre se fez na praça, quando uma espada misteriosa surgiu em uma pedra, com os dizeres: "Quem conseguir retirar a espada da pedra, será coroado o legítimo Rei da Inglaterra".
Muitos tentaram, mas ninguém conseguiram fazer esse milagre. A Inglaterra continuava sem o Rei e, com o decorrer do tempo, a Espada foi esquecida.
Eis que surge o simpático mago Merlin, que morava na floresta, com sua coruja falante Arquimedes. Merlin prevê no futuro uma visita especial, mas ele não (ou acha que) imaginava que o jovem Arthur aparecesse em sua vista.
Foi então que Merlin e Arthur se tornaram amigos, e o mago resolve ensinar ao garoto que a inteligência é melhor do que a força bruta, apesar de o garoto Arthur morar com seu tutor Ector e seu filho Key, que sobrar de músculos, só falta de cérebro.
Nessa história, Merlin faz uma de suas mágicas, seja transformando o Arthur em peixe, ou em esquilo, ou em pássaro. E resolve ensinar as coisas da vida, como a coragem e o amor, em uma cena o Arthur esquilo fica em apuros, quando uma esquila se apaixona perdidamente.
Mas o mais interessante é quando há um duelo de magos, entre o Merlin e a Madame Mim, de fazer torcer pelo mais corajoso e justo.
Quando ocorre um desafio de cavaleiros na Inglaterra, valendo a coroa, haverá muitas surpresas a seguir.
Pode não ser tão marcante como as animações anteriores, mas A Espada Era a Lei se destaca pela direção maravilhosa de Wolfgang Reitherman, que dirigiu 101 Dálmatas, Mogli - O Menino Lobo e Aristogatas.
A espera acabou. Depois de muita polêmica quanto a exibição do live-action de O Rei Leão, pelo menos o público aceitou e relembrou a marcante obra da Disney.
Quem viu o desenho, já sabe da história de Simba, que se torna o herdeiro do trono e do Ciclo da Vida. Mas, terá que enfrentar a inveja do seu tio Scar, que quer porque quer tomar o seu lugar do reino.
Várias cenas não foram ignoradas. E aqui no Brasil, o único ponto fraco é a dublagem. Colocar a cantora Iza e o ator Ícaro Silva para dublarem Nala e Simba é um erro falho.
Mas o filme tá valendo a pena, para quem reviveu a infância.
Orson Welles era um visionário ator de teatro, quando fez uma falsa notícia da invasão dos alienígenas na Terra, em 1938, baseado no livro A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Por tudo isso, fez fama no mundo todo e se tornou diretor de cinema, ao ser contratado pelo estúdio RKO.
Seu primeiro filme foi o que, mais tarde, anos depois, se tornaria um marco na história do cinema: Cidadão Kane. Baseado na história de William Randolph Hearst, um magnata da imprensa da época, Welles produziu, co-escreveu, dirigiu e estrelou (com louvor!) a fatídica trajetória de Charles Foster Kane.
Kane nasceu pobre, mas enriqueceu por conta de uma mina de ouro herdada pela mãe. Na juventude, começa a erguer um império de mídia, casando com a sobrinha do presidente e candidatando a governador. Porém, a sua ambição por poder faz com que ele se torne violento com as mulheres e se torna solitário em seu próprio castelo.
"Rosebud" é um mistério que os investigadores estavam buscando desde a morte de Kane, quando disse à sua última palavra. O que significa?
O que não falta no filme são os flashbacks da vida do magnata, além da poderosa fotografia. Orson Welles se destacou, não só na realização do filme, mas na sua interpretação. Juraria que eu estava vendo Marlon Brando.
A Academia consagrou-o com uma estatueta de Melhor Roteiro. Em 1962 a revista Sight and Sound fez uma lista dos melhores filmes de todos os tempos e colocou Cidadão Kane em primeiro lugar. O American Film Institute também qualificou-o em primeiro na lista.
Qualquer cinéfilo de carteirinha conhece esse clássico de guerra. Em uma época em que a sétima arte estava se destacando, com excelentes filmes, alguns grandes obras-primas, outros considerados cult ou injustiçados, mas esse não é o caso de Casablanca.
O filmes também conta com um elenco cult, frases de efeito, clichês e um descaramento hollywoodiano. Rick (Humprey Bogart) é um dono de um bar, que fica em Casablanca, uma rota francesa de quem quer fugir dos nazistas da Segunda Guerra Mundial.
O bar tem de tudo, políticos, soldados, homens de negócios e jogatina ilegal. Mas o que não contava é a presença de sua ex-amante Ilsa (Ingrid Bergman).
O filme tem seus momentos de paixão melodramático, flashbacks, além do tema musical mais famoso "As Time Goes By".
Mas, o melhor estava por vir, quando Rick (de sobretudo) e Ilda (com um figurino classudo) em um momento mais romântico e melancólico, como se fosse uma despedida e a frase mais icônica: "Louis, acho que esse é o começo de uma bela amizade".
Casablanca foi um sucesso cultuado, ganhou os principais Oscars de Melhor Filme, Direção e Roteiro. Um belo programa para os namorados de plantão.
O cinema dos anos 60 estava cada vez mais lotado do gênero Western Spaghetti. O diretor que mais contribuiu para o crescimento do segmento é Sergio Leone, com suas famosas trilogias. Mas quem também fez bonito é Sergio Corbucci.
De crítico de cinema a diretor-assistente, Corbucci dirigiu diversos filmes. Mas o seu maior trabalho foi Django, de 1966. Em uma fronteira do México, duas gangues rivais tocam o terror em uma pequena cidade sem lei. De um lado, a gangue é liderada por Major Whinchester Jack e a outra por General H. Rodrigues.
Porém, eles não contavam com a astúcia de um certo pistoleiro chamado Django (Franco Nero). Carregando um misterioso caixão, ele retorna à cidade para vingar a morte de sua esposa e encher de sangue as ruas da cidade.
O que se vê no filme é uma amostra de violência gratuita e sangue derramado, com direito a belas paisagens da Itália. Ao som do tema inicial, composta por Luís Bacalov.
Django fez muito sucesso e o nome de Franco Nero fez história. O filme teve várias sátiras e continuações não-oficiais, sendo que a sequência oficial é Django -A Volta do Vingador (1987). E não é só isso, um certo Quentin Tarantino se inspirou no filme original para realizar Django Livre (2012), com direito a participação do mesmo Franco Nero.
A década de 80 foi marcada por uma revolução musical, conhecido como o Metal Brasileiro, com o primeiro registro fonográfico, da banda paraense Stress.
A partir daí, várias bandas pesadas resolveram unir forças e lançar compactos e coletâneas, com a ajuda de gente graúda e perseverante.
Os shows foram o cartão de visita para que fãs sedentos por material inédito descubram mais coisas do cenário. Foi daí que surgiram os fanzines.
Mas... o melhor estava por vir, quando foi anunciado o Rock In Rio. A Ditadura foi pro espaço e uma nova democracia amanhece no céu brasileiro.
Essas e outras histórias são contadas no documentário Brasil Heavy Metal, produzido e dirigido por Ricardo "Micka" Michaelis, ex-guitarrista do Santuário é dono do Ideia House.
O que não falta são depoimentos de músicos, jornalistas, fanzineiros, empresários e roadies, contando desde o momento político até o musical, passando por procura de informações de bandas gringas e trocas de k7 e vinil.
O filme só peca por conter uma dramatização no meio dos depoimentos, se tivessem tirado, o documentário seria excepcional. Faz parecer novela ou telecurso.
Há sessenta anos, a Disney lançava mais um clássico animado: A Dama e o Vagabundo, protagonizado por cachorros.
Lady é uma cadela doce e delicada, que tem tudo a seu direito. Vive com seus donos em uma chique casa, quando recebem a notícia mais especial, que irá mudar a vida de todos.
Enquanto o Tramp é um vira-lata doce e boa-praça, que vive livre e consegue comida por onde quer que esteja.
Eis que o destino resolve unir os dois lados: Tramp encontra Lady, desiludida com a boa vida que levava. Tramp diz que a vida com os humanos não é fácil. E vivem situações como qualquer cachorro.
Uma das cenas mais icônicas e que entrou na história do cinema é quando estão em um restaurante e dividem um prato de macarronada com almôndegas. É aí que a mágica acontece.
A Dama e o Vagabundo não é só um desenho de amor humano, mas é também pra quem ama cachorros.
É sempre bom falar de Walt Disney, quando o assunto são as renomadas animações de qualidade. Desde Branca de Neve e os Sete Anões, é que o número de clássicos dos contos de fada traçaram nos lápis dos desenhistas da companhia.
Mas a Disney se superou. E baseou no balé de Tchaikovsky (o conto teve várias versões, como o do Charles Perrault e dos Irmãos Grimm) para criar um dos mais ambiciosos filmes: A Bela Adormecida. Pra isso, fez uma pesquisa árdua, para criar um tema medieval, com cores e traços de causar inveja. E conseguiram.
A história começa quando um casal imperial concebe um bebê, com o nome de Aurora. Eis que três fadas simpáticas presenteiam a pequena princesa. Porém, a bruxa Malévola amaldiçoa-a, com um presente mortal.
Desde então, Aurora se torna uma bela moça e encantadora, sob o cuidado das três fadas. Mas o que não imaginavam é que Malévola planeja uma emboscada para acabar com a felicidade de ambas.
O desenho se tornou um clássico, co-dirigido por Wolfgang Reitherman, e virou um Live-action com spin-off Malévola, interpretado por Angelina Jolie.
Qualquer roqueiro que se preze, sabe da importância do Elton John para a música. Suas musicas ficaram no imaginário da população ávida por sentimento.
E foi com esse sentimento que surgiu Rocketman, sua cinebiografia. Depois do bem-sucedido Bohemian Raphsody, agora é a vez do outro inglês fazer bonito.
Toda a história é contada, desde a infância humilde na Inglaterra, como quando seus pais viviam em conflito, seu amor pela música e o ingresso a uma conceituada escola.
Depois de tocar em pequenos clubes, ele teve uma chance de se tornar compositor, e foi daí que conheceu Bernie Taupin, um letrista fora de série, que se tornou parceiro do Elton John até hoje.
As turnês incessantes, as roupas espalhafatosas, as drogas e o álcool marcaram a vida do xiliquento Inglês. Mas também mostra um lado sombrio e melancólico dele, que nos faz refletir sobre o que é ser amado.
Taron Egerton entregou de corpo e alma para fazer a vez e a voz do Elton John, que não exigiu nada e pediu pra não esconder os vícios exagerados.
Rocketman ganhou um Oscar de Melhor canção, com a assinatura de Elton com Taupin.
Para falar desse filme, eu tenho que fazer uma confissão pessoal. Quando eu era criança, minha mãe me levava pra psicóloga e na volta a gente passava na banca de jornal e comprava muitos gibis. A maioria deles é da Turma da Mônica. E eu lia várias vezes e sentia aquele gosto de uma infância feliz e sadia. Até hoje eu guardo com carinho os gibis, que contabilizam mais de 200 exemplares.
Como todos sabem, o Maurício de Sousa é um ícone dos quadrinhos brasileiro. Assim como o Stan Lee é cultuado lá fora. Mas o Maurício tem algo a mais, porque ele é humano e sabe contar muitas histórias do cotidiano, já que ele foi repórter policial.
Ele já foi lido e relido em vários países e tem mais de 100 personagens. Possui um marketing de respeito, contabilizando milhares de produtos, além de parques temáticos. E também foi adaptado por diversos cartunistas.
E dois deles são Vítor e Lu Cafaggi, que criaram Laços, uma graphic novel. Foi com essa obra que o cinema brasileiro resolveu fazer um filme de carne e osso da Turma da Mônica. Foram anos de testes e muito mistério, para saber quem interpretariam os famosos personagens.
Com direção de Daniel Rezende, Turma da Mônica - Laços conta a história da famosa Turma da Rua do Limoeiro, onde os personagens mais conhecidos vivem o dia a dia, como o Cebolinha, que junto com o Cascão, planejam o roubo do coelho Sansão, da Mônica.
Porém, o seu cachorro Floquinho foi sequestrado por um misterioso bandido. É aí que o garoto que fala errado resolve se juntar com o resto da Turma para investigar o paradeiro do cachorrinho.
O que se vê é um misto de Stranger Things com Conta Comigo. As atuações das crianças foram melhores, destaque para o Rodrigo Santoro como o Louco. Além da cenografia, que ficou maravilhosa.
No cinema, não há um ser humano que surpreende mais, como Quentin Tarantino. Desde que se tornou atendente de vídeo locadora, ele já respirava cinema 24 horas por dia, falava de todos os diretores da sétima arte e não parou mais, quando, um certo dia, ele escreveu roteiros para se distrair.
Foi com essa introdução que começo a falar de Era Uma Vez... em Hollywood, fazendo referências a trilogia Era Uma Vez de Sergio Leone. O nono filme do Tarantino (e o primeiro como co-produtor) é uma homenagem à sétima arte, com a transição da TV para o cinema, ou será o contrário? Quem sabe?
Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de uma famosa série de TV, que se vê numa encruzilhada, quando lhe oferece um contrato para atuar no cinema italiano, nos chamados Western Spaghetti. Ao lado dele, está o dublê Cliff Booth (Brad Pitt), que sempre se tornou o pau-para-toda-obra. Até mesmo sendo acusado de matar a sua mulher e se safar.
Por outro lado, entra em cena a Sharon Tate (Margot Robbie), uma ninfeta de parar o trânsito, casada com Roman Polanski, e uma atriz em ascensão. Sem saber que, mais tarde, sua vida vai transformar da noite para o dia.
No filme, vemos hippies marginais, festas glamorosas e uma trilha sonora regada à psicodelia do final dos anos 60.
Numa das cenas, o Bruce Lee se paga de fodão e desafia o Cliff a uma luta amadora. Outra cena é quando o Rick Dalton dialoga com uma atriz mirim e se emociona. Outra cena é pra deliciar as moças, com o Cliff Booth sem camisa (Brad Pitt nos auge dos seus 55 anos).
Mas o que o fã do Mestre espera? Isso mesmo, sangue e muita violência. Embora seja o mais maduro filme da sua carreira.
O que não falta são as estupendas interpretações de DiCaprio e Pitt, além de um elenco de peso, no calibre de Al Paccino, Kurt Russell, Dakota Fainning, Emile Hirsch, Zoe Bell, Bruce Dern e Michael Madsen. A Academia consagrou o Brad, com um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, além do Oscar de Design de Produção. Poderia ter merecido mais.
E eu pergunto: é o melhor filme que o Tarantino dirigiu? Como eu disse antes, é o mais maduro na sua carreira, e bate de frente com Django Livre e Os Oito Odiados. A minha nota é 9,8.
Nunca um filme foi tão perturbador e violento como foi o Laranja Mecânica, escrito, produzido e dirigido por Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burgess.
Em uma Inglaterra futurista, Alex De Large (Malcolm McDowell) e sua gangue devastam tudo e todos com sua ultraviolência, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven, além de sua compulsão por pornografia. Sempre vestidos de macacões brancos e usando chapéu-coco pretos, eles bebem leite e se preparam para um ataque brutal.
Porém, após assassinar uma de suas vítimas, ele é traído por seus companheiros e eh preso.
E não para por aí: ele é submetido a uma reabilitação, conhecido como Ludovico, na qual ele se torne uma pessoa normal e sem defesa. É aí que a vida do Alex vira um inferno.
Numa das cenas, a mais perturbadora é quando a gangue invade a casa de um casal, espanca o idoso e estupra a mulher ao som de Singin' In The Rain.
Mas o que Alex não esperava eh que o mesmo senhor que foi atacado "salva" ele e submete a uma experiência aterradora.
Malcolm McDowell foi muito bem em seu papel ora psicótico, ora sensível. Kubrick deve ter ficado alucinado, com tanta violência gratuita.
Embora não seja tão fiel à obra de Burgess, Laranja Mecânica conseguiu vários feitos, como os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York, além de ser indicado aos quatro Oscars, incluindo Melhor Filme.
Mas, nem tudo são flores: o filme foi retirado de circulação pelo próprio Kubrick durante quase 30 anos, e no Brasil também, durante a Ditadura Militar.
Pois é, além disso o grupo de Metal Sepultura gravou o Disco A-Lex, baseado na obra de Burgess, e não no filme.
Mantendo o ritmo de Por Um Punhado de Dólares, o cultuado diretor Sergio Leone fez uma continuação tão boa quanto. Por Uns Dólares a Mais segue a mesma cartilha de sangue e tiroteio, com as belas paisagens napolitanas.
Clint Eastwood é Manco, um caçador de recompensas, que perambula pelas cidades do velho oeste americano em busca de um novo alvo. Ele o encontra quando vê um cartaz descrito procurado de Indio, um perigoso bandido, que esconde um segredo obscuro.
Indio é também procurado pelo coronel Douglas Mortimer (Lee Van Cleef), outro caçador de recompensas, que também esconde um segredo que só ele sabe. Tanto Manco quanto Mortimer partem em busca de Indio, mas sem sucesso.
Então, eles decidem unir forças para enfrentar o perigoso bandido e sua gangue. O que se vê é balas arremessadas e efeitos visuais da década, com direito a uma trilha sonora hipnótica de Ennio Morricone.
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1K Assista AgoraNos anos 70, pra se fazer um filme de terror, precisa ter criatividade e muito sangue nos olhos. Tá certo que vários filmes clássicos de terror, como Dracula e Frankenstein foram referências ao gênero. Mas isso tudo mudou.
Depois de assombrarem o mundo com A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, e de O Exorcista, de William Friedkin, outro diretor resolveu que era a hora de pegar mais pesado. E atende pelo nome de Tobe Hooper.
Ele escreveu, produziu e dirigiu O Massacre da Serra Elétrica, baseado na história real de Ed Gein, um serial killer famoso. E criou um dos monstros mais conhecidos e implacáveis de que se tem história: o Leatherface, com sua letal motosserra, que nunca desliga e fica sem gasolina.
O filme começa com a narração feita pelo então jovem John Larroquette, contando os fatos ocorridos no Texas, com o assassinato de 33 pessoas, por uma família de sádicos trabalhadores rurais.
É aí que cinco jovens ripongas resolvem seguir viagem para investigar um suposto vandalismo de um cemitério. Porém, o que não esperavam é que essa jornada se transformaria em um perigoso jogo de gato e rato mortal.
Um a um seriam mortos pelo Leatherface, deixando a pobre Sally sozinha e assustada. Um verdadeiro inferno, regado a um banquete canibal.
O resultado foi primoroso, para uma produção de orçamento ultrabaixo. O filme foi agraciado pela crítica e público, elegendo um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Marilyn Burns fez da Sally seu papel mais marcante, transformando-a em a Rainha do Grito.
Depois disso, o longa teve continuações e remakes. Mas isso não tira o brilho sádico e perturbador de O Massacre da Serra Elétrica.
O Rei Leão
4.5 2,7K Assista AgoraUm nascer do sol e um novo rei inicia a mais clássica e marcante obra cinematográfica de todos os tempos: O Rei Leão. A Disney só apostou nesse desenho por acaso.
O estúdio estava apostando no Pocahontas, um outro filme que investiu milhões e uma equipe principal para realizá-lo. Porém, a Disney também estava fazendo um outro desenho, mas com uma equipe reserva.
Ao invés da Disney soltar o Pocahontas, que era a aposta do estúdio, um dos executivos decidiu que era para estrear nos cinemas o filme feito pela equipe reserva: O Rei Leão.
Inspirado no clássico Hamlet, de Sheakespeare, o filme conta a história de Simba, um pequeno leão que se torna o herdeiro do reino e do Ciclo da Vida. Mas o seu tio Scar quer porque quer ocupar o lugar do trono, com a ajuda das hienas.
Um dos momentos mais tocantes e emocionantes do filme é quando o Mufasa salva Simba e morre quando Scar joga-o no desfiladeiro. Quem nunca se emocionou, que atire a primeira pedra.
É quando Simba é encontrado por dois seres, Timão e Pumba, que mostra ao leãozinho, um novo conceito de viver a vida, sem regras.
O Rei Leão bateu todos os recordes de bilheteria, ganhou dois Oscars (Trilha sonora e melhor canção) e foi o vídeo mais vendido do mundo.
Por causa da fantástica trilha musical, composta por Hans Zimmer, Elton John e Tim Rice, o filme virou um musical da Broadway. E ganhou um live-action em 2019.
Se tivessem estreado o Pocahontas primeiro...
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraBrian De Palma sempre será marcado como o discípulo de Alfred Hitchcock. Seus filmes foram contestados por conterem resquícios do mestre do suspense, como Um Tiro na Noite, Vestida para Matar e Carrie A Estranha, essa última que foi inspirada na obra do outro mestre Stephen King.
Ele também é conhecido por adaptar clássicos para o cinema, como Os Intocáveis e Scarface, esse último um remake do filme de 1932, contando a ascensão e queda de Al Capone.
Nesse filme, De Palma ambienta a Cuba, em um momento de restauração do povo, que portam em Florida e entre um deles está Tony Montana (Al Pacino), um criminoso pé de chinelo que sonha em subir na vida. Mas, para isso, resolve virar traficante e entra no mundo do crime organizado.
O que se mostra é como a sorte pode transformar a vida de um homem. Antes, era um homem fudido e sem perspectiva de vida. Mais tarde, ele ganha o mundo. A célebre frase "O Mundo é Seu", conquistou Lemmy Kilmister, ao gravar o antepenúltimo disco do Motörhead.
Várias cenas ganharam destaque, como a cena da motosserra e quando ele se entope de cocaína e armado de metralhadora grita: "Diga alô para minha amiguinha!"
Scarface virou um marco na história do cinema e um marco na carreira do diretor. Outro mérito fica por conta do Oliver Stone, que criou um roteiro doentio e cheio de nuances.
Robin Hood
3.7 129 Assista AgoraQualquer ser desse planeta já leu, viu e ouviu a história do arqueiro mais habilidoso da Inglaterra, roubando dos ricos para dar aos pobres, lutando contra a tirania de um príncipe ganancioso e de um xerife implacável.
Várias versões de Robin Hood foram parar nos cinemas, em diversas épocas. Mas a mais divertida é a versão da Disney, de 1973, produzido e dirigido por Wolfgang Reitherman, conhecido por títulos, como Mogli - O Menino Lobo, 101 Dálmatas e Aristogatas.
Só que, ao invés de humanos, são os animais que fazem os papéis dos personagens, para os padrões da Disney. Robin Hood é a raposa, João Pequeno é o urso, remetendo ao famoso Balu, de Mogli; Príncipe João é um leão, Shio é a cobra (também remetendo a Kaa, de Mogli), Xerife de Nottingham como o Lobo.
A história se passa na antiga Inglaterra, quando o Rei Ricardo parte para uma cruzada, e o Príncipe João o usurpou no trono, tornando-se ganancioso e cobrando enormes impostos.
Robin Hood e João Pequeno saem da Floresta de Sherwood e surrupiam o mimado príncipe. Na cidade de Nottingham, o xerife pega todos os impostos do povo, que luta por justiça. O arqueiro também encontra um tempo de conquistar o coração da bela Marian. Mas o destaque fica por conta da narração do Galo Trovador, e sua música inicial.
Outras musicas se destacam no decorrer do filme, mas isso é só para quem quer conferir Robin Hood.
A Cruz de Ferro
4.0 70 Assista AgoraCansado de fazer Western, o cultuado diretor Sam Peckinpah se aprofundou na Segunda Guerra Mundial e fez um dos melhores filmes de guerra: A Cruz de Ferro.
Em 1943, no front de guerra do extremo leste soviético, está no auge o conflito entre os russos e alemães nazistas. Entre esses alemães, está o sargento Steiner (James Coburn), um experiente combatente.
Do outro, está o coronel Brandy (James Mason), que quer possuir a Cruz de Ferro, a mais alta comenda para um militar alemão.
Outro que quer possuir a medalha é o comandante Stransky (Maximilian Schel), nem que para isso tenha que enviar seus soldados diretamente à Morte.
Os destaques são a fotografia, o roteiro e as belas atuações de Coburn e Mason.
Metallica: Some Kind of Monster
3.9 100No início do século 21, o Metallica estava iniciando as gravações do seu disco. Porém, o baixista Jason Newsted sai da banda, após 14 anos e três contribuições de músicas, alegando falta de espaço para suas novas ideias e de se dedicar a sua então nova banda, o Echobrain.
Com isso, os Três remanescentes resolvem contratar um psiquiatra para que eles lidem com alguns de seus fantasmas. Mas o que ninguém imaginava é que esses fantasmas atormentassem todos os envolvidos.
Esse é o foco do documentário Some Kind of Monster, dirigido pela dupla Bruce Sinofsky e Joe Berlinger (Da trilogia Paraíso Perdido), que conta como a banda mais bem-sucedida do Metal passou por um drama hollywoodiano.
James Hetfield teve que se internar em uma clínica de reabilitação, para se tratar do alcoolismo. Sobrou pro Lars Ulrich e Kirk Hammett tomarem as rédeas da situação.
O que se vê é uma disputa de egos, entre o baterista e o vocalista, as intervenções do produtor Bob Rock e do psiquiatra, a insegurança do guitarrista de se manter na paz na banda. Tudo isso regado a muito Rock.
O momento mais emocionante é quando o ex-guitarrista Dave Mustaine (Megadeth), fica cara-à-cara com Lars Ulrich e comenta sobre sua demissão do Metallica, por conta do alcoolismo.
Outros destaques são o encontro com fãs, imagens dos filhos, além da famosa audição para baixista da banda.
O motivo do documentário é para mostrar que, mesmo com os problemas internos, sempre temos que superar tudo. Até mesmo os diretores tiveram suas diferenças, mas com o decorrer do filme, eles ficaram de bem.
Some Kind of Monster é muito além de ser um DVD do Metallica.
O Casal Osterman
3.2 25 Assista AgoraConsiderado como o último filme de Sam Peckinpah, O Casal Osterman foi produzido quando a Guerra Fria estava mais próxima do fim. O filme é uma adaptação do livro de Robert Ludlum, o criador do personagem Jason Bourne.
Desde os tempos da faculdade, o crítico de TV John Tanner (Rutger Hauer) tem como tradição chamar seus três amigos para um fim de semana no campo.
Porém, antes do início do evento, o agente da CIA Lawrence Fassett (John Hurt) procura Tanner para lhe contar que seus amigos são, na verdade, espiões da KGB.
Confuso, Tanner passa a ajudar o agente, apesar de conhecer muito bem os seus companheiros, e por ser um grande democrata americano.
Mas os planos não saem como planejados e o fim de semana terá um clima diferente.
Pode não ser tão violento como nos seus filmes que o fizeram ficar famoso, mas Sam Peckinpah se aprofundou no tema da Guerra Fria e fez um trabalho excelente.
Meu Ódio Será Sua Herança
4.2 204 Assista AgoraIndo na contramão do famoso Western Spaghetti, o diretor Sam Peckinpah resolve fazer o que mais queria no cinema americano: encher de sangue e tiros, sem se preocupar de nada.
Meu Ódio Será Sua Herança começa com um grupo de militares galopando pela cidade, enquanto vejam um grupo de crianças brincando com um escorpião, num meio de famintas formigas.
Enquanto a cidade dançava conforme a música, um grande tiroteio se explode e muitas pessoas inocentes são mortas. Pike Bishop quer se aposentar, mas resolve fazer seu último golpe: dar dez mil dólares para quem roubar um carregamento de armas, transportadas por um general mexicano.
Um grupo de foras da lei quer porque quer toda essa fortuna, tudo em nome da lealdade e honra. O que não imaginavam é que um banho de sangue irá acontecer.
Com um elenco de peso, incluindo Ernest Borgnine, Warren Oates, William Holden e Emílio Fernandez, o filme é tão sangrento, que digladiava com outro clássico do Peckinpah, o Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia.
E, ainda por cima, chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Pode não ter ganhado, mas se tornou um épico.
Pinóquio
3.6 424 Assista AgoraConsiderado como um gênio da animação, Walt Disney, mais uma vez, adaptou um dos contos de fada mais famosos, depois dos bem-sucedidos Branca de Neve e os Sete Anões e Fantasia.
Pinóquio conta a história de Gepeto, um artesão que constrói bonecos e relógios de madeira, quando resolve fazer um boneco de madeira especial, e dá o nome de Pinóquio. Ao ver uma estrela cadente, deseja que o boneco se torne um menino de verdade.
Eis que aparece uma fada azul, que transforma o sonho de Gepeto em realidade. Só por uma condição: se mentir, o seu nariz cresce. E conta com a ajuda do Grilo Falante, que torna sua consciência.
Gepeto não acredita e leva Pinóquio para a escola. Mas aí, o boneco se mete em confusões, como ser levado por um malvado dono de circo.
É aí que a vida de Pinóquio vira de cabeça para baixo. Como quando se torna um burro e é engolido por uma baleia-azul.
Pinóquio ganhou dois Oscars, de trilha sonora e canção original.
Branca de Neve e os Sete Anões
3.8 713O cinema sempre busca algo para revolucionar o imaginário das pessoas. E Walt Disney foi além do seu tempo ao adaptar uma obra dos contos de Fadas para as telas.
Baseado no conto dos irmãos Grimm, Branca de Neve e os Sete Anões se tornou um marco ao virar a primeira animação em longa-metragem da história.
Uma madrasta pergunta para o seu espelho quem é a mais bela de todas. E ele responde que é a princesa Branca de Neve. Então, a rainha malvada manda o caçador levar a pobre moça para a floresta e, depois, matar ela.
Porém, o caçador não consegue e diz pra ela fugir pra longe. Desde então, Branca de Neve encontra uma casa pequena e resolve ajeita-la.
Mas o que ela não sabia é que essa casa moram os mineiros, conhecidos como os Sete Anões. Quando eles voltam para casa, se assustam com a presença da Branca de Neve e, então, convidam ela para morar junto.
O que não imaginavam é que a rainha malvada descobriu que a princesa ainda vive. E resolve fazer uma armadilha mortal pra ela.
Várias cenas causavam medo (e ainda causam) nos espectadores. Mas isso não tirou o brilho desse, que recebeu um Oscar honorário e mais sete mini-estatuetas.
Branca dez Neve e os Sete Anões ainda emociona várias gerações e transformou Walt Disney em gênio da animação.
Aristogatas
3.8 312 Assista AgoraAinda se mantendo em evidência na indústria da animação, a Walt Disney Productions resolve produzir um longa, ambientado em Paris e protagonizado por gatos. Eis que surge Aristogatas.
A madame Adelaide resolve deixar toda sua fortuna para Duquesa e seus três filhotes Toullouse, Berlioz e Marie. Mas o que ela não sabia é que seu mordomo Edgar foi deixado de lado e ouviu toda a conversa.
Daí, ele planeja um golpe para ficar toda a fortuna da senhora. Ele abandona os gatos em um riacho e some. Ao acordarem, percebem que estão longe de Paris.
Foi assim que Duquesa conhece Thomás O'Marlley, um gato vira-lata e boa praça, que a conquista com seu charme. Disposto a ajudar ela e seus filhos, O'Marlley percorre até Paris e mostra para eles a vida simples e pacata (ou não) da cidade.
No decorrer do desenho, há vários animais roubando-me a cena, como os cachorros Lafayette e Napoleão, as gansas Amélia e Abigail Garbo e seu tio Waldo, além da turma de gatos vira-latas, comandado por Gato Pilantra.
O que não falta é boa música e farra na vida desses gatos. Porém, eles precisam enfrentar o Edgar.
Aristogatas é indicado para quem ama gatos e outros animais.
A Espada Era a Lei
3.8 305 Assista AgoraMuita gente sabe da história do Rei Arthur, mas, na época, o Walt Disney resolveu adaptar um romance inglês para contar a origem do enigmático monarca britânico em A Espada Era a Lei.
Houve uma época em que um rei foi morto e um milagre se fez na praça, quando uma espada misteriosa surgiu em uma pedra, com os dizeres: "Quem conseguir retirar a espada da pedra, será coroado o legítimo Rei da Inglaterra".
Muitos tentaram, mas ninguém conseguiram fazer esse milagre. A Inglaterra continuava sem o Rei e, com o decorrer do tempo, a Espada foi esquecida.
Eis que surge o simpático mago Merlin, que morava na floresta, com sua coruja falante Arquimedes. Merlin prevê no futuro uma visita especial, mas ele não (ou acha que) imaginava que o jovem Arthur aparecesse em sua vista.
Foi então que Merlin e Arthur se tornaram amigos, e o mago resolve ensinar ao garoto que a inteligência é melhor do que a força bruta, apesar de o garoto Arthur morar com seu tutor Ector e seu filho Key, que sobrar de músculos, só falta de cérebro.
Nessa história, Merlin faz uma de suas mágicas, seja transformando o Arthur em peixe, ou em esquilo, ou em pássaro. E resolve ensinar as coisas da vida, como a coragem e o amor, em uma cena o Arthur esquilo fica em apuros, quando uma esquila se apaixona perdidamente.
Mas o mais interessante é quando há um duelo de magos, entre o Merlin e a Madame Mim, de fazer torcer pelo mais corajoso e justo.
Quando ocorre um desafio de cavaleiros na Inglaterra, valendo a coroa, haverá muitas surpresas a seguir.
Pode não ser tão marcante como as animações anteriores, mas A Espada Era a Lei se destaca pela direção maravilhosa de Wolfgang Reitherman, que dirigiu 101 Dálmatas, Mogli - O Menino Lobo e Aristogatas.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraA espera acabou. Depois de muita polêmica quanto a exibição do live-action de O Rei Leão, pelo menos o público aceitou e relembrou a marcante obra da Disney.
Quem viu o desenho, já sabe da história de Simba, que se torna o herdeiro do trono e do Ciclo da Vida. Mas, terá que enfrentar a inveja do seu tio Scar, que quer porque quer tomar o seu lugar do reino.
Várias cenas não foram ignoradas. E aqui no Brasil, o único ponto fraco é a dublagem. Colocar a cantora Iza e o ator Ícaro Silva para dublarem Nala e Simba é um erro falho.
Mas o filme tá valendo a pena, para quem reviveu a infância.
Cidadão Kane
4.3 992 Assista AgoraOrson Welles era um visionário ator de teatro, quando fez uma falsa notícia da invasão dos alienígenas na Terra, em 1938, baseado no livro A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Por tudo isso, fez fama no mundo todo e se tornou diretor de cinema, ao ser contratado pelo estúdio RKO.
Seu primeiro filme foi o que, mais tarde, anos depois, se tornaria um marco na história do cinema: Cidadão Kane. Baseado na história de William Randolph Hearst, um magnata da imprensa da época, Welles produziu, co-escreveu, dirigiu e estrelou (com louvor!) a fatídica trajetória de Charles Foster Kane.
Kane nasceu pobre, mas enriqueceu por conta de uma mina de ouro herdada pela mãe. Na juventude, começa a erguer um império de mídia, casando com a sobrinha do presidente e candidatando a governador. Porém, a sua ambição por poder faz com que ele se torne violento com as mulheres e se torna solitário em seu próprio castelo.
"Rosebud" é um mistério que os investigadores estavam buscando desde a morte de Kane, quando disse à sua última palavra. O que significa?
O que não falta no filme são os flashbacks da vida do magnata, além da poderosa fotografia. Orson Welles se destacou, não só na realização do filme, mas na sua interpretação. Juraria que eu estava vendo Marlon Brando.
A Academia consagrou-o com uma estatueta de Melhor Roteiro. Em 1962 a revista Sight and Sound fez uma lista dos melhores filmes de todos os tempos e colocou Cidadão Kane em primeiro lugar. O American Film Institute também qualificou-o em primeiro na lista.
Um ótimo filme para estudantes de jornalismo.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraQualquer cinéfilo de carteirinha conhece esse clássico de guerra. Em uma época em que a sétima arte estava se destacando, com excelentes filmes, alguns grandes obras-primas, outros considerados cult ou injustiçados, mas esse não é o caso de Casablanca.
O filmes também conta com um elenco cult, frases de efeito, clichês e um descaramento hollywoodiano. Rick (Humprey Bogart) é um dono de um bar, que fica em Casablanca, uma rota francesa de quem quer fugir dos nazistas da Segunda Guerra Mundial.
O bar tem de tudo, políticos, soldados, homens de negócios e jogatina ilegal. Mas o que não contava é a presença de sua ex-amante Ilsa (Ingrid Bergman).
O filme tem seus momentos de paixão melodramático, flashbacks, além do tema musical mais famoso "As Time Goes By".
Mas, o melhor estava por vir, quando Rick (de sobretudo) e Ilda (com um figurino classudo) em um momento mais romântico e melancólico, como se fosse uma despedida e a frase mais icônica: "Louis, acho que esse é o começo de uma bela amizade".
Casablanca foi um sucesso cultuado, ganhou os principais Oscars de Melhor Filme, Direção e Roteiro. Um belo programa para os namorados de plantão.
Django
3.9 204 Assista AgoraO cinema dos anos 60 estava cada vez mais lotado do gênero Western Spaghetti. O diretor que mais contribuiu para o crescimento do segmento é Sergio Leone, com suas famosas trilogias. Mas quem também fez bonito é Sergio Corbucci.
De crítico de cinema a diretor-assistente, Corbucci dirigiu diversos filmes. Mas o seu maior trabalho foi Django, de 1966. Em uma fronteira do México, duas gangues rivais tocam o terror em uma pequena cidade sem lei. De um lado, a gangue é liderada por Major Whinchester Jack e a outra por General H. Rodrigues.
Porém, eles não contavam com a astúcia de um certo pistoleiro chamado Django (Franco Nero). Carregando um misterioso caixão, ele retorna à cidade para vingar a morte de sua esposa e encher de sangue as ruas da cidade.
O que se vê no filme é uma amostra de violência gratuita e sangue derramado, com direito a belas paisagens da Itália. Ao som do tema inicial, composta por Luís Bacalov.
Django fez muito sucesso e o nome de Franco Nero fez história. O filme teve várias sátiras e continuações não-oficiais, sendo que a sequência oficial é Django -A Volta do Vingador (1987). E não é só isso, um certo Quentin Tarantino se inspirou no filme original para realizar Django Livre (2012), com direito a participação do mesmo Franco Nero.
Brasil Heavy Metal
4.0 5A década de 80 foi marcada por uma revolução musical, conhecido como o Metal Brasileiro, com o primeiro registro fonográfico, da banda paraense Stress.
A partir daí, várias bandas pesadas resolveram unir forças e lançar compactos e coletâneas, com a ajuda de gente graúda e perseverante.
Os shows foram o cartão de visita para que fãs sedentos por material inédito descubram mais coisas do cenário. Foi daí que surgiram os fanzines.
Mas... o melhor estava por vir, quando foi anunciado o Rock In Rio. A Ditadura foi pro espaço e uma nova democracia amanhece no céu brasileiro.
Essas e outras histórias são contadas no documentário Brasil Heavy Metal, produzido e dirigido por Ricardo "Micka" Michaelis, ex-guitarrista do Santuário é dono do Ideia House.
O que não falta são depoimentos de músicos, jornalistas, fanzineiros, empresários e roadies, contando desde o momento político até o musical, passando por procura de informações de bandas gringas e trocas de k7 e vinil.
O filme só peca por conter uma dramatização no meio dos depoimentos, se tivessem tirado, o documentário seria excepcional. Faz parecer novela ou telecurso.
A Dama e o Vagabundo
3.8 517 Assista AgoraHá sessenta anos, a Disney lançava mais um clássico animado: A Dama e o Vagabundo, protagonizado por cachorros.
Lady é uma cadela doce e delicada, que tem tudo a seu direito. Vive com seus donos em uma chique casa, quando recebem a notícia mais especial, que irá mudar a vida de todos.
Enquanto o Tramp é um vira-lata doce e boa-praça, que vive livre e consegue comida por onde quer que esteja.
Eis que o destino resolve unir os dois lados: Tramp encontra Lady, desiludida com a boa vida que levava. Tramp diz que a vida com os humanos não é fácil. E vivem situações como qualquer cachorro.
Uma das cenas mais icônicas e que entrou na história do cinema é quando estão em um restaurante e dividem um prato de macarronada com almôndegas. É aí que a mágica acontece.
A Dama e o Vagabundo não é só um desenho de amor humano, mas é também pra quem ama cachorros.
A Bela Adormecida
3.6 454É sempre bom falar de Walt Disney, quando o assunto são as renomadas animações de qualidade. Desde Branca de Neve e os Sete Anões, é que o número de clássicos dos contos de fada traçaram nos lápis dos desenhistas da companhia.
Mas a Disney se superou. E baseou no balé de Tchaikovsky (o conto teve várias versões, como o do Charles Perrault e dos Irmãos Grimm) para criar um dos mais ambiciosos filmes: A Bela Adormecida. Pra isso, fez uma pesquisa árdua, para criar um tema medieval, com cores e traços de causar inveja. E conseguiram.
A história começa quando um casal imperial concebe um bebê, com o nome de Aurora. Eis que três fadas simpáticas presenteiam a pequena princesa. Porém, a bruxa Malévola amaldiçoa-a, com um presente mortal.
Desde então, Aurora se torna uma bela moça e encantadora, sob o cuidado das três fadas. Mas o que não imaginavam é que Malévola planeja uma emboscada para acabar com a felicidade de ambas.
O desenho se tornou um clássico, co-dirigido por Wolfgang Reitherman, e virou um Live-action com spin-off Malévola, interpretado por Angelina Jolie.
Rocketman
4.0 921 Assista AgoraQualquer roqueiro que se preze, sabe da importância do Elton John para a música. Suas musicas ficaram no imaginário da população ávida por sentimento.
E foi com esse sentimento que surgiu Rocketman, sua cinebiografia. Depois do bem-sucedido Bohemian Raphsody, agora é a vez do outro inglês fazer bonito.
Toda a história é contada, desde a infância humilde na Inglaterra, como quando seus pais viviam em conflito, seu amor pela música e o ingresso a uma conceituada escola.
Depois de tocar em pequenos clubes, ele teve uma chance de se tornar compositor, e foi daí que conheceu Bernie Taupin, um letrista fora de série, que se tornou parceiro do Elton John até hoje.
As turnês incessantes, as roupas espalhafatosas, as drogas e o álcool marcaram a vida do xiliquento Inglês. Mas também mostra um lado sombrio e melancólico dele, que nos faz refletir sobre o que é ser amado.
Taron Egerton entregou de corpo e alma para fazer a vez e a voz do Elton John, que não exigiu nada e pediu pra não esconder os vícios exagerados.
Rocketman ganhou um Oscar de Melhor canção, com a assinatura de Elton com Taupin.
Turma da Mônica: Laços
3.6 607 Assista AgoraPara falar desse filme, eu tenho que fazer uma confissão pessoal. Quando eu era criança, minha mãe me levava pra psicóloga e na volta a gente passava na banca de jornal e comprava muitos gibis. A maioria deles é da Turma da Mônica. E eu lia várias vezes e sentia aquele gosto de uma infância feliz e sadia. Até hoje eu guardo com carinho os gibis, que contabilizam mais de 200 exemplares.
Como todos sabem, o Maurício de Sousa é um ícone dos quadrinhos brasileiro. Assim como o Stan Lee é cultuado lá fora. Mas o Maurício tem algo a mais, porque ele é humano e sabe contar muitas histórias do cotidiano, já que ele foi repórter policial.
Ele já foi lido e relido em vários países e tem mais de 100 personagens. Possui um marketing de respeito, contabilizando milhares de produtos, além de parques temáticos. E também foi adaptado por diversos cartunistas.
E dois deles são Vítor e Lu Cafaggi, que criaram Laços, uma graphic novel. Foi com essa obra que o cinema brasileiro resolveu fazer um filme de carne e osso da Turma da Mônica. Foram anos de testes e muito mistério, para saber quem interpretariam os famosos personagens.
Com direção de Daniel Rezende, Turma da Mônica - Laços conta a história da famosa Turma da Rua do Limoeiro, onde os personagens mais conhecidos vivem o dia a dia, como o Cebolinha, que junto com o Cascão, planejam o roubo do coelho Sansão, da Mônica.
Porém, o seu cachorro Floquinho foi sequestrado por um misterioso bandido. É aí que o garoto que fala errado resolve se juntar com o resto da Turma para investigar o paradeiro do cachorrinho.
O que se vê é um misto de Stranger Things com Conta Comigo. As atuações das crianças foram melhores, destaque para o Rodrigo Santoro como o Louco. Além da cenografia, que ficou maravilhosa.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraNo cinema, não há um ser humano que surpreende mais, como Quentin Tarantino. Desde que se tornou atendente de vídeo locadora, ele já respirava cinema 24 horas por dia, falava de todos os diretores da sétima arte e não parou mais, quando, um certo dia, ele escreveu roteiros para se distrair.
Foi com essa introdução que começo a falar de Era Uma Vez... em Hollywood, fazendo referências a trilogia Era Uma Vez de Sergio Leone. O nono filme do Tarantino (e o primeiro como co-produtor) é uma homenagem à sétima arte, com a transição da TV para o cinema, ou será o contrário? Quem sabe?
Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de uma famosa série de TV, que se vê numa encruzilhada, quando lhe oferece um contrato para atuar no cinema italiano, nos chamados Western Spaghetti. Ao lado dele, está o dublê Cliff Booth (Brad Pitt), que sempre se tornou o pau-para-toda-obra. Até mesmo sendo acusado de matar a sua mulher e se safar.
Por outro lado, entra em cena a Sharon Tate (Margot Robbie), uma ninfeta de parar o trânsito, casada com Roman Polanski, e uma atriz em ascensão. Sem saber que, mais tarde, sua vida vai transformar da noite para o dia.
No filme, vemos hippies marginais, festas glamorosas e uma trilha sonora regada à psicodelia do final dos anos 60.
Numa das cenas, o Bruce Lee se paga de fodão e desafia o Cliff a uma luta amadora. Outra cena é quando o Rick Dalton dialoga com uma atriz mirim e se emociona. Outra cena é pra deliciar as moças, com o Cliff Booth sem camisa (Brad Pitt nos auge dos seus 55 anos).
Mas o que o fã do Mestre espera? Isso mesmo, sangue e muita violência. Embora seja o mais maduro filme da sua carreira.
O que não falta são as estupendas interpretações de DiCaprio e Pitt, além de um elenco de peso, no calibre de Al Paccino, Kurt Russell, Dakota Fainning, Emile Hirsch, Zoe Bell, Bruce Dern e Michael Madsen. A Academia consagrou o Brad, com um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, além do Oscar de Design de Produção. Poderia ter merecido mais.
E eu pergunto: é o melhor filme que o Tarantino dirigiu? Como eu disse antes, é o mais maduro na sua carreira, e bate de frente com Django Livre e Os Oito Odiados. A minha nota é 9,8.
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista AgoraNunca um filme foi tão perturbador e violento como foi o Laranja Mecânica, escrito, produzido e dirigido por Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burgess.
Em uma Inglaterra futurista, Alex De Large (Malcolm McDowell) e sua gangue devastam tudo e todos com sua ultraviolência, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven, além de sua compulsão por pornografia. Sempre vestidos de macacões brancos e usando chapéu-coco pretos, eles bebem leite e se preparam para um ataque brutal.
Porém, após assassinar uma de suas vítimas, ele é traído por seus companheiros e eh preso.
E não para por aí: ele é submetido a uma reabilitação, conhecido como Ludovico, na qual ele se torne uma pessoa normal e sem defesa. É aí que a vida do Alex vira um inferno.
Numa das cenas, a mais perturbadora é quando a gangue invade a casa de um casal, espanca o idoso e estupra a mulher ao som de Singin' In The Rain.
Mas o que Alex não esperava eh que o mesmo senhor que foi atacado "salva" ele e submete a uma experiência aterradora.
Malcolm McDowell foi muito bem em seu papel ora psicótico, ora sensível. Kubrick deve ter ficado alucinado, com tanta violência gratuita.
Embora não seja tão fiel à obra de Burgess, Laranja Mecânica conseguiu vários feitos, como os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York, além de ser indicado aos quatro Oscars, incluindo Melhor Filme.
Mas, nem tudo são flores: o filme foi retirado de circulação pelo próprio Kubrick durante quase 30 anos, e no Brasil também, durante a Ditadura Militar.
Pois é, além disso o grupo de Metal Sepultura gravou o Disco A-Lex, baseado na obra de Burgess, e não no filme.
Laranja Mecânica ainda incomoda muita gente.
Por uns Dólares a Mais
4.3 362 Assista AgoraMantendo o ritmo de Por Um Punhado de Dólares, o cultuado diretor Sergio Leone fez uma continuação tão boa quanto. Por Uns Dólares a Mais segue a mesma cartilha de sangue e tiroteio, com as belas paisagens napolitanas.
Clint Eastwood é Manco, um caçador de recompensas, que perambula pelas cidades do velho oeste americano em busca de um novo alvo. Ele o encontra quando vê um cartaz descrito procurado de Indio, um perigoso bandido, que esconde um segredo obscuro.
Indio é também procurado pelo coronel Douglas Mortimer (Lee Van Cleef), outro caçador de recompensas, que também esconde um segredo que só ele sabe. Tanto Manco quanto Mortimer partem em busca de Indio, mas sem sucesso.
Então, eles decidem unir forças para enfrentar o perigoso bandido e sua gangue. O que se vê é balas arremessadas e efeitos visuais da década, com direito a uma trilha sonora hipnótica de Ennio Morricone.
Belíssima continuação da trilogia dos Dólares.